Páginas

Boas Vindas

Seja Bem Vindo e Aproveite ao Máximo!
Curta, Divulgue, Compartilhe e se desejar comente.
Que o Eterno o abençoe!!

sexta-feira, 8 de maio de 2015

DAVI E BATE-SEBA: ESCOLHAS ERRADAS, CONSEQUÊNCIAS TRÁGICAS

   INTRODUÇÃO

É muito comum vermos as pessoas fazerem suas escolhas sem pensar nas consequências que elas trarão. Para muitos, e talvez para nós mesmos, o que vale na hora da escolha é o prazer imediato e a vantagem que se obterá. A preocupação com as consequências e implicações é mínima ou, até mesmo, inexistente. Esse imediatismo, infelizmente, tem afetado muitas pessoas e não são poucos os crentes que seguem por esse caminho. O resultado são inúmeros conflitos e dramas familiares.
A história de Davi e de seu adultério com Bate-Seba, serve para demonstrar que na vida não podemos fazer nossas escolhas de modo inconsequente. Todas as escolhas que fizermos trarão consequências, que podem ser boas ou ruins. Elas nos aproximarão ou nos afastarão de Deus.
Hoje veremos como escolhas erradas resultam em consequências trágicas e como devemos reagir quando isso acontecer conosco, dado o nosso pecado.

I. A FALTA DE VIGILÂNCIA ESPIRITUAL

As escolhas erradas de Davi e Bate-Seba foram derivadas de atitudes espirituais apáticas, as quais denunciam a falta de vigilância. Embora o texto bíblico enfatize o pecado de Davi, não podemos deixar passar de modo despercebido a conivência de Bate-Seba com os fatos. Diante de tudo, não há o registro de qualquer protesto contra aquela situação, nem mesmo um mínimo indício de reprovação ou desconforto. Por isso, consideramos que a sua participação também foi decisiva para a prática do pecado.
Para entender o que ocorreu com Davi e como um “homem segundo o coração” de Deus (1Sm 13.14; At 13.22) pôde trazer ruína para a sua vida e família, precisamos entender o que estava acontecendo com ele, e em que circunstâncias sua escolha ocorreu.
Em 2 Samuel 11.1, temos o contexto em que Davi comete adultério com Bate-Seba: “…no tempo em que os reis costumam sair para a guerra […] Davi ficou em Jerusalém”. Tais palavras parecem uma crítica a atitude de Davi e apontam para as circunstâncias em que pecou. Ao que parece, Davi negligenciou as suas obrigações como rei de Israel. Ele deveria ter acompanhado seu exército, mas preferiu ficar em sua casa na ociosidade, a descansar e passear, enquanto seus homens estavam em batalha (veja o verso 2 e compare-o com os versos 1 e 11).
A escolha de Davi foi determinada por sua atitude de negligenciar seus deveres como servo de Deus, visto que a posição que ocupava fora estabelecida pelo próprio Deus. O Senhor o havia ungido como rei para governar e estar à frente de Israel.
Conforme 2Samuel 11.2, em sua ociosidade e negligência, Davi ao olhar pelo terraço de sua casa avistou uma mulher, que era mui formosa, tomando banho. A narrativa dos fatos dá entender que Davi agiu de forma descuidada. Estava onde não deveria estar e olhou o que não podia olhar e cobiçou o que não era seu. Talvez, as grandes conquistas de Davi (narradas no livro de 2Samuel, principalmente nos capítulos 8 a 12), a posição de segurança e o conforto que havia alcançado, tivessem “subido à sua cabeça”, e nesse momento o orgulho tomado conta de seu coração, a ponto de “baixar a guarda” espiritual de seu coração, ou seja, ele havia deixado de vigiar e esquecido que a carne é fraca (Mt 26.41; 1Co 10.12).
A história do adultério de Davi nos ensina como é necessário cuidarmos de nossa vida espiritual, mantendo constante vigilância, para não fazermos escolhas erradas. Davi subestimou a sua natureza pecaminosa, esquecendo-se de que ainda era um pecador e precisava vigiar sempre. Se tivesse agido diferente, não teria tomado a decisão de olhar pelo terraço e mandar buscar para si a mulher que não era sua esposa.
Ainda hoje, muitos caem em tentações, como Davi caiu, por subestimarem os perigos espirituais. Quantos são aqueles que fazem escolhas erradas, escolhendo o adultério, a fornicação, simplesmente porque olharam “pelo terraço”, acessaram aquela página na internet com imagens impróprias, que não deveriam acessar, cederam à tentação de dar uma olhadinha apenas, e isto desencadeou outras atitudes e escolhas que resultaram em ruína.
O que Jesus ensina em Mateus 5.27-32 deve ser levado em conta, para não fazermos escolhas semelhantes as escolhas de Davi. Vigiemos para não cairmos em tentação, fazendo escolhas que nos conduzam à ruína.

