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quinta-feira, 4 de julho de 2024

Estudo da Parashá Korach - É necessário agir como Arão!

 


Estudos da Torá

Parashá nº 38 – Korach (Coré)

B’midbar/Números Nm 16:1-18:32,

Haftará (Separação) 1Sm 11:14-12:22; e

B’rit Hadashah (Nova Aliança) 2Tm 2:8-21, Jd 1-25.


Tema: É necessário agir como Arão!


No estudo dessa semana vamos explorar na parashá Korach a atitude sacerdotal de Aharon ao se colocar entre os mortos pela praga e os vivos, levando a cessá-la, como lemos em Números 17:11-13. E relacionaremos essa situação com o texto de 1 Samuel 12:20-25, da haftará. Também discutiremos o papel do sacerdote e sua conexão com Yeshua, o Messias. Por fim, abordaremos como os seguidores de Yeshua podem aplicar essas lições em suas vidas diárias.


RESUMO DA PARASHÁ DA SEMANA

A Parashá Kôrach, segundo o site Chabad, começa com a infame rebelião liderada por Kôrach contra seus primos, Moshê e Aharon, alegando que os dois haviam usurpado o poder do restante do povo de Israel.

Após tentar convencer os rebeldes a uma retirada, Moshê diz aos dissidentes e a Aharon que cada um deve oferecer incenso a D'us. A oferenda do verdadeiro líder seria aceita pelo Eterno, enquanto que o restante do povo teria uma morte não natural. A um pedido de Moshê, D'us faz com que a terra miraculosamente se abra e engula Kôrach, enquanto o restante dos líderes da rebelião são consumidos por uma chama enviada por D'us. Quando os sobreviventes reclamam sobre a morte em massa, D'us ameaça destruí-los também, e irrompe uma peste.

Mais uma vez, Moshê e Aharon intervêm, oferecendo incenso para impedir a extinção do resto do povo. Deste modo, e com o miraculoso brotar do cajado de Aharon dentre aqueles dos outros líderes das tribos, Moshê e Aharon provam ser os líderes escolhidos. O papel de Aharon como Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) é reiterado, e a Torá descreve os dons a serem concedidos aos Cohanim como recompensa por seu serviço no Mishkan (Tabernáculo), incluindo o direito de comer determinadas porções dos Corbanot (Sacrifícios). Os Levitas devem também ser sustentados pela sua dedicação recebendo ma'asser, ou a décima parte de todas as colheitas produzidas pelo povo na Terra de Israel.


ESTUDO DO CONTEXTO LITERAL, PRÁTICO E PROFÉTICO

A Parashá Korach entre outras coisas narra a rebelião liderada por Korach, Datan e Abiran contra Mosheh e Aharon. Como já estudamos em anos anteriores Korach, um levita, questionou a liderança de Mosheh e Aharon, alegando que todos os filhos de Yisrael eram santos e não precisavam de intermediários, o que no final se provou ser um engano gigantesco que muitos cometem até os dias de hoje.

Vamos observar mais atentamente o texto de Bamidbar/Números 17:11-13 a fim de reparar na atitude de Aharon durante a crise gerada depois da morte de Korach e seus companheiros.


O papel de Aharon como intercessor

Desde os tempos bíblicos até os dias atuais, a figura do sacerdote desempenhou um papel crucial na relação entre D´us e seu povo. Na parashá Korach encontramos um exemplo marcante e muito claro em Aharon, o sumo sacerdote, que intercedeu pelos fiéis diante do julgamento divino devido à revolta do povo. Essa história nos oferece valiosas lições para os seguidores de Yeshua, o Messias, que assim como Aharon, também agiu como mediador e intercessor, não da humanidade como é ensinado por aí, mas da casa de Yisrael e dos remanescentes. Neste estudo exploraremos a necessidade de imitar Aharon, que era um apontamento profético para o messias, e como aplicar essas lições em nossa vida cotidiana.

É importante notar que, justamente o que estava em questão em todo o conflito era o sacerdócio de Aharon e a liderança de Mosheh, porém depois de tudo o que ocorreu o Eterno confirmou a escolha de Aharom como Kohem Hagadol (Sumo Sacerdote), fazendo sua vara florescer, na sequência do mesmo capítulo 17.

