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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

SAIBA SE YESHUA É O ETERNO E SE ELE DESCEU DO CÉU


SAIBA SE YESHUA É O ETERNO E SE ELE DESCEU DO CÉU

Antes de começar existe algo que devemos deixar absolutamente claro. O Mashiach  Yeshua é o Ben (filho)Adonay . É o ser mais importante de todo o universo, tirando Adonay. O propósito deste artigo é honrar  Yeshua  como deve ser honrado. Infelizmente, o ensino da Bíblia acerca do Adony  Yeshua  é freqüentemente mal entendido. 

 Num bem intencionado embora que errado intento de honrar Yeshua , muitas igrejas ensinam acerca dele coisas que não são bíblicas. Este estudo tem a intenção de corrigir essas idéias errôneas. Isto não emana de um desejo de criticar as idéias do outros, mas simplesmente de mostrar o que a Bíblia realmente ensina acerca do Adony  Yeshua , o Filho do Eterno. Unicamente quando entendermos isto, poderemos dar a Yeshua  a honra  que merece. “Porque eu desci do céu…”

O título deste artigo é uma pergunta: Desceu Yeshua literalmente do céu? O capítulo 6, v. 38 do evangelho deYohanan  aparentemente responde a esta pergunta. Yeshua disse: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou”. Não devemos apressadamente chegar a uma conclusão. O tema não é tão simples como parece à primeira vista. È preciso cavar  mais  fundo!!

A maior dificuldade que existe na interpretação é que há dois tipos de linguagem: A LITERAL E A FIGURADA. Yeshua utiliza ambos os tipos de linguagem no capítulo que estamos a considerar. No versículo 64  .Yeshua diz: “Mas há alguns de vós que não crêem”. Isto é linguagem literal. Significa exatamente o que diz. Nem sequer uma criança poderia deixar de entender o seu significado. Mas muitas outras passagens não são assim. Por exemplo, os versículos 53 e 54 do mesmo capítulo: “Yeshua pois lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e {não} beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. Isto é linguagem figurada. Não significa o que parece estar dizendo; em vez disso, as suas palavras têm um significado muito mais profundo. Há que se considerar as palavras cuidadosamente para descobrir o seu verdadeiro significado. Em conseqüência, se não formos cuidadosos podemos facilmente interpretar mal estas palavras.

Os judeus incrédulos interpretaram mal este e muitos outros ditos similares de Yeshua . Eles disseram: “Disputavam pois os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar este a sua carne a comer?” (v.52). Talvez pensaram que ele estava a pregar o canibalismo! Conforme o que pensavam, a verdade é que estavam muito enganados. Voltando então à questão original — DESCI DO CÉU – Esta Linguagem é literal ou figurada? Existe uma boa razão para considerar que é figurada. No versículo 31 do mesmo capítulo existe uma menção ao que o “Antigo Testamento” chama de “maná”. Isto era uma espécie de pão produzido por Adonay  para que o seu povo se alimentasse durante a viagem pelo deserto. O versículo 31 diz: “Deu-lhes a comer pão do céu”. Isto é obviamente linguagem figurada. O pão milagroso não era cozinhado no céu e distribuído na terra. A declaração de que o pão veio do céu diz-nos que o Eterno do céu criou-o na terra. Enfatiza sua origem Divina. Mais linguagem figurada. A Bíblia usa linguagem figurada não só acerca de coisas mas também de pessoas. A Bíblia diz assim: “Houve um homem enviado de Adonay, cujo nome {era} Yohanan . Yohanan [João 1: 6].
 

No entanto, João(Yohanan) nunca esteve no céu. “Enviado de Adonay ” significa simplesmente que Adonay escolheu-o para uma tarefa especial
Mas esta explicação não só se pode aplicar a versículos que mencionam Yeshua “descendo” do céu. Existem outras passagens que aparentemente sugerem de uma ou de outra forma que Yeshua em certa altura viveu no céu. Esta é uma de tais passagens: “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse”. [João 17: 5]. 

Como devemos considerar versículos como este? São literais ou figurados? Vivia Yeshua  realmente com o Eterno antes que o mundo fosse criado? Ou têm estas palavras um significado mais profundo? O propósito deste estudo é deixar que a Escritura  fale por si mesma e nos traga a resposta a estas perguntas. Três pontos de vista sobre Yeshua. Aqueles que não acreditam na Bíblia, em geral dizem que Yeshua  era simplesmente um homem comum. 

