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sábado, 11 de julho de 2020

O que é pecado? Significado hebraico.


Nesse pequeno estudo quero te mostrar o que é pecado de acordo com a visão bíblica e no contexto original. Claro que aqui não esgotaremos o assunto, mas será apresentado para você noções importantes para que venha ao entendimento sobre o pecado.

Na teologia a matéria que estuda o pecado chama-se "hamartiologia". Este termo vem da junção de duas palavras gregas: "hamartia", que significa "transgressão", "pecado" ou "errar o alvo" e "logia" que significa "estudo" ou "doutrina". Então "hamartiologia" é a doutrina que estuda o pecado e suas consequências. 

O pecado no cristianismo

Quando se estuda esse tema, na maioria dos livros teológicos cristãos e bíblias de estudo, como a "Bíblia do Pregador Pentecostal" da SBB, eles nos dão a seguinte informação:

"No Antigo Testamento (AT), o pecado é visto como uma transgressão direta à "Lei de Deus", caraterizado por um erro moral do homem que o torna culpado diante de Deus. Já no Novo Testamento (NT), o pecado é um mal impregnado na própria natureza pecaminosa do homem que o mantém cativo até que ele encontre a libertação em Jesus Cristo." Página 2013.

Essa forma de expressar deixa parecer que o pecado é diferente no AT e no NT. Eles dão a entender que somente no AT o pecado é uma transgressão à Lei de Deus, e que no NT ele é algo mais sério, mais profundo.

Contudo, será que é isso o que a Bíblia nos ensina a esse respeito? Ou isso é mera especulação teológica/filosófica?

Perceba que o tipo de pensamento sobre o pecado que você conhece, e que é ensinado em todo o mundo cristão, vem de filosofias e pensamentos de homens que são considerados grandes homens na história do cristianismo, e eu não estou aqui para desmerecer a nenhum deles, mas para que possamos aprender a olhar para a bíblia e não apenas para a teologia. Porque se eles criaram as idéias foi com a permissão do Eterno.

Então vou te mostrar mais algumas referências cristãs antes de passarmos para o significado hebraico.

Segundo McGrath, sobre a natureza do pecado, Agostinho afirmava que toda a humanidade é afetada pelo pecado em consequência da queda. Ele diz que a mente humana tornou-se obscurecida e enfraquecida pelo pecado. Ele fez com que se tornasse impossível para o pecador pensar com clareza e, especialmente, compreender verdades e idéias espirituais elevadas. Também que a vontade humana foi enfraquecida pelo pecado. E principalmente, para Agostinho o homem não tem controle sobre sua natureza pecaminosa.

O dicionário bíblico Wycliffe diz o seguinte: A maioria das definições de pecado é excessivamente restritiva. Por exemplo, uma definição usual, a de que o pecado é o egoísmo, significaria que um pai que rouba comida para uma criança faminta não estaria cometendo pecado. O pecado é iniquidade diz 1Jo 3:4, mas normalmente isto é interpretado em sentido muito limitado. A lei contra a qual se estima o pecado não é simplesmente a lei mosaica, mas sim toda e qualquer revelação de Deus durante todos os tempos. Isto inclui os mandamentos específicos da bíblia (tanto os positivos quanto os negativos) os princípios bíblicos de conduta (por exemplo 1Co 10:31) e leis que não se mencionam especificamente na bíblia sagrada, mas que podem ser consideradas diretrizes dadas pelos líderes indicados por Deus (por exemplo Hb 13:17 e Ef 6:1).

As palavras originais para pecado

Vamos agora entrar nas palavras originais a fim de buscarmos compreensão do assunto abordado.

Primeiramente devemos entender que a palavra "pecado" em português vem do latim "peccatum" e aparece pela primeira vez em Gn 4:7, na tradução chamada "Vulgata Latina de Jerônimo". Seu significado é "desejo", "concupiscência".

Conforme já mencionamos no início desse estudo, no grego é "hamartia", significando "transgressão", "pecado". Porém, no chamado NT ainda aparecem mais 12 palavras básicas para descrever pecado, conforme podemos ver no dicionário Wycliffe.  Essas palavras também podem trazer outras variações que levam o entendimento para mau, iniquidade, impiedade, culpa, prostituição, entre outros.

No hebraico também há tantos termos que denotam o pecado e o mau, e trataremos de pelo menos três, para que possamos ter um entendimento mais claro a respeito do pecado.