Retornando portanto aos versos 11 a 13 vemos que a murmuração dos revoltosos que sobraram da rebelião de Korach causou a deflagração de um julgamento do Eterno em forma de uma praga. Quando isso ocorreu, Aharon se colocou entre os vivos e os mortos, oferecendo incenso para aplacar a ira divina. O incenso é um apontamento para as obras de justiça, ou seja, a obediência, que dá autoridade para a intercessão. Aharon demonstrou compaixão e amor, intercedendo pelo povo mesmo quando parte deles estavam em rebelião.

A tarefa do sacerdote é justamente fazer expiação e fazer o papel de intermediador entre o povo e o Eterno. Reparem o texto abaixo, principalmente a palavra circulada:



A palavra para “e fez expiação” ou “e expiou” é וַיְכַפֵּרvayekhaper, que vem da raiz כִּפֵּרkiper, trazendo os seguintes significados: perdoar, desculpar; apaziguar; expiar, reparar. Note os significados, e todos estão ligados com a missão do sacerdote bem como a do messias, e no fim das contas ambos são realmente um messias, cujo significado é ungido, e essa unção é para um propósito do Eterno.

Há algo espetacular nessa palavra e em seu radical, uma mensagem maravilhosa que demonstra justamente a missão do sacerdote e do messias. Vejamos um pouco de gematria, observe abaixo:

- A palavra וַיְכַפֵּר - vayekhaper - “e expiou” tem o valor de 316, cuja raiz é 10.

- A palavra כִּפֵּר – kiper – “expiar” tem o valor de 300, cuja raiz é 3.

Perceba que a diferença entre as duas palavras é kiper é o verbo no infinitivo e vayekhaper é o verbo flexionado, ou seja, a realização da ação. E para que isso seja feito foi preciso acrescentar duas letras. Não por acaso as letras são justamente um - י - yud e um - וַ - vav, cujos significados pictográficos são, respectivamente, mão e prego. O que claramente nos diz que para haver a ação da expiação precisa de uma mão e de um prego. Justamente o que ocorreu com Yeshua! Será que isso é uma coincidência? Outra coisa a diferença entre os valores gemátricos é também representativo, pois yud = 10 e vav = 6, cuja soma é 16 dando uma raiz 7 que aponta para o shabat, o milênio e para a letra ז – záin, cujo significado pictográfico é cortar. Nos dando o entendimento de que para haver o corte da transgressão precisa haver expiação e para isso, é necessário acrescentar a mão e o prego, ou seja, a obra de intercessão do sacerdote ou messias. E veja que o resultado entre a diferença das raízes das duas palavras 10-3=7 também, indicando que isso é um código perfeito deixado pelo Eterno no texto da Torah.

Aqui, ainda é importante destacar que no verso 14 temos o número de mortos, que também não é um acaso, o valor é 14.700. Se somarmos esse número teremos uma raiz 3, a mesma raiz da palavra kiper – expiar. Demonstrando que o juizo do Eterno sobre aquelas pessoas foi justamente para expiar a transgressão. E a ação de Aharon ao ir para o meio com o incensário para gerar expiação, é o apontamento para a vida justa de Yeshua com a prática da Toráh que o leva a morte no madeiro tendo suas mãos e pés pregados com pregos. O que nos leva ao próximo tópico.


Yeshua como Sumo Sacerdote

De acordo com tudo que vimos até aqui, é correto concordar com o autor aos Hebreus que diz que Yeshua é o Sumo Sacerdote de uma ordem anterior e superior. Veja:


Yeshua, porém, tornou-se kohen pelo juramento pronunciado por D’us, ao dizer: Adonay jurou e não mudará de ideia: Você é kohen para sempre. Isso mostra também quão superior é a aliança da qual Yeshua se tornou fiador. Hb 7:21-22


Como Sumo Sacerdote, Yeshua intercede pelos servos do Eterno, oferecendo expiação, perdão, reconciliação. Da mesma forma que Aharon, Yeshua se coloca entre o homem que se aproxima do Eterno arrependido e o próprio Eterno com sua justiça.

