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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Estudo da Parashá Tetsavê (Ordena)

 

Estudos da Torá


Parashá nº 20 – Tetsavê (Ordena!)

Shemôt/Êxodo Ex 27:20-30:10,

Haftará (Separação) Ez 43:10-27, e

B’rit Hadashah (Nova Aliança) Mc 5:1-6:56 e Hb 13:10-16


1 - INTRODUÇÃO

Encontramos no site chabad.org o seguinte resumo: Seguindo-se aos mandamentos detalhados da porção da última semana a respeito da construção do Mishkan, a parasha Tetsavê começa com a mitsvá diária dada a Aharon e seus filhos de abastecer a menorá no Mishkan com puro azeite de oliva.

D'us descreve a Moshê as vestes especiais que devem ser usadas pelos Cohanim durante o serviço, tecidas e adornadas com materiais doados pelo povo. Os Cohanim comuns envergavam quatro vestimentas especiais, ao passo que quatro vestes adicionais deveriam ser vestidas exclusivamente pelo Cohen Gadol.

  1. O ketonet – uma túnica longa de linho;

  2. Michnasayim – calções de linho;

  3. Mitznefet ou migba’at – um turbante de linho;

  4. Aynet – uma longa faixa ao redor da cintura. Além disso, o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) vestia:

  5. O efod, uma veste similar a um avental, feita de lã azul, roxa e vermelha, linho e fios de ouro;

  6. O choshen – um peitoral contendo doze pedras preciosas inscritas com os nomes das doze tribos de Israel;

  7. Me’il – uma capa de lã azul, com sinos de ouro e romãs decorativas na barra;

  8. O tsit – uma placa de ouro usada sobre a testa, com a inscrição "Sagrado para D’us".


A porção da Torá então transfere sua atenção aos mandamentos de D'us referentes ao melu'im, inauguração ritual para o Mishkan recentemente construído, a ser realizada exclusivamente por Moshê por sete dias.

Tetsavê também inclui as instruções detalhadas de D’us para a iniciação de sete dias de Aharon e seus quatro filhos – Nadav, Avihu, Elazar e Itamar – no sacerdócio, e pela construção do Altar de Ouro sobre o qual o ketoret (incenso) era queimado. Todas estas ordens são na verdade realizadas na porção conclusiva de Shemot, a Parashat Pekudê.


Conforme já mencionamos, na parashá (porção) passada, pudemos estudar sobre as instruções detalhadas sobre como construir o santuário e pedir as ofertas dos israelitas para construí-lo. A parashá desta semana começa com o mandamento para os filhos de Israel para trazer o azeite puro de oliva para a menorá no mishkan (santuário), e elas queimam continuamente. Fala também sobre o azeite da unção, Aharon (Arão), seus filhos e suas vestimentas sacerdotais. Poderemos aprender os motivos pelos quais os sacerdotes receberam tantos itens que eram colocados sobre seu corpo. E tudo isso aponta, através destas figuras, o ministério de Yeshua nas vestes sacerdotais.

Vejamos então algumas informações sobre isso.


2 – ESTUDO DAS PALAVRAS

A parashá dessa semana inicia com o familiar proclamar de D’us a Seu servo Moshê:


Ordenarás aos filhos de Israel que eles lhe tragam azeite puro e prensado de oliva para iluminação, para abastecer continuamente a lamparina” (Shemot / Ex 27:20).


Mencionamos na introdução desse estudo sobre o óleo para a menorá e para a unção, ele é feito a partir do fruto da oliveira. E segundo o site Emunah a fé dos santos, a oliveira é um símbolo do povo de Israel, conforme podemos ler em Jer 11:16:


Denominou-te o Eterno oliveira verde, formosa por seus deliciosos frutos...”


Ainda de acordo com o referido site, uma oliveira não morre. É uma árvore que não deixa de dar frutos. Quando alguns ramos se tornam velhos e deixam de dar fruto, são cortados e brotam novos que continuam a dar frutos. A oliveira necessita de dez anos para começar a dar frutos, mas o seu maior rendimento não chega antes dos 40 anos. A sua folha mantém-se sempre verde, e é uma árvore que não precisa de muita água. Ela aguenta um clima muito quente e seco. É impressionante o paralelo dessa árvore com nossa vida diante do Eterno, Baruch HaShem, pois o tempo inicial dela antes de dar fruto aponta para necessidade de encontrarmos com o Eterno verdadeiramente, e o nosso maior rendimento depois que o encontramos, é quando estamos vivendo nos passos da vida de Yeshua que veio no quarto milênio, que passamos a produzir mais frutos de justiça. E também, se estamos verdadeiramente firmados no Eterno, suportamos períodos de escassez e provas, devido a profundidade de nossas raízes, que é a nossa emunáh (fé, confiança, firmeza).

Interessante é notar que nessa porção o nome de Moshê não é mencionado nenhuma vez. Na verdade, desde o nascimento de Moisés até o final da Torá, esta é a única porção da Torá na qual o nome de Moisés não consta. Os rabinos entendem que esta omissão resultou do que Moshê proferiu sobre si mesmo. Após o pecado do bezerro de ouro, ele disse a D’us:


Se não perdoares o povo deste pecado, imploro-te, apague-me de Teu livro, que Tu escreveste!


Apesar de o Eterno ter perdoado os israelitas, a punição que Moshê invocou sobre si foi parcialmente realizada. D’us apagou o nome dele da parashá Tetsavê. Então, fica um entendimento antigo para nós, que as palavras de um justo realizam-se mesmo se a condição vinculada a ela não tiverem efeito. Vejamos alguns textos:


Do fruto da boca enche-se o estômago do homem; o produto dos lábios o satisfaz. A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gostam de usá-la comerão do seu fruto. Provérbios 18:20-21


Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de D’us. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim! Tiago3:9-10


Devemos então perceber, que a fala é uma arma poderosa, que pode infligir feridas mortais a grandes distâncias. Assim como palavras ásperas podem ferir quando dirigidas contra outra pessoa; também podem ser autodestrutivas. O talmud adverte que uma pessoa não deve falar mal até mesmo de si próprio. Se alguém denigre a si mesmo, outros também poderiam denegri-lo.

Então, a falta de menção do nome de Moisés nesta porção da Torá, tem um importante significado para quem o estuda. Se uma maldição condicional, que faz parte de uma apelação passional por perdão ao povo de Israel, pode ter consequências desfavoráveis, quão mais não o é quando as palavras são proferidas com raiva e hostilidade, seja contra si, seja contra outros.

