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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Estudo da Parashá Tetsavê (Ordena)

 

Estudos da Torá


Parashá nº 20 – Tetsavê (Ordena!)

Shemôt/Êxodo Ex 27:20-30:10,

Haftará (Separação) Ez 43:10-27, e

B’rit Hadashah (Nova Aliança) Mc 5:1-6:56 e Hb 13:10-16


1 - INTRODUÇÃO

Encontramos no site chabad.org o seguinte resumo: Seguindo-se aos mandamentos detalhados da porção da última semana a respeito da construção do Mishkan, a parasha Tetsavê começa com a mitsvá diária dada a Aharon e seus filhos de abastecer a menorá no Mishkan com puro azeite de oliva.

D'us descreve a Moshê as vestes especiais que devem ser usadas pelos Cohanim durante o serviço, tecidas e adornadas com materiais doados pelo povo. Os Cohanim comuns envergavam quatro vestimentas especiais, ao passo que quatro vestes adicionais deveriam ser vestidas exclusivamente pelo Cohen Gadol.

  1. O ketonet – uma túnica longa de linho;

  2. Michnasayim – calções de linho;

  3. Mitznefet ou migba’at – um turbante de linho;

  4. Aynet – uma longa faixa ao redor da cintura. Além disso, o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) vestia:

  5. O efod, uma veste similar a um avental, feita de lã azul, roxa e vermelha, linho e fios de ouro;

  6. O choshen – um peitoral contendo doze pedras preciosas inscritas com os nomes das doze tribos de Israel;

  7. Me’il – uma capa de lã azul, com sinos de ouro e romãs decorativas na barra;

  8. O tsit – uma placa de ouro usada sobre a testa, com a inscrição "Sagrado para D’us".


A porção da Torá então transfere sua atenção aos mandamentos de D'us referentes ao melu'im, inauguração ritual para o Mishkan recentemente construído, a ser realizada exclusivamente por Moshê por sete dias.

Tetsavê também inclui as instruções detalhadas de D’us para a iniciação de sete dias de Aharon e seus quatro filhos – Nadav, Avihu, Elazar e Itamar – no sacerdócio, e pela construção do Altar de Ouro sobre o qual o ketoret (incenso) era queimado. Todas estas ordens são na verdade realizadas na porção conclusiva de Shemot, a Parashat Pekudê.


Conforme já mencionamos, na parashá (porção) passada, pudemos estudar sobre as instruções detalhadas sobre como construir o santuário e pedir as ofertas dos israelitas para construí-lo. A parashá desta semana começa com o mandamento para os filhos de Israel para trazer o azeite puro de oliva para a menorá no mishkan (santuário), e elas queimam continuamente. Fala também sobre o azeite da unção, Aharon (Arão), seus filhos e suas vestimentas sacerdotais. Poderemos aprender os motivos pelos quais os sacerdotes receberam tantos itens que eram colocados sobre seu corpo. E tudo isso aponta, através destas figuras, o ministério de Yeshua nas vestes sacerdotais.

Vejamos então algumas informações sobre isso.


2 – ESTUDO DAS PALAVRAS

A parashá dessa semana inicia com o familiar proclamar de D’us a Seu servo Moshê:


Ordenarás aos filhos de Israel que eles lhe tragam azeite puro e prensado de oliva para iluminação, para abastecer continuamente a lamparina” (Shemot / Ex 27:20).


Mencionamos na introdução desse estudo sobre o óleo para a menorá e para a unção, ele é feito a partir do fruto da oliveira. E segundo o site Emunah a fé dos santos, a oliveira é um símbolo do povo de Israel, conforme podemos ler em Jer 11:16:


Denominou-te o Eterno oliveira verde, formosa por seus deliciosos frutos...”


Ainda de acordo com o referido site, uma oliveira não morre. É uma árvore que não deixa de dar frutos. Quando alguns ramos se tornam velhos e deixam de dar fruto, são cortados e brotam novos que continuam a dar frutos. A oliveira necessita de dez anos para começar a dar frutos, mas o seu maior rendimento não chega antes dos 40 anos. A sua folha mantém-se sempre verde, e é uma árvore que não precisa de muita água. Ela aguenta um clima muito quente e seco. É impressionante o paralelo dessa árvore com nossa vida diante do Eterno, Baruch HaShem, pois o tempo inicial dela antes de dar fruto aponta para necessidade de encontrarmos com o Eterno verdadeiramente, e o nosso maior rendimento depois que o encontramos, é quando estamos vivendo nos passos da vida de Yeshua que veio no quarto milênio, que passamos a produzir mais frutos de justiça. E também, se estamos verdadeiramente firmados no Eterno, suportamos períodos de escassez e provas, devido a profundidade de nossas raízes, que é a nossa emunáh (fé, confiança, firmeza).

