Páginas

Boas Vindas

Seja Bem Vindo e Aproveite ao Máximo!
Curta, Divulgue, Compartilhe e se desejar comente.
Que o Eterno o abençoe!!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Casais que vivem juntos e com amor



No Livro de Gênesis encontramos o seguinte trecho: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.”(Gn 2.24) Neste texto pode-se perceber o início do relacionamento conjugal, com uma observação específica, “ambos serão uma só carne”. Tal relacionamento conhecido como “casamento” é literalmente, conforme o dicionário uma “união”, e como tal deve ser encarado. Sem união é impossível que duas pessoas convivam sob o mesmo teto. Botelho (p. 1) diz que, “o casamento pode ser a mais feliz ou infeliz das experiências da vida.” Já o pastor Dias (p.1) afirma que, “o bom relacionamento entre marido e mulher é fundamental para o matrimonio feliz e este é indispensável para que haja uma família saudável.” No entanto, os casais sabem dessas coisas, o que ocorre na verdade, é que no passar dos anos e com a convivência esse relacionamento vai sendo minado por causa das circunstâncias. Os autores Kendrick dizem que:
AS ESCRITURAS DIZEM que Deus projetou e criou o casamento para ser algo bom. Ele é um presente lindo e inestimável. Deus usa o casamento para nos ajudar a acabar com a solidão, multiplicar nossa eficiência, construir famílias, criar filhos, curtir a vida e nos abençoar com o relacionamento íntimo. Mas, além disso, o casamento também nos mostra a necessidade de crescer e de lidar com nossas próprias dificuldades e com o egocentrismo, através da ajuda de um companheiro para toda a vida. Se somos "ensináveis", iremos aprender a fazer aquilo que é mais importante no casamento - amar. Esta poderosa união lhe mostra o caminho para amar incondicionalmente outra pessoa imperfeita. Isto é maravilhoso. É difícil. É uma mudança de vida.(O Desafio de Amar)
Então a questão principal é: Como poderei ter um bom relacionamento com meu cônjuge? A resposta para tal questionamento é: Colocando Deus no centro do casamento. É o que passaremos a verificar nas linhas adiante.
I. PRINCÍPIOS PARA UMA VIDA A DOIS
         Amar uma pessoa não é uma tarefa fácil, principalmente levando-se em consideração o tempo de convivência. Tudo são flores quando estão apenas namorando, porém a convivência revela faceta do outro que ninguém havia percebido. Exatamente por isso que amar é um desafio, ainda mais quando o propósito é amar verdadeiramente, da forma que Cristo nos ensinou. Então é necessário aprender a amar assim, os autores do livro “O Desafio de Amar” mostram que é preciso coragem para amar, pois é preciso ter consciência de que ao invés de seguir o seu coração, deverá governá-lo. Dizem ainda, que o mundo ensina a seguir o seu coração, porém se você não governá-lo, alguém ou alguma outra coisa fará isso. A bíblia por meio do profeta Jeremias diz que “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?”(Jer 17.9), e ele sempre perseguirá o que lhe parecer certo no momento. Os autores ainda desafiam os leitores a sempre escolherem direcionar seus corações para aquilo que será melhor ao longo do caminho, porque esta é a chave para relacionamentos permanentes e recompensadores. Vejamos então, como governar o coração através de alguns princípios que os ajudarão a direcioná-lo nessa busca.
1)    A Primazia de Deus
É extremamente importante que o casal coloque o Senhor em primeiro lugar. Primeiro, porque a salvação é individual, e a lei de Deus para o homem deve ser seguida de forma individual. Como está escrito: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”(Mt 22. 37-39) O segundo mandamento diz que temos que amar o próximo. Quem mais próximo do que o nosso cônjuge? Sendo assim em cumprimento ao mandamento de Deus os indivíduos de um casamento precisam entender que antes de serem esposos ou esposas, são primeiramente irmãos em Cristo. Sendo assim, muita coisa que se faz companheiro, não deveria ser feito, pois não se faria contra um irmão da igreja, pelo menos é o que se espera.
Quando se coloca Deus em primeiro lugar no casamento, isso significa que em todas as situações o casal deve buscar juntos a resposta de Deus para a solução de seus problemas. Tentar resolver as coisas sozinhos sem levar a Deus não é uma boa decisão.
2)    Atitudes Positivas
De acordo com Irwin (1993, p12), a palavra “positivo” não aparece na bíblia. No entanto o conceito de prática de vida revelado no evangelho mostra que Deus nos ama e deseja que o amemos e ao próximo. Esse conceito pode ser considerado positivo, bem como o que o apóstolo Paulo diz em Filipenses: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se algum louvor, nisso pensai”(Fp 4.8). Esse trecho da referida epístola nos sugerem que duas coisas contribuem para o sucesso no casamento: o coração e a mente. Eles são instrumentos poderosos que afetam a totalidade da nossa vida, e no casamento as belas qualidades ali descritas devem predominar em nossas mentes. Atitude positiva requer dedicação de coração e mente, ou seja, você precisa se aplicar em agir dessa forma em todos os momentos possíveis.
Um grande inimigo da atitude positiva é a sua oposta, a atitude negativa. Essa vem na maioria das vezes pela frustração de se tentar mudar o outro e de tentativas de consertar o relacionamento de forma brusca e sem Deus. Segundo os Kendrick, aquele que ama não pode tentar fazer do seu cônjuge a pessoa que você quer que ele seja. O que precisa ser feito é aceitar as diferenças de cada um. Note alguns passos que o ajudarão a ter atitudes positivas em relação ao seu cônjuge, de acordo com Irwin (1993, p 13).

