Páginas

Boas Vindas

Seja Bem Vindo e Aproveite ao Máximo!
Curta, Divulgue, Compartilhe e se desejar comente.
Que o Eterno o abençoe!!

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Estudo da Parashá Korach (Coré)

 


Estudos da Torá


Parashá nº 38 – Kôrach (Coré)

Bamidbar/Números Nm 16:1-18:32,

Haftará (Separação) 1Sm 11:14-12:22; e

B’rit Hadashah (Nova Aliança) Lc 19:1-30:47


1 - INTRODUÇÃO

A Parashá Kôrach, segundo o site Chabad, começa com a infame rebelião liderada por Kôrach contra seus primos, Moshê e Aharon, alegando que os dois haviam usurpado o poder do restante do povo de Israel.

Após tentar convencer os rebeldes a uma retirada, Moshê diz aos dissidentes e a Aharon que cada um deve oferecer incenso a D'us. A oferenda do verdadeiro líder seria aceita pelo Eterno, enquanto que o restante do povo teria uma morte não natural. A um pedido de Moshê, D'us faz com que a terra miraculosamente se abra e engula Kôrach, enquanto o restante dos líderes da rebelião são consumidos por uma chama enviada por D'us. Quando os sobreviventes reclamam sobre a morte em massa, D'us ameaça destruí-los também, e irrompe uma peste.

Mais uma vez, Moshê e Aharon intervêm, oferecendo incenso para impedir a extinção do resto do povo. Deste modo, e com o miraculoso brotar do cajado de Aharon dentre aqueles dos outros líderes das tribos, Moshê e Aharon provam ser os líderes escolhidos. O papel de Aharon como Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) é reiterado, e a Torá descreve os dons a serem concedidos aos Cohanim como recompensa por seu serviço no Mishkan (Tabernáculo), incluindo o direito de comer determinadas porções dos Corbanot (Sacrifícios). Os Levitas devem também ser sustentados pela sua dedicação recebendo ma'asser, ou a décima parte de todas as colheitas produzidas pelo povo na Terra de Israel.

Assim, na parashá (porção) desta semana, trataremos do assunto da rebeldia, rebelião e questionamento de autoridade. Veremos que isso aconteceu com Moshê e quais foram as consequências destes atos, e refletiremos sobre o resultado disso nas vidas dos hebreus e nas nossas vidas.

2 - ESTUDO DAS PALAVRAS

“Korach, o filho de Yitz’har, neto de K’hat, bisneto de Levi, junto com Datan e Aviram, os filhos de Eli’av, e On, o filho de Pelet, descendentes de Re’uven, reuniram homens e se rebelaram contra Mosheh. Aliaram-se a eles 250 homens de Yisrael, líderes da comunidade, membros importantes do conselho, homens de bom conceito.” (Nm 16:1-2 - BJC)

O comentário da Torá nos diz o seguinte a respeito do primeiro verso dessa porção:

“Esta porção semanal registra a primeira revolta contra a autoridade de Moisés e Aarão. Os interesses pessoais de Kôrach motivaram a sua rebeldia. O descontentamento deste, nos diz o Midrash, surgiu porque Elitsafan, seu primo irmão, obteve um cargo ao qual Kôrach se achava no direito de ocupar. Porém, Elitsafan tinha mais méritos: ele era mais apto que Kôrach para as funções que lhe eram confiadas e Moisés não podia sacrificar o interesse geral em nome de idade e de família. Quanto a Datan e Abiram, a tradição nos ensina serem aqueles dois hebreus que brigaram no Egito e disseram então a Moisés: “Quem te pôs por homem, príncipe e juiz sobre nós?” (Ex 2:13-14) Eles eram também os mesmos homens que infringiram a prescrição de Deus relativa ao Maná (Ex 16:20). Kôrach, conhecendo as más disposições destes, apoiou-se sobre essa classe de gente na sua revolta injusta.” (Torá – A Lei de Moisés, Ed. Sefer, 2001, Página 436)


Na leitura dessa porção, podemos perceber que o nome da parashá é o primeiro nome que aparece no texto, Korach (Coré), assim como também encontramos o nome de outros três. Segundo o que lemos no comentário da Torá transcrito acima, onde nos é informado o motivo pelo qual levou este homem a questionar a autoridade de Mosheh, e isso nos é confirmado mais à frente no texto, no verso 8-9.