Interessante é notar que nessa porção o nome de Moshê não é mencionado nenhuma vez. Na verdade, desde o nascimento de Moisés até o final da Torá, esta é a única porção da Torá na qual o nome de Moisés não consta. Os rabinos entendem que esta omissão resultou do que Moshê proferiu sobre si mesmo. Após o pecado do bezerro de ouro, ele disse a D’us:


Se não perdoares o povo deste pecado, imploro-te, apague-me de Teu livro, que Tu escreveste!


Apesar de o Eterno ter perdoado os israelitas, a punição que Moshê invocou sobre si foi parcialmente realizada. D’us apagou o nome dele da parashá Tetsavê. Então, fica um entendimento antigo para nós, que as palavras de um justo realizam-se mesmo se a condição vinculada a ela não tiverem efeito. Vejamos alguns textos:


Do fruto da boca enche-se o estômago do homem; o produto dos lábios o satisfaz. A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gostam de usá-la comerão do seu fruto. Provérbios 18:20-21


Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de D’us. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim! Tiago3:9-10


Devemos então perceber, que a fala é uma arma poderosa, que pode infligir feridas mortais a grandes distâncias. Assim como palavras ásperas podem ferir quando dirigidas contra outra pessoa; também podem ser autodestrutivas. O talmud adverte que uma pessoa não deve falar mal até mesmo de si próprio. Se alguém denigre a si mesmo, outros também poderiam denegri-lo.

Então, a falta de menção do nome de Moisés nesta porção da Torá, tem um importante significado para quem o estuda. Se uma maldição condicional, que faz parte de uma apelação passional por perdão ao povo de Israel, pode ter consequências desfavoráveis, quão mais não o é quando as palavras são proferidas com raiva e hostilidade, seja contra si, seja contra outros.

Voltando ao verso inicial da porção em Ex 27:20, ainda temos mais instruções para receber da Torá. Após diversas instruções referentes à construção do Mishkan (Tabernáculo) e seus utensílios sagrados, o Eterno deu uma nova mitsvá. Segundo o site “ShemaYsrael”, a palavra “ordena” em hebraico é “tsawa”, que significa “ordenar, incumbir”. A raiz dela designa a instrução de um pai para seu filho, de um fazendeiro a seus lavradores, de um rei a seus servos. Isso reflete uma sociedade firmemente estruturada em que as pessoas tinham de prestar contas a D’us pelo direito de mandar! Ou seja, cada ato feito pelas pessoas está refletido nesta ordem! Vemos aqui os dois lados da questão: do lado do Eterno a bondade e o carinho no trato com seus filhos; de outro a responsabilidade de quem tem autoridade, pois ser-lhe-á cobrado no futuro, como essa pessoa exerceu aquilo que lhe foi confiado pelo Eterno. Esta palavra de ordem nos mostra também, a obrigatoriedade e a necessidade de haver o azeite puro para alimentar a menorá! O que veremos logo abaixo.

Sem o azeite a menorá não dá luz, e consequentemente não ilumina! O azeite representa nossas obras de justiça, ou seja, obediência aos mandamentos. Conforme vimos semana passada, a menorá aponta para Yeshua. E com isso, o Eterno aqui nos ensina, que a menorá com azeite é indispensável em nossa caminhada com Ele! Alguns tem a menorá, porém sem azeite; outros tem o azeite, porém sem a menorá! Temos aqui demonstrada a interdependência daquilo que recebemos de D’us: precisamos do ruach (espírito, mover, poder), que é a vida justa de Yeshua, mas também da obediência! (veja Mateus 25:1-13 e Hebreus 1:9) Não adianta queremos ter somente Yeshua, sem atuarmos em comunhão e sob a direção do exemplo da vida justa dele. Isso seria algo extremamente danoso para o Corpo do Messias. Mas infelizmente, é isso que geralmente estamos vendo dentro deste corpo! Falta a instrução a fim de entendermos quais são os processos usados pelo Eterno a fim de caminharmos com Ele!