O exemplo deixado por Yeshua ecoa até os dias de hoje ao estudarmos a Torah e da forma como ele instruiu. Dentre muitos textos podemos citar Jo 17, quando Yeshua orou pelos seus discípulos, e essa oração ficou conhecida como a oração sacerdotal. Ele perdoou transgressores, orou e curou enfermos, demonstrando compaixão, amor e misericórdia, agindo como o mediador perfeito, como um Sumo Sacerdote. Yeshua cumpriu claramente o que encontramos nos códigos da Torah a respeito do messias e seu papel de resgatador das casas de Yisrael e Yehudah.


A prática na atualidade

Como seguidores de Yeshua, devemos obedecer aos mandamentos do Eterno, a fim de estarmos aptos e puros para orar pelos que ainda não tiveram seus olhos abertos para a verdade da Palavra. Devemos ser como pontes de intercessão, fazendo o papel de sacerdotes, levando as necessidades dos outros diante de D’us.

Na verdade esse é o papel de todo servo do Eterno, todos que se aproximam de HaShem e de seu povo se tornam sacerdotes, e começam a exercer um papel profético que se cumprirá plenamente a partir do sétimo milênio. Precisamos ser mediadores de reconciliação, da mesma forma que Aharon, devemos levar reconciliação entre D’us e as pessoas. Isso ocorre ao vivermos e ensinarmos a prática das instruções do Criador, a Torah. Quando as pessoas começam a praticar os mandamentos ocorre perdão, amor, e ajuda aos necessitados. E aqui é um bom momento para lermos um dos textos da sugestão de leitura da Brit hadashá para essa porção, registrado em 2Tm 2:8-21.

Por isso, é muito importante, que em nossa vida diária, imitemos o exemplo de nosso messias Yeshua, servindo ao Eterno com obediência, compaixão e amor. Devemos ser compassivos com os que ainda estão perdidos e feridos no sistema, mostrando sempre que possível e houver oportunidade o amor prático, estendendo a mão, julgando com a reta justiça e vivendo segundo a vontade do Criador.

Concluindo, a atitude de Aharon nessa parashá, e o exemplo de Yeshua, nos lembram que o papel do sacerdote e do seguidor do Messias vai além de rituais e dogmas. Devemos ser agentes da justiça, da santidade, do amor, intercessão e reconciliação em um mundo que precisa desesperadamente desses princípios. Que possamos seguir o exemplo de Aharon e, acima de tudo, de Yeshua o messias, agindo como mediadores e servos compassivos, refletindo a misericórdia, conhecido como graça, e o amor de D’us.


Que HaShem lhes abençoe!


Pr/Rav. Marcelo Santos da Silva (Marcelo Peregrino Silva – Moshê Ben Yosef)


sexta-feira, 26 de julho de 2019

Estudo da Parashá Pinchás (Fineias)


Estudos da Torá

Parashá nº 41 – Pinchás (Finéias)
Bamidbar/Números Nm 25:10-29:40,
Haftará (Separação) 1Rs 18:46-19:21; e
B’rit Hadashah (Nova Aliança) Lc 23:1-24:53

1 - INTRODUÇÃO
                  
               A porção passada nos mostrou que Bilam, um profeta, foi solicitado a amaldiçoar o povo de Israel, porém o Eterno não permitiu, e todas as vezes que ele ia proferir uma maldição, de sua boca saíam bençãos para o povo de Adonai. E no final, com o propósito de ficar com os presentes que havia recebido, ensinou a Balák a maneira de fazer o povo se afastar das Leis e consequentemente do Eterno, levando-os a uma praga que matara vinte e quatro mil pessoas, conforme lemos em Nm 25:1-9, o que ficou conhecido como a “Doutrina de Balaão”.
               Nessa porção que fala sobre muitos assuntos, iremos focar em um deles, trataremos a respeito de Pinchás (Finéias), o homem cujo nome da título a essa Parashá (porção). Veremos qual sua atitude em relação à transgressão (pecado) do povo e como o Eterno viu tudo isso.