2.1)    Persistir em atitudes positivas;
2.2)    Oferecer a Deus sua pessoa e a do seu cônjuge;
2.3)    Salientar as qualidades que você admira no seu cônjuge;
2.4)    Imaginar-se bem sucedido e feliz em sua vida e em seu casamento, buscando isso com suas forças;
2.5)    Tentar descobrir meios de transformar sentimentos em ação positiva;
2.6)    Incentivar oportunidades para comunicação;
2.7)    Valorizar seu cônjuge primeiramente como filho de Deus e compreender suas necessidades mais profundas;
2.8)    Organizar-se, enfatizando aos olhos do seu cônjuge, que você tem um compromisso com o crescimento positivo.
Alguns desses passos serão vistos como princípios no decorrer deste material.
3)    Comunicação
Outro princípio importante para um bom relacionamento entre os casais é a comunicação. O ser humano é um ser social, por isso não pode viver sozinho. Sem contato com outros seres humanos ele morre. Nesse aspecto, o ambiente familiar é o núcleo mais íntimo de relacionamentos, e é nele que se abrem as feridas mais profundas. Sendo assim, uma boa comunicação é indispensável no casamento. Segundo Botelho, comunicar é muito mais que o simples diálogo, é muito mais que simplesmente falar com seu cônjuge, é quando um fala e o outro entende o que ele quer dizer.
Nas forças armadas se ensina que para haver comunicação é necessário haver o transmissor, o receptor, o canal e a mensagem. Então em um casamento as duas partes envolvidas precisam se comunicar, ou seja, conversar. É indispensável que haja diálogo para um bom relacionamento.
A falta de comunicação é um motivo muito forte que tem levado a destruição de vários casamentos. Há casais que não conseguem dialogar. Não sabem sentar e conversar por cinco minutos. Quanto tempo você têm investido em comunicação no seu relacionamento conjugal?
Tão pernicioso quanto à falta de comunicação é a comunicação mentirosa ou falsa. Ocorre que algumas pessoas inventam coisas e falam mentiras uns para os outros, gerando grandes problemas para o relacionamento. Segue-se então alguns passos para haver comunicação:
3.1)    Converse com seu cônjuge;
3.2)    Fale sobre o que te deixa feliz;
3.3)    Fale sobre o que te deixa triste;
3.4)    Fale sobre o seu dia em casa ou no trabalho;
3.5)    Ouça seu cônjuge;
3.6)    Aprenda a ouvir um ao outro;
           4)    Compatibilidade
                   Ser compatível com seu companheiro ao contrário do que as pessoas pensam não é algo que acontece do nada. Não é uma coisa mágica ou do destino. É, no entanto, algo que se aprende, se exercita no dia a dia juntos. Torna-se um princípio para uma boa vida conjugal porque é necessário ser compatível com quem vai se dividir a vida. Então as coisas que atrapalham a compatibilidade do casal precisam ser extraídas do meio da vida a dois.
                        4.1)     Egoísmo - Ninguém cede, há sempre uma luta para provar quem está certo;
                        4.2)     Síndrome de Gabriela - Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim. É preciso mudar, pois todos podem mudar. Foi pra isso que Jesus veio, pra mudar caráter e levar as pessoas ao arrependimento;
                        4.3)     Individualidade extrema - Preciso do meu tempo a sós comigo mesmo.
           5)  Equilíbrio Social
                   Este é um fator muito importante e é o responsável por muitos casamentos destruídos. Pode-se colocá-lo como um princípio para um bom relacionamento, pois quando o casal souber equilibrar esse aspecto em sua vida a dois, muitos problemas serão evitados. Dentro desse princípio podemos destacar os seguintes:
                        5.1)     Finanças;
                        5.2)     Posição Social;
                        5.3)     Educação dos Filhos;
                        5.4)     Ostentação.
           6)  Compromisso
