Quando fiz minhas pesquisas para
escrever minha monografia, que seria meu trabalho de conclusão do curso de
Bacharel em Teologia, um dos livros que estavam inclusos na minha lista de
material de pesquisa era “Mais que um carpinteiro” de Josh McDowell. Meu
trabalho teria o seguinte tema: “A humanidade de Jesus: Perspectivas de um
homem que mudou a história”. Tinha a intenção de abordar diversos aspectos de
visualização sobre a vida de Jesus. Queria falar sobre como as pessoas em geral
o vêem, também queria falar sobre como historiadores, psicólogos e ateus o
observam, e finalmente abordaria sobre a visão teológica.
Eu tinha estabelecido tudo em
minha mente e fiz meu projeto de pesquisa voltado para esses aspectos. Por isso
esse livro estava na lista, pois fala muita coisa sobre Jesus. Esse autor trás
de forma muito clara os conceitos que alguns historiadores tem a respeito de
Cristo e dos textos do Novo Testamento, assim como os questionamentos deles e
de alguns ateus. E isso me ajudou muito em minhas reflexões e preparação para a
realização daquele trabalho de conclusão de curso.
Recentemente estava na livraria
que costumo visitar quando quero comprar algum livro e me deparei com a capa
“Mais que um carpinteiro”, no entanto, não era o mesmo livro de antes, embora
fosse do mesmo autor, este especificamente, parecia estar diferente, pois tinha
também o nome do filho do autor, Sean McDowell. Peguei-o e li a sinopse na
contra-capa e senti-me estremecido. Precisava reler este livro, por esta nova
edição, pois teria mais informações. E finalmente, comprei-o, e saboreei cada
capítulo, senti-me tão impactado novamente que desejei imediatamente escrever
essa postagem.
No final de minha monografia
escrevi o seguinte:
Conforme mencionado no primeiro capítulo deste
trabalho, as pessoas conhecem Jesus e sua história, sua vida mudou o mundo de
várias formas, e a história da humanidade nunca mais foi a mesma. McGrath
(2005, p. 403)[1] diz que
o significado de Jesus Cristo na dimensão histórica é de grande importância.
Nesse aspecto, o cristianismo não é um conjunto de idéias isoladas e
independentes, ele é uma resposta firme aos questionamentos levantados pela
vida, morte e ressurreição de Jesus. Conforme continua o autor, é uma religião
histórica que veio a existência para responder aos eventos centrados em Cristo,
e que a teologia cristã é obrigada a responder no curso de suas especulações e
reflexões. Isso é de extrema relevância para se compreender a contínua
importância da Escritura no centro da tradição cristã. A doutrina cristológica
e a autoridade da escritura são unidas de forma inseparáveis, porque é através
da escritura que se toma conhecimento de Jesus Cristo. Segundo o autor e em
conformidade com o que já foi mencionado outras vezes, o NT é o único documento
que possuímos, o qual a igreja cristã reconheceu como o que materializa e
agrupa autenticamente sua compreensão sobre Jesus e a impressão que teve na
vida e no pensamento das pessoas. Porque os relatos vindos de fontes
extracanônicas sobre Jesus possuem confiabilidade questionável e valores
limitados, embora sirvam para o estudo filológico, de acordo com o que foi
demonstrado no capítulo anterior. Então, a autoridade da Escritura paira, de
certa forma, sobre considerações históricas, e estas devem ser complementadas
com reflexões teológicas.
Percebe-se que deixo claro alguns
pontos bem definidos. O primeiro ponto é que Jesus é conhecido pelas pessoas, e
que isso mudou a humanidade e sua história. Segundo, que a própria vida de
Jesus é uma resposta aos questionamentos que se levantam sobre a sua vida,
morte e ressurreição. Um terceiro ponto é sobre o Novo Testamento, pois esse é
o único e verdadeiro documento, autenticamente fiel, para levar às pessoas ao
conhecimento da história no que diz respeito a Jesus, mesmo que haja fontes
extracanônicas que demonstrem algo de sua vida, sua confiabilidade é
questionável. E por último, afirmo que no final das contas a autoridade da
Escritura recai sobre considerações históricas e teológicas. O que pretendo
neste texto é repassar alguns pontos que acho muito importantes a respeito de
Jesus, o Cristo. Sua ressurreição e os fatos que envolvem o assunto com base no
que o livro mencionado declara.
