Estudos da Torá
Parashá nº 25 – Tsav (Ordena!)
Vayicrá/Levítico Lv 6:8-8:36,
Haftará (Separação) Jr 7:21-8:3, 9:23-24, e
B’rit Hadashah (Nova Aliança) Mc 13:1-37
1 - INTRODUÇÃO
Iniciando pelo nosso tradicional resumo, podemos notar que a Parashá Tsav começa com D'us continuando a ensinar Moshê muitas das várias leis relativas ao serviço no Mishcan, Santuário. Entretanto, enquanto a Porção da semana passada descreveu os corbanot, sacrifícios, da perspectiva do doador, nesta semana a Torá concentra-se mais diretamente nos Cohanim, fornecendo mais detalhes sobre seu serviço.
Após descrever primeiro a manutenção do fogo que ardia sobre o altar, a Torá discute em detalhes os vários tipos de corbanot que Aharon, seus filhos e as gerações seguintes de Cohanim estariam oferecendo. As oferendas deveriam ser trazidas com as intenções apropriadas, e comidas em um estado de pureza espiritual.
Finalmente, Moshê realiza os prolongados melu'im, serviço de consagração do Mishcan , e Moshê unge e introduz Aharon e seus filhos para o serviço deles no Mishcan, em frente de toda a congregação de Israel.
A parashá Vayicrá que estudamos que estudamos a semana passada, nos mostrou cinco grupos de corbanot (ofertas), que são:
- Olá - Holocausto/ascenção (queimadas) – Lv 1:1-17;
- Minhchá - Manjares (alimento) – Lv 2:1-16;
- Shlamim - Pacífica (paz, comunhão) – Lv 3:1-17;
- Chatat - Pelo Pecado (involuntário) – Lv 4:1-5:13;e
- Asham - Pela Culpa (voluntário) – Lv 5:15-6.7.
Na parashá desta semana a Torá aborda o tema das leis dos sacrifícios pelas diversas modalidades de pecados, e começa pelos cohanim (sacerdotes).
2 – ESTUDO DAS PALAVRAS
Esta porção semanal, Tsav (ordena), inicia com as palavras: “Ordene a Aharon (Arão) e seus filhos” (Vayicrá/Levítico 6:8), pois os mandamentos desta parashá são especificamente endereçados aos cohanim (sacerdotes).
“Dá ordem a Aharon e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei do holocausto; o holocausto será queimado sobre o altar toda a noite até pela manhã, e o fogo do altar arderá nele” (Lv 6:9).
A palavra hebraica traduzida como “lei” é “torá”, que significa “instrução, ensino, lei”. Neste caso vemos que a palavra “torá” também pode aparecer limitada a uma instrução específica acerca da oferta de ascensão, também chamada “holocausto”, (do latim “tudo queimado” ).
As instruções que se deram na parashá anterior, sobre as diferentes ofertas são para o povo em geral, mas nesta parashá há instruções específicas e complementares para os sacerdotes relativamente aos mesmos sacrifícios que foram mencionados anteriormente, se lermos com cuidado poderemos notar isso.
E com isso, fica claro para nós que as revelações divinas às nossas vidas, não são dadas de uma vez. Primeiro o Eterno dá uma imagem geral, e depois vai dando alguns detalhes ao que foi dado antes. Isso porque a Torá foi escrita, segundo o site Emunah a fé dos santos, para se harmonizar com a mente humana, e esta não trabalha de forma linear, mas de forma circular. Ela avança em um determinado tema para depois voltar a ele apercebendo-se de outros detalhes.
Por isso, conforme vimos antes, a visão geral foi dada nos capítulos inciais de Vayicrá/Levítico sobre a oferta de ascenção ou holocausto, e agora este tema é destacado novamente nesta porção para dar detalhes complementares sobre essa oferta. E o mesmo ocorre com as demais ofertas.
O Eterno fala sobre a ordem que deveria ser dada a Aharon (Arão) e seus filhos. A palavra “ordem” em hebraico é “tsawa” significando “ordenar, incumbir”. Isso nos mostra que essa seria a incumbência deles acerca do holocausto, ou seja, Aharon e seus filhos deveriam ter tal prática diária e deveriam cumpri-la de forma obrigatória. Não era opcional!