                      O compromisso com o relacionamento é um princípio que interfere no princípio de compatibilidade, pois sem compromisso, não há meios de se chegar a uma compatibilidade, assim como se não aprenderem a ser compatíveis não poderão ter compromisso no relacionamento. O Profeta Oséias escreveu: E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias. E desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao SENHOR. Os 2:19-20”. É de extrema necessidade que ambos os lados estejam compromissados a fazer com que o casamento funcione bem. O Pr. Ismael Carvalho em seu livro “As doze colunas de um Casamento”, afirma que “Esta é a coluna que sustenta um casamento quando tudo parece que vai mal e tem que ser decidido pela continuidade dele ou não. O compromisso faz a diferença quando o casamento corre perigo.” Alguns exemplos de comprometimento são:
                        6.1)     Lembrar-se sempre dos votos matrimoniais;
                        6.2)     Decidir que vale a pena permanecer casado(a);
                        6.3)     Observar os pontos positivos do cônjuge, ou seja aquilo que te agrada muito;
                        6.4)     Orar para que Deus os ajude a manter o compromisso, pois Ele faz parte desse negócio.
7)     Moralidade
     “Manterei minha retidão, e nunca a deixarei; enquanto eu viver, a minha consciência não me repreenderá.” Jo 27:6.” Ter uma vida reta, dentro e fora do casamento é muito importante para qualquer pessoa. No entanto, em se tratando de casamento, isso torna-se um princípio, que se não for levado a sério pode gerar muitos transtornos. Segundo o Pr. Ismael, “Os estudiosos e pesquisadores têm concluído que casais que cultivam valores morais fortes, geralmente, mantém um relacionamento estável por longos períodos, senão dizer, por toda uma vida.” Diz ainda que os casais que não levam isso em consideração e relativizam princípios importantes e agem de acordo com o hedonismo, que é um sistema filosófico onde tudo que dá prazer é valido, de forma exagerada, geralmente não têm um casamento duradouro. Vejamos alguns valores morais que devem ser cultivados:
7.1)       Honestidade;
7.2)       Justiça de Conduta;
7.3)       Sinceridade;
7.4)       Lealdade;
7.5)       Verdade;
7.6)       Bondade;
7.7)       Compaixão;
7.8)       Perdão;
7.9)       Perseverança;
7.10)    Paciência;
7.11)    Discrição; e
7.12)    Fidelidade, entre outros. Este é ainda um princípio no que se refere à área sexual, conforme segue o próximo item.
         8)    Fidelidade Conjugal
                  ...Se os meus passos se desviaram do caminho, e se o meu coração segue os meus olhos, e se às minhas mãos se apegou qualquer coisa, então semeie eu e outro coma, e seja a minha descendência arrancada até à raiz.Se o meu coração se deixou seduzir por uma mulher, ou se eu armei traições à porta do meu próximo, então moa minha mulher para outro, e outros se encurvem sobre ela,Porque é uma infâmia, e é delito pertencente aos juízes. Porque é fogo que consome até à perdição, e desarraigaria toda a minha renda. Jó 31:7-12”. Observe que Jó era vigilante quanto à questão da fidelidade conjugal. O texto declara que ele não se permitia ser direcionado pelos seus olhos cobiçosos, fazendo um pacto consigo mesmo. Embora estejamos falando de um personagem masculino, a fidelidade é para o casal.
                         Tanto o homem quanto a mulher precisam observar a questão da fidelidade. A infidelidade conjugal é uma grande responsável por brigas, e separações. Quando ocorre a confiança pode ser perdida para sempre, se o cônjuge traído não tiver uma base bem sólida no Senhor. As Escrituras dão diversos exemplos de que a infidelidade no casamento trás vários problemas, além de ser pecado, interferem na questão da moralidade.
         9)    Coabitar
                 Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.” (1Co 7.5) A união física também é um princípio muito importante em se tratando de relacionamento conjugal. No texto em questão, Paulo deixa claro que é necessário os casais estarem unidos fisicamente o maior tempo possível, a fim de ninguém pecar pela falta dessa relação física. O sexo é prazeroso e é uma dádiva de Deus ao ser humano, pois quando fez o nosso corpo projetou cada área com todo cuidado. No entanto ele é para o casamento. E dentro desta instituição, em relação ao sexo, com exceção à sodomia, tudo que for de consentimento mútuo é válido. É importante entender a questão do consentimento mútuo sob diversos aspectos. Como por exemplo, no caso da oração, consagração e etc.