Josh McDowell afirma que a
simples menção ao nome de Jesus perturba as pessoas, que logo, mudam de assunto
ou ficam envergonhadas e até mesmo zangadas. E se pararmos para pensar é
verdade! É fácil notarmos isso quando saímos às ruas para fazer evangelismo
pessoal. Quando se fala sobre Deus, tudo bem, ninguém se espanta, mas
mencionou-se o nome de Jesus, as coisas mudam de figura. O autor ainda afirma
que devido à nossa cultura, as pessoas não querem crer em Jesus, no que ele fez
ou foi, mas essa, segundo ele, não é a questão. A verdadeira questão é quem
Jesus dizia ser. E suas afirmações eram verdadeiras?
Os documentos do Novo Testamento
afirmam em diversas partes que Jesus afirmava ser Deus. Não um deus, mas Deus,
o criador de todas as coisas. Estudando os textos percebemos que os nomes
atribuídos a Jesus somente podem ser aplicados a Deus, como em Tt 2.13; João
1.1, e outros. E vemos também nestes textos, testemunhos de outras pessoas, a
respeito da divindade de Jesus. Porém, os céticos logo questionam a credibilidade
de Jesus e do Novo Testamento. Sobre Jesus podemos perceber que Josh McDowell,
se utiliza de uma técnica apologética e demonstra três possibilidades a
respeito de Jesus. Assim tenta demonstrar se Ele poderia ser um Mentiroso, um
Louco ou realmente seria Senhor.
Jesus não poderia ser mentiroso,
pois muitas pessoas afirmam ser ele uma pessoa de moral e caráter elevados,
inclusive com textos antigos, além da escritura. Considerando-se o fato de ser
um mestre bom e moral, infere-se que não poderia ser mentiroso. A segunda
opção, a de ser louco, é ainda menos provável, pois apesar de se auto-afirmar
ser Deus, é pouco provável que estivesse enganado a respeito de si mesmo a esse
ponto, devido à cultura e religião de sua época, ele precisaria ser um lunático.
No entanto, nota-se que não ninguém que o acuse de loucura, devido aos seus
ensinamentos éticos e moralmente corretos que levava a mudança das pessoas.
Então, se ele não era mentiroso, e não poderia ser louco, só poderia ser quem
dizia que era. No livro em questão a explicação é minuciosa a esse respeito.
Sobre a credibilidade da
Escritura, o autor afirma que nos últimos dois séculos muitos críticos atacaram
a confiabilidade dos documentos bíblicos. Afirmam que não há fundamentação
histórica e que muito do que se tem foi invalidado por pesquisas arqueológicas
recentes. No entanto, isso não é verdade, pois “várias descobertas
arqueológicas do século XX confirmaram a exatidão dos manuscritos do Novo
Testamento”, afirma o autor, que corrobora em seu texto com vários testemunhos
de renomados estudiosos em áreas diversas sobre o assunto. Como é o caso de
William F. Albrigth, renomado arqueólogo bíblico, que afirma o seguinte:
Já podemos afirmar enfaticamente que não existe mais
nenhuma base sólida para datar qualquer livro do Novo Testamento após o ano 80
d.C., o que equivale a das gerações inteiras antes da data entre 130 e 150
indicada pelos críticos mais radicais da atualidade.[2]
Ele afirma assim, porque diversos
críticos dizem que os documentos foram escritos mais de um século depois, na tentativa
de desmentir os textos do Novo Testamento. Ainda muita coisa pode ser dita
sobre esse assunto. Retorno em outro texto, trazendo mais algumas informações.
Deus Abençoe!