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quinta-feira, 23 de junho de 2022

Estudo da Parashá Shelach Lechá(envie para você)

 



Estudos da Torá


Parashá nº 37 – Shelach Lechá (Envie para você)

Bamidbar/Números Nm 13:1-15:41,

Haftará (Separação) Js 2:1-24; e

B’rit Hadashah (Nova Aliança) Lc 17:1-18:43


1 - INTRODUÇÃO

Iniciando com o resumo da parashá da semana conforme sempre fazemos, mais uma vez busquei este no site do Chabad. A parashá Shelach Lechá começa com o incidente principal do mau relatório dos espiões sobre a Terra de Israel. Enquanto o povo hebreu se preparava para entrar na Terra de Canaã, doze importantes líderes são enviados para pesquisar a Terra Prometida, dos quais dez retornam e fazem um relatório muito negativo ao povo, dizendo que seria impossível conquistar as poderosas nações que lá viviam.

Recusando-se a dar ouvidos ao relatório positivo de Calev e Yehoshua, a nação inteira chora e reclama por toda uma noite em uma total histeria. O Eterno ameaça o povo de extermínio, quando então Moshê suplica com sucesso para que não sejam totalmente aniquilados. Mesmo assim, D'us declara que serão punidos com quarenta anos vagando pelo deserto, e durante este tempo toda aquela geração morrerá. Percebendo seu grave erro, um grupo insiste em avançar imediatamente na direção do país, contra a vontade do Eterno, sendo completamente aniquilado pelas famosas nações de Amalec e Canaã.

A Torá então muda para a descrição das libações de vinho que acompanhavam muitas das oferendas levadas ao Mishkan (Tabernáculo), conforme lemos no livro de Vayicrá/Levítico. Após ensinar os detalhes da chalá (não confundir com o pão que comemos no Shabat), esta refere-se à porção a ser separada de cada fornada de massa e doada a um Cohen. A Torá menciona ainda, várias leis tratando da proibição de adoração de ídolos, e o infeliz caso do homem que recebeu a pena de morte por profanar o Shabat.

A Parashá Shelach termina com o terceiro parágrafo da prece do Shemá, contendo a mitsvá de colocar tsitsit, que serve como um constante lembrete para nós, de D'us e Seus mandamentos.

Esta parashá trás uma carga emocional muito forte, pelo menos ao meu ver. Aqui a Torá já nos mostrou tudo o que o Eterno Criador dos céus e da terra, o Libertador, fez por este povo e agora prestes a entrar na terra a qual herdariam cometem algo que os impedem de seguir em frente e conquistar a vitória. O que me deixa emocionado nessa porção são os motivos do povo de Israel para agirem da forma que agiram, e ainda a suas atitudes após o que fizeram. Vamos seguir neste estudo pois ele é maravilhoso!

2 - ESTUDO DAS PALAVRAS

Adonai D’us disse a Mosheh: “Envie alguns homens para fazer o reconhecimento da terra de kena’an, que dou ao povo de Yisrael. De cada tribo ancestral, envie alguém que seja líder da tribo”. Mosheh enviou-os do deserto de Pa’ran, como Adonai lhe tinha ordenado; todos eles eram homens da liderança dentre o povo de Yisrael.” (Nm 13:1-3 - BJC)

A porção anterior da Torá finaliza no verso 16 com o Eterno guiando o povo até o deserto de Paran, onde acampam mais uma vez. E ali, no deserto de Paran, o Eterno manda que Moisés envie doze homens para espiarem, ou melhor observarem a terra, conforme lemos nos versos acima, o termo espiar não é muito correto aqui, conforme é tradicionalmente entendido e veremos mais adiante. Veremos também, que a idéia inicial de enviar homens até a terra de Canaãn não vem originalmente de D’us, como o texto parece mostrar. Também poderemos entender que o objetivo destes doze homens era trazer um relatório de suas observações e explorações.


Sobre o Nome da Parashá e o de Yehoshua (Josué)


Em primeiro lugar, vejamos as palavras iniciais que dão nome a nossa porção da semana.

VAY’DABER HASHEM EL-MOSHEH LEMOR: SHELACH-LECHAH...”

Falou o Eterno a Moshe dizendo: “Envia para ti...”

Repare que a palavra que traduziram meramente para o português como “envia”, no original hebraico significa mais que isso. O original é “shelach lechah” que significa “envia para ti”, apontando para o fato de que o Eterno não queria ou não desejava enviar, ou não via necessidade de enviar, mas estava mandando eles enviarem por eles mesmos.