II. ESCOLHAS ERRADAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS

A decisão de Davi, após olhar para Bate-Seba, de mandar buscá-la e deitar-se com ela, cometendo adultério, desencadeou em outras escolhas erradas, na tentativa de esconder seu pecado. Tudo isso, inevitavelmente, resultou em terríveis consequências não só para eles, mas também, para suas respectivas famílias.
Após ter-se deitado com Davi, Bate-Seba achou-se grávida (2Sm 11.4-5). E quando informado disso, na tentativa de esconder o que havia feito, Davi mandou buscar Urias, esposo de Bate-Seba, sugerindo-lhe que retornasse para sua casa. O intenção de Davi, friamente calculada, era que Urias se deitasse com sua esposa (11.6-8), pois, uma vez que tivesse contato íntimo com Bate-Seba, provavelmente consideraria que o filho que ela estava gerando fosse seu – assim, tudo estaria resolvido e Davi e Bate-Seba teriam encoberto sua transgressão.
Urias, no entanto, não aceitou ir para casa, deitando-se à porta da casa real. Ele se sentia mal diante daquele “privilégio”, pois sabia que seus companheiros estavam no desconforto da batalha. Ele julgava-se no dever de voltar para ajudá-los. Isto levou o rei Davi a tomar outra escolha errada. Por meio do próprio Urias, ele encaminhou uma carta a seu oficial Joabe, para que o colocasse no local da batalha onde a peleja estivesse mais difícil, para que então fosse ferido e morresse. E foi o que aconteceu. Urias foi morto e Davi tomou Bate-Seba para ser sua mulher. Para Davi parecia que tudo estava resolvido.
Na vida as escolhas erradas que fazemos, sempre terão suas consequências. O que sucedeu com Davi e Bate-Seba é demonstração disto. Aprendemos na Bíblia que aquilo que semearmos isso ceifaremos (Gl 6.7). “Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gl 6.8). Davi e Bate-Seba semearam corrupção e tiveram que colher as consequências de seus atos. Isto porque de Deus não se zomba (Gl 6.7). Os homens podiam ignorar o que Davi e Bate-Seba fizeram, mas Deus que sonda os corações e conhece todas as coisas, sabia o que eles haviam feito (Sl 139). Nada ficou encoberto aos olhos do Senhor, que no tempo próprio enviou até Davi o profeta Natã, para repreendê-lo (2Sm 12.1-15).
Nas palavras do Senhor por intermédio do profeta Natã, as ações pecaminosas de Davi e as suas escolhas erradas, teriam consequências que afetariam tanto ele como a Bate-Seba e a sua família, por um longo período da vida deles. Situações surgiriam como resultado do pecado deles, mas também como manifestação do juízo de Deus por causa de suas transgressões. Davi demonstrou-se arrependimento pelo que fez, foi perdoado (2Sm 12.13), mas ainda assim teve de enfrentar as consequências das suas escolhas.
Primeiro, foi a morte do filho que Bate-Seba estava gerando: “o SENHOR feriu a criança que a mulher de Urias dera à luz a Davi; e a criança adoeceu gravemente” e “ao sétimo dia morreu a criança” (2Sm 12.15,18).
Depois, surgiram outras consequências. O Senhor por intermédio do profeta Natã, profetizou que a espada jamais se afastaria da casa de Davi. Assim como Urias foi morto de forma violenta, assim também a violência não se apartaria da casa de Davi. Então, tempos depois, seu filho Absalão, assassinaria seu próprio irmão Amnom, como vingança, por ter este estuprado a irmã deles, Tamar (2Sm 13.1-36). Isso fez com que Joabe matasse Absalão (2Sm 18.14-15).
Mas estas não foram as únicas e trágicas consequências. Conforme as palavras do Senhor, da própria casa de Davi, seria levantado alguém que tomaria suas mulheres e se deitaria com elas à vista de todos (2Sm 12.11-12). Aquilo que o rei havia feito as escondidas, agora seria realizado as claras. Isso começou a se cumprir quando Absalão pôs fim a sua fuga, depois de matar seu irmão Amnom, retornando para sua casa. Ele se revoltou contra seu pai Davi, que teve de fugir por causa de sua conspiração, incitando o povo contra o rei. Então, Absalão deitou-se com as concubinas de Davi (2Sm 16.20-23). Davi enfrentou em tal situação grande angústia (Sl 3) visto que, era perseguido por seu próprio filho, que cessou de persegui-lo, somente depois que foi morto por Joabe, oficial do exército de Davi. Somente com a morte de seu filho, Davi teve seu reino restituído e pôde voltar para sua casa (2Sm 19.11-15).
A história de Davi e Bate-Seba, de suas escolhas erradas e consequências trágicas, permanece por todos os tempos, como um alerta para todo crente na hora de fazer suas escolhas. Para todas escolhas erradas existe um preço a ser pago. Dependendo das escolhas erradas que fizermos, o preço poderá ser alto demais, como foi o preço pago por Davi e Bate-Seba. Portanto, sabendo que não podemos ser inconsequentes em nossas escolhas, procuremos fazer escolhas acertadas, sempre fundamentadas na Palavra de Deus.

