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sábado, 3 de agosto de 2019

Estudo da Parashá Matôt/Massei (Tribos/Partidas)


Estudos da Torá

Parashá nº 42-43Matôt/Mass’ei (Tribos/Partidas)
Bamidbar/Números Nm 30:1-32:42/33:1-36:13,
Haftará (Separação) Jr 1:1-2:3/2:4-28. 3:4, 4:1-2; e
B’rit Hadashah (Nova Aliança) Jo 1:1-51/2:1-30.


1 - INTRODUÇÃO
Nesta semana estuda-se duas porções juntas, a porção Matôt e a Massei, e assim finaliza-se o livro de Bamidbar/Números.

A parashá Matôt (Tribos) inicia com um tratado a respeito das leis de nedarim (votos). Passando após para a descrição da batalha do povo de Israel contra os Midianitas e a consequente vitória, bem como a narrativa detalhada da distribuição dos despojos de guerra. Relata ainda o pedido das tribos de Reuven (Rubem) e Gad de assumir a possessão de sua herança daquele lado do rio, pois seria melhor para eles criarem seus gados.

Já na parashá Masse’i (Partidas), inicia-se com um resumo de toda a rota viajada pelo povo de Israel durante os quarenta anos no deserto, desde a saída do Egito até a chegada às margens do Jordão. Ordena que retirem todos os cananitas da terra, ordena várias recomendações e parâmetros para as várias categorias de assassinato e encerra com mais informações sobre as filhas de Tslofchad e as leis de herança.

Sendo assim, nesse estudo daremos ênfase à questão dos votos e o que eles têm a ensinar para nossas vidas a respeito de autoridade.

2 - ESTUDO DAS PALAVRAS
E falou Moisés aos cabeças das tribos dos filhos de Israel, dizendo: Isto é o que ordenou o Eterno: Quando um homem fizer um voto ao Eterno, ou fizer um juramento para se obrigar a alguma abstinência, não profanará a sua palavra; como tudo que saiu de sua boca, assim fará.” (Nm 30:1-2).

Sobre o voto e seu cumprimento

A palavra principal aqui neste capítulo é “voto”, em hebraico “Neder” -נֶדֶר . Ela significa “voto, oferta votiva”. A raiz desse termo tem a conotação do ato de consagrar verbalmente (dedicar ao serviço) a D’us. O voto era e deve ser feito ao Senhor, pois é uma consagração da palavra dita pelo homem à D’us. Em caso de não cumprimento, D’us permitia que a pessoa fosse punida e isso é assim até hoje, pois de acordo com o texto, o homem ligou sua alma com uma obrigação. A palavra “alma” vem do termo hebraico “nepesh” e significa “vida, criatura, pessoa, mente”. Isso mostra que devemos ter plena consciência ao fazer um voto, pois o Eterno cobrará. E quando faz-se um voto, ele aplica a sua “vida ou alma” a essa palavra que saiu de sua boca. Por esse motivo é muito importante cumprir aquilo que se vota.

Repare que o fim do verso 2 diz: “...não profanará a sua palavra; como tudo que saiu de sua boca, assim fará.” A palavra hebraica que foi traduzida para “profanará” ou “violará” em algumas versões bíblicas, é “Yachel” que vem da raíz “yahal”, significando “ferir, perfurar”. É interessante então, notar a conexão entre perfurar ou ferir, e o ato de não cumprir um voto ou promessa, pois se um homem não cumpre seu voto, é como se provocasse uma ferida, uma perfuração na imagem de Adonai. Se o homem não cumpre sua palavra provoca uma ferida na sua função de refletir o caráter de YHWH, porque o Eterno não pode anular a Sua Palavra e o homem foi criado à sua imagem, consequentemente não poderia anular a sua também.

O voto é normalmente feito em períodos específicos, quando se está em necessidade, buscando a intervenção divina, ou em momentos de agradecimento ao Eterno, como forma de ação de graças. De acordo com o Rab. Matheus Zandona, os votos ainda são feitos e são muito utilizados na cultura judaica, tanto entre os judeus messiânicos como os tradicionais e ortodoxos. A abstinência também ainda é muito utilizada.