         10)  Amor
                 Esse é o princípio que dá condições de seguir a todos os outros mencionados até aqui, pois é o sentimento que move tudo nesta vida. O amor é o maior sentimento de todos. A Bíblia declara isso em diversas passagens, como em 1Co. 13. Foi esse sentimento que motivou a nossa salvação e é ele que nos mantém firmes no propósito de servir a Deus.
                          Em se tratando de amor conjugal, onde duas pessoas se entregam mutuamente a fim de viverem juntas, a Bíblia também têm uma série de referências sobre este sentimento. Uma delas está em Efésios 5. 22-28: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.” Pelo prisma do texto de Paulo acima, o amor deve seguir um padrão, um parâmetro. Esse é o princípio contido neste sentimento. Os membros de uma união conjugal devem saber qual sua posição em relação ao outro, se comparando com a relação entre Cristo e a Igreja. O marido deve amar sua mulher como Cristo ama a igreja. O que significa dizer que ela será amada incondicionalmente, cuidada, protegida e acima de tudo perdoada. Da mesma forma a mulher deve respeitar ao marido como a igreja respeita a Cristo, com toda benevolência que lhe é devido. Para que seja assim o amor deve ser sincero e verdadeiro, pois só assim haverá perdão, cuidado e respeito de ambos os lados.