De acordo com o judaísmo, pecar contra D'us significa ignorar ou transgredir a vontade divina, violando um ou mais mandamentos da Toráh referente a nosso relacionamento com o Rei do Universo.

Segundo o site "Shemah Yisrael.com", na Toráh, diferentes palavras hebraicas são usadas para descrever diferentes tipos de pecado.

E aqui é o momento de te fazer uma pergunta: Todo pecado é igual? Afinal, muitos dizem por aí que não existe pecadinho ou pecadão. Todo pecado é considerado pelo Eterno de forma igual, diante da bíblia? Onde está a verdade?

Os termos que aparecem na Toráh para os diferentes tipo de pecado são:

חטא - cheth - e suas variações, que significa pecado, delito mas também uma das variações, o "chatá", significa errar o caminho, errar o alvo. Esses termos são usados quando o pecado é cometido por erro ou por descuido, e há os que dizem que este termo também se refere à quebra do relacionamento com o Eterno diretamente.

עוון - avon ou awon - que significa pecado, delito, iniquidade, culpa, é utilizada quando o pecado é fruto de desejo ou paixão, e também se refere ao relacionamento com o próprio homem com seu semelhante. Também tem conotação com desonestidade, ou afastar-se intencionalmente do caminho da justiça de D'us. E caso se pergunte se é daqui que a empresa de cosméticos tira seu nome, sim, é, devido ao significado que a palavra trás sobre desejo e paixão.

פְּשָׁעִים - pesha - que significa pecado, delito, rebelião ou prevaricação, é utilizada para designar um ato de rebelião contra o criador, afastamento de D'us, desvio consciente. Esse termo não é usado apenas para designar uma falha, mas designa quando alguém vai além dos limites fixados por D'us, quando rebela-se contra sua autoridade.

Há um midrash (ensino) que nos oferece, por meio de uma linguagem metafórica, um entendimento mais profundo do pecado e de suas consequências para o homem. Veja o texto dessa midrash extraído do site chabad.org.

O Midrash (Yalcut Shimoni sobre Tehilim 25) descreve uma espécie de "mesa-redonda" na qual esta pergunta é apresentada a quatro autoridades diferentes - Sabedoria, Profecia, Torá e D'us - cada um dos quais fornece uma diferente definição de pecado.

Segundo a Sabedoria, o pecado é um ato prejudicial. De acordo com a Profecia, é morte. Torá o vê como uma tolice. E D'us o vê como uma oportunidade.

A visão filosófica do pecado é que é uma má idéia, como caminhar descalço sobre a neve ou comer muitos alimentos engordurados. Se você faz coisas más, as consequências serão más.

Isso quer dizer que Alguém fica sentado, tabulando os pecados e distribuindo os castigos? Bem, de certa forma, embora não seja algo tão simplista como um D'us vingativo acertando as contas com Suas pequenas criaturas terráqueas por ousarem desafiar Suas instruções. A gangrena em um membro congelado é a punição enviada por D'us por aquela caminhada sobre a neve? Problemas no coração são a vingança de D'us por causa de uma dieta rica em colesterol? Definitivamente sim, se você aceita que tudo que acontece foi porque D'us queria que acontecesse. Mas o que realmente significa é que D'us estabeleceu certas "leis da natureza" que descrevem os padrões de Seus atos sobre nossa existência. Há leis físicas da natureza - aquelas que os cientistas avaliam e formulam hipóteses a respeito. Há também leis espirituais da natureza, que ditam que os atos espiritualmente benéficos produzem benefício espiritual, e ações espiritualmente prejudiciais causam dano espiritual. E como nossa existência física deriva e espelha nossa realidade espiritual, o comportamento moral e espiritual de uma pessoa terminará por afetar sua vida física também.

Dessa maneira, o Rei Salomão (que é a fonte da perspectiva da "Sabedoria" no Midrash acima mencionado) declara no Livro dos Provérbios (Mishlê): "O mal persegue a iniqüidade."

"Profecia" vai um passo além disso. O pecado não é apenas um ato prejudicial - é o ato prejudicial por excelência. A Profecia (que representa o apogeu do esforço do homem para comungar com D'us) define "vida" como uma conexão com D'us. O Pecado - o homem afastando-se de D'us - é uma ruptura desta conexão.

Sendo assim, o pecado é a morte.

A Torá concorda que o pecado seja um ato prejudicial. Concorda também que é uma ruptura do fluxo de vida do Criador para a criação. De fato, a Torá é a fonte tanto da perspectiva da Sabedoria como da Profecia sobre o pecado. Mas a Torá também vai além de ambos, ao reconhecer que a alma do homem, voluntária e conscientemente, jamais faria algo tão tolo.