Voltando ao verso inicial da porção em Ex 27:20, ainda temos mais instruções para receber da Torá. Após diversas instruções referentes à construção do Mishkan (Tabernáculo) e seus utensílios sagrados, o Eterno deu uma nova mitsvá. Segundo o site “ShemaYsrael”, a palavra “ordena” em hebraico é “tsawa”, que significa “ordenar, incumbir”. A raiz dela designa a instrução de um pai para seu filho, de um fazendeiro a seus lavradores, de um rei a seus servos. Isso reflete uma sociedade firmemente estruturada em que as pessoas tinham de prestar contas a D’us pelo direito de mandar! Ou seja, cada ato feito pelas pessoas está refletido nesta ordem! Vemos aqui os dois lados da questão: do lado do Eterno a bondade e o carinho no trato com seus filhos; de outro a responsabilidade de quem tem autoridade, pois ser-lhe-á cobrado no futuro, como essa pessoa exerceu aquilo que lhe foi confiado pelo Eterno. Esta palavra de ordem nos mostra também, a obrigatoriedade e a necessidade de haver o azeite puro para alimentar a menorá! O que veremos logo abaixo.

Sem o azeite a menorá não dá luz, e consequentemente não ilumina! O azeite representa nossas obras de justiça, ou seja, obediência aos mandamentos. Conforme vimos semana passada, a menorá aponta para Yeshua. E com isso, o Eterno aqui nos ensina, que a menorá com azeite é indispensável em nossa caminhada com Ele! Alguns tem a menorá, porém sem azeite; outros tem o azeite, porém sem a menorá! Temos aqui demonstrada a interdependência daquilo que recebemos de D’us: precisamos do ruach (espírito, mover, poder), que é a vida justa de Yeshua, mas também da obediência! (veja Mateus 25:1-13 e Hebreus 1:9) Não adianta queremos ter somente Yeshua, sem atuarmos em comunhão e sob a direção do exemplo da vida justa dele. Isso seria algo extremamente danoso para o Corpo do Messias. Mas infelizmente, é isso que geralmente estamos vendo dentro deste corpo! Falta a instrução a fim de entendermos quais são os processos usados pelo Eterno a fim de caminharmos com Ele!


Agora, sobre o mandamento de trazer o azeite de oliveira puro, batido para a Menorá (Candelabro).


O azeite é o produto da oliva ou azeitona. A árvore que produz oliva é a oliveira, e ela é um símbolo do povo de Israel, como lemos em Jeremias 11:16a:


Denominou-te o Eterno oliveira verde, formosa por seus deliciosos frutos


Segundo o site “Emunáh a fé dos santos”, no estudo desta porção:


Uma Oliveira não morre. É uma árvore que não deixa de dar fruto. Quando alguns ramos se tornam velhos e deixam de dar frutos, são cortados e brotam novos que continuam a dar fruto. A oliveira necessita de dez anos para começar a dar fruto, mas o seu maior rendimento não chega antes dos 40 anos. A sua folha mantém-se sempre verde, e é uma árvore que não precisa de muita água. Pode aguentar um clima muito quente e seco.”


O azeite é um produto muito saudável para o corpo humano, e tem várias utilidades, como por exemplo fritar, misturar em farinha e fazer bolos, para temperar, misturar saladas e até para servir como combustível para as lâmpadas de azeite, como no caso da menoráh (candelabro) do tabernáculo.

O mencionado site, também diz que o azeite é produzido através de fortes pressões. De igual modo os filhos de Israel purificam os seus corações e retornam ao Eterno quando estão sob a pressão (opressão, tribulações) das nações. Todos os demais líquidos podem misturar-se, mas o azeite não se mistura com os demais, assim, o povo de Israel é a única nação na história que não foi totalmente assimilada pelas nações sem perder a sua identidade. A identidade hebraica permanecerá para sempre. Veja que as dez tribos, foram se assimilando e perderam a sua identidade, embora vêm recuperando-a ao longo dos últimos dois mil anos, e nós somos exemplos e testemunhas disso, e tudo isso para cumprir o que o Eterno disse a Avraham, que através da descendência dele as famílias da terra seriam abençoadas. Porém, ainda assim, houve um remanescente de Israel que nunca perdeu a sua identidade, o povo judeu (Judá, e parte de Levi e Benjamim).

Qual a importância do azeite ser puro e batido? O que isso significa e o que podemos aprender com isso?

Segundo a tradição judaica, Moisés teria explicado ao povo o seguinte:


Somente as primeiras gotas extraídas da azeitona podem ser utilizadas para a Menorá. As primeiras gotas são perfeitamente claras e sem sedimentos, e produzem luz mais brilhante. O resto do azeite pode ser utilizado nas oferendas de minchá (sacrifícios da tarde), ofertas de farinha que são levadas ao altar, mas não para a Menorá.”


Observe também o que o comentário de rodapé da Torá da Editora Sefer nos diz: “Batido ou Macerado, produto da primeira pressão. A Torá prescreve que o azeite mais puro é o que deve ser usado para a Menorá, e o Midrash (ensino ou interpretação) comenta que, regra geral, o azeite que se utiliza para os alimentos costuma ser melhor, deixando a sobra para iluminação. Aqui acontece, entretanto, tudo ao contrário. As primeiras e mais puras gotas do azeite são as que se destinam à Menorá, e as demais, às oferendas de cereais. Esta é uma peculiaridade do povo judeu; as necessidades corporais consideram-se como de segundo plano em relação às espirituais.


Assim, aprendemos uma grande lição do fato de que se utilizava somente as primeiras gotas de azeite para o acendimento da Menorá, enquanto que, para as oferendas, o azeite da segunda prensagem era permitido. Uma pessoa que observe a Torá, geralmente, procura garantir que o alimento que sua família consome seja casher (puro). No entanto, muitas vezes está menos preocupado com o “alimento intelectual” que entra em sua casa na forma de literaturas ou outras mídias diversas. E de acordo com o ponto de vista da Torá, o “azeite para a Menorá”, que representa o intelecto, deve ser o mais puro possível. Esse azeite é superior ao da oferenda (simboliza nutrição). A Torá insiste que nossa mente deve ser nutrida apenas com as informações mais puras e refinadas. Por isso, devemos ter cuidado com o que lemos, assistimos ou ouvimos.

Em um estudo do site Chabad.org, encontra-se o seguinte:


Porque o azeite de oliva foi escolhido por Hashem?

Por que Hashem escolheu o azeite de oliva para o acendimento, em vez de qualquer outro tipo de óleo? A resposta é que Benê Yisrael são comparados à oliva.

De que forma o povo judeu é similar à oliva?

A oliva emana seu precioso líquido apenas depois de ter sido processada através de prensagem e batidas. Similarmente, como resultado de terem sido banidos de um lugar para outro pelos outros povos e serem perseguidos, Benê Yisrael purificaram seus corações e retornaram a Hashem. A essência interior de um judeu é pura. É só sua má inclinação (yêtser hará) que o impede de servir a Hashem. Uma vez que a camada exterior é removida por pressão externa, sua natureza de santidade se reafirma.