Essas pessoas estão erradas. Ele e O Filho de Adonay, não precisamos perder tempo ao considerar este ponto de vista. Mas vamos considerar os três pontos de vista acerca de Yeshua aos quais aderem à cristandade que diz acreditar na Escritura sagrada. O primeiro ponto de vista é o mais comum. Sustenta que Yeshua é o Elohah todo-poderoso em forma humana. Os que acreditam nisto referem-se a Yeshua como a segunda pessoa da Trindade; É difícil entender o que querem exatamente dizer com essa frase [O ETERNO  EM FORMA HUMANA]. De acordo com este ponto de vista Yeshua  viveu no céu desde toda a eternidade antes de sua “encarnação” na terra.

O segundo ponto de vista é ensinado por uma denominação chamada “Testemunhas de Jeová” e por alguns outros pequenos grupos. Sustentam que Yeshua não é D-us mas sim um poderoso anjo que o Eterno  criou faz muito tempo. Também acreditam que Yeshua  viveu no céu antes do seu nascimento na terra. Os que acreditam num destes pontos de vista tomam literalmente os versículos que falam de Yeshua  descendo do céu. O terceiro ponto de vista é o que nós sustentamos neste artigo. De acordo com este ponto de vista, Yeshua  não viveu no céu antes do seu nascimento e os versículos que se referem à sua origem celestial deve se entender de forma figurada.

 Este é o ponto de vista que será explicado neste artigo. Se isto lhe parece surpreendente, tenha paciência e continue a ler. Existe uma grande quantidade de evidência bíblica para manter este ponto de vista. Yeshua  foi um homem de verdade . . Não devemos cometer o erro de pensar isso. Ele foi um homem único. 
Era Filho de Hashem. No entanto, num sentido sem ambigüidades, ele era um homem e não Elohim todo-poderoso. Isto não significa que ele deixou de ser homem assim que subiu em forma corpórea ao céu. A Bíblia ensina-nos a considerar Yeshua  como homem, mesmo na atualidade (1Timóteo 2: 5). 

Muito tempo depois de Yeshua  ter ressuscitado e ascendido ao shamaym, a  bri’t hadashah fazia declarações como a seguinte: “Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um, morreram muitos, muito mais a resed do Eterno e o dom pela resed, {que é} dum só homem, Yeshua o mashiach, abundou sobre muitos. E não foi assim o dom como {a ofensa}, por um só que pecou. 

Porque o juízo veio de uma só {ofensa}, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da resed, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só – Yeshua.  
Pois assim como por uma só ofensa {veio o juízo} sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça {veio a resed} sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um [homem] muitos serão feitos justos”. [Romanos 5: 15-19]. “Porquanto há um só Elohah  e um só Mediador entre Hashem e os homens, Yeshua , homem”. (1Timóteo 2: 5]. 

Yeshua  realmente é um homem. Esse é o inequívoco ensinamento da nova Aliança. Consideremos agora esse ensino com as palavras de um bispo católico inglês, numa passagem que descreve o ponto de vista da maioria dos “cristãos” sobre Yeshua : “Yeshua não foi um homem que nasceu e cresceu, ele era Elohah  e por um tempo limitado participou de uma farsa. Tinha a aparência de homem mas no fundo era Elohim disfarçado — uma espécie de Pai Noel”. 

Muitas pessoas da cristandade consideraram ofensiva a referência a Pai Noel. Mas, tirando isso, estão de acordo em que essa declaração do bispo representa cabalmente o ensino atual. Se Yeshua era realmente Elohim, ou um anjo poderoso que vivia no céu, então ele nunca foi um homem de verdade mas uma pessoa celestial disfarçada com carne humana. Inevitável conclusão!! Mas o Novo Testamento não está de acordo com essas opiniões. O chamado  Novo Testamento descreve Yeshua  como homem. 

Esta é AQUI.  a primeira razão para considerar que o ponto de vista comum sobre Yeshua ESTA ERRADO. O nascimento de Yeshua  . 
A sua mãe era uma jovem mulher desposada de excelente caráter. As coisas aconteceram assim: “…O anjo lhe disse: Miryan , não temas; porque achaste Rezed diante de Adonay. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Yeshua. Examinemos estas palavras em detalhes. Há muito que aprender delas. O menino seria filho de Mirim.