Entenda uma coisa importante, a tradição judaica diz que há um Midrash (comentário rabínico, ensino) sobre essa questão. Tal Midrash sugere que os filhos de Israel ficaram temerosos com a possibilidade de deixar o Sinai para a conquista da Terra Prometida. Isso porque as sete nações que haviam em Canaã tinham uma reputação de serem muito violentas, maléficas e extremamente depravadas.

Sendo assim, de acordo com o referido Midrash, foram os filhos de Israel quem pediram a Mosheh que enviassem os homens para observarem, a fim de que pudessem avaliar a terra e a resistência do inimigo, mas também podemos ler sobre isso na própria Torá em Dt 1:21 e 22:

Vejam: Adonai, seu D’us, pôs a terra diante de vocês. Subam, tomem posse, como o Eterno, o D’us de seus antepassados, disse a vocês. Não temam, não se assustem. Vocês se aproximaram de mim, cada um, e disseram: Vamos enviar homens à nossa frente para explorar a terra por nós e nos trazer uma palavra sobre a rota a ser usada para subirmos até lá e nos revelar como são as cidades que encontraremos.”


Por isso o Eterno usa a palavra “shelach lechá” - envia por ti ou por sua conta. Outros sábios judeus também dizem que este termo significava “enviá-los para seu próprio benefício”.

Uma coisa que fica bem clara nisso tudo é que podemos ver Mosheh indo até o Santo e Bendito, para perguntar sobre a solicitação, e assim temos o texto dos versos que estamos analisando, onde Ele manda enviar por eles mesmos.

Agora, a respeito do nome de Josué, que foi mudado por Mosheh, ao ser escolhido para ser um dos doze homens que seriam enviados para explorar a terra. O nome dele antes de ser escolhido era “Hoshea - הושׁע(Oseias), que significa “Salvação”. Ao seu nome, Mosheh acrescentou no início, a letra “Yud” (י), a fim de fazer com que o nome de Josué começasse com parte do nome de D’us, sendo assim, ficou “Yehoshua - יהושׁע(Josué), que significa “O Eterno Salva”.

Dessa forma, vemos que o nome de Josué/Yehoshua é forma completa e a forma abreviada desse nome é “Yeshua”. Essa forma surge tanto nos textos hebraicos antigos como nos escritos aramaicos do Tanach, conhecido como Antigo Testamento. Também é importante mencionar que o nome Yeshua, também significa “O Eterno Salva”, uma vez que é abreviação de Yehoshua.

De acordo com o Talmud (a tradição oral compilada em livros), os rabinos de Israel ensinaram que Mosheh previa a infidelidade e falta de fé dos homens que foram escolhidos para explorar a terra, por isso mudou o nome de Hoshea para Yeshoshua para lembrar-lhes que o Eterno deve sempre vir em primeiro lugar (Talmud Sotah 34b).

Espias ou Exploradores?


Quando olhamos para o texto de Nm 13:1-2 lemos o seguinte:


Adonai Deus disse a Mosheh: “Envie alguns homens para fazer o reconhecimento da terra de kena’an, que dou ao povo de Yisrael. De cada tribo ancestral, envie alguém que seja líder da tribo.”


Nesse trecho a Torá utiliza o verbo raiz “TAR”, pois a palavra que aparece no texto em hebraico é “VEYATURU”. Essa palavra significa “Excursionar, observar, viajar com um propósito, explorar, examinar e investigar. O verbo “TAR” ocorre 12 vezes neste capítulo e mais 10 vezes em todo o TaNaCh (Escrituras Sagradas).

Podemos então perceber através da observação dessa palavra no original, que o objetivo dos homens não era o de espiar, mas sim de explorar, observar. Repare que a palavra hebraica para “Espião” é “Ragel – רגל", e ela não aparece em nenhuma parte do texto desta parashá (porção), no entanto, a raiz “TAR”, conforme já mencionamos, é encontrada 10 vezes. Sendo assim, os homens enviados por Mosheh devem ser compreendidos ou chamados de Exploradores, e não de espiões; as duas palavras não são idênticas.

A primeira vez que a palavra “Ragel” (Espião ou espionar) é usada nas Escrituras, foi uns 40 anos mais tarde já na história de Josué e na preparação da batalha de Jericó, quando espiões são enviados. A diferença está na natureza e propósito da viagem. No caso em que estamos estudando o propósito era saber como eram as terras que receberiam, como eram os povos e as cidades. Já em Josué o propósito era estritamente militar, pois estavam se preparando para a batalha.


Fatos a entender sobre os doze exploradores:

Antes que Israel entrasse na terra, houve dois tipos de informações:

- A natureza da terra; e

- A praticabilidade de conquista militar.