O pecado, diz a Torá, é um ato de insensatez. A alma "perde a cabeça", e num momento de irracionalidade e confusão cognitiva faz algo contrário a seu verdadeiro desejo. Então o pecado pode ser transcendido, quando a alma reconhece e identifica a tolice de sua transgressão, e reafirma sua verdadeira vontade. Então o verdadeiro "eu" da alma transparece, revelando que o pecado foi de fato cometido apenas pelo "eu" mais externo e maleável da alma, ao passo que seu "eu" interior jamais esteve envolvido.

E o que diz D'us? D'us, é claro, inventou as leis da natureza (tanto físicas como espirituais) e a Sabedoria que reconhece como elas funcionam. D'us é a fonte da vida, e é Ele quem decreta que a vida deveria fluir para a alma humana através de um canal construído (ou rompido) pelas ações do homem. E D'us nos deu a Torá e suas fórmulas para a sanidade espiritual, auto-conhecimento e transcendência. Portanto, D'us é a fonte das primeiras três perspectivas sobre o pecado.

Mas há uma quarta perspectiva que vem unicamente de D'us: o pecado como uma oportunidade para o "retorno" (teshuvá).

Teshuvá é um processo que, em sua forma máxima, nos possibilita não apenas transcender nossas falhas como também redimi-las: literalmente, voltar no tempo e redefinir a natureza essencial de um ato passado, transformando-o de mau em bom.

Para conseguir isso, primeiro temos de sentir o ato de transgressão como algo negativo. Temos de agonizar com a total devastação que produziu em nossa alma. Temos de reconhecer, rejeitar e renunciar à sua insensatez. Apenas então poderemos voltar atrás e alterar aquilo que fizemos.

Então, o pecado é uma ação má e prejudicial? É a própria face da morte? É mera estupidez, para ser posta de lado por uma alma inerentemente pura e sábia? É uma oportunidade potente para a conquista e o crescimento? Na verdade, é tudo isso. Mas apenas pode ser a quarta perspectiva se for também as três primeiras. (extraído de https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1152528/jewish/O-Que-Pecado.htm )

A teshuvah, retorno ou conversão é justamente o ato de voltar atrás arrependido, após o ato do pecado ou transgressão.

Quando olhamos para o texto de 1Jo 3:4-9, podemos entender um pouco melhor a relação entre o pecado e a teshuvah ou arrependimento.

Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.  Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado. Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu. Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo.  Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. 1Jo 3:4-9

Podemos ver no texto que o pecado é a transgressão dos mandamentos do Eterno, e se vivemos de acordo com a vontade do Eterno, vivemos como Yeshua nos ensinou e assim demonstramos arrependimento e voltamos para o Eterno toda vez que viermos a transgredir o mandamento, ou seja, o pecado não será mais uma constante em nossas vidas.

Os níveis de pecado

 Vejamos os seguintes textos bíblicos:

Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos, em lugar dos pais; cada qual será morto pelo seu pecado. Dt 24:16

o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, Gl 1:4

Até aqui vimos sobre o significado do termo pecado, e mostramos alguns significados desse termo no latim, no grego, e no hebraico, bem como um ensinamento judaico sobre ele, através do midrash.

Mencionamos também, que sempre ouvimos as pessoas dizerem que só existe pecado, e que não há pecadinho e pecadão, eles dizem que pecado é pecado e pronto. Porém, essa visão cristã não condiz com o que as Escrituras nos dizem. 

Os três diferentes termos hebraicos para pecado, conforme vimos acima, correspondem a diferentes níveis de pecado, e isso conforme as Escrituras, pois há diferentes tipos de sacrifícios. E há uma relação direta entre os sacrifícios (corbanot) e os tipos ou níveis de pecado. Veja Lv 4:1 a 6:7, onde encontramos o sacrifício pelos pecados dos sacerdotes, o sacrifício pelos pecados do povo, o sacrifício pelos pecados de um príncipe, o sacrifício pelos pecados de qualquer pessoa, o sacrifício pelos pecados ocultos, o sacrifício pelos pecados a coisas sagradas, o sacrifício pelos pecados involuntários e os sacrifícios pelos pecados voluntários.

Também há leis e mandamentos específicos que nos apontam para pecados maiores e menores. Por exemplo, os pecados de idolatria são grandes pecados, já os pecados por comer coisa impura são pecados menores. Para estes últimos quem come fica impuro até a tarde, de acordo com Lv 11.