III. A BÊNÇÃO DO PERDÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

A despeito dos pecados cometidos principalmente por Davi, e também por Bate-Seba, Deus os perdoou. O perdão foi declarado logo depois de Davi reconhecer sua culpa: “…disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. Disse Natã a Davi: Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás” (2Sm 12.13). Já foi demonstrado que Davi colheu consequências por causa de suas culpas. Isto quer dizer que receber perdão divino não implica na anulação das consequências das suas escolhas.
No salmo 51, escrito por Davi quando o profeta Natã foi ter com ele, depois de haver ele possuído Bate-Seba, encontramos a confissão do rei de forma bastante detalhada, na qual reconhece suas culpas. Davi demonstra nesse salmo a certeza que tem de que Deus pôde perdoá-lo e restaurar sua vida, restituindo-lhe a alegria da salvação (Sl 51.12).
Se por um lado, a história de Davi serve como alerta de como podemos cair em tremenda transgressão e ruína espiritual, por outro, por maior que seja a nossa culpa, mesmo que seja na proporção da culpa de Davi, ou até maior, aprendemos sobre a grandeza da ação misericordiosa de Deus. Na descrição do perdão divino concedido a Davi, podemos entender a profundidade das palavras do profeta Jeremias: “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lm 3.22-23).
Por maior que seja a culpa de alguém, não é suficiente grande em comparação a grandeza do amor e misericórdia de Deus, que são manifestados em Cristo Jesus, mediante o seu sacrifício na cruz (Rm 5.1-11). Paulo diz que “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5.20). Por maior que fosse a culpa e os pecados de Davi, a graça do Senhor era muito maior, sendo poderosa para perdoá-lo e superar sua culpa.
O perdão de pecados está disponível a todos que arrependidos confessarem os seus  pecados a Deus (1Jo 1.9). As Escrituras nos levam à certeza de que todas as vezes que confessarmos os nossos pecados, Deus em sua fidelidade e justiça, satisfeitas inteiramente em Cristo, nos perdoará. Davi foi perdoado imediatamente após ter reconhecido sua culpa (2Sm 12.13).
É preciso, também, entender que a certeza do perdão de Deus não deve servir como licença para pecar (Rm 6.1-14). Ela serve de conforto e amparo para que, quando pecarmos, podermos recorrer a nosso Advogado e lhe suplicar auxílio e perdão (1Jo 2.1-2). Temos de nos esforçar para não fazermos   escolhas erradas, que nos levem ao pecado. Mas se pecarmos, temos a certeza confortadora do perdão.
Além da bênção do perdão, Davi e Bate-Seba foram abençoados com um filho. Assim nasceu Salomão. Com esse nascimento seus pais foram consolados pela perda do primeiro filho. A essa criança o profeta Natã havia dado o nome de Jedidias, que significa literalmente “Amado do Senhor”. Este seria também alguém usado por Deus em seu serviço, pois se tornaria rei em lugar de seu pai e seria o responsável pela construção do templo de Jerusalém (2Cr 3.1-2). Salomão se destacou por sua grande sabedoria (2 Cr 1.7-13).
O nascimento de Salomão é a demonstração de que Deus está sempre pronto a abençoar seus servos, a despeito de não merecerem nada de suas mãos. Podemos perceber como a graça de Deus supera nossos pecados e deméritos. Davi havia se arrependido, recebido o perdão e agora tinha a oportunidade, juntamente com Bate-Seba, de ser instrumento das bênçãos de Deus e alvo de sua graça.
O fato mais significativo relacionado ao nascimento de Salomão está em que dele descenderia Cristo Jesus. Isto é destacado por Mateus na genealogia que apresenta de Jesus: “Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias” (Mt 1.6). Nota-se que Mateus, inspirado pelo Espírito Santo ao escrever sobre a genealogia de Cristo, não deixou de lembrar que Salomão era filho de Davi com a mulher que fora esposa de Urias. Apesar do pecado de Davi e Bate-Seba, a graça do Senhor tornou possível, por meio deles, o nascimento daquele de quem descenderia o Messias.
Por meio desses fatos, que demonstram a bênção de Deus sobre Davi e Bate-Seba, somos encorajados e confortados, pois verificamos que os pecados perdoados do passado não podem interferir ou impedir que sejamos abençoados por Deus. Deus não mais se lembra das transgressões passadas praticadas por nós e perdoadas em Cristo. Assim não deixa de derramar sobre nós suas bênçãos.