Este não era um trabalho a ser feito por espiões militares, pois os espiões são enviados somente depois que uma nação decidiu iniciar a guerra. Os espiões são enviados para das informações de como atacar o inimigo, mostrando seus pontos vulneráveis, e relatariam somente ao seu líder militar. Já no caso dos nossos doze homens, os exploradores ou observadores, se fossem espiões militares, não haveria razão para publicar seus nomes e Mosheh para isso não escolheria líderes ou pessoas importantes de cada tribo, conforme Nm 13:1-3.

A missão dos doze:

Sua missão era recolher a informação, de acordo com o texto, em seis categorias:

- Como o lugar era?

- Como eram os povos do lugar?

- A terra era apropriada para agricultura?

- Que tipo de vegetação está no lugar?

- Quais os fatos sobre as cidades?

- Trazer algumas amostras dos produtos da terra.

Daí percebemos a necessidade de que tinham que ser representantes influentes de cada tribo, e porque relataram tudo a nação inteira e não somente a Mosheh.

Os observadores foram enviados e quarenta dias depois retornam, no dia 9 de Av, carregando um enorme aglomerado de uvas, uma romã gigante no tamanho e um enorme figo. Segundo o Midrash Rabínico, os frutos eram tão grandes que necessitavam de um homem para carregar a romã, outro para levar o figo e de oito homens para levar o cacho de uvas.

Podemos aprender com esta passagem que os filhos de Israel cometeram dois erros muito comuns:

- Não conseguiram ver que possuir a terra era um ato de fé (emunah – confiança, fidelidade em D’us). Os 10 observadores foram pessimistas (realistas). O pessimismo deles contagiou todo o povo, cegando-os para a realidade da aliança, e os mantendo na realidade do que os homens estavam dizendo.

- Não apreciaram as bênçãos que D’us tinha prometido se obedecessem a seus mandamentos (Mitsvot).

Devemos reconhecer que as dificuldades eram reais na terra, haviam gigantes, cidades fortificadas e tantas outras coisas, os 10 observadores eram realistas, mas eles também esqueceram de serem realistas em relação ao Eterno, pois não olharam para a realidade de que o Eterno já havia feito por eles e o que já havia prometido fazer por eles.

Portanto, entendamos que eles cometeram Lashom Hará (maledicência) ao reportar o pessimismo em relação a Terra, na verdade contra o próprio D-us, pois era como se tivessem reportado que o povo da terra era maior do que as promessas de D’us. O pessimismo é uma das grandes barreiras construídas por nós mesmos que nos impendem de caminhar nas bençãos e nas promessas de D’us. (Nm 14:2) A fé move-se adiante na base da fidelidade de D’us, não em nossas próprias forças e habilidades, ou na ‘realidade’.

A realidade depende do ponto de vista do observador, então a Fé do observador muda a perspectiva da realidade ou a realidade em si. Além disso, nós nunca podemos dizer que acreditamos ou temos fé em D’us, se não nos submetemos a Sua Torá, ou seja, aos seus mandamentos. Ela reflete nossa condição interna, para que possamos fazer os reajustes, a Teshuvá (arrependimento, retorno, conversão). Vejamos os textos abaixo:


Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha...” Mt 7:24


Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele.” Jo 14:21


Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será chamado menor no Reino dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar estes meus mandamentos será chamado grande no Reino dos céus.” Mt 5:19-20


Como vimos acima, a Torá são os mandamentos do Eterno, e a ela aponta para o Messias, é por isto que a rejeição aos ensinos do Messias é considerada a mais alta traição, para todos os mandamentos de D’us. Uma vez que o messias Yeshua ensinava a Torá, pura e limpa de chalachot ou dogmas. Rejeitar a Torá de HaShem é rejeitar o Seu Messias, que por fim, é rejeitar a D’us, aquele que o enviou, conforme lemos em Lc 10:16:


Aquele que lhes dá ouvidos, está me dando ouvidos; aquele que os rejeita, está me rejeitando; mas aquele que me rejeita, está rejeitando aquele que me enviou.”


Sobre Kalev, filho de Yefuneh


Calebe foi um dos doze observadores que foram enviados a Canaã, conforme Nm 13:6. Seu nome em hebraico “Kalev” pode significar “cachorro” que é “Kelev”, mas também pode aludir a “coração” que é “Lev”. Ele foi líder da tribo de Judá, ou pelo menos uma pessoa muito influente ali.

Entretanto, perceba que Calebe não era um israelita. Ele era um, “Ex Goy” (gentio) convertido ao D’us de Israel, e tornou-se um membro influente em Judá. Jefuneh, nome de seu pai, não era um nome propriamente hebreu, o Tanach (Escrituras) nos aponta o caminho para compreendermos isso. Veja o que diz o texto de Josué 14:6:


Então, os filhos de Judá chegaram a Josué em Gilgal; e Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, lhe disse: Tu sabes o que o Senhor falou a Moisés, homem de Deus, em Cades-Barnéia, por causa de mim e de ti.”


