Estudos da Torá
Parashá nº 47 – Reê (Observe ou veja)
Devarim/Deuteronômio Dt 11:26-16:17
Haftará (Separação) Is 54:11-55:5; e
B’rit Hadashah (Nova Aliança) Jo 7:1-8:59; 10:9-10.
1 - INTRODUÇÃO
Desde o início do Sefer Devarim (Livro de Devarim) percebemos Moshê (Moisés) relembrar as histórias vividas pelo povo no deserto, bem como todas as leis, estatutos e mandamentos que o Eterno deu em todo o tempo vivido no deserto até aquele momento.
Na parashá (porção) desta semana temos a oportunidade de ver uma série de instruções dadas ao povo para que fossem vividas, e assim pudessem demonstrar através de suas vidas, que eram o povo de Adonay. Vejamos abaixo, um pequeno resumo antes de entrarmos no estudo.
Nessa porção Moshê continua a exortar o povo a seguir os caminhos da Torá, e a confiar em D’us, declarando que seriam abençoados se cumprissem a Torá, e amaldiçoado se não o fizer.
Ele começa então uma longa revisão de várias mitsvot, compreendendo a maior parte do livro de Devarim. Primeiro discute alguns dos mandamentos que são relevantes à iminente conquista da Terra de Israel pelo povo, conclamando-os novamente a remover qualquer vestígio de idolatria. Após ensinar-lhes certos detalhes sobre a oferenda e o consumo de corbanot (sacrifícios), a Torá ordena que o povo do Eterno se abstenha de imitar as nações que os circundam. A eles é dito que permaneçam atentos aos falsos profetas e outras pessoas que poderiam afastá-los de D’us, e ensinar-lhes as leis das cidades cananéias que tornaram-se tão corruptas, que a maioria de seus cidadãos sucumbiu à idolatria, recebendo por isso a pena de morte.
A Torá faz uma revisão sobre quais animais são casher (puros), permitidos para consumo, e quais não o são, seguida pelas leis de ma’aser sheni (o segundo "dízimo"), que é consumido por seus proprietários, mas apenas na cidade de Jerusalém.
Após ordenar que todas as dívidas sejam canceladas ao final de cada sétimo ano (Shemitah), e que devemos ser calorosos e caridosos com nossos irmãos, a Torá repete as leis relativas ao servo. Ele deve ser libertado incondicionalmente no
sétimo ano e coberto de presentes generosos por seu antigo amo.
A Parashá Reê conclui com uma breve descrição das três festas de peregrinação – Pêssach, Shavuot e Sucot – quando todos deveriam ir a Jerusalém e ao Templo com oferendas, para celebrar sua prosperidade.
Que o Eterno nos dê graça de aprendermos com mais esta porção da santa Torá e de toda a Escritura, e acima de tudo, colocarmos em prática o que aprendermos aqui.
2 - ESTUDO DO TEXTO
O significado do nome da porção
A porção dessa semana é introduzida pela palavra “רְאֵה - Re’eh ou Reê”, que significa “observa” ou “veja”. Ela é tão profunda quanto a palavra “shemá” que fala de ouvir e obedecer. Perceba que esta palavra está em modo imperativo, demonstrando pra nós a importância de obedecer o que seria dito. Ela tem relação com uma percepção mais profunda, uma visão interior, com os “olhos” do coração. Veja o texto de Devarim (Dt) 11:26-28:
“Observa(reê) que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos de YHWH, vosso Elohim, que hoje vos ordeno; a maldição, se não cumprirdes os mandamentos de YHWH, vosso Elohim, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes.”
Podemos perceber que Moshê continua sua exortação ao povo para que sigam o caminho da Torá, e confiem no Eterno. Por isso, disse antes, que ela trás uma relação mais profunda, pois para que se possa exercer emunah (confiança, firmeza, fé) é necessário que o homem olhe para dentro de si, note sua incapacidade, e tenha certeza que precisa confiar no seu criador.