Moisés disse também a Corá: "Agora ouçam-me, levitas! Não lhes é suficiente que o Deus de Israel os tenha separado do restante da comunidade de Israel e os tenha trazido para junto de si a fim de realizarem o trabalho no tabernáculo do Senhor e para estarem preparados para servir a comunidade?” Nm 16:8,9


Podemos assim, perceber que a Torá quer nos apontar algo sobre o caráter deste homem chamado Korach. Embora fosse rico, estimado entre sua tribo e honrado com a tarefa de cuidar da Arca da Aliança, conforme Nm 4:15:


Quando Arão e os seus filhos terminarem de cobrir os utensílios sagrados e todos os artigos sagrados, e o acampamento estiver pronto para partir, os Coatitas virão carregá-los. Mas não tocarão nas coisas sagradas; se o fizerem, morrerão. São esses os utensílios da Tenda do Encontro que os coatitas carregarão.”


Korach não tinha sido nomeado líder dos Coatitas, mas sim Elisafã, um primo mais jovem. O avô de Korach, era Kehat (Coate), cf. Êxodo 6:18-22.


Os filhos de Coate foram Anrão, Isar, Hebrom e Uziel. Coate viveu cento e trinta e três anos. Os filhos de Merari foram Mali e Musi. Esses foram os clãs de Levi, por ordem de nascimento. Anrão tomou por mulher sua tia Joquebede, que lhe deu à luz Arão e Moisés. Anrão viveu cento e trinta e sete anos. Os filhos de Isar foram Corá, Nefegue e Zicri. Os filhos de Uziel foram Misael, Elizafã e Sitri.”


O pai de Korach era Izar, irmão de Uziel. E este era o pai de Elisafã. O pai de Korach era mais velho que o pai de Elisafã. Uziel mesmo sendo mais novo, seu filho Elisafâ foi eleito para ser o líder dos Coatitas, Conforme Nm 3:29-31.


Os clãs coatitas tinham que acampar no lado sul do tabernáculo. O líder das famílias dos clãs coatitas era Elisafã, filho de Uziel. Tinham a responsabilidade de cuidar da arca, da mesa, do candelabro, dos altares, dos utensílios do santuário com os quais ministravam, da cortina e de tudo o que estava relacionado com esse serviço.”


A inveja desses homens os levaram a dizer coisas que tinham aparência de verdade, como por exemplo o que Korach disse a Mosheh:


Vocês se valorizam em demazia! Afinal, toda a comunidade é sagrada, todas as pessoas, e Adonai está entre eles. Porque, então, vocês se elevam acima da assembléia de Adonai?”(Nm 16:3)


Toda a comunidade é santa, todas as pessoas, disse Korach, ou seja, todos poderiam exercer o ministério, mas isso contrariava a ordem de HaShem, que disse que somente os levitas poderiam servir. Devemos ter muito cuidado com meias verdades, pois elas são sofismas que servem somente para nos enganar. Veja o significado de sofisma no dicionário:


argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa.”


Moshê vendo que Kôrach não podia ser controlado, tentou uma reconciliação com Datan e Abiram, enviando mensageiros convocando-os ao santuário, porém os dois homens receberam os mensageiros com zombarias, e ainda disseram mentiras, veja:


Nós não subiremos! É algo sem importância ter-nos tirado da terra em que sobejam leite e mel para nos matar no deserto, a tal ponto que você se arroga o papel de ditador sobre nós?” (Nm 16:13)


Por acaso no Egito, para eles que eram escravos, era um lugar que emanava leite e mel? Eles eram bem tratados no Egito? Moisés fazia papel de ditador sobre o povo? Claro que não! Mas a inveja os cegou, assim como cega a todos os que vivem dessa maneira.

Moshê ficou profundamente desgostoso com a reação daqueles dois homens à sua mensagem. Isso o levou a voltar-se a D’us em oração.


Moshê indignou-se e disse ao Eterno: Não aceites a oferta deles. Não tomei deles nem sequer um jumento, nem prejudiquei a nenhum deles.” Nm 16:15

O midrash diz um pouco mais sobre essa oração de Moshê, ele diz: “D’us, eu lhe imploro, não lide com eles de acordo com Sua qualidade de misericórdia, porém com severidade. (A não ser que os puna imediatamente, sua influência é perniciosa ao povo inteiro.) O Senhor sabe a verdade, que eu nunca me impus como rei sobre eles, como dizem.”