BIBLIOGRAFIA

HOOVER, Mary. A Família Cristã: Obra Prima de Deus. EETAD. Campinas, SP, 2000. 146 p.

BOTELHO, Josiel e Ivone. O que é bom pode ser melhor. Disponível em <www.sepal.org.br> Acessado em 18/06/2012.

BOYER, Orlando. Toda a Família. CPAD. Rio de Janeiro, 1994. 70 p.

TRIPLRTT, Loren. O. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD. Rio de Janeiro, 1995. 2176 p.

CARVALHO, Pr. Ismael R., As Doze colunas de um casamento. Ministério Casados em Cristo. Disponível em Acessado em 5 de Jun 2012.

IRWIN, Elvin D., O Casamento Cristão: Ferramentas que aumentarão as perspectivas para o sucesso permanente no matrimônio. Ministério Bernhard Johnson. São Paulo, 1994. 150 páginas.

LAHAYE, Tim e Beverly. O Ato Conjugal: Orientação sexual equilibrada, clara e sem rodeios – Um manual completo. Editora Betânia. Belo horizonte, 1989. 272 p.

KENDRICK, Alex e Stephen., O desafio de Amar. BV Books. São Paulo, 2009. 214 páginas.





sábado, 27 de outubro de 2012

Construindo Pontes - Reflexão

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Características dos Discípulos e o Objetivo do Ensino de Jesus