Mas talvez você diga que eu esteja tomando por base somente os textos do chamado AT, e segundo o pensamento de muitos, a Lei não é mais válida agora na graça. Então lhes mostrarei textos do chamado NT. 

Primeiro um texto que já mencionamos anteriormente, 1Jo 3:4.

Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.

E também o texto de Rm 1:28-32. 

E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda iniquidade, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.  Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem. 

É necessário observar que aparentemente estes versos estão destituídos do contexto de leis de Deus, mas isso é apenas aparente, pois se levarmos em conta todo o contexto de toda a epístola, e principalmente nos primeiros versículos entenderemos a respeito do que o apóstolo está falando. E como complemento a este estudo sugiro que assista ao vídeo do nosso canal do YouTube, Sou Peregrino na Terra, pois irá acrescentar ao seu conhecimento.

O texto inicia nos dizendo que pessoas desprezaram o conhecimento de Deus, estando cheios de toda iniquidade. Bem já vimos aqui neste estudo, que iniquidade é pecado e pecado é transgressão da lei.

Iniquidade vem do grego "Anomian" que é contra a lei, pois "a" é contra e "nomos" é lei. Assim fica fácil compreendermos que o texto está dizendo que as pessoas desprezaram a Deus e cometeram pecado. E não somente isso, pois o apóstolo começa a listar uma série de pecados previstos na Torá do Eterno, apontando que o homem desprezando a lei, comete tais iniquidades ou transgressões.

E finalmente o texto nos informa que aqueles que cometem tais transgressões ou pecados são dignos de morte, apontando a gravidade do assunto.

Devemos, contudo, buscar retornar para o Eterno em teshuvah, arrependimento, conversão, para que por meio de Yeshua Hamashia (Jesus Cristo) possamos ser livres da inclinação para o mal e assim, obedecer aos mandamentos do Eterno e deixar de transgredir ou pecar.  

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Paralelos entre os Samaritanos e a Igreja




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Texto: Jo 4.6-29

Havia ali o poço de Jacó. Jesus, cansado da viagem, sentou-se à beira do poço. Isto se deu por volta do meio-dia.
Nisso veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: "Dê-me um pouco de água". (Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.)
A mulher samaritana lhe perguntou: "Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?" (Pois os judeus não se dão bem com os samaritanos.)
Jesus lhe respondeu: "Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva".
Disse a mulher: "O senhor não tem com que tirar a água, e o poço é fundo. Onde pode conseguir essa água viva?
Acaso o senhor é maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, bem como seus filhos e seu gado? "
Jesus respondeu: "Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna".
A mulher lhe disse: "Senhor, dê-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem precise voltar aqui para tirar água". Ele lhe disse: "Vá, chame o seu marido e volte".
"Não tenho marido", respondeu ela. Disse-lhe Jesus: "Você falou corretamente, dizendo que não tem marido.
O fato é que você já teve cinco; e o homem com quem agora vive não é seu marido. O que você acabou de dizer é verdade". Disse a mulher: "Senhor, vejo que é profeta.
Nossos antepassados adoraram neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde se deve adorar".
Jesus declarou: "Creia em mim, mulher: está próxima a hora em que vocês não adorarão o Pai nem neste monte, nem em Jerusalém.
Vocês, samaritanos, adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus.
No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura.
Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade".
Disse a mulher: "Eu sei que o Messias (chamado Cristo) está para vir. Quando ele vier, explicará tudo para nós".
Então Jesus declarou: "Eu sou o Messias! Eu, que estou falando com você".
Naquele momento os seus discípulos voltaram e ficaram surpresos ao encontrá-lo conversando com uma mulher. Mas ninguém perguntou: "Que queres saber? " ou: "Por que estás conversando com ela? "
Então, deixando o seu cântaro, a mulher voltou à cidade e disse ao povo:
"Venham ver um homem que me disse tudo o que tenho feito. Será que ele não é o Cristo? "

         Em uma conversa com um irmão chamado Anderson de Carvalho, este também servo do Eterno no messias Yeshua, falávamos sobre essa passagem da mulher samaritana, e sobre os aspectos e paralelos que há com a igreja cristã. Daí a motivação para este pequeno artigo, pois se nos atentarmos bem naquela mulher, poderemos tirar algumas lições importantes a respeito da igreja cristã.