Todos os líquidos, quando misturados, mesclam-se numa mistura homogênea. O óleo é uma exceção, não se mistura, mantém-se separado. Assim também, Benê Yisrael é a única nação na história que não foi engolida pelos povos mas guardou, e continuará guardando para sempre, sua identidade distinta.

Antes de terminarmos o estudo desta porção, que também fala das vestes sacerdotais, é preciso lembrar que em Ex 28.1-3; 43 nos diz:


E farás vestidos de santidade para Aarão, teu irmão, para glória e formosura (esplendor).


Observe que o texto fala “vestes de santidade” (vigdei kodesh) “para glória e esplendor” (lekavod uletiferet), essas vestes sagradas concediam a eles uma proteção espiritual para que não levassem iniquidade. Arão não podia entrar em pecado no santuário, e as vestes lembravam e faziam que ele se separasse ou santificasse. Assim como os “tsitsiot” lembram aos homens dos mandamentos. Essas vestes significam separação, veja o que está escrito em Ap 19:7-8:


Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou. Foi-lhe dado para vestir-se linho fino, brilhante e puro". O linho fino são os atos justos dos santos.”


E este texto é análogo ao que o Rav. Sha’ul (Apóstolo Paulo) fala em Ef. 6.10-17 quando faz comparação com a armadura de Deus, veja:


Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo, pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz. Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.” Efésios 6:10-17


Podemos então perceber, que as roupas refletem o que está dentro de nós, mostram nosso caráter, ou seja, o que estamos fazendo e como estamos vivendo. A verdadeira batalha espiritual se combate com atos de justiça, conforme Tg 2.14-26:


De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: "Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se", sem porém lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta. Mas alguém dirá: "Você tem fé; eu tenho obras". Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras. Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios crêem — e tremem! Insensato! Quer certificar-se de que a fé sem obras é inútil? Não foi Abraão, nosso antepassado, justificado por obras, quando ofereceu seu filho Isaque sobre o altar? Você pode ver que tanto a fé como as suas obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras. Cumpriu-se assim a Escritura que diz: "Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça", e ele foi chamado amigo de Deus. Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé. Caso semelhante é o de Raabe, a prostituta: não foi ela justificada pelas obras, quando acolheu os espias e os fez sair por outro caminho? Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obras está morta.” Tiago 2:14-26


Aquelas roupas mostravam para o povo a seriedade daquilo que o sacerdote iria fazer, interagir com D’us pelo povo. Atualmente, nós interagimos com o Eterno por nós e pelas pessoas ao nosso redor, através das vestes novas que Yeshua nos legou por meio de seu sacrifício. As roupas são importantes? Sim. Basta ler Mt 22:2-14, a parábola das Bodas.

As vestes sacerdotais deveriam compor-se dos seguintes materiais:


E tomarão o ouro, e o azul, e a púrpura, e o carmesim e o linho fino” Ex 28.5.


Todos estes materiais nos falam sobre o caráter de Yeshua:

- Ouro – representa a divindade. O ouro é o mais nobre dos materiais e o único que é incorruptível. Por isso ele nos fala sobre a representatividade daqueles que possuem autoridade delegada pelo Eterno. Yeshua recebeu essa autoridade.

- Azul – essa cor nos fala sobre Yeshua, o Filho de D-us. O azul nos fala sobre o céu, que é a habitação do D-us Eterno. O usar o azul nos diz a procedência daqueles que o usam e a quem representam.

- Púrpura – Yeshua, o Rei. A púrpura era a cor da qual os reis se utilizavam a fim de demonstrarem sua realeza. Essa cor era muito difícil de ser conseguida e era portanto, muito cara. Somente os reis a usavam!

- Carmesim – Yeshua, o Salvador. O carmesim nos fala sobre sangue, sobre sacrifício, sobre vida. Ele nos lembra que este homem deveria sacrificar-se a si mesmo a fim de nos trazer a salvação (que está expressa em seu próprio nome!).

- O linho fino – Yeshua, o homem perfeito! Aqui parece haver uma contradição, pois nós não conhecemos um homem perfeito. Só o fato de ser homem já nos fala sobre sua falibilidade e imperfeição. Mas foi justamente esse o desafio de Yeshua: nascer e viver como o homem perfeito, obedecendo aos mandamentos de HaShem, a fim de resgatar o imperfeito homem! Por isso o linho nos diz que Ele seria o único a Ter essa condição em sua vida e caráter aqui na terra!

E é justamente por esse motivo (o de estar representando alguém e também o de estar buscando algo) que o sacerdote vestia-se diariamente com suas vestes especiais, a fim de apontar para o futuro e para Aquele que viria a fim de cumprir em sua vida todos os requisitos do perfeito Sacerdote do Altíssimo!

Também é importante destacar que, o fato de que os cohanim (sacerdotes) só poderiam realizar o serviço trajando as vestimentas sagradas indicava a santidade de seus atos. Isto nos ensina que quando um servo do Eterno ora ou cumpre uma mitsvá deve ser cuidadoso no vestir, e conduzir-se com dignidade perante o Eterno. Todas as nossas ações devem ser muito bem ponderadas e refletidas à luz da Torá.

E ainda um último aspecto a ser observado no estudo dessa semana é o seguinte:


E vestirás com eles a Aharon teu irmão, e também seus filhos: e os ungirás e consagrarás, e os santificarás, para que me administrem o sacerdócio” Ex 28.41.


A palavra “ungir” em hebraico é “mashah” e significa “ungir, espalhar um líquido”. Isso aponta para o fato de que após se proceder o determinado no texto, o sacerdote se tornaria um ungido ou messias (mashiach). Esta unção é que distinguia aquele homem e seu caráter a fim de oficiar ou celebrar diante do Eterno. Para que o sacerdote fosse ungido seria necessário um componente muito importante: o óleo. E já vimos neste estudo o que o óleo significa. Ou seja, assim como para um homem da tribo de Levi, da família de Aharon precisava do óleo para capacitá-lo a ser um sacerdote aceito pelo Eterno, nossas vidas também precisam do óleo, que são os atos de justiça e boas obras, para sermos aceitos diante do Eterno como sacerdotes.

Assim, o ungido somente seria um homem especial, de acordo com o site ShemaYsrael, se recebesse a unção com o azeite (que é um símbolo dos atos de justiça). Este azeite deveria ser derramado sobre ele. Isto nos fala de dois aspectos: o primeiro é que o que é derramado vem sempre em grande quantidade! A unção que o Eterno nos dá é sempre em grande quantidade. Quanto mais obedecemos, mais condições recebemos para obedecer. Nós não recebemos do Senhor uma “pequena” quantidade de óleo, mas sim um derramar de sua presença e uma grande unção a fim de que possamos vencer o nosso inimigo. O segundo é que este “derramar” vem do alto! Não pode-se derramar algo sobre alguém sem estar sobre, ou acima da pessoa em quem se derrama! Percebemos então que o azeite nos é dado, nos é derramado pelo próprio D-us, que de cima nos dá a unção necessária a fim de cumprimos nosso chamado.