Tsav (ordena) indica a urgência e a importância do assunto sobre o corban (oferta) olá (holocausto). Rashi cita o Midrash (ensino), enfatizando que a palavra “TSAV” denota urgência na ação no presente e no futuro. Qual a razão a mitsvá (mandamento) requer linguagem tão forte para assegurar seu cumprimento pelas futuras gerações, enquanto tal ênfase não é utilizada para a maioria das mitsvot (mandamentos) da Torá?
Observe mais uma vez o que diz Rashi: “a Torá usa a palavra “tsav” quando uma perda monetária está envolvida no cumprimento da mitsvá. Em nosso caso, é uma obrigação financeira para a nação judaica oferecer o corban (oferta) duas vezes ao dia. Portanto, a Torá usa a palavra “tsav” para cobrar-nos fortemente o cumprimento desta mitsvá, apesar da perda monetária. Mas será o prejuízo financeiro realmente tão grande? Afinal, toda a nação judaica compartilha da obrigação de trazer as oferendas diárias. Não existem outras mitsvot que resultem em uma perda financeira ainda maior?
Um outro conhecido Rabino chamado Shimon Schwab traz uma análise esclarecedora do relacionamento da nação judaica com os corbanot. Há dois aspectos relativos aos sacrifícios: o primeiro é o animal físico que está sendo oferecido a D’us, enquanto que o segundo é a intenção da pessoa que traz o corban.
Os dois aspectos não possuem valor igual. Aos olhos de D’us, o aspecto fundamental de um sacrifício é a kavanáh (intenção, o motivo, e a atitude) da pessoa que o oferece; o componente físico é de importância secundária. Através da história tem sido um desafio para o homem combinar adequadamente estes dois aspectos, é o chamado equilíbrio.
É por esse motivo, ou seja, pela falta desse equilíbrio entre os dois aspectos, que o escritor da epístola aos Hebreus nos diz:
“A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a realidade dos mesmos. Por isso ela nunca consegue, mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após ano, aperfeiçoar os que se aproximam para adorar.” (Hb 10.1)
Perceba como ele usa os termos “aproximar” junto de “adorar”, pois o corban tinha esse objetivo, como já foi falado. E ele diz também que a Lei traz apenas a sombra dos benefícios, ou seja, se toda a descrição feita no Sefer Vayicrá (Livro de Levítico) é sombra de algo real, que é vida e a morte de Mashiach, então podemos entender que os benefícios viriam nele. E é por isso também, que no decorrer do texto desse capítulo de Hebreus poderemos ler que o sacrifício de Yeshua é superior, pois é a realidade daquilo que era apenas sombra. Para cada sacrifício mencionado nessa porção podemos ver o Messias claramente, basta apenas ler nas entrelinhas do texto, repare nas minúcias.
Por tudo isso, é muito importante destacar que a entrega de uma mera oferta de um animal para o sacrifício nunca trouxe o perdão dos pecados em si mesmo, somente faria sentido o sacrifício de animais caso houvesse um arrependimento genuíno. O arrependimento verdadeiro nasce da devoção ao Eterno, da integridade moral, de sentimentos puros, do amor ao Eterno e do amor ao próximo.
Vejamos o que Jeremias 9:24-26 nos ensina:
“Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor. Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que castigarei a todo o circuncidado com o incircunciso. Ao Egito, e a Judá, e a Edom, e aos filhos de Amom, e a Moabe, e a todos os que cortam os cantos do seu cabelo, que habitam no deserto; porque todas as nações são incircuncisas, e toda a casa de Israel é incircuncisa de coração.”
Perceba que quem é circuncidado na carne, mas não é circuncidado também no coração, será punido pelo Eterno, pois Ele deseja um coração circunciso o que obviamente não exclui a circuncisão na carne. Mas isso nos mostra que HaShem considera a circuncisão no coração tão importante quanto a circuncisão na carne, tanto é que, uma sem a outra não tem muito valor. De nada adianta valorizar demais a circuncisão na carne e esquecer a circuncisão no coração. Da mesma forma, também não adianta valorizar a do coração e não a da carne. Ambas precisam andar juntas sempre.