CONCLUSÃO

A história de Davi e Bate-Seba, demonstra que na vida cada escolha feita de forma errada resultará em consequências desastrosas. Vimos que a escolha de Davi foi determinada por seu descuido espiritual. No entanto, apesar do grande pecado cometido por ele e Bate-Seba, dos desdobramentos de suas escolhas e das trágicas consequências, Deus demonstrou sua graça e amor, restaurando-os, perdoando-os e ainda mais, concedendo a eles a oportunidade de terem outro filho, de quem descenderia o Messias, o Salvador Jesus.

APLICAÇÃO

Agora que você aprendeu sobre Davi e Bate-Seba e sobre as consequências trágicas de suas escolhas, avalie sua vida verificando em quais áreas você tem pecado contra o Senhor. Confesse cada um dos seus erros e dispondo-se a abandoná-los. Lembre-se de que é indispensável você manter vigilância para que suas escolhas sejam sempre feitas segundo a instrução da Palavra de Deus. E não se esqueça de sempre render louvores ao Senhor pelo perdão que ele concede a você, bem como, por sua infinita graça que é revelada na continuidade de suas bênçãos em sua vida, apesar de seus erros.

http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/davi-e-bate-seba-escolhas-erradas-consequencias-tragicas/

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Como posso adorar a Deus em espírito e em verdade?


Todo escritor precisa organizar um enredo para escrever. Esse enredo pode ser apenas mental, ou pode ser escrito. O importante é manter os temas e subtemas, os questionamentos e as respostas em uma ordem lógica que leve o leitor a entender exatamente o que se deseja mostrar através da produção escrita. Quando João escreveu seu evangelho, ele certamente tinha um enredo. Seu enredo organizava os eventos que envolviam Jesus de forma que o leitor pudesse chegar à conclusão que Ele era o Cristo. 
João mesmo deixou esse propósito bem claro: “Jesus, na verdade, operou na presença de seus discípulos ainda muitos outros sinais que não estão escritos neste livro; estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”[1] Os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas são conhecidos como os evangelhos sinópticos. Esses evangelhos recebem esse nome pela grande quantidade de histórias em comum, relatadas na mesma sequência e, algumas vezes, utilizando exatamente a mesma estrutura de palavras para contar a mesma história. 
Lucas não foi testemunha ocular de nenhuma das histórias que escreveu em seu evangelho. Seu objetivo era relatar a Teófilo tudo quanto ouviu a respeito de Jesus, e seu trabalho assemelha-se a de um historiador. “Visto que muitos têm empreendido fazer uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, segundo no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra, também a mim, depois de haver investido tudo cuidadosamente desde o começo, pareceu-me bem, ó excelentíssimo Teófilo, escrever-te uma narração em ordem. Para que conheças plenamente a verdade das coisas em que foste instruído.”[2] 
Lucas deixa bem claro que seu objetivo era fazer um relato em ordem cronológica dos eventos, assim como muitos já haviam feito. Não acredito que João tivesse a mesma intenção ao escrever seu evangelho, e a narrativa única de seu evangelho pode ser mais uma evidência de que João não construiu seu enredo com base na ordem cronológica dos eventos, mas numa ordem teológica de argumentos. 
Uma vez que o objetivo de João era levar as pessoas a crerem em Cristo através dos relatos de sinais que identificavam Jesus como o Filho de Deus, é bem provável que seu enredo ordenasse propositadamente tais eventos. É por esse motivo que o evangelho de João é tão diferente, não só na ordem cronológica, como também na própria seleção das histórias e como elas são interligadas. Tendo dito isso, abordarei como a ordenação dos eventos no evangelho de João pode trazer luz à compreensão do versículo favorito da maioria dos ministros de música: “Deus procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade”.[3] 
João trabalha alguns temas recorrentes em seu evangelho e nas epístolas. Há fortes advertências contra os ensinos heréticos do gnosticismo e docetismo, origem dos maiores ataques contra a doutrina das igrejas em sua época. Ele relata com detalhes todos os diálogos e milagres de Cristo que mostram a sua divindade além de sua natureza humana. E ele também dá muita ênfase às mudanças que uma pessoa sofre depois da conversão. 
Leia sua primeira epístola e observe que esses assuntos são recorrentes; resumidamente nas epístolas, mas extensamente trabalhados em seu evangelho. Quanto às mudanças sofridas pelas pessoas que se convertem, João sequencia duas conversas de Jesus de mesmo tema. A primeira é a conversa de Jesus com Nicodemos; a segunda, sua conversa com a mulher samaritana. 
Inquestionavelmente a conversa de Jesus com Nicodemos tem ênfase na nova natureza que os filhos de Deus recebem pós-conversão, assunto que ele vem introduzindo desde a abertura de seu evangelho: “Mas, a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus”.[4] Ele passa também pelos símbolos de novo nascimento no batismo e na transformação de água em vinho até, finalmente, narrar a conversa de Jesus com Nicodemos no capítulo 3. 
A parte chave da conversa com Nicodemos que nos interessa é: “Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.”[5] Acredito que a última sentença, destacada acima em negrito, pode explicar como é possível alguém adorar a Deus em espírito. 
Se João realmente estava elaborando o seu enredo privilegiando os elementos que conduzem a um pensamento ou entendimento teológico a respeito de Cristo e da nova natureza do convertido, a sequência das histórias de Nicodemos e da história da mulher samaritana é proposital. Precisamos considerar cada uma delas como parte de um todo, do entendimento que se pode ter dessas duas histórias em conjunto. 
Quando a mulher samaritana questiona Jesus sobre qual seria o local correto para adorar a Deus, ele responde: “Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos; porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.[6] 
Em outras palavras, o que Jesus poderia estar dizendo era que não importa o lugar onde se deve adorar, o que realmente interessa é nascer de novo, pois só quem nasce de novo não é mais carne, mas espírito; somente quem nasceu de novo nasceu do espírito e poderá adorar o Pai em espírito em qualquer lugar. 
Perceba a similaridade entre essas duas declarações de Jesus: 1) “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”; 2) “Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” 
Portanto, adoramos a Deus em espírito após recebermos a nova natureza espiritual na conversão e adoramos em verdade quando adoramos com sinceridade e de todo o coração. Eu vejo a ligação entre as declarações de Jesus nas histórias de Nicodemos e da mulher samaritana como um paralelismo muito profundo e intencional da parte de João. Há uma teologia muito complexa entre essas histórias, e o que está exposto neste texto é apenas um vislumbre. 
Espero que você também possa ver a importância da sua conversão, do nascer de novo, de sua nova natureza espiritual, e como ela faz toda a diferença na sua adoração a Deus!
Notas: 
[1] João 20:30-31
[2] Lucas 1:1-4 
[3] João 4:24 
[4] João 1:12. 
[5] João 3:6. 
[6] João 4:22-23
Fonte: André R. Fonseca, via Bereianos e Teologia et cetera
Extraído de: http://gospelhomeblog.blogspot.com.br/