Porém o juramento ou promessa quase sempre acabam levando ao pecado conforme podemos verificar nos seguintes textos:

Se um de vocês fizer um voto ao Senhor, ao seu Deus, não demore a cumpri-lo, pois o Senhor, o seu Deus, certamente lhe pedirá contas, e você será culpado de pecado se não o cumprir. Mas se você não fizer o voto, de nada será culpado. Faça tudo para cumprir o que os seus lábios prometeram, pois com a sua própria boca você fez, espontaneamente, o seu voto ao Senhor, ao seu Deus.” (Dt 23:21-23)

"Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez diante do Senhor’. Mas eu lhes digo: Não jurem de forma alguma: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o estrado de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. E não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um fio de cabelo.” (Mt 5:33-36)

Ouçam agora, vocês que dizem: "Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro". Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. Ao invés disso, deveriam dizer: "Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo". Agora, porém, vocês se vangloriam das suas pretensões. Toda vanglória como essa é maligna. Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tg 4:13-17)

Sobretudo, meus irmãos, não jurem nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outra coisa. Seja o sim de vocês, sim, e o não, não, para que não caiam em condenação.” (Tg 5:12)

Os versos acima nos mostram que juramento ou a promessa representam a ilusão que o homem detêm o domínio sobre o seu futuro, por isso pode levar à transgressão, que é pecado. Porque em sua vida falha, o homem pode jurar ou prometer algo que não poderá cumprir, pois não tem o controle sobre seu futuro, e isso é pecado. Por isso Tiago nos diz o que transcrevemos acima, nos versos 13-17.

Com tudo o que já dissemos até aqui, podemos perceber a importância de se cumprir os votos, e devemos ter muito cuidado com as promessas e juramentos. Quando não se cumpre as promessas é algo grave, pois tem a ver com a honra de YHWH.

Esse capítulo nos mostra um princípio de D’us, um princípio bíblico, ou seja a questão da hierarquia, da autoridade, e falaremos mais sobre isso no tópico abaixo.

A Torá destaca os cabeças (líderes) das tribos em relação ao cumprimento dos votos (v. 1). Pode-se aprender que um líder tem mais responsabilidade para cumprir as suas promessas do que o resto do povo, porque ele representa Adonai diante do povo. Assim, se um líder não cumpre as suas promessas ou votos, o povo terá uma imagem equivocada do Eterno que o colocou como seu representante. Também aponta para que uma sociedade deva ser fundada sobre a fidelidade, especialmente entre os líderes. Estes versos também mostram que um homem deva ser responsável pelo cumprimento da sua palavra diante das autoridades.

Ainda tratando-se do verso 2, precisamos entender que o cumprimento da palavra é um propósito totalmente ético, não só sob o ponto de vista bíblico, mas também na sociedade em geral. Ou seja, a palavra de uma pessoa deve ser uma só, não pode ser inconstante, mudando a todo momento conforme lhe convier a situação. Por esse motivo Yeshua disse: Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno"” Mt 5:37. Podemos notar, que graças a Adonai, mesmo em meio a tanto caos a sociedade ainda se baseia em vários princípios da Torá, como por exemplo, as leis sobre o furto, roubo, homicídios e outros, se não fossem elas o mundo já teria sido destruído há muito tempo.

O princípio de autoridade e o voto

O mesmo princípio estabelecido aos príncipes ou cabeças é válido também para os pais de família. Quando um pai faz uma promessa aos filhos, é muito importante cumpri-la para que os filhos conheçam a fidelidade de Adonai através dos exemplos de seus pais. Segundo o site “emunah a fé dos santos”, a imagem que os pais projetam sobre os seus filhos é aquela que os filhos aplicam sobre o Eterno. Os filhos pensam que o Eterno é como seus pais. Dessa forma, é importante que os pais cumpram as promessas feitas aos filhos e não mudem a sua palavra. E caso haja necessidade de mudar o que havia prometido aos filhos, deverá se desculpar com eles, a fim de que entendam que tal comportamento não é correto e assim, não venham pensar que o Senhor quebra suas promessas também.

