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quarta-feira, 24 de abril de 2013


O Conhecimento na Idade Média: Patrística e Escolástica
         Durante a passagem da concepção pagã de mundo para a concepção cristã era preciso prevenir os desvios da fé. Muitas heresias estavam penetrando as concepções religiosas do cristianismo, então crescente. De acordo com Bonato[1], “Estudiosos começaram a adaptar o pensamento grego à concepção cristã”. Isso ocorria na luta para responder as heresias dos pagãos e no trabalho de conversão, fazendo-se necessário a demonstração de que a fé não contrariava a razão. Neste aspecto, o principal era sempre a afirmação de que a verdade era revelada por Deus, por isso o texto sagrada tinha uma autoridade indiscutível. Sabe-se que a fé era considerada mais importante, e a razão seu mero instrumento, foi imposto uma sistematização que ficou conhecida como “filosofia cristã”, vindo a se estender por dois grandes períodos: o período patrístico e o período escolástico.

O período Patrístico
         Esse período foi assim chamado por se referir à filosofia dos Padres da Igreja, ou Pais da Igreja, durante o século II ao V, na antiguidade. Essa filosofia tinha o objetivo de expandir o cristianismo, iniciando-se no período de decadência do Império Romano, ainda no século II. Importante mencionar que, embora tenha sido iniciada na antiguidade, é significativa por influenciar a educação na Idade Média.
            A patrística caracterizava-se pela defesa da fé absoluta em Deus e a conversão dos não-cristãos e o combate a heresia, de modo que textos em defesa da Igreja Católica e do cristianismo eram permanentemente elaborados. Como mencionado anteriormente, a união entre a fé e a razão era discutida, sendo a razão subordinada à fé. Os teólogos retomam a filosofia platônica, dando destaque a alguns temas, adaptando-os à ótica cristã de valorização do supra-sensível, com o intuito de fundamentar uma moralidade rigorosa, deendendo a abdicação do mundo e o controle racional das paixões.
            Podem ser citados como representantes da patrística Clemente de Alexandria, Orígenes e Tertuliano, mas seu principal representante é Agostinho de Hipona, conhecido como Santo Agostinho. De acordo com Mancini (apud Bonato), Santo Agostinho entendia que o ser humano deveria ser submetido a uma intensa educação religiosa. Defendia ainda, a superioridade da alma humana, a supremacia da alma sobre o corpo e reconheceu a diferença entre a fé e a razão, pois a primeira nos faz acreditar em coisas que nem sempre podemos entender pela razão.

O Período Escolástico
            Assim denominado por se referir à filosofia das escolas cristãs ou dos doutores da Igreja, compreendendo o período entre o século IX ao XIV. Nesse período os mosteiros tinham o monopólio da ciência, sendo o centro da cultura medieval, pois guardavam em suas bibliotecas obras da cultura greco-latina, traduziam, reinterpretavam e adaptavam obras gregas para o latim à luz do cristianismo. Assim, encontravam-se nesse momento da História, escolas monacais, episcopais ou catedrais e as escolas paroquiais. Dessa forma, surgem as universidades, que eram associações juridicamente organizadas e reconhecidas por todos, visando controlar e regular a produção de diversas profissões surgidas na Idade Média. Elas congregavam pessoas de um mesmo ofício submetidas a estatutos próprios, não sendo propriamente um estabelecimento de ensino, mas uma corporação de ofícios. Mais tarde, surgem as corporações de estudo, denominada de universitas studii.
            O ensino fornecido nas universidades caracterizava-se, em primeiro lugar, pelo enciclopedismo em consonância com seu tempo. Sua interação era religiosa, subordinada à Teologia, desenvolvido pelo método escolástico. Da mesma forma que a patrística, a escolástica visava a fé e a razão, os dogmas cristãos e as formas de viver piedosamente dentro do que o cristianismo ensina.
            O principal expoente da escolástica é um frade dominicano, teólogo, filósofo italiano, chamado Santo Tomás de Aquino.




[1] BONATO, Nailda Marinho da Costa. Aula 4 - Educação no Ocidente Cristão Medieval: o Papel da Igreja. Texto da Disciplina de História da Educação do Curso de Licenciatura em Pedagogia na Modalidade à Distância da UNIRIO/UAB/CEDERJ. Disponível em http://graduação.cederj.edu.br/ava/mod/folder/view.php?id=14588> Acessado em Ago2012.

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