Agora, sobre o mandamento de trazer o azeite de oliveira puro, batido para a Menorá (Candelabro).


O azeite é o produto da oliva ou azeitona. A árvore que produz oliva é a oliveira, e ela é um símbolo do povo de Israel, como lemos em Jeremias 11:16a:


Denominou-te o Eterno oliveira verde, formosa por seus deliciosos frutos


Segundo o site “Emunáh a fé dos santos”, no estudo desta porção:


Uma Oliveira não morre. É uma árvore que não deixa de dar fruto. Quando alguns ramos se tornam velhos e deixam de dar frutos, são cortados e brotam novos que continuam a dar fruto. A oliveira necessita de dez anos para começar a dar fruto, mas o seu maior rendimento não chega antes dos 40 anos. A sua folha mantém-se sempre verde, e é uma árvore que não precisa de muita água. Pode aguentar um clima muito quente e seco.”


O azeite é um produto muito saudável para o corpo humano, e tem várias utilidades, como por exemplo fritar, misturar em farinha e fazer bolos, para temperar, misturar saladas e até para servir como combustível para as lâmpadas de azeite, como no caso da menoráh (candelabro) do tabernáculo.

O mencionado site, também diz que o azeite é produzido através de fortes pressões. De igual modo os filhos de Israel purificam os seus corações e retornam ao Eterno quando estão sob a pressão (opressão, tribulações) das nações. Todos os demais líquidos podem misturar-se, mas o azeite não se mistura com os demais, assim, o povo de Israel é a única nação na história que não foi totalmente assimilada pelas nações sem perder a sua identidade. A identidade hebraica permanecerá para sempre. Veja que as dez tribos, foram se assimilando e perderam a sua identidade, embora vêm recuperando-a ao longo dos últimos dois mil anos, e nós somos exemplos e testemunhas disso, e tudo isso para cumprir o que o Eterno disse a Avraham, que através da descendência dele as famílias da terra seriam abençoadas. Porém, ainda assim, houve um remanescente de Israel que nunca perdeu a sua identidade, o povo judeu (Judá, e parte de Levi e Benjamim).

Qual a importância do azeite ser puro e batido? O que isso significa e o que podemos aprender com isso?

Segundo a tradição judaica, Moisés teria explicado ao povo o seguinte:


Somente as primeiras gotas extraídas da azeitona podem ser utilizadas para a Menorá. As primeiras gotas são perfeitamente claras e sem sedimentos, e produzem luz mais brilhante. O resto do azeite pode ser utilizado nas oferendas de minchá (sacrifícios da tarde), ofertas de farinha que são levadas ao altar, mas não para a Menorá.”


Observe também o que o comentário de rodapé da Torá da Editora Sefer nos diz: “Batido ou Macerado, produto da primeira pressão. A Torá prescreve que o azeite mais puro é o que deve ser usado para a Menorá, e o Midrash (ensino ou interpretação) comenta que, regra geral, o azeite que se utiliza para os alimentos costuma ser melhor, deixando a sobra para iluminação. Aqui acontece, entretanto, tudo ao contrário. As primeiras e mais puras gotas do azeite são as que se destinam à Menorá, e as demais, às oferendas de cereais. Esta é uma peculiaridade do povo judeu; as necessidades corporais consideram-se como de segundo plano em relação às espirituais.


Assim, aprendemos uma grande lição do fato de que se utilizava somente as primeiras gotas de azeite para o acendimento da Menorá, enquanto que, para as oferendas, o azeite da segunda prensagem era permitido. Uma pessoa que observe a Torá, geralmente, procura garantir que o alimento que sua família consome seja casher (puro). No entanto, muitas vezes está menos preocupado com o “alimento intelectual” que entra em sua casa na forma de literaturas ou outras mídias diversas. E de acordo com o ponto de vista da Torá, o “azeite para a Menorá”, que representa o intelecto, deve ser o mais puro possível. Esse azeite é superior ao da oferenda (simboliza nutrição). A Torá insiste que nossa mente deve ser nutrida apenas com as informações mais puras e refinadas. Por isso, devemos ter cuidado com o que lemos, assistimos ou ouvimos.

Em um estudo do site Chabad.org, encontra-se o seguinte:


Porque o azeite de oliva foi escolhido por Hashem?