Para um judeu é muito fácil se esquecer de sua circuncisão, pois foi feita quando era muito pequeno, sem que tenha alguma participação efetiva. Porém a do coração requer a participação ativa do indivíduo, negando-se a si mesmo dia a dia e submetendo-se à vontade do Eterno. A circuncisão feita por Yeshua, a do coração, é inesquecível, mas é necessário que o indivíduo tenha como importante o viver a prática da justiça, assim como Yeshua, ou seja viver a Torá na prática diária. Por isso sempre ensinamos que para o judeu nato que fez a circuncisão ao oitavo dia, como manda a Torá, é importante conhecer Yeshua e ter seu coração circuncidado. E para o ex-gentio que teve seu coração circuncidado por conhecer o Messias Yeshua, depois de conhecer e começar a praticar a Torá com entendimento, deve ser circuncidado na carne. Ambas circuncisões devem andar juntas, pois são o equilíbrio, ou seja a obediência e a prática da Torá.
Note que muito se fala também sobre fogo, pois deveria haver fogo sobre o altar. Os rabinos não concordam relativamente à quantidade de fogos que havia no altar. Falam-se de dois a quatro fogos diferentes. Um deles mantinha-se aceso todo o tempo, como lemos no trecho que se segue, dos versículos 12 e 13.
“O fogo que está sobre o altar arderá nele, não se apagará; mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã, e sobre ele porá em ordem o holocausto e sobre ele queimará a gordura das ofertas pacíficas. O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.”
A Torá enfatiza três vezes a importância de não deixar que o fogo se apague sobre o altar. Um fogo necessita de três ingredientes para poder existir: combustível, oxigênio e calor. Se falta algum destes três, o fogo não arde.
O fogo que estava no altar do tabernáculo tinha descido desde o céu e aos sacerdotes é incumbida a tarefa de manter vivo esse fogo constantemente. O calor mantinha-se nas chamas, e o oxigênio vinha do ar natural, como tal, só era necessário acrescentar a “lenha”.
Isto ensina-nos sobre a importância de manter o fogo celestial aceso sobre o altar espiritual que cada um de nós tem no seu interior. Cada manhã há que colocar mais lenha sobre o fogo. Que lenha? A lenha é o produto da vida e a morte de uma árvore. Está escrito que a Torá é uma árvore de vida, cf. Provérbios 3:18.
“A sabedoria é árvore que dá vida a quem a abraça; quem a ela se apega será abençoado.”
Também o Messias compara-se a si mesmo com uma árvore, cf. Lucas 23:31; João 15:1. Logo, o combustível que alimenta o fogo do nosso coração é a Torá e o exemplo do Messias, e estes dois têm uma mesma função, já que a Torá é a instrução dada pela boca do Eterno, e o Messias é a concretização do verbo do Eterno, isto é, o Messias é aquele através do qual o Eterno nos fala, pelo seu exemplo de cumprimento da Torá com sua vida justa.
A vida e a morte do Messias proporcionaram lenha suficiente para que possamos viver uma vida de prática de justiça e assim, no futuro arder eternamente diante do Eterno. Cada manhã há que colocar mais lenha no nosso coração para arder continuamente diante dEle. A lenha é acrescentada através da oração e do estudo da Palavra que cada crente leva a cabo diariamente.
Ainda falando sobre a palavra que dá nome a essa parashá ou porção, a palavra “Tsav”, podemos perceber que na “Parashá Tsav”, o termo “tsav”, conforme já indicamos anteriormente, significa “ordem, ordena” e é tirado do versículo inicial “E D’us falou a Moisés: ‘Ordene a Aarão… ’”.
Ao longo de toda a Torá, três termos são usados para introduzir um mandamento:
- emor - אֱמֹר - “diga”,
- daber - דַבֵּר - “fale” e
- tsav - צוֹ - “ordene”.
Todos os três termos comunicam a vontade de D’us, mas o termo “tzav” está mais intimamente relacionado com o conceito de mitzvá/mandamento.