Resta um Repouso




Portanto, resta um repouso para o povo de Deus. Hb 4.9

Acho este texto da Epístola aos Hebreus muito lindo! O autor vem desde o capítulo anterior relembrando o problema que o povo hebreu passou no deserto, enquanto iam para Canaã. A ocasião, apesar de ser estressante para eles, pois estavam caminhando no deserto, com certeza não deveria ser nada fácil, mas havia alguns pontos que poderiam ajudar a levantar a moral daquelas pessoas, como por exemplo a presença do Senhor de forma visível com eles por meio da nuvem durante o dia e a coluna de fogo à noite, o milagre do mar que tinham presenciado, e tantos outros que poderiam ser mencionados. Porém o fato é que já havia se passado vários meses naquele deserto, e infelizmente o ser humano tem memória curta, e parece que esqueceram-se de quem fez aliança com eles no Sinai, esqueceram-se de que o monte tremeu e fumegou, esqueceram-se de que ouviram a voz do Todo Poderoso falando as palavras do decálogo Ex 20.18-22, esqueceram-se de tudo isso. E no momento em que foram espiar a terra que receberiam de herança, olharam somente para a perspectiva física da situação. A terra é dominada por grandes exércitos diziam, a terra tem gigantes, falavam outros, os muros são fortificados de mais gritavam as vozes dos dez homens que voltaram tomados pelo medo. Enquanto Josué e Calebe, mostravam o cacho de uvas, e motivavam o povo dizendo que Deus poderia lhes dar a terra em suas mãos. No entanto, o povo ouviu os dez príncipes amedrontados, que por sua vez levaram o povo a não confiar em Deus.

Dessa forma, Deus não permitiu que aquela geração tomasse posse da terra que tinha sido lhes prometida, e todos os adultos com exceção de Josué e Calebe morreriam no deserto. Quando lemos Hebreus capítulos 3 e 4, percebemos o que estava em jogo naquela ocasião. A falta de perspectiva espiritual e de fé do povo levou-os a não entrar na terra que o Senhor prometera a seus antepassados e a eles mesmos, quando saíram do Egito. Porém, para os que creram, a saber Josué e Calebe, seus descendentes e os pequenos, estes foram guiados até a terra pelo Senhor.