De onde a tribo Quenezeu veio? As Escrituras nos dizem: das tribos Cananitas. Veja o que diz Gênesis 15:18-21:


Nessa mesma ocasião o SENHOR D’us fez uma aliança com Abrão. Ele disse: Prometo dar aos seus descendentes esta terra, desde a fronteira com o Egito até o rio Eufrates, incluindo as terras dos Queneus, dos Quenezeus, dos Cadmoneus, dos Heteus, dos Perizeus, dos Refains, dos Amorreus, dos Cananeus, dos Girgaseus e dos Jebuseus.”

Jefoné (Yefuneh) que pode significar “virou-se”, nos sugere o porquê Calebe se afastou dos esquemas pessimistas dos outros observadores. Podemos pensar que a família de Calebe vivia no Egito há anos e se juntaram aos filhos de Israel. E isso é mais uma prova de que uma multidão de povos saiu do Egito com Israel. Na verdade, Calebe era descendente de Esaú, de um dos filhos dele. Jefoné era possivelmente, descendente de Quenaz filho de Elifaz, filho mais velho de Esaú (Gn 36:15; 40-42). Há ainda outro texto que menciona Jefoné como “Quenezeu”, leia Nm 32:12.

Talvez alguém possa se perguntar: “Se ele não era hebreu, como veio a ser tão importante na tribo de Judá, a ponto de ser escolhido para ir observar a terra?” ou “Como veio a ser contado como um dos membros da casa de Judá?”

As Escrituras nos mostram como ele entrou na tribo de Judá. Leia 1Cr 2:3-5; 18.


Estes foram os filhos de Judá: Er, Onã e Selá. Ele teve esses três filhos com uma mulher cananéia, a filha de Suá. Mas o Senhor reprovou a conduta perversa de Er, filho mais velho de Judá, e por isso o matou. Tamar, nora de Judá, deu-lhe os filhos Perez e Zerá. A Judá nasceram ao todo cinco filhos. Estes foram os filhos de Perez: Hezrom e Hamul.” 1Cr 2:3-5


Calebe, filho de Hezrom, teve uma filha chamada Jeriote com sua mulher Azuba. Estes foram os filhos de Azuba: Jeser, Sobabe e Ardom.” 1Cr 2:5


Estes textos nos mostram duas possibilidades. A primeira é que esse pode não ser o mesmo Calebe que estamos estudando, e a segunda é que Calebe teria sido recebido como filho por Hesrom, filho de Perez, que era filho de Judá. Esse é meu palpite, principalmente, levando-se em consideração o tempo decorrido entre as gerações e a grande possibilidade disso ter acontecido e seguindo os textos das Escrituras.

Agora quanto a pergunta: “Se ele não era hebreu, como veio a ser tão importante na tribo de Judá? Podemos responder entendendo o texto de Nm 14:24, que diz:


Mas o meu servo Calebe, porque nele houve outro espírito, e porque ele perseverou em seguir-me, eu o introduzirei na terra em que entrou, e a sua posteridade a possuirá.”


Devemos observar que, se houve alguma vez um caráter de um ex-gentio nas Escrituras que expôs uma atitude positiva em relação ao Eterno ou inspiração diferente em direção ao Eterno e a sua Palavra, deveria ser Calebe. Na Torá encontramos três pessoas sendo definidas pelo Eterno como seus servos, e são eles: Abraão, Moisés e Calebe. Isso nos aponta o caráter de Calebe, e nos indica a direção para entendermos como ele havia sido transformado por haShem e assim, veio a fazer parte do povo de D’us e da tribo de Judá. E isso deve ser um exemplo para cada um de nós que somos seguidores de Yeshua, vindos das nações.

Em relação a esse assunto é importante lembrar que, por meio desse fato a Torá quer nos mostrar o “mistério” que Paulo (Rav. Shaul) diz em Efésios 3, ou seja, a entrada dos Gentios ao povo de Adonai, através do Messias e da obediência à Palavra.

Que haja em cada um de nós um mover do Eterno para confiar nas palavras da Torá, sem questionarmos ou duvidarmos. Que possamos viver segundo as instruções de vida de HaShem.


Pr. Marcelo Santos da Silva (Marcelo Peregrino Silva)


Bibliografia:

- Torá – Lei de Moisés. Editora Sefer

- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.

- http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/

- http://hebraico.top/biblia-hebraica-online-transliterada/

- http://www.yeshuachai.org/forums/topic/ שלח-לך -shlach-lecha-parasha-numeros-131-1541/

- http://emunah-fe-dos-santos.weebly.com

- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/771044/jewish/Resumo-da-Parash.htm

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