 O anjo não disse que ela ia reproduzir um corpo de carne para que um ser celestial habitasse nele. O anjo disse: “…conceberás e darás à luz um filho…”. Estas palavras evidentemente deviam ser tomadas literalmente. Descrevem o início de uma nova vida humana — não a vinda de um ser celestial à terra, para habitar num corpo de carne. 
Além disso, se Yeshua tivesse sido uma pessoa celestial, milhões de anos mais velho que Miriam, poderia ter sido realmente seu filho? E no entanto,Yeshua era filho de Miriam, e não uma espécie de filho adotivo extraordinário. Todos os evangelhos referem-se à Maria como mãe de Yeshua, e nunca como sua mãe adotiva. 

 Lucas refere-se a Yeshua  assim: “Era, como se cuidava, filho de Yosef”. [Lucas 3: 23]. Yeshua era verdadeiramente filho de Mirian, não uma pessoa celestial fingindo ser filho de Miriam. Como todos os filhos, ele se parecia com a sua mãe de muitas formas. Isso era o que fazia de Yeshua um homem real. Os homens reais não vivem no céu antes de nascer, e este homem, Yeshua, não viveu no céu também. 

A sua concepção foi o início da sua existência como pessoa. A natureza humana é débil, e está cheia de tentações. Yeshua herdou de sua mãe a debilidade da natureza humana. Mas isso é só parte da história. O anjo estabeleceu muito claramente que o filho de Mirian era também Filho de Elohim, Eu serei seu Pai, e ele será meu Filho, mesmo no tempo em que tiver que padecer pela iniquidade dos homens, Eu mesmo o punirei e açoitarei com o castigo dos humanos, aplicado por intermédio de homens.: “Descerá sobre ti o Espírito do Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Elohim”. [Lucas 1: 35].  

A infância de Yeshua 
Nas Escrituras encontramos muito pouco acerca da infância deYeshua. Mas o que encontramos é muito importante. Lucas descreve a forma em que Yeshua cresceu nos seguintes termos: “E crescia Yeshua em sabedoria, estatura e graça, diante de Adonay  e dos homens”. [Lucas 2: 52]. Aqueles que crêem que Yeshua era realmente Elohim  ficam um pouco perplexos com este versículo. Como pode Adonay  crescer em sabedoria e graça ante si mesmo? A idéia é completamente absurda! 

É obvio que Lucas não cria que Yeshua  era  Elohim que estava a habitar de forma temporal em um corpo de um menino. E em relação à outra idéia — que Yeshua  era um poderoso anjo celestial que residia no corpo de um menino em crescimento, esta idéia não é melhor que a anterior. 

Esse anjo, sem lugar para dúvidas, tinha sido perfeito muito antes de viver na terra. Um anjo num corpo de um moço não podia “crescer em sabedoria… e em Rezed diante do Eterno”. Este versículo descreve o crescimento de um verdadeiro menino. O seu corpo desenvolveu-se. A sua provisão de sabedoria incrementou-se gradualmente. 

 A sua vitória sobre a tentação A “Bíblia”descreve como  Yeshua  lutou uma tremenda batalha contra as tentações humanas. Lutou contra a tentação todos os dias, e sempre saiu vencedor. Todos sabemos o que é a tentação. Se Yeshua  era um homem verdadeiro, podemos entender o tipo de luta que ele suportou. 

Mas se ele era um ser celestial, usando um corpo humano, então não teria havido qualquer luta — tudo teria sido um engano. É impossível que Hashem  ou um anjo, sejam tentados como nós. A Bíblia diz que “Hashem não pode ser tentado pelo mal” [Tiago 1: 13]. 

No entanto acerca de Yeshua  a Bíblia nos diz: “…temos sumo sacerdote que… foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”. [Hebreus 4: 15]. 

Em certa ocasião, quando Yeshua  estava a lutar contra a tentação, ele disse: “Não se faça a minha vontade, e sim a tua”. [Lucas 22: 42]. Evidentemente Yeshua  tinha uma vontade própria que tinha que ser dominada para que a vontade de D-us fosse feita. Se ele era um homem verdadeiro podemos entender esse versículo. Mas o versículo não tem qualquer sentido se Yeshua  na realidade era Elohim  ou um anjo em forma humana.