Na atualidade, devido a tantos ensinamentos errados e doutrinas humanas em vigor no meio do povo de Deus, o mesmo erro do passado ocorre. Muitos são os que perdem a perspectiva espiritual e a fé, e voltam seus olhos para o lado humano, e por isso, acabam tombando no deserto de suas provações, em meio à lutas, dores e perseguições. Os cristãos dessa era, movidos à redes sociais, velocidade cibernética e teologias deturpadas, que os levam a acreditarem em um sistema de troca com Deus, onde se pensa mais em ter bens materiais, como prova de fidelidade, do que em ser servo de um Deus gracioso que liberta o ser humano do pecado. Por isso, muitos não suportam os momentos de angústias, sofrimentos, pois estão doutrinados a somente vencer, humanamente falando, então, quando uma prova se apresenta, o indivíduo perde a fé e acaba desistindo.

O que deve ser entendido no contexto do versículo escolhido como fonte desse texto, é que há um repouso para o povo de Deus, mas este repouso não é meramente físico. É um repouso na presença de um Deus libertador e provedor, que em meio às nossas provações se faz presente conosco, nos dando forças para continuar. Josué, Calebe e o povo tiveram que batalhar para conquistar sua terra. Nós não somos diferentes, para conquistar as vitórias prometidas precisaremos batalhar, confrontar o inimigo, que pode até ser grande, mas que a exemplo de Golias, vai cair. Não podemos desistir ao primeiro sinal de dificuldade, pois não lutamos sozinhos, ao nosso lado estão os exércitos do Senhor. Quando Josué foi se preparar para sua batalha, o Príncipe dos Exércitos do Senhor se apresentou a ele, este mesmo se apresenta para nós e nos diz, que devemos nos esforçar, pois resta um repouso para o povo de Deus. Nosso inimigo não é o irmão que nos acusa injustamente, ou que nos calunia, mas é o que está por traz de tudo isso, nosso adversário está no mundo espiritual, lutando contra nós todo o tempo. Porém, maior é o Senhor que fez os céus a terra, e tudo o que há, tanto as visíveis, quanto as invisíveis. Tenha fé, permaneça firme e continue no caminho do Senhor, buscando sempre a verdade, pois um dia estaremos no repouso.

Deus lhe abençoe.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Deus Imanente e Transcendente

Deus Imanente e Transcendente

Introdução

Você já deve ter ouvido esta frase “Deus é Imanente e Transcendente”, porém você sabe o que isto quer dizer? Então aprenda seus significados e Saiba diferenciar os atributos do Senhor.

Deus é Imanente

A palavra imanente significa permanente inseparável do sujeito que não desaparece. Em relação a Deus o que isto que dizer? Deus é imanente porque se manifesta na criação. Ele se intervém na criação e se relaciona com ela.

Deus é Transcendente
            A palavra Transcendente significa aquele que se ocupa das questões mais elevadas, superior que está acima das idéias e conhecimentos ordinários. Em relação a Deus o que isto quer dizer? Deus é Transcendente porque está acima da Criação, Deus como transcendente é Soberano, Soberania Significa poder supremo, autoridade. Deus como soberano faz o que quer na hora que quer, e não deve explicação a ninguém.

O perigo de se ter um Deus Imanente, mas não Transcendente

            Deus é imanente e é Transcendente, há pessoas que só querem Deus como imanente, ou seja, um Deus que se relaciona com a Criação, dando bênçãos e grandes vitorias. Em (2 Co 6.16), Paulo escreve que Deus Anda e habita com seu povo, isso demonstra relacionamento do Criador com a Criatura, sua Imanência.
            Porém os teólogos da prosperidade se esquecem que Deus também é Transcendeste, é soberano. Deus na sua soberania faz o que quer, em sua transcendência Deus está acima de tudo e de todos, e a criação está sujeita a sua vontade, não como ditadura, porque ele respeita o nosso livre-arbítrio, mas na sua vontade soberana, Deus como pai manda em nós que somos filhos e não nós nele, só podemos pedir e ele faz a sua vontade (Mt 6.10). Os teólogos da prosperidade não visam a Soberania de Deus, e determinam bênçãos e incentivam seus fieis a barganhar com Deus.
            Então o perigo de se ter Deus apenas como Imanente é porque, se descartarmos o querer soberano de Deus (Transcendência), seremos ignorantes e não vamos aceitar: a perca de um familiar, o "não" da porta de emprego, a doença inesperada, as percas de bens materiais etc. saiba de uma coisa Deus ele sabe o que faz, e pela sua onisciência ele age certo e só depois entenderemos o porque ele permitiu isto ou aquilo!