Que o Eterno continue a nos capacitar e dar condições de sermos obedientes e fiéis servos, levando pessoas ao encontro da verdade e da justiça de D’us, trilhando sempre o caminho que ele preparou para cada um de nós, ou seja a sua Torá.

Que HaShem lhes abençoe!


Bibliografia:


- Torá – Lei de Moisés. Editora Sefer

- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.

- http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/

- http://hebraico.top/biblia-hebraica-online-transliterada/

- http://shaareishalom.net.br/bo-o-nome-diz-tudo/

- http://chumash.escolajudaicavirtual.org/31.html

- http://shemaysrael.com/parasha-tetzaveh/

- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/771027/jewish/Resumo-da-Parash.htm

- https://shemaysrael.com/tetsave-ordena/

- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/913190/jewish/O-Nome-de-Mosh.htm

- http://emunah-fe-dos-santos.weebly.com/uploads/1/4/2/3/14238883/20-_tetsav_ordenars.pdf

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Estudo da Parashá Terumá

 

Estudos da Torá


Parashá nº 19 – T’rumá (Oferenda, Oferta ou Coleta)

Shemôt/Êxodo Ex. 25:1-27:19

Haftará (Separação) 1Rs 5:12-6:13 e

B’rit Hadashah (Nova Aliança) Mc 3:1-4:41; Mt 5.33-37


1 - INTRODUÇÃO

Vamos ao resumo da parashá dessa semana, extraído do site chabad.org.

A parashá Terumá inicia uma série de quatro das cinco porções que discutem em detalhes a construção do mishkan, o Tabernáculo móvel que servia de "local de repouso" para a presença de D'us entre o povo judeu.

A porção completa da semana relata a descrição de D'us a Moshê sobre como construir o mishkan, começando com uma lista dos vários materiais preciosos a serem coletados pelo povo judeu para este projeto monumental.

D'us descreve a magnífica Arca de madeira e ouro que abrigaria as tábuas com os Dez Mandamentos, completa com sua cobertura deslumbrante representando dois querubins (anjos com rosto de crianças) um de frente para o outro. Em seguida, D'us entrega a Moshê as plantas do Shulchan (mesa sagrada) sobre a qual os Lechem Hapanim (Pães da Proposição) serão colocados a cada semana.

Seguindo-se à descrição da Menorá de ouro puro que deveria ser feita de um único pedaço grande de ouro, D'us descreve a estrutura do próprio mishkan, detalhando a cobertura esplendidamente tecida e bordada, as cortinas, as divisões e as paredes externas móveis. A Porção da Torá conclui com as instruções para o altar de cobre e o grande pátio externo do mishkan.

Essa porção recebe o nome da atitude que o Eterno mandou que os filhos de Israel tomassem, eles deveriam fazer T’rumá (Oferenda, Oferta ou Coleta). O termo “Terumá ou T’rumá” guarda o significado de oferta, coleta ou contribuição. Ela vem da raíz “rûm” que significa altura, altivez, alto ou para cima. De acordo com o site Shemaysrael.com, há a idéia também de louvor que nos introduz ao conceito de “altos louvores” e também de “ser exaltado”. Com isso poderemos entender que estas ofertas não eram para Moshê (Moisés), mas elas deveriam ser dadas de forma correta, ou seja, de coração para D’us. O objetivo destas ofertas está implícito na própria palavra “terumá” que nos fala a respeito de “altos louvores” sendo prestados a HaShem, ou seja, a fim de que ele seja exaltado. Vejamos então, algumas informações importantes acerca do objetivo final desta oferta, e do que a Torá irá nos instruir sobre essa porção.

Há muitos aspectos que se estudar nessa parashá, pois ela é muito profunda, assim como todas as outras, por isso, estamos enfocando apenas alguns aspectos de forma mais prática, para colaborar com o entendimento e com a nossa teshuváh.


2 – ESTUDO DAS PALAVRAS

A parashá Terumá inicia uma série de quatro das cinco porções que tratam acerca dos detalhes da construção do Mishkan (Tabernáculo), que servia de “local de repouso” para a presença do Eterno (a Shechiná) dentre o povo hebreu. Sendo assim, essa porção vai tratar dos materiais utilizados na construção do Mishkan, bem como seus respectivos significados proféticos. Durante a semana você já deve ter estudado o aspecto profético. Quando você lê essa porção tem a oportunidade de aprender a importância de cada coisa em seu devido lugar e a forma que o Eterno usou, a fim de caracterizar através de cada objeto, a forma e os objetivos do culto à HaShem. E percebemos que o Eterno gosta das coisas corretas, não pode ser do nosso jeito, pois há um princípio que rege o serviço ou culto.

Essa é uma porção que aparentemente é monótona, devido às descrições detalhadas dos utensílios, entretanto note-se que há mistérios por trás de cada uma delas, porém com o advento do Mashiach (Messias), tais mistérios foram esclarecidos parcialmente, e podemos Glórificar a D’us por termos a oportunidade de entrar aos estudos da Torá e descortinar esses mistérios.

O início desse trecho de estudo é com o verso que diz:


E falou o Eterno a Moshê, dizendo:”.


A palavra que define o Eterno em hebraico é o tetragrama יהוה, que na nossa língua é representado por YHVH e que significa: “Eu me torno aquilo que me torno” ou “Eu serei aquilo que serei”. Mais uma vez o Eterno se apresenta com a perspectiva de tornar-se algo que seu povo naquele momento necessitava, o Mishkan (Tabernáculo). E naquele momento a “Davar” (Palavra) do Eterno chega a Moshê como uma ordenança, a fim de que os filhos de Israel pudessem, ao cumpri-la, serem abençoados grandemente. E percebemos que o Eterno está, mais uma vez levando seu povo a envolver-se com Ele de forma íntima e definitiva.

O segundo versículo dessa porção diz: “Fala aos filhos de Israel que separem para mim uma T’rumá (oferenda, oferta, coleta); de todo homem em que o coração impelir a isso, tomareis minha T’rumá.” Perceba que HaShem deixa claro que a T’rumá era para Ele, e veja o porquê disso. Essa “coleta” que D’us ordenou lista 15 diferentes materiais para a construção do Mishkan e seus componentes. Cada material foi selecionado por D’us para conceder ao povo um mérito ou benção especial ao doá-lo, e os sábios de Israel estudam um a um, no entanto, não teremos espaço aqui para isso, e por esse motivo deixaremos para uma próxima vez, sigamos em frente, pois ainda há muito que estudar.