A escolha que podemos e devemos fazer
“...hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos de YHWH, vosso Elohim, que hoje vos ordeno; a maldição, se não cumprirdes os mandamentos de YHWH, vosso Elohim,...”(Dt 11:26-28)
Moshê coloca os mandamentos e instruções do Eterno em perspectiva, apontando a benção como consequência da obediência, e a maldição caso não as obedeçam. Com isso, vemos Adonai apresentando, por meio de seu servo, duas opções para o homem, a fim de que ele tenha a oportunidade de escolher. O que nos mostra que o Criador permitiu ao homem usufruir do livre arbítrio, ou seja, poder de escolha. Ele pode escolher viver desligado ou ligado ao Eterno. Por isso, essa parashá inicia com a palavra “Reê” ou seja, “observa”. O que temos que observar é as opções que nos são colocadas à frente, e tomar a decisão correta. Se o homem tivesse sido criado sem o poder de escolha seria um autômato, como uma máquina, porém, cada um de nós temos o poder ou a liberdade de escolher. Ninguém é obrigado a obedecer ou a pecar (desobedecer), porque o Eterno nos criou para sermos pessoas que podem escolher servi-lo de livre e espontânea vontade. E penso, que na verdade, esse é seu maior desejo.
O homem pode optar pelo caminho da transgressão, do pecado, no entanto essa liberdade não o isenta da responsabilidade e das consequências de suas escolhas.
Os Montes Gerizim e Eival e a paciência do Eterno
“Quando, porém, YHWH, teu Elohim, te introduzir na terra a que vais para possuí-la, então, pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Eival.” (Devarim11:29)
Segundo o site “Shema Ysrael.com”, os montes Gerizim e Eival serviriam como referenciais para o pronunciamento das bênçãos e maldições para que o próprio povo escolhesse o caminho por onde deveriam seguir.
É importante destacar que não podemos atribuir a benção ou a maldição à montanha, mas entender que foi uma forma de ilustrar as duas realidades.
As bençãos eram pronunciadas por aqueles que estavam no monte Gerizim, enquanto as maldições pelas pessoas que estavam no monte Eival.
Segundo o site “Emunah a fé dos santos.com”, os rabinos discutem se realmente se pode falar de uma montanha de maldição e outra de bênção. E diz também, que segundo Rashí, isso se refere ao fato da bênção e da maldição serem anunciadas sobre estes dois montes respectivamente. Nachmánides, escreve que a bênção e a maldição não estão ligados a uma montanha específica.
Assim, perceba uma coisa, o povo tinha que pronunciar a bênção numa montanha e a maldição em outro. O monte Eival, onde se pronunciaram as maldições, era mais alto que monte Gerizim. Isso é uma relação interessante, pois o fato de que o topo do monte, representa juízo sobre a pessoa a qual cai a maldição. Ou seja, a maldição é aplicada após uma jornada mais longa do que a jornada que se percorre para subir o monte Gerizim. Isso quer dizer que, possivelmente, essa relação demonstra que o Eterno espera até ao último momento para que o ímpio se arrependa. O Eterno dá-lhe o máximo de tempo possível para que possa vir a se arrepender, mas se isso não ocorrer, ao final de sua jornada, a maldição ou juízo recairá sobre ele.
Dessa forma, o mencionado site nos diz que, existe uma forma simples de entender a “montanha”, visto que a bênção e a maldição, são ambas metas de dois percursos diferentes; uma caminhada, uma subida pela montanha, que representa uma conduta de vida santa, ou uma conduta de transgressão. Ainda segundo o site, no final dessa caminhada, a pessoa alcançará a bênção, ou a maldição, consoante a escolha que fez como padrão de vida, uma vida pautada pela santificação, ou pelo pecado.
O estudo da porção “Reê” ou “ver” implica em compreender não só o aspecto da escolha, mas o que está revelado, o caminho correto para a vida, assim também, como crer e ter consciência de que, esta bem-aventurança procede de Deus.