O termo “diga” ou “fale” parecem deixar a opção nas mãos do ouvinte. Foi-lhe dada uma ordem, mas o tom usado indica que ele tem uma escolha. Foi-lhe dito o que ele deveria fazer, mas a decisão em fazê-lo ou não continua sendo sua.
Quando, ao contrário, a palavra “ordene” é usada, a indicação é a de que o assunto é imperativo. Nesses casos, a iniciativa que D’us tomou é tão abrangente que parece que ela empurra o homem em direção ao cumprimento da tarefa. “Tsav” indica a urgência e a importância do assunto.
“Tsav” também significa conectar, ou seja, quando se obedece os mandamentos de HaShem, está se conectando com Ele, se aproximando do Eterno.
Assim, vemos o erro que muitos cometem ao pensar que não se deve obedecer aos mandamentos na atualidade. Temos exemplos nos escritos nazarenos, o chamado Novo Testamento, de que os talmidim/discípulos mesmo depois da ascenção de Yeshua ainda ofertavam sacrifícios no templo.
Vejamos Atos 21:26
“Então Paulo, tomando consigo aqueles homens entraram no dia seguinte no templo, já santificado com eles, anunciando serem já cumpridos os dias da purificação; e ficou ali até se oferecer por cada um deles a oferta.”
Neste trecho do texto do livro de Atos encontramos o Rav Sha’ul (apóstolo Paulo), mais ou menos 15 anos após ter se tornado talmid de Yeshua, oferecendo sacrifício de Shlamim (oferta pacífica) por 4 pessoas que fizeram voto, provavelmente o de nazireado. E isto serviu de testemunho de que Paulo continuava obedecendo aos mandamentos, contrário ao que se falava contra ele. Da mesma forma, nós também devemos fazer, ou seja, obedecer aos mandamentos e seguir o exemplo de Yeshua.
No comentário da Torá da Editora Sefer, diz que os sábios ensinam sobre a palavra “Tsav”, que é um sinônimo de pressa, zelo, estímulo, imediatamente e por todas as gerações. O Eterno queria nos ensinar com isso que, tudo o que é feito constantemente, necessita de um redespertar contínuo para que não se estabeleça uma rotina, amortecendo os sentidos e reduzindo as emoções. O ensino prático aqui, é que a parashá está nos mostrando que o Eterno espera que reconheçamos a urgência no cumprir dos mandamentos, com zelo, e muito amor. A fim de que nossa prática não vire um mero ritual. Que nossas orações não virem apenas repetições religiosas sem profundidade vívida, que nossas celebrações, seja de shabat ou de outras moed/festas, não sejam meros encontros religiosos, pois precisa haver amor na prática, precisa haver amor no obedecer e no ouvir. Repare que vemos um ponto comum entre os que se dizem servos do Eterno, muitos apressam-se em fazer coisas sem importância para o Eterno, mesmo dizendo que é para ele, mas na hora de cumprir um mandamento, a pessoa é tomada de preguiça, inventa mil desculpas, e demora tanto a agir que acaba perdendo a oportunidade de cumprir um mandamento que será benção para sua vida, ou deixa de fazer uma boa ação por alguém.
O Rosh Yossef Chaim da Comunidade Brit Olam, em seu texto sobre essa parashá diz que, quando se cumpre uma mitsvá deve-se estar atento para que a motivação deste cumprimento seja correta, ou seja, de acordo com o objetivo com que ela foi criada, dentro daquilo que HaShem quer de nós, obedecendo um padrão de kedusha/santidade. A gordura do corban simboliza os prazeres que juntamente com as partes internas do sacrifício, que também simbolizam o íntimo do ser humano, deveriam preceder o ato sacrificial de louvores e ação de graças, pois a intenção positiva, a kavaná, a espiritualidade representa a fonte de onde iniciam-se as ações. Portanto, quando se observa a Torá com outros interesses que não seja a submissão e a dependência total de HaShem, a oferta torna-se inválida e isso também se aplica em tudo que oferecemos e dedicamos ao Eterno nos dias de hoje.