            Alguns se enganam ao pensarem que as pessoas a quem Jesus ensinava eram modelos na sociedade. Como se fossem personagens muito diferentes de pessoas comuns da atualidade. Eles eram na verdade propensos a erros como qualquer pessoa em qualquer época. As únicas diferenças eram as condições ambientais e sociais daquele período da história. O objetivo deste trabalho é demonstrar algumas características dos discípulos de Jesus, assim como o objetivo do seu ensino, apontando aspectos práticos para o cotidiano atual dos responsáveis pelo ensino na Igreja.
            O aspecto da natureza humana é muito importante na perspectiva da educação, e mais ainda pelo foco da educação religiosa. Ela é a grande responsável por muitas mazelas que se pode notar no decorrer da história da humanidade. Ao examinar um pouco mais de perto os indivíduos que foram ensinados por Jesus para serem os mestres no cristianismo, pode-se perceber que é possível aprender diversas informações curiosas e positivas. As pessoas com quem Jesus lidava eram seguidores íntimos, discípulos, críticos e indiferentes. E podem ser classificadas pelos seguintes grupos: os imaturos, os impulsivos ou impetuosos, os pecadores, os perplexos, os ignorantes, os preconceituosos e os instáveis.
            O primeiro grupo de pessoas a quem Jesus ensinava como mencionado anteriormente, não eram nem um pouco perfeitos, mas pode-se considerar que ele os observava como embriões do ideal que tinha estabelecido. Isso se percebe por causa da sua imaturidade, o que fez com que o mestre tivesse todo o zelo e paciência para ensinar-lhes a trilhar o caminho da maturidade. Daí infere-se que o professor precisa ser paciente ao vislumbrar o indivíduo ideal nos seus alunos, pois essas vidas podem ser mudadas com a influência positiva de um bom professor.
            A imaturidade não era a única de suas faltas, eram também impulsivos, como Pedro, o pior deles nesse aspecto. Esse homem era muito precipitado, reagia repentinamente e sem pensar nas conseqüências de seus atos. Da mesma maneira era João, que angustiado com a recusa dos samaritanos em dar pouso a eles, pediu a Jesus autorização para mandassem cair fogo do céu a fim de consumir aquela gente. Haviam outros fora do círculo íntimo que tinham as mesmas características, como era o caso de Simão, o zelote. Os temperamentos fortes das pessoas não podem afastar o professor de sua tarefa de ensinar, tanto que, não afastou o Senhor de ensinar aqueles indivíduos a serem pessoas melhores.
            Outro tipo de pessoas com quem Jesus teve de lidar eram as que tinham fortes tendências para o pecado. Mesmo que mais tarde elas ao se tornarem cristãs tivessem seu caráter transformado, eram pessoas com seu caráter tomado pelos instintos e impulsos do pecado, como é o caso de Judas. Com isso, inferimos que mesmo ao percebermos, enquanto professores, tendências pecaminosas e instintos malignos em nossos alunos, o poder da graça de Deus pode alcançá-los.
            Algumas pessoas que o Mestre ensinou, constantemente eram assoladas por diversas perplexidades e problemas, e elas o procuravam para que ele resolvesse. As perplexidades delas lhes traziam ambição a ponto de levá-las a perguntar quem seria o maior no reino dos céus. Outro problema que enfrentavam eram os de natureza social, pois muitas vezes tinham problemas de convivência uns com os outros, além de ter dificuldade de perdoar. Não foi à toa que Pedro perguntou a Jesus quantas vezes deveria perdoar alguém. Sendo assim, é possível como professores, que tenhamos os mesmos tipos de alunos perplexos e problemáticos de Cristo, mas ao agir como o Senhor, com esperança, fé e de forma conselheira, as pessoas podem mudar, e Deus fará coisas maravilhosas, como fez com aquelas pessoas.
            A ignorância e o preconceito era outra problemática enfrentada por Jesus e seus seguidores. Como a maioria deles vinham das camadas mais baixas da sociedade judaica, pode-se considerar que eram pessoas ignorantes. Apesar de que, a comunidade judaica ensinava seus filhos, e ainda tinha a cultura helênica, mas provavelmente não tinham a bagagem cultural que as pessoas de classe mais alta. Além do que, a própria crença e cultura judaica levava-os a tornarem-se preconceituosos. Os religiosos que seguiam a Jesus no intuito de tentar pegá-lo em erro, agiam de forma preconceituosa e desafiadora, pois não atentavam para as coisas que o Mestre ensinava. É um grande obstáculo para os professores enfrentar alunos com mentes fechadas e repletas de preconceitos. No entanto, não se deve desistir, assim como Jesus não desistiu.
            Teria sido muito bom se os discípulos mostrassem disposição para seguir de modo fiel o que aprenderam com Jesus. Entretanto, o que ocorreu foi que a perversidade contida no homem, assim como a vontade e o intelecto e até mesmo os afetos, se mostram distorcidos. Tudo isso aponta para o fato de que a parábola do semeador tinha o objetivo de atingir esse tipo de pessoa, ou seja, os instáveis. A instabilidade faz com que as pessoas não consigam se firmar em um propósito, e assim seguir na direção de cumpri-lo. É necessária a demonstração aos alunos, que eles precisam ser firmes.