Por que Hashem escolheu o azeite de oliva para o acendimento, em vez de qualquer outro tipo de óleo? A resposta é que Benê Yisrael são comparados à oliva.

De que forma o povo judeu é similar à oliva?

A oliva emana seu precioso líquido apenas depois de ter sido processada através de prensagem e batidas. Similarmente, como resultado de terem sido banidos de um lugar para outro pelos outros povos e serem perseguidos, Benê Yisrael purificaram seus corações e retornaram a Hashem. A essência interior de um judeu é pura. É só sua má inclinação (yêtser hará) que o impede de servir a Hashem. Uma vez que a camada exterior é removida por pressão externa, sua natureza de santidade se reafirma.

Todos os líquidos, quando misturados, mesclam-se numa mistura homogênea. O óleo é uma exceção, não se mistura, mantém-se separado. Assim também, Benê Yisrael é a única nação na história que não foi engolida pelos povos mas guardou, e continuará guardando para sempre, sua identidade distinta.

Antes de terminarmos o estudo desta porção, que também fala das vestes sacerdotais, é preciso lembrar que em Ex 28.1-3; 43 nos diz:


E farás vestidos de santidade para Aarão, teu irmão, para glória e formosura (esplendor).


Observe que o texto fala “vestes de santidade” (vigdei kodesh) “para glória e esplendor” (lekavod uletiferet), essas vestes sagradas concediam a eles uma proteção espiritual para que não levassem iniquidade. Arão não podia entrar em pecado no santuário, e as vestes lembravam e faziam que ele se separasse ou santificasse. Assim como os “tsitsiot” lembram aos homens dos mandamentos. Essas vestes significam separação, veja o que está escrito em Ap 19:7-8:


Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou. Foi-lhe dado para vestir-se linho fino, brilhante e puro". O linho fino são os atos justos dos santos.”


E este texto é análogo ao que o Rav. Sha’ul (Apóstolo Paulo) fala em Ef. 6.10-17 quando faz comparação com a armadura de Deus, veja:


Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo, pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz. Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.” Efésios 6:10-17


Podemos então perceber, que as roupas refletem o que está dentro de nós, mostram nosso caráter, ou seja, o que estamos fazendo e como estamos vivendo. A verdadeira batalha espiritual se combate com atos de justiça, conforme Tg 2.14-26:


De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: "Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se", sem porém lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta. Mas alguém dirá: "Você tem fé; eu tenho obras". Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras. Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios crêem — e tremem! Insensato! Quer certificar-se de que a fé sem obras é inútil? Não foi Abraão, nosso antepassado, justificado por obras, quando ofereceu seu filho Isaque sobre o altar? Você pode ver que tanto a fé como as suas obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras. Cumpriu-se assim a Escritura que diz: "Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça", e ele foi chamado amigo de Deus. Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé. Caso semelhante é o de Raabe, a prostituta: não foi ela justificada pelas obras, quando acolheu os espias e os fez sair por outro caminho? Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obras está morta.” Tiago 2:14-26


Aquelas roupas mostravam para o povo a seriedade daquilo que o sacerdote iria fazer, interagir com D’us pelo povo. Atualmente, nós interagimos com o Eterno por nós e pelas pessoas ao nosso redor, através das vestes novas que Yeshua nos legou por meio de seu sacrifício. As roupas são importantes? Sim. Basta ler Mt 22:2-14, a parábola das Bodas.

As vestes sacerdotais deveriam compor-se dos seguintes materiais:


E tomarão o ouro, e o azul, e a púrpura, e o carmesim e o linho fino” Ex 28.5.


Todos estes materiais nos falam sobre o caráter de Yeshua:

- Ouro – representa a divindade. O ouro é o mais nobre dos materiais e o único que é incorruptível. Por isso ele nos fala sobre a representatividade daqueles que possuem autoridade delegada pelo Eterno. Yeshua recebeu essa autoridade.

- Azul – essa cor nos fala sobre Yeshua, o Filho de D-us. O azul nos fala sobre o céu, que é a habitação do D-us Eterno. O usar o azul nos diz a procedência daqueles que o usam e a quem representam.

- Púrpura – Yeshua, o Rei. A púrpura era a cor da qual os reis se utilizavam a fim de demonstrarem sua realeza. Essa cor era muito difícil de ser conseguida e era portanto, muito cara. Somente os reis a usavam!