 Como Yeshua alcançou a perfeição? Yeshua  nunca foi imperfeito no primeiro sentido da frase. Não havia nada de mal nele. Ele nunca pecou. 

No entanto, o seu caráter tinha que se desenvolver gradualmente, como uma casa em construção, até que estivesse completo. Neste sentido, ele tinha que chegar a ser perfeito, como o demonstram as seguintes passagens bíblicas: “Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna”. [Hebreus 5: 8, 9].

 “Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles”. [Hebreus 2: 10]. Novamente é evidente que existe algo de errado com a idéia popular de que Yeshua  era um ser celestial vestido com um corpo humano. Podemos imaginar esse ser aprendendo a obediência através do que sofreu? Podemos conceber a idéia de um ser assim alcançando a perfeição através do sofrimento? Claro que não. Temos na escritura  a descrição de um homem verdadeiro adquirindo um caráter perfeito, passo a passo. 

Se Yeshua  fosse Adonay, ou mesmo um poderoso anjo, seria perfeito muito antes de vir ao mundo. Mas as coisas não foram assim. A Bíblia diz enfaticamente que Yeshua só alcançou a perfeição através dos seus sofrimentos na terra. A sua morte no madeiro. 
A morte de Yeshua apresenta um problema adicional para aqueles que mantêm os pontos de vista mais comuns acerca da sua natureza. Elohim  não pode morrer, diz a Bíblia (Daniel 12: 7; 1Timóteo 6: 16). 

O mesmo é certo a respeito dos anjos (Mateus 22: 30). Todos sabemos, no entanto, que Yeshua  morreu na Estaca. Há quem considere ter a resposta para este problema. Dizem que só o seu corpo morreu. O ser espiritual interior continuou a viver. Mas esta explicação não serve. A Bíblia diz que não foi só o corpo de Yeshua  que morreu, “…derramou a sua alma na morte” [Isaías 53: 12].

“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Mshyah morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras”. [1Coríntios 15: 3]. E mais ainda, a Bíblia mostra que Yeshua  temia a morte tanto como nós. 
A morte era uma pavorosa experiência para ele, assim como para nós. “Ele, Yeshua , nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade”. [Hebreus 5: 7]. 
Isto é também forte evidência de que Yeshua  não era nem o Eterno nem tampouco um anjo em forma humana. 

Poderia tal ser ter sofrido grande ansiedade ante a perspectiva de perder o seu corpo humano temporário? Sem dúvida alguma que só um homem verdadeiro, que estava a ponto de morrer na realidade, se sentiria como Yeshua  em relação à morte. 

Porque Yeshua  está à direita do Pai? Na atualidade Yeshua  está sentado à destra de Adonay (Salmo 110: 1, Hebreus 1: 13). Com estas palavras, e em varias outras formas, a Bíblia diz-nos quão grandioso é Yeshua . Ele é a pessoa mais importante de toda a criação, tirando Adonay — o Criador. Suponhamos agora que se faça a pergunta: Por quê? Por que é Yeshua  tão grandioso? Por que o Eterno lhe deu um lugar tão exaltado?

Os que acreditam que Yeshua  é Elohim, ou um anjo, têm uma resposta simples. Dizem que Yeshua  sempre foi grandioso, era um espírito grandioso no céu antes de vir à terra. Depois regressou ao lugar que lhe pertencia por direito. Regressou ao lugar exaltado de onde tinha vindo. Mas essa não é a resposta da Bíblia. A Bíblia diz que Yeshua se tornou grande depois da sua vida na terra. Diz que Yeshua  se fez grande porque o Eterno lhe deu essa grandeza. E diz-nos também que Adonay  lhe deu grandeza porque Yeshua  a mereceu por causa do que fez na terra. “Vemos, todavia… Yeshua , por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra” [Hebreus 2: 9]. “A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Adonay  o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome”. [Filipenses 2: 8, 9].

Esta é sem dúvida alguma, a prova final e conclusiva que Yeshua  é um homem verdadeiro. Um homem verdadeiro, mas no entanto um homem muito especial. É o único homem em toda a história que derrotou a tentação humana por completo. É por isso que agora está sentado à destra de Hashem.
As coisas desde o ponto de vista de Hashem
No início deste artigo, consideramos as palavras de Yeshua  “desci do céu”. Vimos também que este tipo de linguagem pode-se entender facilmente no sentido figurado e não literal. Agora podemos chegar a uma conclusão mais concreta. À luz de todos os ensinamentos claros que temos estudado, podemos estar seguros de que Yeshua  era um homem de verdade. 