Moisés continuou, de acordo com o midrash: "Um rei cobra impostos de seus súditos, enquanto eu nem aceitei remuneração pelo meu trabalho no Santuário, ou em prol da comunidade. Tampouco pedi ao povo que reembolsasse qualquer de minhas despesas, nas quais incorri por eles. Quando aluguei um burro para viajar de Midyan para o Egito a fim de redimir o povo, tinha o direito de pedir-lhes reembolso, porém paguei com meu próprio dinheiro.

"Jamais enganei alguém dando veredicto de julgamento injusto. Não puni Datan e Aviram, apesar de terem delatado ao Faraó que matei um egípcio.

"Você sabe que sempre que lido com a comunidade, ajo apenas em Sua honra."

Moshê terminou repetindo a Kôrach, continua o midrash: "Você e seus duzentos e cinquenta seguidores poderão vir amanhã à entrada do Santuário, cada um portando um recipiente cheio de incenso. Veremos então o incenso de quem o Todo Poderoso aceitará como sinal de que Ele o escolheu para o Serviço."


O tratamento do Eterno para a inveja


Alguns estudiosos defendem que Adonai deveria ter dado a Korach um cargo importante para que não se aborrecesse e assim, não se revoltaria. No entanto, com D’us não é dessa maneira que as coisas funcionam, pois o Eterno vê o coração do homem. E assim, como ele viu em Caim seu descontrole em relação a seu irmão Abel, estava olhando o coração de Korach e vendo seus reais motivos. O problema não está no cargo que D’us não deu àquele homem, mas na inveja e na falta de humildade dele.

Por isso, a solução não seria dar a um homem ambicioso um cargo de responsabilidade, mas sim, fazer com que ele se humilhe e aprenda a submeter-se aos líderes que HaShem instituiu sobre ele. Devemos aprender essa lição, e trazer para nossas vidas, pois não é porque entendemos que temos o direito, mais condições, ou mais conhecimento, que receberemos algum cargo ou autoridade no reino do Eterno. É ele quem planeja e estabelece quem vai usar e como vai usar, a nós cabe apenas aceitar sua vontade com humildade, e orar para que nosso irmão, que foi escolhido, exerça com zelo e amor a autoridade que recebeu.

Em Korach havia uma fonte insaciável, uma inveja implacável, que o levou à loucura e a autodestruição. Ele foi alcançado por sua própria inveja, arrogância e despeito.

Devemos perceber que essa escolha de outro líder que não Korach, era um tratamento de Adonai para curar a alma dele, porém ele se recusou tratar o pecado em sua alma, e desenvolveu um sentimento de revolta que cresceu de tal maneira que lhe custou a vida. Temos no entanto, nas Escrituras, exemplos contrários que mostram que não houve ciúmes quando um irmão mais novo foi elevado a uma posição superior, como Moisés e Aarão; Efraim e Manassés.


Não devemos seguir os pensamentos errados


Outra coisa que devemos aprender é que, não é só porque alguém da nossa família tem um tipo de pensamento, que devemos seguir. Nessa situação de Korach, percebemos que seus filhos não estavam do lado dele, não tomaram partido, não penderam para o lado errado. Ao contrário dos filhos de Datan e Abiram, veja em Nm 16:27-32:


Eles se afastaram das tendas de Corá, Datã e Abirão. Datã e Abirão tinham saído e estavam de pé, à entrada de suas tendas, junto com suas mulheres, seus filhos e suas crianças pequenas. E disse Moisés: "Assim vocês saberão que o Senhor me enviou para fazer todas essas coisas e que isso não partiu de mim. Se estes homens tiverem morte natural e experimentarem somente aquilo que normalmente acontece aos homens, então o Senhor não me enviou. Mas, se o Senhor fizer acontecer algo totalmente novo, e a terra abrir a sua boca e os engolir, junto com tudo o que é deles, e eles descerem vivos ao Sheol, então vocês saberão que estes homens desprezaram o Senhor". Assim que Moisés acabou de dizer tudo isso, o chão debaixo deles fendeu-se e a terra abriu a sua boca e os engoliu juntamente com suas famílias, com todos os seguidores de Corá e com todos os seus bens.”