            Em se tratando de firmeza e estabilidade, torna-se relevante lembrar que esses itens requer uma coisa chamada objetivo. No caso em questão, o objetivo do ensino de Jesus. Todo ensino requer pedagogicamente, objetivos claros e específicos. Quando os professores trabalham sem objetivo definido pode ocorrer de não se chegar a lugar algum. Jesus sempre agia com objetivos, ele jamais ensinava simplesmente porque foi chamado a ensinar. O objetivo principal de um professor deve ser transformar a vida dos alunos através do conhecimento e pela mudança de comportamentos, atitudes e pela contextualização das suas vivências. E para isso, portanto, torna-se necessário ter em mente que é preciso formar ideais justos, firmar convicções fortes, converter a Deus, relacionar com os outros, resolver os problemas da vida, formar pessoas de caráter maduro e preparar para o serviço cristão. 
            Inicialmente, falando sobre a formação de ideais justos, sabe-se que são forças poderosas para a construção do caráter. Durante a história, é possível perceber alguns cristãos que agiram como verdadeiros mordomos de Deus e levaram as pessoas a seguirem seus ideais, transformando assim, seu caráter. Jesus buscou formar ideais retos e justos, procurando de modo especial dar a todos uma compreensão mais clara da natureza de Deus e de sua atitude para com a humanidade.
            Dentre as responsabilidades do professor, destaca-se a de firmar convicções fortes em seus alunos. Jesus não transmitiu apenas conhecimentos a respeito de assuntos morais e espirituais. Ele foi além, demonstrando atitudes de alguém que age em concordância com o que fala. O Mestre apelava ao amor, aos sentimentos e afetos, afim de que seus alunos firmassem suas convicções. Os professores precisam seguir o exemplo de Cristo para levar seus alunos a firmarem convicções. Outra tarefa do professor é relacionar seu aluno com Deus. A conversão, embora seja um ato religioso, é o principal da vida do indivíduo, pois ele o conduz ao relacionamento com Deus. Esse foi um dos objetivos de Jesus durante seu ministério, na verdade foi para isso que ele nasceu.
            A vida do cristão, em conformidade com o que Jesus ensinou, envolve principalmente o relacionamento entre os homens. Quando o Mestre resumiu o primeiro mandamento em “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, queria enfatizar que os relacionamentos entre as pessoas é importante. Sendo assim, os professores devem também enfatizar isso de forma clara. Imediatamente afeto ao assunto do relacionamento está à resolução dos problemas da vida, pois em sua maioria eles estão ligados a problemas de convivência. Os ouvintes de Jesus tinham problemas íntimos, e o Mestre nunca esqueceu disso, buscando sempre resolvê-los para que os seguidores fossem felizes e unidos. Aprender a resolver os próprios problemas, é mais uma das responsabilidades que o professor precisa fazer com que seus alunos aprenda. Torna-se necessário às vezes se desviar da lição do dia a fim de tratar da necessidade de um aluno.
            Concomitantemente, o professor deve levar seus alunos a formar um caráter maduro, e para isso é preciso não apenas ajudá-los a resolver seus problemas, mas levá-los a romperem com vícios e fraquezas, pois assim estará sendo forjado um caráter verdadeiramente forte. Quando uma pessoa toma alguma decisão e a toma corretamente porque envolveu um sentido de juízo de valor ou mesmo de valor moral, é devido ao fato de que em algum momento seu julgamento foi feito com base em princípios morais lhe ensinados. Isso demonstra quão importante é esse ensinamento. Assim, para seguirmos o exemplo de Cristo neste caso, é preciso reconhecer que importa mais obter uma resposta genuína e sincera do que uma adesão imediata e impensada.
            O objetivo final de Jesus foi preparar seus seguidores para realizarem o serviço que se seguiria logo após sua assunção, levando a mensagem do seu amor e sacrifício por todo o mundo. Se puder observar, perceberá que todos os itens anteriores relacionados com o objetivo do ensino de Jesus, culminaram neste, pois com a mudança de caráter o indivíduo será capaz de permitir que Deus o use como um instrumento, permitindo-lhe o controle das situações.
            Finalmente, pudemos observar com as características dos discípulos, que ninguém é perfeito, entretanto, todos nós somos dependentes de Deus. E, enquanto professores e líderes, devemos trazer a responsabilidade de ensinar isso para nossos discípulos, assim como Cristo fez. Levando em consideração que também somos falhos, nunca iremos julgar e condenar ninguém. Em relação ao objetivo do ensino de Jesus, foi observado que precisamos, ao assumirmos o dever de ensinar as verdades e responsabilidades de uma vida cristã correta, devemos ter um plano estabelecido com cuidado. Elaborar um projeto com objetivo específico, a curto e á longo prazo, e principalmente, buscar atingi-los, acreditando que ao final, os resultados serão percebidos. Portanto para que isso ocorra é preciso avaliar as atitudes e as formas de ensino de maneira constante, seguindo o exemplo de Jesus, como quando perguntou o que as pessoas diziam dele, assim poderá perceber como anda o trabalho. Não a respeito de si mesmo, mas em relação às mudanças percebidas nos alunos.