Outra implicação, é que consiste ainda, em considerar as consequências desastrosas, conforme já mencionamos, da desobediência, como também as recompensas que o cumprimento dos mandamentos proporcionam, para que através delas o homem possa ter uma vida plena e abundante e servir melhor ao Eterno.
Yeshua fala sobre estes dois caminhos, da obediência e da rebeldia e suas consequências “Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância;” (Yochanan/João 10:9-10). O site britolam.com.br no estudo dessa parashá diz que, estes são como dois caminhos alegóricos que se localizam no meio exterior, ao longo de toda a extensão da vida humana, onde obrigatoriamente se escolhe uma opção em detrimento da outra em meio a constante luta interior, na submissão do ser à vontade Divina.
Em nossas vidas muitas destas opções que surgem diariamente, são de fácil escolha, ou seja, podemos prever suas consequências benéficas ou maléficas com muita clareza e evidência, sem haver uma tensão, um conflito interno, pois trata-se de uma escolha que condiz com o nosso caráter ou com nossa visão de mundo, como por exemplo, a escolha entre roubar ou não roubar. Contudo algumas escolhas não são tão simples assim, e dessa forma exigem certo discernimento espiritual para saber qual é o caminho certo a seguir, a fim de estar de acordo com a justiça de D’us. Isto portanto, requer o conhecimento das Escrituras, como também um relacionamento mais íntimo com o Eterno, com o exercício das disciplinas espirituais que consta na santidade, na adoração e tefilá (oração), no estudo da Torah, e comunhão constante com o povo de D’us.
Com tudo isso, essa porção compreende em retornar à pureza da essência da Torá rompendo com as más tradições que impedem a percepção e o entendimento da vontade Divina expressa nas Escrituras. Veja Marcos 7:9.
“E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição.”
Retorno à Torá
Depois de alguns assuntos já mencionados aqui, torna-se importante nesse momento, repararmos mais uma vez os primeiros versos da parashá Êkev, que estudamos semana passada, pois trás um princípio importante para todo aquele que serve ao Eterno, principalmente na atualidade. A aliança que HaShem fez com os antepassados é mantida mediante a observância das regras, estatutos que foram entregues. Repare no texto:
“Pelo fato de vocês ouvirem essas regras, e continuarem a cumprí-las, Adonai, seu Deus, manterá com vocês a aliança e misericórdia juradas por ele a seus antepassados.” (Devarim 7:12 - Bíblia Judaica Completa)
Repare que a parashá passada Ekev e a Reê, que estamos estudando, estão ligadas pelo mesmo princípio. Assim, é muito importante e urgente que retornemos a observação das prescrições da Torá, considerando que a Palavra de Deus é imutável, e nos garante tomar a opção certa, não para entrada na Aliança, que é concedida pela graça Divina mediante o sacrifício de Yeshua HaMashiach, conforme vimos no estudo passado, mas para permanecer nela, em santidade constante, como o próprio Yeshua disse em Mt 5:18-19.
“Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.”
Com estes versos e com o que dissemos acima percebemos a importância que Yeshua deu ao cumprimento da Torá, e isso corrobora com o que a própria parashá nos aponta como instrução.
E sobre a importância do cumprimento da Torá, no estudo da parashá Reê do site “britolam.com.br”, encontrei algo muito interessante. Eles afirmam que a importância do cumprimento da Torá se dá em quatro níveis de obediência. Assim, vejamos cada um deles:
- O primeiro nível é a obediência plena alicerçada no amor a D’us e ao próximo. Este nível implica em um estado de subordinação onde a pessoa cumpre a mitsvá (mandamento), pois tem ciência da autoridade e majestade de HaShem e na sua obrigação de executar a Sua vontade. Desta forma, sua submissão se dá ao fato dele aceitar o jugo do Eterno, independente de sua compreensão ou apreciação de ação.