2 - ESTUDO DAS PALAVRAS
                  
               Quase quarenta anos havia se passado desde que o povo murmurara e havia sido punido pelo Eterno a viverem no deserto até que todos os murmuradores tivessem caído. Próximo estavam agora de entrar na terra, quando se aproximam de Moabe e acontece o que estudamos na porção passada, no caso de Balák e Bilam, que tentaram amaldiçoar o povo. Mas como foi visto, essa estratégia não deu certo, e Bilam ensinou uma forma de fazer o povo cair.
               A tradição oral dos judeus, na “Mishná”, diz que Bilam não desiste por ter perdido a guerra ao tentar amaldiçoar Israel, e diz: “já que Israel não pode ser amaldiçoado de fora, vamos amaldiçoá-lo de dentro.” (Sanhedrim 81b-82b).
               Isso combina com o que está registrado em Nm 31:16-17. Ele fez com que as mulheres de Moab/Midian seduzissem os Israelitas sexualmente, levando-os posteriormente a adorarem à Baal-Peor. De acordo com fontes rabínicas, essa divindade adorada no Monte Peor era cultuada expondo-se as partes do corpo que geralmente ficam tampadas, ou seja, ficavam nus. Era um culto à base de sexo, luxúria, sensualidade, lascívia, mas também à base de muita comida consagrada. Naquela época muitas divindades eram adoradas em montes, por isso o salmista se pergunta, “Elevo os meus olhos para os montes, de onde me virá o socorro?” (Sl 121:1) e também o profeta Isaías nos diz que nos últimos dias o Monte Sião, o monte da Casa de D’us será o principal (Is 2:2), pois em muitos montes se adoravam a esses baalins.
               A estratégia de Bilam, uma vez que o povo era guardado por Elohim, foi fazer o povo se contaminar com a idolatria (Nm 25:2), pois ele bem sabia que o Eterno odeia idolatria, a tal ponto de considerar isso um adultério, uma vez que considera Israel sua noiva e esposa, conforme podemos ver em Is 62:5, Jr 2:2 e Os 2:2, e a Torá é sua Ketubá (contrato de casamento) que será totalmente formalizado com a vinda do esposo, conforme Mt 25:6. E por considerar Israel, o povo escolhido, como sua noiva, ele diz que tem ciúmes. Falaremos sobre isso mais adiante nesse estudo.
               A idolatria não é apenas se dobrar diante de um ídolo ou imagem, mas também comer coisas sacrificadas, conforme lemos em Sl 141:4; Pv 23:1; 1Co 10:20-21. Também é idolatria dar ouvidos à vozes que se contrariam às Escrituras, como hoje muitos estão se contaminando com o que alguns dizem em detrimento do que a Palavra de Adonai nos instrui.
               Essa parashá inicia com o Eterno concedendo a benção de Shalom (paz) e sacerdócio a Pinchás, neto de Aharon.

Quem era Pinchás e o que ele fez?
               Finéias, filho de Eleazar, neto do sacerdote Arão, desviou a minha ira de sobre os israelitas, pois foi zeloso, com o mesmo zelo que tenho por eles, para que em meu zelo eu não os consumisse.”Nm 25:11

Quem era Pinchás?
               Esse é o texto mais comum encontrado em quase todas as Bíblias. E ele diz que Pinchás (Finéias) era filho de Eleazar, neto de Aharon, o sacerdote. E olhando assim parece simples considerar que ele já fosse um dos sacerdotes, pois vemos que o Eterno havia concedido o sacerdócio a Aharon e seus filhos Eleazar e Itamar (Nm 3:3-4). No entanto, a mãe de Pinchás era midianita filha de Yitro (Jetro), conforme lemos em Ex 6:25.
“Eleazar, filho de Arão, tomou para si por mulher uma das filhas de Putiel, e ela lhe deu a Fineias. São estes os chefes de suas famílias, segundo os seus clãs.”
               Putiel era mais uma forma como Jetro era conhecido, assim como Reuel e Hobabe (Ex 2:18; 3:1; 4:18; 18:1,12 e Nm 10:29). O comentário de rodapé da Torá diz o seguinte sobre este homem:
“O sogro de Moisés tinha sete nomes: Reuel, Iéter, Yitró, Chobab, Chéber, Keni e Putiel, mas o seu nome original era Iéter. Depois de se converter ao judaísmo chamou-se Yitró (Jetró). Os outros nomes são qualificativos atribuídos pelas sua qualidades, como por exemplo: Reuel, porque se tornou amigo de Deus; Chobab, porque amou a Torá, etc. … a Torá o chamou de Chobab, filho de Reuel, pois o pai de Jetró chamava-se também Reuel.” (Torá, Editora Sefer; pág. 417)

               O sogro de Moisés fora um sacerdote de Midian quando o conheceu e ele se casou com sua filha mais velha. Agora Eleazar toma outra de suas filhas.
               Então, Pinchás era neto de Arão, um sacerdote, mas também era neto de Jetro, um ex-sacerdote pagão. Então com certeza ele não deveria ser bem aceito no meio do povo, pois não era totalmente israelita. As pessoa poderiam dizer: “Jetro costumava ser um sacerdote de ídolos antes de tornar-se parte do nosso povo.” Ele foi desprezado por causa de sua origem.
               Pinchás também pode ser lido como Pinechás devido sua forma hebraica פִּינְחָס .