Os versículos deste capítulo 30 de Números demonstram que o homem é responsável espiritualmente sobre a mulher (o Pai em relação à Filha e o Marido em relação à Esposa). Ele detém autoridade de Deus para confirmar ou anular um voto ou juramento delas. Indicando para nós que a hierarquia é um princípio que o Eterno estabeleceu para o ser humano. A hierarquia demonstra organização, estando presente no campo espiritual em relação ao Pai com o Filho e com os anjos, e o Eterno nos aponta para essa organização, tanto na sociedade e congregações, como também nas nossas casas.

Submeter-se às autoridades constituídas por D’us sobre nossas vidas é uma benção para nós, conforme lemos em Rm 13:1-5; 1Tm 2.1-3 e Tt 3:1. E em relação à autoridade devemos entender que isso não se aplica apenas a governos seculares, mas também a âmbitos espirituais, como é o caso da igreja e da família. O foco nesse contexto é a igreja e a família, onde o homem é a autoridade a qual o Eterno estabeleceu como princípio a ser seguido, de acordo com a sua palavra. Essa autoridade fala de responsabilidade e não de mérito do homem, ou porque ele seja melhor do que a mulher.(Cl 3:18-22; Ef 5:22-33)

Então, se não há demérito algum em nos submetermos às autoridades, pelo contrário, dissemos com base nas Escrituras que é benção, também o será para as mulheres que submetem-se à autoridade do homem. Mais uma vez esclarecendo que não é devido a mérito dele, mas por uma questão de responsabilidade. Porque o Eterno lhe deu essa responsabilidade de cuidar e prover, assim como responsabilizou a mulher a ser a ajudadora nesse projeto divino.

Portanto, entendamos que há Hierarquia ao mesmo tempo em que há igualdade (1Co 11:3; Gl 3:28 e Ef 5:23). Sendo assim, mulheres que demonstram ter autoridade espiritual (eclesiástica) sobre seus maridos e ou sobre suas casas ferem o princípio divino. A mulher pode até ensinar no contexto didático, nas congregações, mas jamais deve exercer autoridade espiritual sobre homem algum, pois fere os princípios de D’us (1Tm 2: 12). Esclarecendo, que estamos tratando a nível eclesiástico, não secular.

Com isso podemos perceber que a situação de autoridade eclesiástica feminina vai contra o que o Eterno prescreve, ou seja, não tem base bíblica. Talvez você se pergunte: mas a bíblia não fala de diaconisas?

O caso é que, diáconos/diaconisas não são funções de autoridade, mas de serviço, ou seja, eles são aqueles que servem à comunidade dos santos.

Quando ocorrem casos de mulheres exercendo autoridade espiritual em casa ou na congregação, a culpa principal é do próprio homem (Pai/Esposo), que não assume sua posição.

Tendo em mente o conceito de autoridade fica fácil compreender os versos que nos falam do voto das filhas solteiras que moram com seus pais, bem como os votos das esposas, onde os homens tem autoridade para se envolver e até anular os votos delas. Isso é porquê, se o pai entende que a filha fez um voto sem o devido equilíbrio poderá anular e a jovem estará desobrigada diante do Eterno. E o mesmo acontece com a mulher casada.

Entretanto, se souber dos votos e não se pronunciar e mais tarde se arrependa de ter permitido e anular os votos, quem é cobrado por D’us é o pai ou o marido.

Sendo assim, entendamos o princípio de autoridade e submissão descrito nesse texto da Torá, pois como disse o apóstolo Paulo: “Porque somos criação de D’us realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais D’us preparou de antemão para que nós as praticássemos.” Ef 2:10.

Hazak, Hazak, venit chazek! (Seja forte, seja forte e sejamos fortalecidos!)