- O segundo nível está mais elevado que o anterior e consta na obediência da mitsvá tendo não somente o zelo e respeito pela autoridade Divina, mas também existe a apreciação intelectual e o envolvimento emocional com a mitsvá, bem como a compreensão das implicações ocasionadas pela observância destas mitsvot (mandamentos). Portanto, mesmo nos Chukim, os mandamentos que não sabemos plenamente seu pleno significado, estes são cumpridos com grande estima e prazer, mesmo diante da ausência da compreensão e razão.
- O terceiro nível de obediência é o nível da visão, que se refere a mensagem da Parashá. Este é o nível do discernimento espiritual que é concedido como dádiva Divina. Este consiste em não apenas ter submissão e zelo pela Palavra, entendimento e prazer no cumprimento, mas também, valendo-se da habilidade de percepção transcendental, abrangendo não somente os aspectos e consequências físicas, mas também os significados e inferências espirituais. Neste estágio o indivíduo requer maior aproximação da luz Divina, a fim de que possa alcançar maior contato e experiências sobrenaturais com as obras do Eterno.
- O quarto nível, o mais elevado, onde o cumprimento das mitsvot implica na soma de todos os níveis anteriores. Este reflete no amor que contém a entrega total, o se deixar gastar pela Obra de D’us na terra, se envolvendo totalmente com a causa do Reino de D’us por puro amor ao Eterno e as Escrituras. Esta entrega pode chegar ao seu extremo, mesmo diante do que lhe é mais precioso, a própria vida, no ato do kidush HaShem, a santificação do Nome no martírio, que muitos achim(irmãos) sofreram ao longo da história e isso expressa a maior dimensão do amor e obediência a D’us. Portanto, o maior alcance do amor é o auto sacrifício que não poupa nem a própria vida, para que o Nome de HaShem seja honrado e conhecido, esta é a prova extrema da fé.
Vemos prova que essa expressão de amor é divina, quando observamos o amor do Eterno ao entregar seu filho unigênito em resgate da humanidade. Também podemos notar Yeshua nos seus momentos finais no Getsemani nos ensinando com seu ato desprendido e supremo que devemos nos submeter à vontade de HaShem, quanto ao cumprimento de seus propósitos a fim de sermos instrumentos de sua justiça.
Dessa forma, amar a D’us compreende justamente o que essa parashá em toda a sua extensão nos ensina, ou seja, cumprir a Torá, pois é sua bendita vontade.
Conforme disse acima, Yeshua se submeteu a vontade divina em se entregar como corban (sacrifício) ao Eterno, cumprindo a determinação do Pai para que o homem fosse redimido. Veja o que diz Jo 15:9-14:
“Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Tenho-vos dito isso para que a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa. O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
Não devemos comer animais imundos
Nesta parashá também é tratado a respeito de quais animais podemos considerar alimento. Observe o texto abaixo:
“Não comam nada que for abominável. Estes são os animais que comereis: o boi, a ovelha, e a cabra. O veado e a corça, e o búfalo, e a cabra montês, e o texugo, e a camurça, e o gamo. Todo o animal que tem unhas fendidas, divididas em duas, que rumina, entre os animais, aquilo comereis” (Dt 14:3-6)
Aqui, o Eterno através de Moshê, repete o que é considerado comida, a fim de que seu povo se alimente. As carnes desses animais poderiam se consumidas de acordo com as demais especificações da Torá que envolvem dentre outras coisas, a forma correta de matá-los.
Disse acima que era uma repetição porque em Vaycrá/Levítico 11 a Torá apresenta esse assunto com tanta clareza quanto aqui. E nesses termos, assim como há animais que são considerados alimentos, há também animais que não são considerados alimentos, pois são imundos. Veja o texto abaixo:
“Porém estes não comereis, dos que somente ruminam, ou que têm a unha fendida: o camelo, e a lebre, e o coelho, porque ruminam mas não têm a unha fendida; imundos vos serão. Nem o porco, porque tem unha fendida, mas não rumina; imundo vos será; não comereis da carne destes, e não tocareis nos seus cadáveres” (Dt 14:7-8).