- Carmesim – Yeshua, o Salvador. O carmesim nos fala sobre sangue, sobre sacrifício, sobre vida. Ele nos lembra que este homem deveria sacrificar-se a si mesmo a fim de nos trazer a salvação (que está expressa em seu próprio nome!).

- O linho fino – Yeshua, o homem perfeito! Aqui parece haver uma contradição, pois nós não conhecemos um homem perfeito. Só o fato de ser homem já nos fala sobre sua falibilidade e imperfeição. Mas foi justamente esse o desafio de Yeshua: nascer e viver como o homem perfeito, obedecendo aos mandamentos de HaShem, a fim de resgatar o imperfeito homem! Por isso o linho nos diz que Ele seria o único a Ter essa condição em sua vida e caráter aqui na terra!

E é justamente por esse motivo (o de estar representando alguém e também o de estar buscando algo) que o sacerdote vestia-se diariamente com suas vestes especiais, a fim de apontar para o futuro e para Aquele que viria a fim de cumprir em sua vida todos os requisitos do perfeito Sacerdote do Altíssimo!

Também é importante destacar que, o fato de que os cohanim (sacerdotes) só poderiam realizar o serviço trajando as vestimentas sagradas indicava a santidade de seus atos. Isto nos ensina que quando um servo do Eterno ora ou cumpre uma mitsvá deve ser cuidadoso no vestir, e conduzir-se com dignidade perante o Eterno. Todas as nossas ações devem ser muito bem ponderadas e refletidas à luz da Torá.

E ainda um último aspecto a ser observado no estudo dessa semana é o seguinte:


E vestirás com eles a Aharon teu irmão, e também seus filhos: e os ungirás e consagrarás, e os santificarás, para que me administrem o sacerdócio” Ex 28.41.


A palavra “ungir” em hebraico é “mashah” e significa “ungir, espalhar um líquido”. Isso aponta para o fato de que após se proceder o determinado no texto, o sacerdote se tornaria um ungido ou messias (mashiach). Esta unção é que distinguia aquele homem e seu caráter a fim de oficiar ou celebrar diante do Eterno. Para que o sacerdote fosse ungido seria necessário um componente muito importante: o óleo. E já vimos neste estudo o que o óleo significa. Ou seja, assim como para um homem da tribo de Levi, da família de Aharon precisava do óleo para capacitá-lo a ser um sacerdote aceito pelo Eterno, nossas vidas também precisam do óleo, que são os atos de justiça e boas obras, para sermos aceitos diante do Eterno como sacerdotes.

Assim, o ungido somente seria um homem especial, de acordo com o site ShemaYsrael, se recebesse a unção com o azeite (que é um símbolo dos atos de justiça). Este azeite deveria ser derramado sobre ele. Isto nos fala de dois aspectos: o primeiro é que o que é derramado vem sempre em grande quantidade! A unção que o Eterno nos dá é sempre em grande quantidade. Quanto mais obedecemos, mais condições recebemos para obedecer. Nós não recebemos do Senhor uma “pequena” quantidade de óleo, mas sim um derramar de sua presença e uma grande unção a fim de que possamos vencer o nosso inimigo. O segundo é que este “derramar” vem do alto! Não pode-se derramar algo sobre alguém sem estar sobre, ou acima da pessoa em quem se derrama! Percebemos então que o azeite nos é dado, nos é derramado pelo próprio D-us, que de cima nos dá a unção necessária a fim de cumprimos nosso chamado.

Que o Eterno continue a nos capacitar e dar condições de sermos obedientes e fiéis servos, levando pessoas ao encontro da verdade e da justiça de D’us, trilhando sempre o caminho que ele preparou para cada um de nós, ou seja a sua Torá.

Que HaShem lhes abençoe!


Bibliografia:


- Torá – Lei de Moisés. Editora Sefer

- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.

- http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/

- http://hebraico.top/biblia-hebraica-online-transliterada/

- http://shaareishalom.net.br/bo-o-nome-diz-tudo/

- http://chumash.escolajudaicavirtual.org/31.html

- http://shemaysrael.com/parasha-tetzaveh/

- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/771027/jewish/Resumo-da-Parash.htm

- https://shemaysrael.com/tetsave-ordena/

- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/913190/jewish/O-Nome-de-Mosh.htm

- http://emunah-fe-dos-santos.weebly.com/uploads/1/4/2/3/14238883/20-_tetsav_ordenars.pdf

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