No estudo dessa parashá no site Emunah a fé dos santos, ao mencionar este verso 2, comenta-se que esta oferta é chamada “terumá”, que não é uma expressão fácil de traduzir. Ela significa “doação”, “dom”, “dádiva”, “presente”, “tributo”, “oferta”. Vem da raiz “rum” que significa “alçar”, “elevar”. Está relacionada com algo que se levanta para separar do resto. A mesma palavra é usada para a oferta que se dá ao sacerdote, dos produtos agrícolas antes de dar o dízimo, conforme mencionado anteriormente. Veja que o mencionado site ainda diz que, o sentido pode ser entendido como uma porção separada que se “eleva” como oferta para uso sagrado. As ofertas devem ser kosher (apropriadas) e não trefá (não apropriadas). A nossa oferta representa-nos, devemos estar aptos para a oferecer.

Veja como funcionava, a oferta do holocausto representa-nos da seguinte forma:

- Primeiro oferecem-se os pés = o nosso caminhar;

- Depois as gorduras = as nossas energias;

- E as vísceras = o nosso interior;

- a cabeça = os nossos pensamentos.

Note que os dízimos são uma obrigação mas as ofertas são voluntárias (exceto as prescritas para as festas do Eterno). Por isso, somente os que têm um coração de boa vontade podiam contribuir nesta obra de construção do tabernáculo.

É importante notar o fato que o Eterno diz: “...de todo homem em que o coração impelir a isso,…” a oferta deveria ser de coração. Isso nos lembra algo que o Rav. Sha’ul (apóstolo Paulo) diz:


Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra;” (2 Co 9:7,8).


E vemos no decorrer do texto que assim foi, os filhos de Israel contribuíram muito, a tal ponto de Moshê mandar parar. E aqui, percebemos o propósito de HaShem ao permitir que os egípcios dessem muitos presentes para os israelitas, quando estavam para sair do Egito, já estudamos sobre isso. Fica para nós uma bela lição a ser aprendida com essa passagem. Todas as vezes que dispomos em nossos corações de fazer algo verdadeiramente para HaShem, e assim fazemos, é retornado para nós em forma de bençãos.

Nesse momento, no entanto, diante do que já foi exposto até aqui, cabe-nos fazer uma pergunta:


Porque D’us ordena ao povo de Israel que lhe construa um Tabernáculo?


Em meio ao povo de Israel muitos midrashim (ensinos) e parábolas são contadas para que se possa ter uma melhor compreensão dos assuntos tratados na Torá. Assim, conta-se que um príncipe viajou de um país distante para casar-se com a filha única do rei. Quando quis partir com ela, o rei disse: “Não posso deixá-la partir, ela é minha filha única. Por outro lado, ela também é sua esposa, e não tenho o direito de detê-la aqui. Por isso, pedir-lhe-ei um favor. Construa um quarto extra para mim, onde quer que se estabeleçam; de maneira que eu possa viver perto de vocês!”

Igualmente, perceba que, depois que D’us deu a Torah, Sua filha preciosa, aos filhos de Israel, conforme vimos na parashá passada, pediu-lhes que construíssem um Tabernáculo (Mishkan), no qual Sua Shechiná (Presença) residiria permanentemente na terra.

Então respondendo a pergunta, podemos dizer que era projeto do Eterno habitar com o homem, aparentemente no Mishkan que estava mandando construir, mas o propósito era muito maior, pois verdadeiramente ele queria habitar dentro de cada um, repare o que o Eterno diz em Ex. 25.8. Na maioria das Bíblias está escrito assim:


E me farão um santuário e morarei entre eles.”


Em hebraico, no entanto, está escrito assim:

וְעָשׂוּ לִי, מִקְדָּשׁ; וְשָׁכַנְתִּי, בְּתוֹכָם

veasu li mikdash veshachanti betocham”

Literalmente é: “E farão para mim um local de santidade e habitarei dentro deles”

Podemos ainda verificar sobre isso, o que Yeshua fala em Jo 14:2:


Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar.”


O Mestre estava a falar aqui da Beit Hamikdash (Casa da Santidade ou Templo Sagrado), e podemos também reparar para um melhor entendimento, o que disse João em Ap. 21. 3:

Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: “Agora o tabernáculo de D’us está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão o seu povo; o próprio D’us estará com eles e será o seu D’us.”


Assim, fica claro que o projeto de HaShem, era desde o princípio, habitar com o homem e ao mesmo tempo no homem. E a construção do Mishkan tinha esse propósito, na verdade o Mishkan era a representação da presença divina em meio aos homens através do messias. Por isso todo o tabernáculo aponta para o messias e para os remanescentes. E Yeshua representa essa presença divina em meio aos homens, tanto que essa passagem de apocalipse mencionada diz respeito a Yeshua vindo reinar na terra, representando a presença do Eterno (Santo Bendito seja ele).

Esse lugar da presença divina, o Mishkan (Tabernáculo e mais tarde o Beit Hamikdash – Templo Sagrado), era importante, segundo dizem os rabinos, para os filhos de Israel, de três maneiras:

  1. Como resultado do serviço realizado da maneira como HaShem prescreveu, os filhos de Israel recebiam proteção celestial contra quaisquer possível atacante.

  2. O Mishkan era fonte de inspiração espiritual. Cada hebreu que frequentasse o Mishkan e o Beit Hamikdash era estimulado a incrementar a observância da Torá e dos mitsvot. O Santuário e o Templo eram permeados por uma atmosfera de temor a HaShem, e observando os cohanim (sacerdotes) realizarem o serviço, os filhos de Israel eram motivados a aprimorar sua espiritualidade ou seja, sua vida de justiça.

  3. A nação inteira testemunhava constantemente milagres óbvios nos Mishkan e no Beit Hamikdash. Estes fenômenos sobrenaturais demonstravam o amor de HaShem por seu povo; era como a relação de pai e filho.

O site Shemaysrael.com mostra três parábolas vindas das tradições do povo de Israel que ilustram os motivos do Eterno para desejar que construíssem o Mishkan para ele. Vejamos abaixo:

D’us anunciou ao povo hebreu: “Vocês são meu rebanho, e Eu sou o pastor. Assim como um pastor arma a tenda perto das ovelhas para cuidá-las, Eu desejo ter uma morada perto de vocês.”

“Vós, o povo judeu, sois Meu vinhedo e Eu, D’us, o guardador do vinhedo. Aquele que cuida do vinhedo normalmente vive em uma choupana perto do vinhedo, de onde possa observá-lo para assegurar-se de que não entrem ladrões. Construam, pois, uma choupana para Mim junto ao vinhedo.”

“Vós, o povo judeu, também sois meus filhos; e Eu, D’us sou vosso pai. É uma grande honra para os filhos viver em um lar próximo ao pai e também é uma honra para o pai viver perto dos filhos.”

Reparem que o mencionado site dá as seguintes chaves para as três parábolas:

D’us é comparado:

1 - A um pastor;

2 - A um vinhateiro; e

3 - A um pai.