         Quando lemos essa passagem do evangelho segundo escreveu João, temos uma bela oportunidade de aprender mais a respeito de nós mesmos, enquanto gentios pertencentes à comunidade dos que crêem no Messias Yeshua. Bem como perceber os paralelos que existem entre a igreja ou cristianismo atual e aquela mulher samaritana, que se encontrou com Yeshua naquele poço.

         Em primeiro lugar devemos nos localizar historicamente e geograficamente. Aquele poço encontrava-se na região onde habitavam os samaritanos, próximo à cidade de Samaria. Essa era a região ao norte, onde dez das doze tribos de Israel habitavam desde que tomaram posse da terra. A animosidade entre os dois povos, no entanto, já vinha de muito tempo, devido à divisão que houve já desde a época de Jeroboão (IRs 11), que acabou dividindo a nação em duas partes, Israel formada por dez tribos ao norte e Judá com duas tribos ao sul. E mais tarde com a derrota de Israel para Senaqueribe, rei da Assíria, que enviou muitos israelitas para diversas regiões sob seus domínios e permitiu que pessoas de outros povos passassem a habitar ali, gerando uma população mista. Por sua vez, este povo passa a se voltar sempre contra o povo de Judá, em diversos momentos da história os encontramos aliando-se a diversos inimigos de Judá, constatamos a esse respeito nos textos de Flávio Josefo, o historiador judeu. Tudo isso, somente aumentou a rivalidade entre os dois povos até a época de Yeshua. Hoje em dia eles são poucos, sim, eles ainda existem, e devido a rigidez de suas tradições em relação ao casamento com pessoas de outras culturas e religiões estiveram à beira da extinção, a liderança está mudando isso a fim de evitar seu desaparecimento.

         Entretanto, é muito interessante quando estudamos a história, pois verificamos que a igreja dita cristã, desde sua “fundação” no século IV, pelo imperador romano Constantino, está sempre indo contra o povo Judeu, assim como os samaritanos daquela época mais antiga. Podemos notar isso em um artigo do Rabino Messiânico Matheus Zandona Guimarães, entitulado “O terceiro templo”[1], onde em um dos parágrafos menciona que, devido à falsa “teologia da substituição”, muitos líderes cristãos foram contra a criação do estado de Israel, em 1948, pois estavam convencidos que o Israel não poderia mais existir, uma vez que a Igreja agora representa o “Israel espiritual” de Deus. Esse autor ainda menciona em outro parágrafo do mesmo artigo que, “no final do século XIX, enquanto judeus de toda Europa se reuniam sob a liderança de Theodor Herzl para decidirem sobre a criação do Estado de Israel, muitos cristãos entenderam que a criação de um estado judacio seria algo profético e, … Por outro lado, grandes foram as manifestações cristãs contra a criação do Estado de Israel. Muitos pastores evangélicos, padres católicos e outros, se aliaram aos árabes nas campanhas anti-Israel,...”. Apesar de tudo o Eterno cumpriu sua Palavra e Israel tornou-se novamente uma nação. Porém, vimos e veremos mais à frente essa contrariedade contra o povo judeu por parte também do cristianismo. Mas há algo misterioso nas Escrituras, a respeito dos samaritanos. Encontramos nos escritos do Novo Testamento, além dessa mulher, a menção a dois outros samaritanos, o da parábola do bom samaritano e o samaritano leproso que foi curado e voltou para agradecer.

         Com relação à parábola do bom samaritano (Lc 10.29-36), Yeshua quis ilustrar para um doutor da Lei sobre quem é o próximo de alguém. E para isso utilizou-se de algo comum em sua época, uma parábola. Em específico, nessa contada pelo Mestre, o samaritano representava alguém de bom coração e que tinha amor, demonstrando isso ao ajudar um judeu caído à beira do caminho. Aqui, Yeshua apresenta uma característica que, bem poucas pessoas poderiam perceber em um samaritano. Temos também o encontro do Messias com dez leprosos(Lc 17.12-19), que clamaram por cura e a receberam, mas apenas um voltou para agradecer a Yeshua, e este era samaritano. Essas três passagens são muito peculiares, e têm representações importantes para nós, mas vamos nos ater aqui neste texto, àquela mulher que Yeshua encontrou no poço.

         A samaritana falou com Yeshua de forma questionadora, talvez estranhando o fato de um rabino judeu dirigir a palavra a ela, o que não era nem um pouco comum devido à mencionada richa. E isso provavelmente a levou ao questionamento, fazendo com que sua pergunta fosse muito pertinente ao momento, como se ela falasse por todo o povo samaritano. Yeshua percebendo isso leva a conversa também de forma generalizada, falando a respeito do povo judeu e da salvação.

         Tendo essas coisas sem mente, tracemos um paralelo entre os samaritanos e a igreja cristã, sendo assim vejamos:

         1 - O povo samaritano, conforme pontuei no início deste texto era um povo misturado. E atualmente, a igreja cristã também está assim, devido às várias denominações, tradições e seguimentos. Atualmente vemos tantas “inovações” na igreja, que às vezes não temos como discernir se é igreja ou mundo. Há igrejas que no intuito de “evangelizar” fazem cada coisa que pode espantar. Colocam nos templos rings de MMA, fazem bailes e festas diversas, promovem desfiles de moda e muito mais. Está uma mistura generalizada;

         2 - Samaritanos tinham e ainda tem sua própria Toráh, e a forma de interpretá-la. A igreja cristã têm a Escritura, e diversas formas de interpretá-la. Hoje há Bíblias para todos os gostos, de todos os formatos e tamanhos. Até aí nenhum problema, a coisa estreita mesmo é com as diversas interpretações. Há ainda Bíblias de “Vitória Financeira”, Bíblia “Inclusiva”, onde ensinam sobre a inclusão dos homossexuais no meio cristão sem precisar se arrepender de seus pecados e onde os textos referentes relações sexuais ilícitas foram deturpados, e muitas outras;

         3 - Os samaritanos eram independentes de Israel e do povo judeu, e a igreja cristã é independente de Israel e do povo judeu. Muitos cristãos, se não a maioria está totalmente distantes de Israel. Ensinam que a Aliança de Deus agora é com a Igreja e por isso o povo judeu não significa mais nada. Ensinam que a igreja é o Israel agora. Essa linha de pensamento e interpretação vem da “Teologia da Substituição”, que ensina a substituição de Israel pela Igreja por Deus, devido à rejeição deles ao messias;

         4 - Eles se consideravam melhores do que os judeus, e a igreja nutre um sentimento triunfalista em relação aos judeus. Por causa de doutrinas dispensacionalistas e substitucionalistas o cristianismo se vê acima de Israel;

         5 - Aquele povo pensava que serviam a D`us da forma correta, e a igreja pensa que é a detentora da Verdade. Por interpretarem as Escrituras distantes do contexto judaico, a igreja vê a Bíblia de forma diferente e por isso, anula tudo que diz respeito a Israel e sua forma de adoração. E isso leva a um entendimento diferenciado, fazendo-os pensar que sua forma de adoração é a correta;

         6 - Os samaritanos negligenciavam a origem de sua fé, que vinha de Israel e o povo judeu; da mesma forma a igreja negligencia a origem da sua fé, que vem de Israel e o povo judeu. Com isso negligenciam também a origem judaica do messias, dos profetas e dos apóstolos, consequentemente aos escritos deles (Rm 9.4,5);

         7 - Eles não tinham comunhão com os judeus, assim como a igreja não tem comunhão com os judeus. Quase não vemos judeus e cristãos juntos, mesmo em se tratando de judeus messiânicos, e isso é devido aos dogmas cristãos que atrapalham o relacionamento entre ambos;

         8 - Os samaritanos adoravam a quem não conheciam, e a igreja cristã adora a quem não conhece. Isso parece estranho, mas devido aos fatos já mencionados, os cristãos acabam por adorar a um Deus que eles não conhecem. Se o cristianismo conhecesse mesmo a quem adoram não distorceriam tanto a interpretação das Escrituras, colocando seus dogmas e pensamentos totalmente diferentes do que se pode encontrar nas Escrituras. As interpretações seriam de acordo com o pensamento judaico que é o contexto correto; e

         9 - Eles pensavam que a salvação pudesse vir deles, a igreja também  pensa que a salvação vem dela mesma. Ou seja, a igreja entende que somente se tornando cristão alguém pode ser salvo, mas a Escritura afirma que encontram salvação aqueles que confiam no messias e obedecem a sua palavra. Não basta somente pertencer à religião, é preciso viver o que o mestre ensinou.

         Dessa forma, concluindo esse texto, convido você a rever sua forma de pensar sua crença em Yeshua(Jesus). Convido a você a observar com atenção a conversa de Yeshua com aquela mulher de Samaria, e o que ele quis que ela entendesse. Que possamos viver a salvação que vem dos judeus através do Messias Yeshua, o filho de Deus. Que nós deixemos de lado os dogmas e tradições criados ao longo dos séculos pela igreja, nos afastando da verdadeira forma de agradar a Deus. Que possamos contextualizar a Bíblia do jeito correto, ou seja, como um livro judaico, escrita para judeus e seguidores do Messias, para que venhamos ter o entendimento correto acerca do que é o Reino de Deus. Restauremos as raízes da fé no Eterno e no Messias Yeshua, a mesma fé que os apóstolos e discípulos seguiam no princípio da comunidade dos seguidores de Yeshua.

         Restauração já



[1]http://ensinandodesiao.org.br/artigos-e-estudos/o-terceiro-templo/

quinta-feira, 7 de abril de 2016

A diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho.







Sempre gostei muito da temática da trilogia cinematográfica “Matrix”. E na semana passada escrevi um pequeno artigo intitulado “Bem vindo ao mundo real” (se você não leu recomendo lê-lo primeiro), tomando essa frase do filme Matrix, e contextualizando para nossa realidade cristã atual. Bem, a verdade é que gostei do texto e da temática, e coincidentemente ou não, no fim de semana, um dos canais da TV apresentou o mencionado filme. Assistindo-o novamente, ouvi outra frase, que me chamou atenção a respeito da nossa vida cristã mais uma vez. É interessante, como podemos extrair desse filme algumas lições, que pautadas nas escrituras podem nos trazer ensinamentos práticos. Então, cá estou eu, novamente trazendo uma reflexão para analisarmos nossas vidas e verificarmos como temos vivido o cristianismo que professamos. Venha comigo e observe como é interessante compararmos a ficção com a realidade e assim, aprendermos algo para o nosso cotidiano. Temos nos evangelhos exemplos dessa forma de pensamento, onde Jesus utiliza as parábolas para ensinar verdades por meio de histórias que ilustravam algo prático da vida dos ouvintes. Sendo assim, vamos então começar nossa reflexão.
No filme, o personagem conhecido como Neo, depara-se com uma crença de que ele deve ser uma espécie de salvador da humanidade, livrando-os do cativeiro mental em que vivem por causa das máquinas. No entanto, ele não se convence de que é essa pessoa, pois se acha muito comum para ter tal responsabilidade e poder para tal. É importante pontuar que não quero comparar o mencionado personagem com Jesus, mas com alguém que deve seguir um caminho. O outro personagem conhecido por Morpheu, que acreditava ser Neo, o escolhido, o leva para falar com um Oráculo, uma senhora que na verdade é um programa da “Matrix”, ela detinha o conhecimento de tudo que acontecia dentro do sistema. Vendo que Neo não acreditava ser o escolhido, ela disse o que ele queria ouvir, mas lhe dá algumas orientações sobre o que iria acontecer. Então, Neo acaba tendo que escolher agir, de acordo com a crença de Morpheu, a fim de resgatá-lo das mãos das máquinas que o tinham feito prisioneiro. Depois de libertar o amigo o personagem afirma não entender o que aconteceu, devido ao fato de a oráculo lhe ter dito que não era o escolhido. Então Morpheu diz que ela tinha lhe dito o que ele precisava ouvir na hora. E disse ainda outra coisa, que é o tema deste texto, ele disse: “Cedo ou tarde, você vai aprender, assim como eu aprendi, que existe uma diferença entre CONHECER o caminho e TRILHAR o caminho.”. 
Achei a frase muito interessante, mais ainda se olharmos para o fato de que as escrituras nos falam a respeito do caminho. Vejamos o que está escrito no evangelho de João:
“Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho. Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jo 14.4-6.
Podemos entender claramente no texto acima que “caminho” refere-se ao próprio Cristo, o único meio de nos achegarmos a Deus, o Pai. Em se tratando do personagem da ficção, ele sabia a respeito das coisas que precisava, porém ainda não estava trilhando. Somente quando passou a acreditar quem ele era e o que poderia fazer, isto é, começou a trilhar o caminho, é que as coisas mudaram. Na vida real é a mesma coisa. Muitos cristãos estão bem a par a respeito do caminho, conhecem a respeito de Cristo, e de seus mandamentos, no entanto, não trilham o caminho. Encontramos também no livro de Atos dos Apóstolos o termo “caminho”, referindo-se à fé dos seguidores de Jesus. Vejamos o que os textos dizem: 
“Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho diante da multidão, apartou-se deles e separou os discípulos, discutindo diariamente na escola de Tirano.” Atos 19.9.
“Por esse tempo houve um não pequeno alvoroço acerca do Caminho.” Atos 19.23.
“E persegui este Caminho até a morte algemando e metendo em prisões tanto a homens como a mulheres,...” Atos 22.4.
“Mas confesso-te isto: que, seguindo o caminho a que eles chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo na lei e nos profetas,...” Atos 24.14.
Existem outras tantas referências a respeito do “caminho” nas páginas do Novo Testamento. E dessa forma, vemos que atualmente, apesar de o cristianismo, que já não é mais conhecido como “Caminho”, estar bem difundido, ao mesmo tempo está cada vez mais distante de ser o que era nos primórdios da igreja primitiva. Claro que não podemos generalizar, apesar de a maioria viver bem diferente do que ensinam as escrituras, ainda resta uma pequena parcela de cristãos que procuram viver como o Mestre da Galiléia ensinou.
Quando na ficção o personagem resolve aceitar sua condição e depois disso passa a realizar coisas incríveis, libertando pessoas da matrix, a sua própria visão muda em relação à vida fora do mundo das máquinas. Entretanto, na vida real, muitos permanecem presos à matrix gospel, conforme mencionei no texto anterior, sendo enganados e enganando-se de que estão trilhando o caminho. 
É importante ter em mente essa frase: “Há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho.” Conhecer não chega nem perto de viver, quanto mais de trilhar. Cristo é o caminho, e precisa ser trilhado, ou seja, é necessário viver com ele, senti-lo, ter experiências com Ele. E isso somente poderá acontecer quando se trilha o caminho, quando se está nele. Conforme diz o apóstolo Paulo “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 2Co 5.17. Quando estamos em Cristo, trilhando este caminho coisas sem importância devem ser deixadas para trás. Seguir ao Senhor Jesus requer um grau de renúncia, assim como todos os discípulos o fizeram, nós precisamos renunciar nossa vida como a conhecemos para viver a Cristo. E isso significa ter que sair da matrix em que vivemos, a fim de vermos a vida real. Para seguir o “caminho” devemos seguir o exemplo do próprio Jesus, e assim, vivermos a verdadeira vida, onde estendemos a mão ao necessitado, onde somamos força com quem está fraco e dividimos fardos com aqueles que carregam fardos pesados. Quando ajudamos a quem precisa, quando amamos em verdade e não apenas em palavras. Dessa forma estaremos trilhando o caminho.

Na ficção, Neo precisa fazer uma escolha que o levou a um caminho melhor, mas nem por isso mais fácil, pois ele enfrentou cada vez mais dificuldade até cumprir o papel que lhe era de responsabilidade, ou seja, acabar com a guerra entre os homens e as máquinas, e para isso houve renúncia e sacrifício. Infelizmente, na realidade, muitos não estão dispostos a fazer uma escolha que leve a dificuldades, a renúncias e muito menos a sacrifícios. A religião da atualidade promete muitas facilidades para os seguidores e isso tira o foco do que o “caminho” verdadeiramente representa. Ele não é comida e nem bebida, não é bens materiais, não é festas de todos os tipos de nomes e formas. Esse “caminho” que precisamos trilhar para alcançar a vida eterna é espinhoso, assim como também o foi para os seguidores antes de nós. Temos no Brasil atualmente certa liberdade para seguir o “caminho”, enquanto em outros países como Líbia e Síria, seguidores de Cristo tem sofrido perseguições sem negarem o caminho que escolheram seguir. Nossa realidade precisa ser mudada, assim como nosso cristianismo. O evangelho que pregamos precisa sair da filosofia e ser prático. Esse “caminho” deve ser seguido conforme Cristo falou com a mulher samaritana naquele encontro próximo ao poço, em Jo 4.23, ou seja, em espírito e em verdade.

Sendo assim, reflita em sua caminhada cristã e observe se você apenas conhece o caminho ou se está trilhando o caminho. Caso chegue a conclusão de que esteja enquadrado na primeira situação, acorde e saia da matrix renuncie a tudo e comece a trilhar o caminho, pois Cristo está próximo de retornar como prometeu, e quando isso acontecer se estiver fora dele, também estará de fora do grupo dos que entrarão na cidade pelas portas, conforme Apocalipse 22.14. Trilhe o caminho alegremente e com verdade de intenção, e certamente verá que o Dono do Caminho te recompensará com a vida eterna.

Pense nisso.

Marcelo Santos da Silva