Se olharmos com cuidado as Escrituras perceberemos que a família de Datan e Abiram estavam ao seu lado quando o povo se afastou deles, mas a Torá não fala da família de Korach. Porque seus filhos não o seguiram, e por isso não tiveram o mesmo destino dos filhos de Datan e Abiram.


e os filhos de Eliabe foram Nemuel, Datã e Abirão. Estes, Datã e Abirão, foram os líderes da comunidade que se rebelaram contra Moisés e contra Arão, estando entre os seguidores de Corá quando se rebelaram contra o Senhor. A terra abriu a boca e os engoliu juntamente com Corá, cujos seguidores morreram quando o fogo devorou duzentos e cinquenta homens, que serviram como sinal de advertência. A descendência de Corá, contudo, não desapareceu.” Nm 26:9-11


Com certeza, os filhos de Korach quiseram acabar com essa maldição familiar, tendo nomes importantes como o de Samuel, que foi um descendente de Korach, foram autores de vários Salmos como 42-49; 84 e 85; 87 e 88, e chegaram a ter cargos importantes no templo. Por isso encontramos os seus descendentes sendo mencionados em 1Cr 6:31-38:


Estes são os homens a quem Davi encarregou de dirigir os cânticos no templo do Senhor depois que a arca foi levada para lá. Eles ministravam o louvor diante do tabernáculo, da Tenda do Encontro, até quando Salomão construiu o templo do Senhor em Jerusalém. Eles exerciam suas funções de acordo com as normas estabelecidas. Estes são os que ministravam, junto com seus filhos: Dentre os coatitas: O músico Hemã, filho de Joel, filho de Samuel, filho de Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliel, filho de Toá, filho de Zufe, filho de Elcana, filho de Maate, filho de Amasai, filho de Elcana, filho de Joel, filho de Azarias, filho de Sofonias filho de Taate, filho de Assir, filho de Ebiasafe, filho de Corá, filho de Isar, filho de Coate, filho de Levi, filho de Israel.”


Quando se está feliz e fiel na posição e no chamado que o Eterno lhe colocou, no tempo certo receberá a devida recompensa. Conforme está dito pelo Apóstolo Pedro, se nos humilhamos debaixo da mão poderosa do Eterno, ele nos exaltará no devido tempo, de acordo com 1Pe 5:5-6. Que tenhamos a atitude dos descendentes de Korach.


A questão da Autoridade de Yeshua


Nessa parashá, a porção referente a este assunto no Novo Testamento está em Lc 19:1-20:47. Entretanto, quero me ater a parte do capítulo 20, onde alguns sacerdotes, mestres da lei e anciãos vem questionar à Yeshua e a sua autoridade. Para que se possa entender bem o contexto, leia desde o verso 45 do capítulo 19 até o verso 19 do capítulo 20, que transcreverei abaixo.


Então ele entrou no templo e começou a expulsar os que estavam vendendo. Disse-lhes: "Está escrito: ‘A minha casa será casa de oração’; mas vocês fizeram dela ‘um covil de ladrões’". Todos os dias ele ensinava no templo. Mas os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes do povo procuravam matá-lo. Todavia, não conseguiam encontrar uma forma de fazê-lo, porque todo o povo estava fascinado pelas suas palavras. Certo dia, quando Yeshua estava ensinando o povo no templo e pregando as boas novas, chegaram-se a ele os chefes dos sacerdotes, juntamente com os mestres da lei e os líderes religiosos, e lhe perguntaram: "Com que autoridade estás fazendo estas coisas? Quem te deu esta autoridade? " Ele respondeu: "Eu também lhes farei uma pergunta: Digam-me: O batismo de Yochanan era do céu, ou dos homens? " Eles discutiam entre si, dizendo: "Se dissermos: ‘do céu’, ele perguntará: ‘Então por que vocês não creram nele? ’ Mas se dissermos: ‘dos homens’, todo o povo nos apedrejará, porque convencidos estão de que Yochanan era um profeta". Assim, responderam: "Não sabemos de onde era". Disse então Yeshua: "Tampouco lhes direi com que autoridade estou fazendo estas coisas". Então Yeshua passou a contar ao povo esta parábola: "Certo homem plantou uma vinha, arrendou-a a alguns lavradores e ausentou-se por longo tempo. Na época da colheita, ele enviou um servo aos lavradores, para que lhe entregassem parte do fruto da vinha. Mas os lavradores o espancaram e o mandaram embora de mãos vazias. Ele mandou outro servo, mas a esse também espancaram e o trataram de maneira humilhante, mandando-o embora de mãos vazias. Enviou ainda um terceiro, e eles o feriram e o expulsaram da vinha. "Então o proprietário da vinha disse: ‘Que farei? Mandarei meu filho amado; quem sabe o respeitarão’. "Mas quando os lavradores o viram, combinaram entre si dizendo: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa’. Assim, lançaram-no fora da vinha e o mataram. "O que lhes fará então o dono da vinha? Virá, matará aqueles lavradores e dará a vinha a outros". Quando o povo ouviu isso, disse: "Que isso nunca aconteça! " Yeshua olhou fixamente para eles e perguntou: "Então, qual é o significado do que está escrito? ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular’. Todo o que cair sobre esta pedra será despedaçado, e aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó". Os mestres da lei e os chefes dos sacerdotes procuravam uma forma de prendê-lo imediatamente, pois perceberam que era contra eles que ele havia contado essa parábola. Todavia tinham medo do povo.” Lc 19:45 - 20:19