Não confunda todos os acontecimentos com o querer soberano de Deus

            Há certas coisas que acontecem na vida da gente não é porque Deus quer que ocorra, mas ele permite, pois como já falei, ele respeita o livre-arbítrio, ou seja, ele não se agrada na morte de um ímpio, ele não quer que um crente cometa pecados ou saia da presença dele, porém ele permite. Há pessoas vivendo em fracassos e sofrendo dizendo que foi o querer de Deus, não! Às vezes só é sua permissão, exemplo: uma pessoa fumante corre o risco de ter câncer no pulmão, se isto ocorre foi o querer soberano de Deus? Não! Mas a conseqüência do fumo foi à conseqüência dos pecados. Há crentes sofrendo conseqüências de pecados e dizem ser o querer soberano do Senhor. Cuidado saiba distinguir os acontecimentos da sua vida se são o querer soberano de Deus ou seu querer permissivo. Você sabe, pois tirando Deus só você conhece sua vida por completo.
            Às vezes o próprio homem é o causador de catástrofes e de desastres, como exemplo: caneletas entupidas quando chover vai ocorrer das águas entrarem nas casas das pessoas, casas construídas na beira dos rios quando vier à cheia a água vai entrar e destruir tudo pela frente. Então com isso entendemos que o Senhor é tão misericordioso que mesmo as pessoas dizendo que todas as desgraças que acontece ele é o causador, ele se compadece do ser humano e aí sim se intervém na criação dando livramentos, quantos testemunhos de livramentos de mortes não escutamos nessas cheias de rios, e em acontecimentos onde os homens foram causador como prédios mal construídos, terrorismo etc. Deus tem a vida na palma na sua mão e a vida sim esta no seu querer soberano só ele determina o dia de nossa morte (EC 3.1-2); (1 Samuel 2.6).  Porém o suicídio não é a vontade de Deus nem seu querer soberano, mas ele permite ninguém pode tirar sua própria vida quem isto faz já está condenado ao inferno.
            Aprenda isto todas as coisas estão debaixo do querer permissivo de Deus, mas nem todas as coisas estão debaixo do seu querer soberano. Amém.

Curiosidades em relação a Deus

 O nosso Deus é:

Onipresente: porque está presente em todos os lugares ao mesmo tempo.
Onisciente: Porque sabe de todas as coisas e sabe o pensamento de todos.
Onipotente: Só dele é o poder e a autoridade para reinar e fazer milagres, pois só ele existe e fora dele não existe outro.
Imutável: Deus não muda, ele não é tentado e a ninguém tenta, é o mesmo desde o principio e sempre será assim eternamente.      
                                                               Conclusão

            Não sejamos como os teólogos da prosperidade que se acha no direito de mandar em Deus, de ter o que quer na hora que quer com o pretexto de que o Senhor é imanente, desfrute do Deus Transcendente, agradeça como ele fez, ou está fazendo, é para seu bem, Sua soberania é inquestionável só confie nele, amém!

Bibliografia

Bíblia de Estudo almeida
Dicionario online priberam
Revista de Escola Dominical A verdadeira Prosperidade A vida Cristã Abundante (CPAD)
Autor: Diogo Araújo da Silva
Acesse: www.Auxiliardiogoaraujo.blogspot.com

Extraído de:http://auxiliardiogoaraujo.blogspot.com.br/2012/02/deus-imanente-e-transcendente.html

terça-feira, 25 de novembro de 2014

A Grandeza do Pastorado

Lendo esse livro, entitulado "A Grandeza do Pastorado", que teve sua 5ª edição publicada em 1856, em meados do século IXX portanto, fiquei muito impressionado com sua atualidade em relação ao ministério pastoral dos dias de hoje. As dificuldades que ministros evangélicos enfrentavam naquela época, ainda são as mesmas. A seriedade dos ministros e sua maneira cotidiana, a falta de zelo de outros ainda é muito parecida. As necessidades e cuidados ao se ministrar a palavra no púlpito ainda são identicas, com pouquísimas diferenças, e mesmo assim, tais diferenças dizem mais respeito à tecnologia empregada ao se ministrar.

À medida que ia lendo, ia percebendo como o ministério pastoral é importante em um mundo em que as pessoas andam tão indiferentes. Percebi que muito mais do que simplesmente pregar, é comunicar a mensagem de Cristo de maneira clara e biblicamente correta. É muito mais do que meramente cuidar de uma igreja e de seus membros. É seguir o exemplo de Cristo no tocante ao amor pelas almas, e este livro nos leva a refletir sobre a nossa prática ministerial à partir dos exemplos dos homens de Deus do passado.

Recomendo sua leitura a todos que pretendem ser ministros aprovados por Deus.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O Anticristo já está entre nós?

Assistam esse vídeo disponível no canal do Daniel Mastral no You Tube, é muito informativo, edificante e motivador. Assisti e resolvi compartilhar com você.
Jesus está cada vez mais próximo. Precisamos nos preparar.
Daniel Mastral é um homem de Deus que procura ensinar a verdade em meio a tantas balelas que existem atualmente no meio evangélico.



quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O dia em que Lisa Simpson abandonou o evangelho

Li este artigo abaixo e gostei muito, por ser prático e real. Transcrevo abaixo com indicação do site ao qual ele foi originado. 

O dia em que Lisa Simpson abandonou o evangelho

por Kamila Rabelo
No seriado os Simpsons, toda a famosa família é protestante e frequenta a Primeira Igreja de Springfield, pastoreada pelo reverendo Lovejoy, exceto a filha mais velha Lisa Simpson, que é budista.
Lisa é a filha que todo pai gostaria de ter, ela é carismática, educada e inteligente, além de muito boa em matemática, física, astronomia, medicina, história, geografia, ciências e biologia. Toca sax profissionalmente, é super preocupada com questões ambientais e ainda é vegetariana. Algo de errado com ela?
Não! Lisa é a pessoa da família Simpson que mais reflete Jesus em suas atitudes, porém ela não crê em Jesus, não vê em Cristo o Deus encarnado que morreu por amor a humanidade e que ensinou aos seus seguidores a amar como Ele amou.
Em João 13.34 Jesus diz ao seus discípulos: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros“.
Nem a Lisa, nem eu, nem você vimos o Cristo pessoalmente, mas a forma que temos para crer nEle é o encontrando nas atitudes dos seus seguidores. Quando eu me torno seguidor de Cristo, devo através das minhas ações tornar Cristo real para os outros.
Lisa nasceu em um lar cristão, até que um dia, mais precisamente no episódio “Uma questão de fé”, ela se decepciona com atitudes dos seguidores de Jesus e resolve conhecer o templo budista da cidade.
Ter nascido em um lar cristão e ter frequentando a igreja desde pequena não foi suficiente para ela conhecer o Cristo verdadeiro, pois à sua volta não havia ninguém que imitasse Jesus em suas atitudes.
O seu pai, Homer Simpson, apesar de ser presente e ir à igreja todos os domingos, não possui as características de um seguidor de Jesus. Homer é um péssimo funcionário, vive em discórdia com o seu vizinho Ned Flanders, é invejoso e tem dificuldade de confiar em Deus, sua escapatória para as crises sempre é o Bar do Moe e as cervejas, e nunca o Cristo e sua palavra.
Bart, apesar de ser muito amigo de Lisa e também ir à igreja todos os domingos, é um péssimo aluno, vive infernizando a vida da vizinhança, e adora bater nos colegas nerds.
Seu vizinho, Ned Flanders, é um religioso fervoroso e legalista, porém mentiroso, vive em conflito com os outros e já tentou seduzir a senhora Simpson (Marge).
O próprio pastor da igreja, reverendo Lovejoy, é um homem que demonstra pouco conhecimento da palavra. Tem uma esposa que é considerada a maior fofoqueira de Springfield e sua filha é uma das piores crianças da cidade.
Esse é o cenário em que Lisa Simpson cresceu, ela já ouviu falar muito de Cristo, mas não o viu de forma real na vida dos outros. No episódio ao qual me referi no início do texto (Uma questão de fé), Lisa se decepciona com a igreja quando vê uma doutrina capitalista ser implantada e o culto ser vendido ao maior empresário da região, que dita a forma como as coisas devem ser dali pra diante. Ela abandona a igreja e em oração pede a Deus que mostre um novo templo para que ela possa adorá-lo.
Eu sei que estou falando de um desenho animado, mas tanto eu quanto você sabemos que isso não está tão distante da realidade.
Quantas igrejas se vendem hoje em dia, deixam de anunciar a verdade do evangelho para pregar um mundo onde o TER se torna mais importante do que SER? Quantas igrejas chegam ao ponto de cederem o púlpito para que políticos façam o apelo por votos? Dessa forma, a busca por Deus se torna uma busca por poder, dinheiro, cura e milagres.
Qual tipo de pais temos sido? Um pai honesto que ensina o filho no caminho da fé ou simplesmente um hipócrita, que na igreja é uma coisa e em casa outra?
Que tipo de vizinho temos sido? Aquele que é bem visto e querido por todos, ou aquele que não se relaciona, que perturba a vizinhança e vive em dissidência com todos da rua?
Que tipo de cristão nós temos sido?
Fomos chamados para ser Sal e Luz nesse mundo. O sal serve para dar sabor à carne, portanto ser sal do mundo serve para dar o sabor de Cristo ao mundo. Ser luz é apontar a claridão para as pessoas, e não simplesmente virar o holofote para si e se achar o mais abençoado de todos.
Em Mateus 5.16 Jesus disse: “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus“.
Nossa vida deve brilhar à luz de Cristo. Nossas obras devem apontar para Jesus e, assim, através de nós, Jesus se tornar real e verdadeiro na vida dos vários e várias “Lisas Simpson” que cruzam o nosso caminho.

Assista ao episódio: http://bit.ly/1rWMafx

Por Euriano Sales
Retirado do Blog minhavidacrista.com

Extraído de http://ibc.org.br/recursos/artigos/