Por que não basta uma comparação? Por que é necessário haver três parábolas diferentes?

Na verdade, estes são três momentos diferentes da história do povo judeu. Em cada época, D’us manteve uma relação distinta com seu povo.

1 - Quando o Povo de Israel perambulou pelo deserto, D’us morava em um Tabernáculo parecido a uma tenda de pastor. Um pastor não vive em um lugar fixo. Segue o rebanho onde este vai para pastar e arma sua tenda perto das ovelhas para protegê-las e procurar-lhes comida.

Do mesmo modo, D’us “seguiu” o povo judeu pelo deserto. Como um pastor fiel, guardou-os dia e noite e estendeu Suas nuvens ao redor deles, e os alimentou com maná, aves, e água da fonte.

2 - Em Israel o rei Salomão construiu o Templo Sagrado para D’us, um edifício de pedra. Assim como o vinhateiro cuida do vinhedo, do mesmo modo D’us protegeu a Terra de Israel de todos os inimigos. Mesmo assim, o Templo Sagrado foi comparado apenas a uma “choupana” e não a um lugar permanente, pois não durou para sempre. D’us predisse que o Templo Sagrado continuaria existindo somente enquanto os filhos de Israel guardassem fielmente a Torah. Quando abandonaram as mitsvot de D’us, o Templo Sagrado, ambos o primeiro e o segundo, foram eventualmente destruídos.

3 - Quando Mashiach vier e D’us nos der o terceiro Templo Sagrado, esse será comparado a um “lar” - pois durará para sempre. Então todos verão que D’us é nosso pai e que somos Seus filhos. Claro que a noção de terceiro templo é profética, e há muitas linhas de entendimento sobre ele, que não convém nos aprofundarmos aqui.

Ao ouvir as palavras de D’us: “Que façam um Santuário para Mim, para que habite dentre eles”, Moshê ficou surpreso. “Como podes Tu, Cuja Glória preenche céus e terra, habitar numa humilde moradia que erguemos para Ti?” – perguntou.

HaShem respondeu: “Nem ao menos preciso do Tabernáculo inteiro como local de residência. De fato, confinarei Minha Shechiná à limitada área onde se localizará a arca.”

Podemos confirmar ainda, que o Eterno não desejava habitar em uma construção humana, quando David Hamelech (O Rei David) desejou construir uma casa para Hashem, o que foi dito a ele.

Em todos os lugares em que tenho andado com Israel, falei eu jamais uma palavra a um dos juízes de Israel, a quem mandei que apascentassem o meu povo, dizendo: Por que não me tendes edificado uma casa de cedro?” (1 Crônicas 17:6)

Sabemos no entanto, que o Eterno permitiu que fosse construído uma casa, o Beit Hamikdash(casa da santidade) pelo descendente de David, o Rei Salomão, isso fora anunciado nos versos posteriores ao mencionado acima. Assim, em Seu grande amor pelo povo que escolheu, Hashem restringiu Sua Shechiná ao Tabernáculo, próximo aos Seus filhos. O Tabernáculo físico de madeira, contudo, era apenas um símbolo para a verdadeira habitação da Shechiná – o coração de cada um dos seus filhos.

Como é possível transformar o coração de alguém num Santuário para a Shechiná? Isto é alcançado devotando-se o coração à Torah e ao serviço de D’us.

A narrativa bíblica, ajuda-nos a discernir entre a verdadeira profecia, e aquilo cujo fruto está na vaidade, ou no coração do homem. O Eterno não tem nada contra o fato de um grupo querer ter um espaço para se reunir, ou que seja suficiente para caber todas as pessoas numa reunião. Porém, não importa se esse espaço é próprio, alugado, emprestado, se é na casa de alguém, num salão de festas, na praia, num parque, enfim, onde quer que seja. Porque Yeshua já deixou clara a condição que Ele deseja para nós:



Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mateus 18:20)


Portanto, repito que não há nada, sob o ponto de vista das Escrituras, contra a existência de um local fixo de reunião. Tanto que o Eterno consentiu quando David fez tal pedido. Se nós formos abençoados com essa oportunidade, alegremo-nos no Eterno. Porém, essa não pode ser jamais uma condição para que se forme uma assembleia de pessoas que crêem em Yeshua, nem se pode pensar que a santidade ou a importância está no local, e não na reunião das pessoas. Então reflita no seguinte, se estás numa situação de aguardar que um trabalho seja levantado ou seja feito na cidade em que vive, para que só então possa ter comunhão com HaShem e com outros irmãos, então não estamos agindo em conformidade com as Escrituras. E quando não agimos em conformidade com as Escrituras, nem sequer adianta orar pedindo que o Eterno mude uma situação. Porque D’us não ouve oração de transgressores, conforme lemos em Pv 28:9:


O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.”


Em Ex 25:8 lemos:


E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.”


Nas porções passadas vimos como se estabeleceu o pacto matrimonial entre a Palavra do Eterno e Israel. Depois do primeiro passo, o noivado, chega o tempo de preparar uma casa para o novo matrimônio. Segundo o mencionado site, e como vimos até aqui, podemos ver que essa é a razão pela qual o Eterno dá instruções para que se prepare uma casa para viver com a sua esposa. Esta casa é uma sombra da casa celestial que o Eterno preparou para ser revelada nos tempos finais, cf. Apocalipse 15:5; 21:3.


E, depois disto, olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu.” Ap 15:5


E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.” Ap 21:3


Conforme vimos no comentário do verso 2 acima, o texto hebraico não diz que o Eterno irá habitar “entre eles”, mas sim “neles”, em hebraico “betocham”. O mais lógico seria dizer: “e Eu residirei em vós”, mas aqui diz que vai morar dentro do povo de Israel e por isso teriam que lhe fazer um santuário.

O verdadeiro lugar da morada é o coração de cada uma das pessoas do povo de Israel, que entregaram o seu coração ao Eterno. Isto ensina-nos que a Presença Divina residia no tabernáculo, por causa dos Israelitas. Eles eram o verdadeiro “santuário” da presença Divina.

Acerca do verso 8, o site Shemaysrael diz que, a palavra “santuárioem hebraico é miqdash e significa “lugar santo, santuário, parte sagrada. Em conformidade com as palavras desta raiz (qdsh), miqdash denota aquilo que foi dedicado ao domínio do sagrado. Aqui refere-se à área física dedicada à adoração ao Eterno. HaShem estabelece que deve haver um lugar a fim de que haja um encontro entre o Eterno e o homem: o miqdash! Este lugar foi previamente separado para uso exclusivo do Eterno. Ali é o seu domínio, o lugar onde o secular e o santo se encontram. Ali o Eterno determinou ser o lugar para que o homem receba sua Palavra e sua presença! Ele viria para aquele lugar a fim de ali habitar. Isso ressalta a ideia de vizinhança e de proximidade. Mais uma vez vemos aqui o carinho demonstrado pelo Eterno a fim de estar próximo ao homem, de ser seu vizinho, de estar sempre perto dele a fim de socorrê-lo ou mesmo estar disponível para o homem que o ama!

De certa maneira, isso pode soar estranho, mas vejamos a coisa por este lado: o Eterno é o nosso Criador e consequentemente é o nosso Pai. Existem vínculos familiares fortíssimos entre nós. Sendo assim ele, como todo pai, deseja ficar, estar, permanecer próximo de seus filhos. Isso é tão natural para nós, porque não seria para Ele? Por isso o Eterno providenciou um lugar a fim de estar junto dos seus amados. No passado isso ocorria assim e hoje nós temos o privilégio de ter o D-us Eterno tabernaculando em nós através de Ruach Elohim (O Espírito de D-us)! Ele continua estando próximo, e muito próximo, de nós! Isso não é maravilhoso?


25:9 “Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus pertences, assim mesmo o fareis.”


Quando Moshê (Moisés) subiu ao monte, HaShem mostrou-lhe o desenho do mishkan (tabernáculo), de forma completa, pois ele deveria seguir para construir o tabernáculo, e ele deveria ter três seções:


1 - O Santo dos Santos: Era a seção mais santa do Tabernáculo que continha a arca com as Tábuas da Lei.

Na entrada do Santo dos Santos pendia um cortinado chamado parôchet. Este cortinado dividia o Santo dos Santos da segunda seção, o kôdesh.

Somente o sumo-sacerdote tinha permissão Divina de entrar no Santo dos Santos, e somente um dia por ano: no Yom Kipur.

2 - A segunda parte do Tabernáculo era menos sagrada que o Santo dos Santos. Chamava-se kôdesh. Ali ficavam a mesa, a menorá, e o altar de incenso.

As duas seções juntas eram denominadas "Ôhel Moed"(Tenda do Encontro).

3 - A terceira parte era o pátio. Era menos sagrado que o kôdesh. Ali Moshê colocou o grande altar de cobre sobre o qual eram oferecidos todos os sacrifícios de animais.

D'us também explicou a Moshê exatamente como construir cada um dos objetos do Tabernáculo. Começou por explicar-lhe sobre a arca, pois era o recipiente mais sagrado do Tabernáculo.


Podemos perceber que a Torá nos mostra que quando o Eterno pretende fazer algo ele revela, ele não faz nada oculto.

Segundo o site Emunah-fé-dos-santos, o tabernáculo do deserto é uma figura de várias coisas. Pode ser entendido como um reflexo do universo. Há várias palavras idênticas neste relato que nos ligam com o relato da criação. Moisés teve que estar durante seis dias na nuvem antes de ser chamado desde o interior no sétimo dia, o qual conecta esta obra com a criação de que foi feita em seis dias cf. Êxodo 24:16


E habitava a glória do SENHOR sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; e, ao sétimo dia, chamou o SENHOR a Moisés do meio da nuvem”.


Podemos analisar isso profeticamente, Moisés representa o povo do Eterno (Judeus e ex-gentios), a nuvem representa a presença divina por meio do Ruach (poder), os seis dias representam a preparação do povo e o trabalho de despertar os remanescentes e o sétimo dia, em que ele foi chamado representa a volta de Yeshua, quando ele chamará o povo do Eterno para lhes revelar os segredos do Olam Rabáh.


E ainda segundo o mencionado site, podemos comparar o tabernáculo, com outras quatro coisas:


- Um santuário celestial, cf. Hebreus 8:2; 9:11-24.

- O corpo do Messias, João 1:14; 2:18-22.

- O corpo do crente, 1 Coríntios 6:19.

- A Kehilá, a congregação do Messias, 1 Pedro 2:4-10; 1 Corintios 3:16-17; 2 Corintios 6:16.


Em todas estas habita a presença do Eterno de forma mais ou menos intensa.


25:10 “Também farão uma arca de madeira de acácia; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a sua altura.”


Note algo interessante! Segundo o site Shemaysrael, de todos os utensílios do Tabernáculo, D’us ordenou que a arca fosse construída primeiro. Instruiu que sua construção precede até mesmo a próprio Tabernáculo. Confiram no verso 9. A arca constava de três caixas abertas na parte superior; uma encaixava dentro da outra. A caixa menor era de ouro puro, e encaixava dentro de uma de madeira. A caixa de madeira encaixava dentro de uma caixa maior, que era feita de ouro. Desta maneira, a arca de madeira, era folheada a ouro por dentro e por fora, exatamente como D’us ordenara.


A caixa de ouro externa tinha um belo rebordo de ouro, semelhante a uma coroa. A arca onde as tábuas foram guardadas simbolizava a Torah, e os ornamentos representavam a Coroa do estudo da Torah.


A arca é o objeto mais íntimo do mishkan (tabernáculo), de acordo com o site emunáh-fé-dos-santos. HaShem começa sua obra de dentro para fora, assim como faz em nossas vidas. O homem olha desde fora para dentro, mas o Eterno olha desde dentro para fora, pois só conseguimos demonstrar externamente a transformação e o arrependimento, quando tudo isso já começou dentro de nós, como está escrito em 1Sm 16:7:


Porém o Eterno disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Eterno não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Eterno olha para o coração.”


Um profeta do Eterno aprende a ver como o Eterno vê as coisas, desde dentro. Um profeta pode ver os corações dos homens, como está escrito em João 2:24-25:


Mas o mesmo Yeshua não confiava neles, porque a todos conhecia; E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem.”


Nós também devemos aprender a ver dessa forma! E entender que o Eterno começa por dentro, essa porção nos mostra exatamente isso. Quando o Eterno trata com o ser humano, ele faz sempre de dentro para fora. Há um grande problema de muitos homens, que é tentarem tirar os maus frutos, as más obras da vida, mas não trabalham na raiz que causa e que produz esses maus frutos, ou seja, procuram remover o problema e menosprezam a origem do problema. Ou vivem uma vida de aparência, por não tratar das causas dos problemas. Poderemos viver todo o tempo tentando melhorar nossas ações e as nossas palavras, contudo não teremos sucesso, se não mudarmos nossos corações, pois dele é que vem todas as más inclinações e obras, como podemos observar em Mc 7:21-22:


Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, Os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.”


Vejamos o que a arca simboliza.

Ela representa a Shechinah (presença) do Eterno no meio do seus servos, pois ela ficaria dentro do tabernáculo.

D’us conferiu ao povo de Israel três “coroas” (posição de grandeza), conforme shemaysrael.com:

- A coroa da Torá, que era representada pela arca;

- A coroa do sacerdócio, que era representado pelo altar; e

- A coroa da monarquia, que era representada pela mesa.