Tendo lido todos os versos acima, podemos perceber que o questionamento aqui é o mesmo, de Korach, Datan e Abiram, ou seja: Quem é o escolhido de D’us? De quem é a autoridade de Yeshua?

Assim, como aqueles homens questionaram a autoridade de Mosheh sobre as decisões tomadas, os líderes religiosos hipócritas na época de Yeshua estavam questionando o que ele tinha feito no templo, ao expulsar os vendilhões da Beit Hamikdash (Casa da Santidade ou Templo Sagrado), conforme lemos em Lc 20:1-2. Ao que Yeshua responde com uma outra pergunta, sobre o batismo de Yochanan (João). Eles não respondem pois entendiam que se dissessem que o batismo era do céu, Yeshua os questionariam o porquê eles perseguiam Yochanan, mas se dissessem que era dos homens, então o povo os apedrejariam, porque era bem visto pelo povo. E, Yeshua então, diz que não lhes diria de onde vinha sua autoridade, e começa a contar uma Parábola (Agadá), sobre os lavradores maus.

Alguns detalhes dessa parábola:

- certo homem;

- uma vinha;

- arrendar;

- lavradores;

- 3 servos;

- o filho; e

- outros.

O significado de cada um deles:

- certo homem - o Eterno;

- uma vinha - Israel;

- arrendar - autoridade para cuidar (ensinar);

- lavradores - autoridades religiosas;

- 3 servos - os profetas do Eterno;

- o filho - Yeshua; e

- outros - Yeshua em sua volta.

Alguns ali que ouviram a Agadá disseram que não fosse assim, então Yeshua cita as Escrituras, fazendo um Midrash. E os religiosos entenderam que era deles que estava sendo falado.

O que podemos e devemos aprender com essa porção é que o Eterno enviou Yeshua seu filho, para receber sua porção dos lavradores a quem ele tinha arrendado a vinha, mas ele foi morto e ressuscitado, e retornará para tomar a vinha para si mesmo, ou seja Israel, e ele mesmo cuidará dela. A autoridade de Yeshua, assim como a de Mosheh no deserto, foi dada por HaShem, e aqueles que questionaram sabiam disso, mas mesmo assim, levantaram-se contra. E enquanto nós formos humildes e reconhecermos a autoridade da Torá e de Yeshua em nossas vidas, seguiremos em frente, em direção à vontade do Eterno.

Concluindo, devemos viver em nossas vidas de acordo com os filhos de Korach, que em detrimento de seu pai estar errado, eles tomaram a decisão de viver a verdade da vontade do Eterno. Assim, como o Mashiach Yeshua viveu de acordo com a vontade do Eterno abrindo o caminho para nos aproximar do Pai, e nos afastar do caminho da rebeldia e dos questionamentos, vivamos segundo o que Adonai estabeleceu para cada um de nós, pois a cada um ele deu um talento, conforme Mt 25:14-30.

Pr. Marcelo Santos da Silva (Marcelo Peregrino Silva - Moshê Ben Yosef)

Bibliografia:


- Torá - Lei de Moisés. Editora Sefer

- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.

- http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/

- http://hebraico.top/biblia-hebraica-online-transliterada/

- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/771045/jewish/Resumo-da-Parash.htm

- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/822858/jewish/Mensagem-da-Parash.htm

- http://shemaysrael.com/parasha-korach/

- http://www.yeshuachai.org/forums/topic/parasha-korach-cora-rebeldes/

- http://emunah-fe-dos-santos.weebly.com/uploads/1/4/2/3/14238883/38-_korach_cor.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário