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terça-feira, 25 de março de 2014

Crentes adormecidos






“...não durmamos, pois, como os demais, antes vigiemos e sejamos sóbrios. Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam, embriagam-se de noite; mas nós, porque somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo,...” 1Tessalinicenses 5.6-9.

O mundo está dormindo em seu sono de morte por estarem distante de Cristo e da sua redenção, tão graciosamente oferecida. O sistema ético do mundo tem falhado, as pessoas estão com o caráter deturpado, buscando somente os seus próprios interesses e prazeres. No entanto isso não é novidade, o apóstolo Paulo já falava isso desde sua época, e antes dele Jesus.

Entretanto, a coisa fica estreita quando cristãos, que deveriam estar despertados do sono letárgico, estão dormindo em meio à situação atual. Todo aquele que é nascido de Deus, está fora do sistema do mundo. Porém há cristãos que insistem em permanecer nesse sistema. Não podemos nos dar ao luxo de viver uma vida cristã sem contato com Cristo. O nosso contato com Jesus é o que nos faz permanecer fortes para sobrepujar o mal que há em nós, e que também fica nos rodeando pelos ataques do diabo.

É impossível continuarmos vivendo e nos enganando. Digo isto, porque vejo muitos que estão se enganando. Vão à igreja uma ou duas vezes na semana, ali cantam e oram, mas na maioria das vezes é uma capa. Porque na sua intimidade muitas vezes não tem vida com Deus, não nutre uma comunhão íntima. A vida cristã é muito mais do que isso. É considerar os irmãos, é respeitar a palavra do outro, é amar mesmo não se tendo tantas afinidades, é saber ouvir e perceber que o Espírito Santo pode usar seu próximo.

Quando o apóstolo diz para que “não durmamos” e depois diz para sermos “sóbrios e vigilantes”, quer dizer que precisamos estar atentos, utilizando nosso entendimento com sabedoria e vigiar para não sermos pegos pelo mal. Há ocasiões em que estamos tão desapercebidos que não aceitamos quando somos repreendidos pelo Senhor, mas não aceitamos porque foi alguém como nós que falou. Desconsideramos porque dizemos que é uma pessoa tão cheia de falhas. E esquecemos que também somos. Mas Deus nos separou para alcançarmos a salvação em Cristo Jesus, independentemente de nossas fraquezas.

Então, o que precisamos fazer? Precisamos acordar, pois fomos despertados pelo Espírito Santo. Depois buscarmos mais a Deus, pois é o princípio de tudo, e a conseqüência será um despertamento contínuo. Passaremos a entender que o Senhor nos quer em atividade na igreja, pregando a palavra, adorando, entre tantas coisas. Consideraremos nossos irmãos sem desdém, mas amando-os e respeitando-os, e recebendo deles, quando forem usados por Deus, mesmo durante um louvor, uma ministração, uma exortação. Porque não estaremos vendo as falhas dos outros, mas as virtudes de Deus na pessoa.

Que o Senhor nos abençoa a cada dia.

sexta-feira, 21 de março de 2014

PARA QUE NOS REUNIMOS?



É muito comum ouvirmos que não precisamos nos reunir para adorar a Deus. É verdade.

Também é verdade que, se não formos lembrados periodicamente de nossos compromissos, nós os esquecemos. Somos assaltados por ideias absurdas e seduzidos por valores estranhos ao desejo de Deus. Onde somos advertidos disto? Na igreja.

Por comodismo ou por decepção, tendemos a abandonar a experiência de experienciar o Deus vivo em nossos cultos. Se é verdade que não podemos idolatrar o culto e o templo, também é verdade que não podemos idolatrar a nossa própria capacidade do adorar solitariamente.

Não somos tão melhores que o povo de Israel no deserto. Como eles, também precisamos de oportunidades coletivas em que vemos, de geração em geração, de domingo em domingo, o poder de Deus se manifestar (Êxodo 29).

Texto Extraído do Livro " Bom Dia Amigo" de Israel Belo de Azevedo, Igreja Batista Itacuruça, 2014.


segunda-feira, 17 de março de 2014

O Crescimento Espiritual do Cristão


As cartas do apóstolo Pedro estão classificadas entre as “epístolas gerais” por não se dirigirem a uma igreja ou a uma pessoa específica, mas ao povo de Deus em geral. A primeira carta teve o objetivo de consolar os irmãos que sofriam com as perseguições. A segunda carta foi escrita para exortá-los no sentido de crescerem espiritualmente (2Pe 1.12; 3.18). Gostamos de ser consolados, mas não exortados. Entretanto, não podemos recusar este precioso aspecto da Palavra do Senhor para nós. Exortação é admoestação e incentivo.

Mas como aconteceria o crescimento espiritual? Viria com o passar do tempo? Seria automático? Não. O crescimento seria promovido pela aquisição de uma série de qualidades relacionadas por Pedro:
“E por isso mesmo vós, empregando toda a diligência, acrescentai à vossa fé a bondade, e à bondade o conhecimento, e ao conhecimento o domínio próprio, e ao domínio próprio a perseverança, e à perseverança a piedade, e à piedade a fraternidade, e à fraternidade o amor” (2Pe 1.5-7).
Isto nos faz lembrar uma lista de ingredientes usados para fazer um bolo. Coloque farinha numa vasilha, depois acrescente ovos, leite, açúcar, manteiga, sal e fermento. Misture bem, coloque numa forma untada com óleo e deixe assar por 30 minutos.

Se faltarem os ingredientes, a receita não pode ser executada. Assim também, as virtudes espirituais que Pedro listou são importantes, necessárias e imprescindíveis em nossas vidas.

Aqueles irmãos já possuíam fé, já acreditavam em Deus e em Jesus Cristo, conforme vemos no primeiro versículo daquela carta. A fé é fundamental, mas não é tudo. Ela é apenas o início do processo. De nada adianta alguém se vangloriar de ter uma grande fé se não tem as outras virtudes citadas.
Também precisamos da bondade. Assim, a nossa fé não será usada para o mal, como acontece em atentados terroristas ou em “trabalhos” espirituais para matar. A fé sem bondade produz exploração, manipulação, orações contrárias e até inquisição.

Em terceiro lugar, Pedro colocou o conhecimento. Precisamos conhecer a bíblia e também ao próprio Deus por meio de experiências vividas com ele. O conhecimento sem a fé não nos será útil, enquanto a fé sem o conhecimento pode se transformar em superstição e fanatismo. Seria uma fé ingênua, pronta para aceitar as heresias dos falsos mestres (2Pd 2.1).

Depois, precisamos ter o domínio próprio. Sem o autocontrole, a fé, a bondade e o conhecimento podem perder o seu valor, assim como acontece com um carro potente sem freio. O cristão precisa controlar os apetites, a ira e as ambições. Quem não controla seus desejos e impulsos acaba entregando o controle de sua vida a outra pessoa, seja o médico, o policial, juiz ou carcereiro. É pela falta do domínio próprio que vêm os escândalos, e não por falta de fé ou conhecimento.

Em quinto lugar, Pedro citou a perseverança, ou seja, precisamos ser insistentes na prática do bem e fiéis nos compromissos assumidos com Deus e com os homens. O cristão não pode desistir facilmente dos seus propósitos (Lc 18.1-7; Ap 2.10). Perseverança é determinação e firmeza diante das dificuldades naturais e dos ataques espirituais. Muitas pessoas são tão inconstantes que caem sozinhas. Satanás nem atacou, mas elas já foram a nocaute. Não vamos confundir perseverança com teimosia ou insistência irracional. Não podemos perseverar no erro (Ec 8.3). Desistir pode ser necessário (2Co 12.8-9), mas precisamos ser pessoas que costumam concluir o que começaram.

Depois vem a piedade que, nesse contexto, não significa pena, dó ou compaixão, mas devoção e dedicação a Deus. O cristão não pode viver para si mesmo, colocando seus próprios interesses como o centro do evangelho. Para evitar isso, devemos realizar ações para Deus, com o único propósito de agradá-lo. Aqui entra o louvor, a adoração, a oração, o jejum e a oferta, principalmente quando não são vistos pelos homens.

Em penúltimo lugar, Pedro mencionou a fraternidade, que é o amor aos irmãos. Este não pode ser apenas uma teoria ou um sentimento, mas precisa se materializar na prática da comunhão, da participação e do serviço. Fraternidade sem piedade torna-se apenas relação social. Piedade sem fraternidade produz a religião individualista e isolada. Encontramos fraternidade em muitas religiões e sociedades, mas está fora do legítimo contexto cristão, separada do conjunto de virtudes mencionadas pelo apóstolo. Precisamos nos dedicar a Deus e aos irmãos: piedade e fraternidade precisam andar juntas.

O último elemento é o amor. Este vai além da fraternidade porque não se aplica apenas aos irmãos, mas ao próximo de modo geral. É um nível de amor sacrificial. É a capacidade de amar até mesmo os inimigos humanos, conforme Jesus ordenou.

Certa vez, os moradores de uma cidade não aceitaram a entrada de Jesus, então João e Tiago perguntaram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para consumi-los como Elias também fez”? (Lc 9.54). Evidentemente, Jesus não permitiu tal coisa. Aqueles discípulos eram dois irmãos unidos. Demonstraram ter conhecimento, pois sabiam da história de Elias. Tinham também fé suficiente para pedir fogo do céu, mas não tinham amor ao próximo.

Ao fazer um bolo, podemos substituir alguns ingredientes, por questão de negligência, economia ou criatividade. O resultado pode ser maravilhoso ou terrível, mas cada um comerá o bolo que tiver feito. Não poderemos nos esquivar das consequências do modo de vida que escolhemos.

Se tivermos os ingredientes certos em nossas vidas, todos eles, obteremos excelente resultado:
“Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, elas não vos deixarão ociosos nem infrutíferos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo” (2Pe 1.8). Desta forma, seremos cristãos trabalhadores e produtivos na obra do Senhor e, acima de tudo, agradáveis ao nosso Deus.

Pr. Anísio Renato de Andrade

Extraído de: http://www.lagoinha.com/ibl-vida-crista/o-crescimento-espiritual-do-cristao/

O tempo de Deus é perfeito



“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1) 



 
Quando se trata de oração, pensamos sobre o tempo de resposta de Deus. Quando a resposta não é imediata, imaginamos, ansiosos, a razão. Eclesiastes, porém, nos diz: “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu” (3:1). O tempo de Deus difere do nosso. Seus caminhos não são os nossos. Vivemos segundo o tempo terreno. Deus vê sob a perspectiva eterna. Viver num mundo cujo tempo é cronometrado e esperar pelo tempo de Deus é difícil.


Ainda que oremos e tenhamos fé, temos de lembrar que o resultado e o tempo estão nas mãos DE DEUS. Ele diz que há “tempo de curar” (Ec 3:3). Portanto, se você orou por cura e não a obteve, não se culpe nem tenha raiva de Deus. Ele às vezes permite males físicos para obter nossa atenção, a fim de poder conversar conosco. Então, continue a orar e não perca a esperança.

O mesmo se aplica quando oramos a Deus para que salve a vida de alguém. A Bíblia diz que há “tempo de morrer” (Ec 3:2). A decisão, porém, cabe a Deus, e não a nós. E devemos aceita-la. Podemos orar, mas ELE determina o resultado. Precisamos aceitar o que Deus faz sem ressentimentos contra Ele.

O tempo do Senhor é perfeito. Quando nos rendemos, nos sentimos livres. Ainda que você possa não entender exatamente o que Deus está fazendo, pode confiar: Ele está agindo.

Vamos orar? “Senhor, quero todas as respostas às minhas orações neste exato momento, mas Tu queres que eu seja paciente e que espere em Ti. Entrego a Ti as minhas preocupações e deixo o resultado nas Tuas mãos. Ajuda-me a descansar ciente de que o Teu tempo é perfeito e justo. Em nome de Jesus, amém!” 


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-> Texto: Escrito por Stormie Omartian

Extraído de: http://www.bibliaensina.com/2014/02/o-tempo-de-deus-e-perfeito.html#more

sexta-feira, 14 de março de 2014

Quer por bem,quer por mal.

Li esta postagem abaixo no Blog que sigo, pertencente à irmã Alessandra Barcelos. O texto é muito bom e traduz uma realidade na vida de diversas pessoas dentro de nossas igrejas. Então, vou postá-lo aqui e o endereço do referido Blog se encontra após a postagem. Caso queira ir a ele você também pode encontrá-lo na lista ao lado.

Boa leitura, Deus o abençoe.


Quer por bem,quer por mal.


E o que veio à vossa mente de modo algum sucederá, quando dizeis: Seremos como os gentios, como as outras famílias da terra, servindo ao madeiro e à pedra.
Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada, hei de reinar sobre vós.Ezequiel 20:32-33


Já dizia um louvor que eu costumava ouvir antigamente:''Há momentos que na vida,pensamos em voltar atrás,é preciso pedir ajuda para poder continuar..'' e também uma expressão que um pastor que conheço costumava usar:''crente velho vira morcego'',se referindo ao fato de que o maior índice de incredulidade crentês(se é que entendem)está justamente entre os cristãos mais experientes,mais antigos de caminhada com Deus.

Não é mentira dizer que há tantas frustrações,provações e testes de fé na longa jornada que começa ao aceitarmos Jesus e só terminará com nossa morte ou na glória,que uma síndrome de desconfiança e quem sabe,um forte desejo de retrocesso pode atingir ao mais valente dos heróis de Deus,quer fatal,quer temporariamente.

Faz cerca de uma ou duas semanas porém que este trecho bíblico na abertura da postagem,deixou meu coração marcado com uma realidade espiritual que acontecia no passado e que acontece ainda hoje:
Depois de postos a prova,depois de uma coleção pequena ou grande de decepções religiosas,depois de algum tempo de espera por promessas que ainda não chegaram,alguns crentes tomam uma decisão fatídica:
''Não serviremos mais a Deus,não andaremos mais debaixo de temor e obediência,não creremos mais totalmente nas Escrituras porque grande parte de tudo o que esta escrito nunca se cumpriu nem jamais se cumprirá em minha vida.Vejo muita gente que não serve a Deus em melhor estado emocional,financeiro e físico do que eu,por isso serei exatamente como eles:viverei minha vida tranquilamente,fazendo apenas o que quero,sem orar,sem buscar,sem ir a Igreja e certamente serei tão feliz quanto eles são.''

Este é um pensamento humano e mais comum do que gostaríamos de admitir.No verso que abre a postagem o Senhor revela este tipo de pensamento em homens israelitas dizendo que seriam como as outras famílias da terra,servindo ao pau e a pedra-ou-a imagens de escultura.

Realmente ainda hoje,mesmo após conhecer a verdade alguns ex-crentes chegam ao absurdo de voltarem ao catolicismo,lá se casam,lá batizam seus filhos,retomam ao culto ás imagens.Outros,não chegam a tanto,mas nem por isso estão imunes da idolatria.Talvez passem a servir uma vida promíscua,á vícios,ao amor excessivo ao dinheiro..isto também é ''andar nos caminhos das demais famílias da terra''. Mas noto um Deus decidido a fazer de Israel seu povo,quer por bem quer por mal.Ele declara que se aquele povo estivesse achando que faria tudo como os ímpios e ainda achava que ficariam bem assim,estavam equivocados:de todo jeito Deus seria aquele que regeria suas vidas,quer para o bem ,quer para o mal.

É mais ou menos como umas mãe ou pai diria diante de um filho que sempre foi obediente,mas de repente resolve,através de mal companhias,quebrar as r  egras e fazer como seus amigos. Sabe amados,sejamos tementes sempre,pois o temor ao Senhor é o princípio da sabedoria.Muitas vezes nos revoltamos,queremos que Deus haja instantaneamente a nosso favor,não nos conformamos por muitas vezes sabermos que Ele pode nos dar algo mais simplesmente decide não dar,ou tocar no coração de alguém através das nossas orações mas não o faz.Muitas e muitas vezes não entendemos a sua permissão em relação a males e angustias que nos sobrevém,mas nem por isto,retrocedamos!

Israel quis se desviar,quis tentar outras maneiras de atingir seus objetivos e deixou de olhar para todos os sinais e maravilhas que Deus já havia operado em seu meio.Acharam que desprezando Deus sua ''sorte'' seria melhor e esqueceram da aliança inquebrável que tinham com Ele.
Muitos mendigos hoje ,são ex-cristãos e até ex-pastores.Muita família antes abençoada foi destruída totalmente através de adultérios,vícios,divórcios..tudo porque deixaram ao Senhor e seus caminhos achando que tudo correria bem.

A verdade,é que se com Deus é difícil ,sem Ele torna-se impossível qualquer sucesso absoluto.Aquele que for fiel até o fim,este será salvo.

*Abraço e paz!


Pois eis que os que se alongam de ti, perecerão; tu tens destruído todos aqueles que se desviam de ti. Salmos 73:27
O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável. Provérbios 28:9
 
Extraído de: http://alessandra-jesuseeu.blogspot.com.br/  em 14/03/2014.

quinta-feira, 13 de março de 2014

A igreja que esqueceu do Reino

Alguns cristãos não conseguem enxergar Deus fora das suas igrejas locais. Eles vivem em uma espécie de cidadela do interior e me parece que a sua única função neste mundo é apenas arrecadar mais moradores para seu vilarejo. São “cidades” onde os moradores tem suas festas, seus idiomas, suas tradições e a vivência considerada sadia se resume a que todos obedeçam e se sujeitem a tudo que lhe foi imposta, ainda que lhe falte coragem e lhe sobrem algumas pulgas atrás da orelha.

Outros porém, alargam essas fronteiras para suas denominações e só conseguem enxergar Deus dentro do seu pote lacrado. É um grupo maior de pessoas que direcionam onde todos devem andar, direcionam suas práticas, instalaram ritos e rituais fixos, e jamais se misturam com o mundo ou com os demais membros da cristandade. É uma coleção de igrejas da mesma espécie, com pouca diversidade e quase nenhuma liberdade. Circulam no guetos das suas programações, andam somente com pessoas da denominação, promovendo seus usos e costumes, exaltando seus maneirismos e trejeitos. Há uma falsa união, mas na verdade é cada um anunciando o deus do seu próprio coração, no estilo “cada um pelo que acredita e Deus por todos”.

O Reino vai para além das nossas meras percepções particulares.

Sabemos “de boca” que Deus reina sobre todo o Universo, mas, mesmo assim, resumimos Ele a nosso próprio universo. Sabemos que Ele domina sobre todo o planeta Terra, mas, mesmo assim, ficamos comparando nações como se Deus amasse uma mais em detrimento de outras. Sabemos que Ele amou e atraiu toda a humanidade para si, mas, ainda sim, reduzimos a salvação a fatias de pessoas que tem o nosso entendimento doutrinário. Sabemos que Ele domina sobre a história, mas, mesmo assim, tentamos a reescrevê-la pelas próprias mãos fazendo justiça do jeito errado. Sabemos que Ele domina sobre sua Igreja, mas, mesmo assim, nós queremos ditar o comportamento dela e dos membros, para apenas se sentir mais privilegiado. Reconheça-se ou não, com a obra da cruz de Cristo, a morte, o pecado e Satanás foram derrotados e a terra resgatada.

O dia que descobrirmos que o Reino, por completo, liberta a consciência do ser humano da escravidão dos sistemas, poderemos ser uma igreja para além das quatro paredes, uma igreja que interage e age no mundo lá fora, e que supera a sua própria alienação, uma igreja que não age por medo ou pela acomodação, que não busca privilégios para si, mas que sabe bem do seu papel dentro deste tempo. Que despreza a “teologia enlatada” norte-americana ou de qualquer outra realidade, uma igreja que parece não ter perdido a visão do Reino, que sabe bem da sua responsabilidade. Enquanto isso, Deus continua usando “pedras” e “mulas” por aí, glorificando seu nome e santificando vidas em vez de modelos.

Oro por uma igreja madura que saiba das suas funções neste tempo, sem distrair seu olhar para o Alto, sem perder a sublimidade do porvir, uma igreja que tira seus confortos para conceder benefícios aos cegados, não que apenas acorde do sono da indolência, mas que se levante para despertar outros para fora das suas percepções e para dentro do Reino manifesto em Cristo Jesus. Amém.

Por Murillo Leal (retirado do blog www.minhavidacrista.com)

Extraído de: http://ibc.org.br/recursos/artigos/a-igreja-que-esqueceu-do-reino/

Esperavam um Black Bloc, mas veio Jesus

por Euriano Sales
Alguns anos antes da vinda de Jesus, o povo judeu vivia oprimido por Roma, um reino onde a discrepância social era enorme. De um lado se tinha os patrícios, uma pequena camada da população chamados também de illustres, eles seriam os donos dos postos de gasolina e das empresas de ônibus romanas. Do outro lado, tinha a maior parcela da população, os plebeus, chamados também de proletarium, eram eles os trabalhadores que levantavam cedo, pegavam o ônibus, batiam o ponto e suavam o dia inteiro. Segundo os relatos históricos a classe pobre representava cerca de 90% da população.

O clima era de revolta e o governo se preocupava em não conseguir conter mais o ímpeto dos manifestantes, foi aí que descobriram uma fórmula que funciona ainda hoje, a política do Panem et Circensis. O governo fazia distribuição gratuita de trigo e oferecia entretenimento para a população, algo muito parecido com o nosso Bolsa Família e a nossa Copa do Mundo.
Mas o povo não se contentava com isso, os Judeus depositavam toda a sua esperança no Messias prometido, conforme Isaías havia predito:
“Pois, tu destruíste o jugo que os oprimia, a canga que estava sobre os seus ombros, e a vara de castigo do seu opressor, como no dia da derrota de Midiã. Is 9:4”

Quando Jesus iniciou sua obra, muitos Judeus, entre eles os doutores da lei, não acreditaram no que viram, pois aguardavam de fato um rei, um líder da manifestação, um Black Bloc armado até os dentes para acabar com o império de Roma. Se Jerusalém já era subjugada, imagina Nazaré? O povo nazareno estava esperançoso sabendo que o Messias sairia dali, porém o que Jesus tinha para oferecer eles não compreendiam, por isso Cristo foi rejeitado pelo seu próprio povo.

O que o judeu não esperava era ver um Jesus manifestante, fazendo uma passeata pacífica, pregando o amor, sem roubar, sem destruir e sem deixar de cumprir com seus deveres, tanto que, quando foi indagado sobre o pagamento do imposto, fez com que Pedro retirasse da boca de um peixe a quantia suficiente para que a dívida fosse paga (Mateus 17).

Jesus veio para todos, para o governador, para o empresário, para o manifestante, até para o fiscal da receita. Em Lucas 5:27, Jesus encontra Mateus, um cobrador de impostos e transforma a vida daquele cara. Jesus o chama para o seu convívio e coloca, cara a cara, o fiscal da receita que cobrava impostos absurdos com o vendedor de peixes que tinha a obrigação de pagar.

Jesus não veio apenas livrar o pobre do sofrimento, fazendo justiça com as próprias mãos, Jesus veio também tocar o coração do rico, dando a ele esse senso de justiça e amor ao próximo.
Em outra passagem, o povo se escandaliza porque Jesus come na casa de Zaqueu, o chefe do cobrador de impostos, uma espécie de Secretário da Fazenda. Mas o que Jesus fez àquele homem daria muito mais resultado do que se tivesse soltado um rojão na casa dele, Jesus disparou um rojão no coração de Zaqueu:
“Mas Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor: “Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais. Lc 19:8”

O Cristão deve sim lutar pelo seus direitos, porém assim como Jesus fez, levando a salvação, manifestando com ordem, com decência, com amor, orando pelos governantes e levando esperança para o pobre.
A luta da igreja não deve ser por uma calçada nova, um telhado novo ou uma estação de radio. A igreja deve aceitar o político, o rico, o ilustre da mesma forma que aceita o o pobre proletariado. A igreja não precisa dar o púlpito na época de eleição para um candidato e trocar votos por uma caixa de som.  A igreja precisa ser como Tiago disse em sua epístola:
“A religião que Deus, o nosso Pai aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo. Tg 1:27”

Por Euriano Sales (retirado do blog www.minhavidacrista.com)

Extraído de: http://ibc.org.br/recursos/artigos/esperavam-um-black-bloc-mas-veio-jesus/