O que Pinchás fez?
               Um israelita trouxe para casa uma mulher midianita, na presença de Moisés e de toda a comunidade de Israel, que choravam à entrada da Tenda do Encontro. Quando Finéias, filho de Eleazar, neto do sacerdote Arão, viu isso, apanhou uma lança, seguiu o israelita até o interior da tenda e atravessou os dois com a lança; atravessou o corpo do israelita e o da mulher. Então cessou a praga contra os israelitas. Mas os que morreram por causa da praga foram vinte e quatro mil.” Nm 25:6-9
               Finéias, filho de Eleazar, neto do sacerdote Arão, desviou a minha ira de sobre os israelitas, pois foi zeloso, com o mesmo zelo que tenho por eles, para que em meu zelo eu não os consumisse.”Nm 25:11
               Pinchás tinha pegado uma lança e com ela matou um israelita da tribo de Rúbem chamado Zinri, e uma princesa midianita de nome Cozbi, que segundo alguns comentaristas judeus, andaram no meio de todo o povo de mãos dadas e foram para a tenda da congregação para praticarem relação sexual. Ele agiu como um agente de YHWH, com autoridade delegada, obedecendo ao mandamento de 25:4. O Zelo de Pinchás recebeu elogio por parte de Adonai, e lhe rendeu uma recompensa com uma aliança especial entre ele e seus descendentes. Se Pinchás não tivesse feito o que fez, a ira de Adonai teria destruído todos os filhos de Israel. O Ato de Pinchás gerou remissão para o povo.
O zelo de Adonai
               Finéias, filho de Eleazar, neto do sacerdote Arão, desviou a minha ira de sobre os israelitas, pois foi zeloso, com o mesmo zelo que tenho por eles, para que em meu zelo eu não os consumisse.”Nm 25:11
               Pinchás agiu com zelo, o mesmo zelo que o Eterno tem pelos filhos de Israel. O termo que foi traduzido para zelo em nossas Bíblias, originalmente em hebraico vem da raiz “qaná” significa “ciumento”. A palavra no texto em estudo é “beqaneo” uma variação de “qaná”. Talvez você se pergunte: Mas ciúmes é um sentimento humano, como D’us pode ter ciúmes? Leia os seguintes textos: Ex 20:1-5; Dt 32:15-16, 21; Zc 8:2; Sl 78:58; Jo 2:17; 2Co 11:2; Rm 10:2; Gl 1:14 e Tg 4:5 entre outros.
               O Eterno se utiliza desse termo para que possamos entender, caso contrário não poderíamos entender, como Ele quer que sejamos fiéis. E Pinchás agiu com o ciúmes de D’us, não foi com o dele próprio. Se ele agisse com o zelo/ciúmes dele não teria expiado o pecado, pois somos falhos.
               Pense no que você faria no lugar de Pinchás? Se afastaria daquela congregação perversa e pecadora? Formaria um novo povo só com pessoas santas? Qual seria a sua reação?
               Devemos ser contaminados com o zelo/ciúmes de D’us e não com o nosso. Precisamos gerar uma geração de Finéias, que se preocupa com o zelo de D’us (Rm 12)


Bibliografia:

- Torá - Lei de Moisés. Editora Sefer
- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.
- http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/
- http://hebraico.top/biblia-hebraica-online-transliterada/
- http://shemaysrael.com/parasha-pinehas/
- http://www.yeshuachai.org/forums/topic/%D7%A4%D7%A0%D7%97%D7%A1-pinchas-numero2510-301-29-40/
- http://emunah-fe-dos-santos.weebly.com/uploads/1/4/2/3/14238883/41-_pinchas.pdf
- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/921292/jewish/Dus-Recompensa-Pinechas.htm