A Torá nos dá o ensinamento de que mesmo um pensamento que desvirtua o propósito da mitsvá ou mandamento pode torná-la inválida:
“E se na hora de sacrificar pensou em comer da carne do sacrifício de pazes no terceiro dia, este não será aceito nem será levado em conta àquele que oferecer, impuro será, e quem comer dele, levará sua iniquidade” Vayicrá 7:18
Desta forma, todo o ser do homem, o íntimo e o exterior, devem estar unificados na intenção sincera diante de HaShem, pois mesmo quando aos homens não há evidências de suas intenções, elas são conhecidas e julgadas por HaShem.
“Guarda-te, que não haja palavra perversa no teu coração, dizendo: Vai-se aproximando o sétimo ano, o ano da remissão; e que o teu olho seja maligno para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada; e que ele clame contra ti ao Senhor, e que haja em ti pecado;” Devarim 15:9
Yeshua quando ensinava a Torá expôs este conceito, que muitos acreditam ser inédito em sua época, com isso, ele nos mostra da mesma forma, que a intenção e a motivação que parte primeiro do interior do homem é a fonte de suas ações, sejam para a obediência ao Eterno, ou seja para o próprio pecado como está escrito:
“Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”. Mateus 5:28
O mencionado Rosh, diz que o prazer é fundamental para estar na presença de HaShem. No entanto, este prazer pode confundir a pessoa tirando do foco da verdadeira motivação da observância da mitsvá/mandamento. Esta pessoa pode estar cumprindo Torah e Mitsvá pelo prazer que isso proporciona, contudo este ainda não representa a motivação genuína e pura, pois o Eterno não estabeleceu as leis somente para que o homem sinta prazer em cumpri-las, nem para se beneficiar com outros interesses, isto desfoca o alvo de HaShem e coloca a si próprio como receptor de benefícios.
O prazer e a alegria de servir ao Eterno é a consequência de cumprir a sua vontade pela motivação verdadeira, o amor, a submissão e a entrega e confiança total ao Kadosh Baruch Hu. Assim, o coração do ser humano deve ser sondado pelo ser humano, pois ele pode ser enganoso. Além do mais é dele que brota a vida de HaShem a qual lá foi implantada. Vejamos o que diz o sábio Salomão HaMelech:
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem às fontes da vida;” Mishlei/Provérbios 4:23.
Notamos então, que estas ofertas mencionadas nesta porção estão aludindo às dificuldades que se encontra quando entramos em teshuvá. Por isso, a teshuvá e o amor ao Eterno estão no centro dos propósitos divinos do ato sacrificial e espera para que os homens retornem à luz e possam regressar em direção a um nível espiritual cada vez mais elevado e iluminado, como está escrito em Mishlei/Provérbios de Salomão 4:18:
“mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito;”
Essa parashá tem muitos apontamentos proféticos e muitos ensinamentos práticos para nossas vidas, através destes textos que tratam dos sacrifícios e das descrições de como os sacerdotes deveriam executá-los. É muito importante o estudo zeloso e insistente de cada uma das porções da Torá, pois ela é árvore de vida. Nunca esgotaremos os ensinamentos do Eterno para nós, através dessas páginas, que ano após ano vamos estudando. E todo ano aprendemos muitas coisas. A palavra do Eterno é inesgotável.
Que possamos aproveitar cada ensino e praticar em busca de com muito amor, agradar a HaShem e nosso próximo.
Pr. Marcelo Santos da Silva (Marcelo Peregrino Silva)
Bibliografia:
- Torá – Lei de Moisés. Editora Sefer
- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.
- http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/
- http://hebraico.top/biblia-hebraica-online-transliterada/
- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/913761/jewish/Explicaes-Sobre-os-Corbanot.htm
- http://shemaysrael.com/parasha-tzav-ordena/
- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/822845/jewish/Mensagem-da-Parash.htm
- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/771032/jewish/Resumo-da-Parash.htm
- http://emunah-fe-dos-santos.weebly.com/uploads/1/4/2/3/14238883/25-_tsav_ordena.pdf
- https://caminhosdatorah.org.br/parasha-tzav-ordene/
- https://www.britolam.com.br/parashat-tsav
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