Bibliografia:

- Torá - Lei de Moisés. Editora Sefer
- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.
- http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/
- http://hebraico.top/biblia-hebraica-online-transliterada/
- http://shemaysrael.com/parasha-matot/
- http://emunah-fe-dos-santos.weebly.com/uploads/1/4/2/3/14238883/42-_matot_tribos.pdf
- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/771049/jewish/Resumo-da-Parash.htm

quarta-feira, 20 de maio de 2015

NÃO MORRA NO DESERTO



 

Você está passando por um deserto em sua vida?
 As lutas e provações em sua vida te fazem sentir-se sem forças e solitário?
Está sentindo ausência de Deus em sua vida, e parece que sua vida espiritual ou ministerial não via para frente?
 
Leia este artigo e veja o que a palavra de Deus tem a te mostrar sobre isso.

Texto: 1Co 10.1-13
Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar.
E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,
E todos comeram de uma mesma comida espiritual,
E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.
Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto.
E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.
Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar.
E não nos forniquemos, como alguns deles fizeram; e caíram num dia vinte e três mil.
E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas serpentes.
E não murmureis, como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor.
Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.
Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia.
Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.
 
Introdução  
Esta epístola foi escrita por Paulo para uma igreja, a igreja que estava na cidade de Conrinto, a qual vemos seu início em Atos 18.1-17, na sua segunda viagem missionária. Essa porém foi provavelmente sua congregação mais problemática, embora tivessem muitos crentes com dons espirituais. Depois que o apóstolo seguiu viagem sua comunicação com ela era feita por meio de cartas. Primeiro ele mandou uma carta admoestando os novos crentes para se afastarem da prostituição, em 1Co 5.9. Depois os coríntios enviaram uma carta para Paulo pedindo orientação sobre os problemas na igreja, em 1Co 7.1. Várias pessoas dessa igreja foram visitar Paulo na Ásia e levavam notícias da igreja. Algumas dessas pessoas eram os servos da casa de Cloé, que mencionaram sobre a divisão que havia entre os irmãos, em 1Co 1.11. Outras, foram três irmãos registrados em 1Co 16.17,18. Então, o apóstolo escreveu sua segunda carta, que é a nossa Primeira aos Coríntios, respondendo aos questionamentos feitos pelos crentes. Depois ele volta àquela igreja em uma segunda visita, ficando pouco tempo, pois a situação não estava boa lá. Aí ele escreve a terceira carta, que é a nossa Segunda aos Coríntios. Neste texto que estamos fazendo menção ele está falando sobre a desobediência, a falta de fé e a idolatria, entre outros assuntos, e menciona o povo de Israel quando estavam no deserto, que é o nosso alvo no momento.