A coroa do estudo da Torah sobrepõe-se aos dois ofícios. Somente um judeu nascido numa família real ou sacerdotal poderia ser elegível para posições de monarquia ou sacerdotal. A oportunidade de se tornar um grande sábio de Torah, contudo, é acessível a qualquer um. Por isso nosso Messias Yeshua nos manda fazer discípulos, pois para discipular alguém, é preciso estudar a Torah.


Contudo, a arca também representava o estudioso de Torah. Ela sendo feita de ouro por dentro e por fora revestindo a caixa de madeira, esta caixa representa o homem.

As arcas interiores e exteriores que eram de ouro, indicam que os sentimentos íntimos de um estudioso de Torah devem coadunar-se com sua conduta externa. Pobre do estudante de Torah que porta a Torah em seus lábios, enquanto seu coração é desprovido de temor a D’us!

25:16 “Depois porás na arca o testemunho, que eu te darei.”

Entendendo que o tabernáculo representa o homem, a arca simboliza o coração, o mais íntimo. O Eterno daria o testemunho que seria colocado dentro da arca. E isso tem uma importância, pois muitos pensam que o testemunho é nosso, mas o Eterno estabelece o testemunho de acordo com nossas vidas.

Dentro da arca seriam colocados três coisas que serviriam de testemunho:

- As duas tábuas do testemunho, que representam toda a Torá;

- Uma porção de maná, Ex 16:32-34; e

- A vara de Arão, Nm 17:5, 8-10.


O testemunho é o nome que o Eterno pôs sobre as duas tábuas de pedra que foram colocadas na arca. Este texto diz que o Eterno daria a Moisés o testemunho no futuro. Isto alude não apenas às duas tábuas mas sim também ao testemunho messiânico que iria ser entregue mais adiante a todos os que receberam o testemunho do Messias, como está escrito em Hebreus 3:5.


E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar;


Dentro do coração do crente há um testemunho, uma voz que fala e diz-nos que somos filhos do Eterno, como está escrito em Romanos 8:16:


O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Elohim.”


Diz-nos a palavra em 1 João 5:10-12:


Quem crê no Filho de Elohim, em si mesmo tem o testemunho; quem a Elohim não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Elohim de seu Filho deu. E o testemunho é este: que Elohim nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Elohim não tem a vida.”


2 Coríntios 13:5:


Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Yeshua haMashiach está em vós? Se não é que já estais reprovados.”


O site Emunáh-fé-dos-santos diz que O espírito da profecia é aquele que dá testemunho no nosso interior, na parte mais profunda do nosso coração, não na nossa mente. Esse espírito dá o testemunho de Yeshua, revela os segredos do Messias que constam nas Escrituras. Se alguém é sensível ao testemunho de Yeshua que há no seu espírito, irá ser esclarecido nas escrituras. Pois o espírito da profecia ou o mover da profecia é a própria Escritura. A maioria das coisas que partilhamos recebemos pelo testemunho que foi colocado no nosso coração, ao longo do tempo que temos vindo a estudar as escrituras. E isso nos mostra como é importante está sempre estudando as Escrituras.


25:17 “Também farás um propiciatório de ouro puro; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio.”


Depois de entendermos um pouco da arca e de seu conteúdo, vejamos o que a cobria, o propiciatório. Considera-se que era uma ilustração do Trono da Glória que existe no céu, conforme Hb 4:16:


Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.”


A palavra hebraica que foi traduzida como “propiciatório” é “kaporet” que significa cobertura, coberta. Ela vem da raíz “kafar” que significa calafetar, cobrir, perdoar, absolver, compensar, expiar. Ela vem da mesma raíz da palavra usada para o dia de expiação Yom Kippur.


25:18 “Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório.”


Há algo interessante a ser observado neste verso. HaShem manda construir dois querubins de ouro. E isso a primeira vista parece ser contraditório, afinal o Eterno está mandando construir duas imagens do que há em cima no céu, quando a Torá diz ser proibido fazer imagens de escultura. O fato é que Êxodo 20:4 diz “não farás para ti…” as palavras chave deste versículo são: “para ti”, ou seja, fazer imagens para adoração. Isso é proibido!


Os querubins não foram objetos de adoração. Eles representavam criaturas que servem ao Eterno, sempre próximos ao trono de HaShem. O propiciatório, que ficava em cima da arca da aliança, representava o trono do Eterno.


Depois de dar as descrições do propiciatório, o Eterno entrega a Moshê as plantas do Shulchan (mesa sagrada) sobre a qual os Lechem Hapanim (Pães da Proposição) serão colocados a cada semana.


Seguindo-se à descrição da Menorá de ouro puro que deveria ser feita de um único pedaço grande de ouro, D'us descreve a estrutura do próprio Mishkan, detalhando a cobertura esplendidamente tecida e bordada, as cortinas, as divisões e as paredes externas móveis.

Essa parashá (porção) da Torá conclui com as instruções para o altar de cobre e o grande pátio externo do Mishkan.

O Mishkan (tabernáulo) e os utensílios dele nos mostram o que e como devemos nos relacionar com o nosso Elohim. Ele providenciou graciosamente um modelo a fim de estarmos entrando em um relacionamento com ele da forma correta, pois ao contrário do que possam ensinar as religiões há um meio correto de haver relacionamento entre HaShem e o homem. A Torá nos ensina passo a passo, quando nós poderemos, através de nossa caminhada seguindo os passos de Yeshua, nosso messias, atingirmos o lugar que deseja o nosso coração: o Santo dos Santos e a presença final do D’us Eterno. Ele nos criou com essa finalidade, e foi para isso que Yeshua viveu uma vida justa, e foi ressuscitado depois da morte na estaca, e por isso o Ruach nos convenceu e nos colocou no caminho. Para que vivamos uma vida de santidade na presença do Eterno.

Essa parashá é repleta de detalhes e há muito o que aprender, por isso devemos dizer Bendito seja o Eterno nosso Elohim que nos permite estudar sua Torá, e que podemos anualmente voltar e estudar mais uma vez a mesma passagem, a fim de que possamos nos ater no que não pudemos nesse momento. Estudaremos a Torá a vida toda e não chegaremos ao nível de dizer eu já sei tudo, já cheguei ao final.


Que o Eterno lhe abençoe!


Bibliografia:


- Torá – Lei de Moisés. Editora Sefer

- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.

- http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/

- http://hebraico.top/biblia-hebraica-online-transliterada/

- http://shaareishalom.net.br/bo-o-nome-diz-tudo/

- http://chumash.escolajudaicavirtual.org/31.html

- http://shemaysrael.com/parasha-teruma/

- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/771026/jewish/Resumo-da-Parash.htm

- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/822811/jewish/Mensagem-da-Parash.htm

- http://emunah-fe-dos-santos.weebly.com/uploads/1/4/2/3/14238883/19-_terum_oferta.pdf