Da mesma forma, em relação aos peixes, a Torá nos instrui o seguinte: : “Isto comereis de tudo o que há nas águas; tudo o que tem barbatanas e escamas comereis. Mas tudo o que não tiver barbatanas nem escamas não o comereis; imundo vos será” (Dt 14:9-10). E é importante destacar, que em relação a isso em Lv 11, há mais especificidade, pois fala de “...todas as pequenas criaturas aquáticas...”(Lv 11:10).
Também fala a respeito das aves, e diz o seguinte:“Toda a ave limpa comereis. Porém estas são as que não comereis: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango, e o abutre, e o falcão, e o milhafre, segundo a sua espécie. E todo o corvo, segundo a sua espécie. E o avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião, segundo a sua espécie. E o bufo, e a coruja, e a gralha, e o cisne, e o pelicano, e o corvo marinho, e a cegonha, e a garça, segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego. Também todo o inseto que voa, vos será imundo; não se comerá. Toda a ave limpa comereis” (Dt 14:11-20).
A Torá nos dá instruções que são corretas para nós a respeito do que comemos, e isso implica com a nossa santidade enquanto povo do Eterno. Quando comemos algo imundo, internalizamos o que é imundo, e consequentemente nos tornamos imundos, enquanto aquilo estiver em nosso ventre. Por isso além do fato de transgredirmos o mandamento, e ficarmos em estado de pecado, também nos tornamos inaptos a estar diante do eterno, por estarmos impuros. Podemos observar, como princípio, em relação ao comer coisa indevida e seus resultados, o que o Rav. Sha’ul (Apóstolo Paulo) diz em 1Co 10:14-22. Claro que o contexto ali é idolatria e comida sacrificada, mas ao comer coisa sacrificada o indivíduo também comete pecado, e faz parte da idolatria pelo que passou o animal oferecido, e consequentemente, fica inapto para servir ao Eterno, por isso o princípio é o mesmo. Devemos nos lembrar que Ele é Santo, por isso, devemos ser santos também, caso contrário não poderemos serví-lo.
3 - CONCLUSÃO
Concluindo nosso pequeno estudo, podemos aprender com a porção “observa” ou “vede” que o Eterno nos dá a liberdade de escolha sobre qual caminho seguir. E devemos ter em mente onde esse caminho nos levará, ou qual será as consequências dele. Adonai coloca para escolhermos o caminho da obediência, cuja consequência são as bençãos, e também coloca o caminho da desobediência, cuja consequência são as maldições ou juízos advindos da desobediência. Devemos saber escolher, pois quando se entra pelo caminho da desobediência, da transgressão, mesmo que depois nos arrependamos e sejamos perdoados, e retornemos para o caminho da obediência, algumas consequências de nossas escolhas erradas nos acompanharão por muitos anos em nossas vidas. Então, como diz o texto: “Cuidem de seguir todas as leis e regras que ponho hoje diante de vocês.” Dt 11:32.
Essa porção traz muito mais instruções, as quais devemos estar atentos, e com o tempo, e em próximas oportunidades poderemos abordar.
Bibliografia:
- Torá - Lei de Moisés. Editora Sefer
- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.
- Bíblia Hebraica. Editora Sefer.
- http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/
- http://emunah-fe-dos-santos.weebly.com/uploads/1/4/2/3/14238883/parasha_47-_re.pdf
- https://www.britolam.com.br/parashat-ree
- https://www.shemaysrael.com/parasha-reeh/
- pt.chabad.org
- cip.org.br/regras-rituais-e-morais/
- https://www.cjb.org.br/malhut/ree.htm
Por: Pr. Marcelo Santos da Silva
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