O POVO DE ISRAEL NO DESERTO
 Deus tirou o povo do Egito com mão forte, conforme lemos em Ex 13.3.
  "E Moisés disse ao povo: Lembrai-vos deste mesmo dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão; pois com mão forte o Senhor vos tirou daqui; portanto não comereis pão levedado."
   Ao chegarem na península do Sinai, ao pé  do monte onde Deus falou com Moisés, o povo acampa para receberem as Leis da Aliança do o Senhor e aprenderem a viver como uma nação livre, e isso levou dois anos.  
   Depois reiniciaram à Marcha até o momento em que Moisés recebe de Deus a ordem de enviar espiões até a  terra que teriam que conquistar.
   Porém, quando eles voltaram, suas afirmações temerosas a respeito dos exércitos inimigos e dos gigantes que haviam na terra fizeram o povo sentir medo e não confiarem no Senhor.  Apenas Josué e Calebe permaneceram firmes na confiança de que Deus daria a terra se eles se esforçassem.  
   No entanto, por causa da falta de fé e das murmurações dos espiões e do povo, todos daquela geração iriam perecer no deserto, foi o decreto de Deus para eles. Ou seja, não veriam o cumprimento da promessa, não tomariam posse da terra, e por quarenta anos viveriam ali, andando no deserto.
    Muitas vezes ouvimos alguém dizer que quem tem promessa não morre. Não é o que entendemos quando olhamos para a Bíblia. Muitos personagens morreram sem ver a promessa cumprida, por vários motivos. Alguns por causa do seu pecado, como o povo do estudo em questão. Outros, simplesmente, porque a promessa era profética e não se cumpriria cabalmente em seu tempo. Precisamos prestar atenção quando falam algo nos púlpitos de nossas igrejas, ou em músicas gospel.
   E aquele povo mesmo depois de ter recebido uma dura sentença do Senhor, ainda assim não se arrependeram e pioraram sua situação, conforme lemos em Amós 5.25-27, que aquela geração não se arrependeu dos seus erros e adoraram a outros Deuses. 
      'Oferecestes-me vós sacrifícios e oblações no deserto por quarenta anos, ó casa de Israel?
Antes levastes a tenda de vosso
Moloque, e a estátua das vossas imagens, a estrela do vosso deus, que fizestes para vós mesmos.
Portanto vos levarei cativos, para além de Damasco, diz o Senhor, cujo nome é o Deus dos Exércitos."  Amós 5.25-27
   Porém, Deus permaneceu com ele, por meio da coluna de fogo e da nuvem, e nunca lhes faltou o maná, mas não significa dizer que o Senhor aprovasse o que faziam.
    E isso pode ser confirmado em Atos 7.42,43.
     "Mas Deus se afastou, e os abandonou a que servissem ao exército do céu, como está escrito no livro dos profetas: Porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios No deserto por quarenta anos, ó casa de Israel?
Antes tomastes o tabernáculo de Moloque, E a estrela do vosso deus Renfã, figuras que vós fizestes para as adorar.Transportar-vos-ei, pois, para além da Babilônia."

 O QUE É O DESERTO?
    É um lugar geralmente desabitado, onde quase não chove, com pouca ou nenhuma vegetação. 
    Em um sentido espiritual e bíblico, é um lugar também muito árido, onde há muitas dificuldades e escassez, servindo para passagem, provação, treinamento e preparação dos servos de Deus.
 
      Vamos ver então, o porquê dos desertos em nossas vidas e os princípios para não morrermos nele.

I – TODOS NÓS TEMOS QUE PASSAR PELO DESERTO
A)    O povo de Israel passou quando foi liberto do Egito.
B)     Josué e Calebe passaram mesmo demonstrando sua fé em Deus.
C)     Davi passou pelo deserto quando teve que fugir de Saul.
D)    Elias passou depois de anunciar a escassez de chuva e depois que matou os profetas de BAAL e de Astarot.
E)     Jeremias passou pelo deserto quando anunciou os juízos de Deus ao povo de Judá.
F)      Ester passou pelo deserto quando foi levada para ser concubina do Rei da Pérsia e quando descobriu o plano de Hamã para destruir o seu povo.
G)    Daniel passou pelo deserto ao ser jogado na cova dos leões por ser fiel a Deus.
H)    João Batista passou pelo deserto para ser a voz que clama, preparando o caminho do Rei.
I)        O Senhor Jesus passou pelo deserto desde antes de começar seu ministério, quando foi levado ao deserto para se consagrar e ali foi tentado, até sua traição e morte, sua vida foi um deserto.
J)       O apóstolo Paulo passou pelo deserto quando caiu do cavalo e Jesus se identificou a ele e desde então passou a ser perseguido e sofreu diversos perigos (2Co 11.26,27).
Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos;
Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez.
2 Coríntios 11:26,27

K)    E cada um dos apóstolos e discípulos de Jesus passaram pelo deserto ao serem perseguidos e mortos por causa do nome do Senhor.

   Entenda isso, meu querido irmão e irmã.
   Ninguém recebe nada de Deus sem antes ser moldado para isso.
   A conquista das promessas de Deus não estão incluídos no "kit benção"!
   Precisamos ser moldados, preparados, e não há escola melhor para isso do que o deserto.  Onde vamos estar na dependência de Deus, se não morrermos.

II – O DESERTO É O CAMINHO PARA O CUMPRIMENTO DA PROMESSA
A)  O povo de Israel tinha que passar pelo deserto para chegar à Canaã.
B)   Josué e Calebe tinham que ir pelo deserto para receberem suas heranças.
C)   Davi tinha que esperar o tempo certo para subir ao trono.
D)  Ester estava indo para o lugar onde Deus a queria, para que no momento certo ela fosse um instrumento para ajudar o povo em todos os lugares do reino.
E)   Daniel depois da cova dos leões tornou-se ainda mais influente no reino ultrapassando gerações.
F)    Jesus, o nosso Mestre e Senhor, só iniciou seu ministério depois do deserto e através de sua vida estamos aqui hoje.
  Quando estamos passando pelo deserto a tendência, como seres humanos, é nos sentirmos fracos, sem forças, sem esperanças e sozinhos.
    Porém a Bíblia nos mostra que Deus está sempre com quem está passando pelo deserto, Números 10.34-36.

III – MUITOS PREFEREM ESTAR NO DESERTO DO QUE CONQUISTAR A PROMESSA DE DEUS
O texto bíblico que lemos como base desta mensagem é mais um dos textos quem mostram o motivo do povo ter perecido no deserto, o outro é no capítulo 3 da epístola aos Hebreus.
Daniel e Isabela Mastral, em seu livro Voz que Clama no Deserto, volume 2, dizem o seguinte:
“Se o nosso prêmio é chegar a uma Terra que mana leite e mel (e usamos dessa analogia Bíblica para simbolizar o Centro Perfeito da Vontade de Deus, onde todas as Promessas Dele se realizam), o contrário disso é viver e perecer no Deserto. Por que, então, a maioria vive no Deserto? Repare que no Deserto o Senhor também nos acompanha e sustenta: as vestes não desgastam... o maná não falta... mas é só. Não existe plenitude nem abundanciam e não haverá até que a decisão de conquistar penetre com entendimento em nosso coração. Deixar de entrar em Canaã significa que jamais haverá a terra fértil, o lar estruturado, os celeiros cheios, as oportunidades de vida, alegria, conforto, saúde, bem estar, paz e tranquilidade que a Promessa sob Juramento encerrava em si mesma. Viver no deserto significa conhecer teoricamente um Deus Vivo e Poderoso que pode grandes coisas, mas na prática a pequenez da fé humana e o mal uso do livre arbítrio acabaram determinando consequências desastrosas.”
Então meus queridos irmãos e irmãs, levantem seus acampamentos e sigam em frente. 
 
A)  Não se conforme com a sua situação (Rm 12.2, 1Pe 1.14).
B)   O deserto é para nos preparar para tomarmos posse da promessa.
C)   Logo depois do deserto vem o cumprimento da promessa.
D)  Não podemos morrer no deserto, temos que fazer a diferença.

Os autores já citados afirmam que, “Só faz diferença quem está no Centro da Vontade do Pai. Só faz diferença quem conquista. Que Povo construiu a primeira Nação de Israel afinal? A primeira Geração de cativos, ou a segunda? A primeira pereceu no deserto e não fez diferença alguma. Somente seus filhos, aqueles que conquistaram a Terra junto com Josué, foram os precursores da Nação que atingiu o apogeu no reinado de Salomão.”

CONCLUSÃO
Não morra no deserto, busque conquistar o que Deus te prometeu. O deserto é somente um lugar para treinamento, não é lugar para permanecer. Levante os olhos e veja logo à frente, a vitória está logo ali, mas precisamos lutar. Precisamos buscar ao Senhor para termos força pra caminhar, precisamos nos santificar para termos condições de combater o nosso inimigo que tão de perto nos rodeia. Ore, se consagre, frequente a igreja, lute, estenda as mãos, ame o seu irmão, sirva ao Senhor de coração e quando menos perceber estará conquistando sua vitória. O Senhor requer de cada um de nós mais disciplina, e principalmente, intimidade, pois Ele é um Deus que tem ciúmes de nós, pois nos ama.

Que o Senhor lhes ilumine as mentes, a fim de serem instrumentos para libertar vidas.

Marcelo Santos da Silva