Se isto é assim, a sua declaração de que desceu do shamaym  só pode ser tomada no sentido figurado.  Podemos ter certeza disto. Ele evidentemente queria dizer que a sua vida começou quando Adonay do céu fez com que na terra acontecesse um poderoso milagre com a sua mãe, Mirian. Este milagres tambem acontece  com todo  o homem, pois o nascimento e um  milagre Isto todavia deixa um certo número de versículos enigmáticos. Temos, por exemplo as palavras de João 17: 5 em que Yeshua se refere à “glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo” e outras passagens bíblicas onde ocorrem expressões similares. Podem estas expressões estar em linguagem figurada? Certamente que podem estar em linguagem figurada. Mas para apreciar o significado destes ditos devemos fazer um esforço especial para ver as coisas desde o ponto de vista de Hashem.

Existem muitas diferenças entre Adonay  e nós. A diferença que nos ocupa neste momento é esta. Para nós o futuro é desconhecido, só podemos tentar adivinhar o que irá ocorrer amanhã. Mas Hashem conhece o futuro, para ele o amanhã é tão real como o presente para nós. É por isso que a profecia bíblica sempre se cumpre. Paulo comentou sobre isto em Romanos 4: 17.

Ele chamou a atenção para o fato de que Hashem disse a Abraão em (Bereshitr)Gênesis: “Por pai de muitas nações te constituí”. Há de se notar que diz “te constituí” e não “te constituirei”. Nessa época Abraão tinha um só filho. Mas quando o Eterno faz uma promessa, essa promessa é certa. Pode-se considerar como se já estivesse cumprida. Quando um homem faz uma promessa diz: “Farei isto ou aquilo”. Mas Hashem, através dos seus profetas, com freqüência diz acerca do futuro: “fiz tal e tal”, quando o que quer dizer é que sem dúvida o fará. Na segunda parte de Romanos 4: 17, Paulo tira a mesma lição e diz: “…e chama as coisas que não são como se já fossem”. Para Hashem  o futuro é real
Com um pouco de ajuda do Mensageiro saulo, estabelecemos um princípio importante. Para nós, só o passado e o presente são reais. O futuro está escondido de nossa vista. Mas Hashem é diferente. Ele pode ver o futuro perfeitamente. O futuro é tão real para Hashem como o presente o é para os homens. Hashem pode falar do futuro como se já tivesse acontecido. Existem muitas passagens na Bíblia onde  Hashem faz isto. A seguir temos três exemplos:

(1) “A mim me veio, pois, a palavra do ETERNO, dizendo: Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações”. [Jeremias 1: 4, 5]. Portanto, o Eterno conheceu Jeremias antes que Ele nascesse. Obviamente, esta linguagem é figurada. Não significa que na realidade Jeremias existia antes do seu nascimento. Significa que Hashem pode ver o futuro e ver Jeremias antes que nascesse. Por outras palavras, antes que Jeremias nascesse ele já existia na mente do Eterno.

(2) “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Yeshua ha  mashyah, segundo o beneplácito de sua vontade”. [Efésios 1: 4, 5]. Não só Jeremias; Adonay  também conhecia os filhos de Israel [Jacó] antes que nascessem. Isto, também é linguagem figurada, baseado no conhecimento de Hashem do futuro. Na segunda frase desta passagem, Saulol[Paulo] mostra claramente o que queria dizer em linguagem literal: “segundo o beneplácito de sua vontade”.

(3) “Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós”. [1Pedro 1: 20]. É interessante que a palavra “conhecido” nesta passagem no original grego significa “conhecido com antecipação”. Desta palavra chegou-nos ao português a palavra prognóstico.

Prognóstico é uma palavra associada em geral com a medicina. É um conhecimento antecipado de algo. Por exemplo, um médico pode dizer: “Este paciente tem câncer no estômago. O meu prognóstico é que continuará sangrando e possivelmente morrerá dentro de cerca de um mês”. Os médicos, sem dúvida cometem erros. Admitem que os seus prognósticos, assim como os prognósticos do tempo, com frequência estão errados. Adonay  é diferente. Ele certamente conhece as coisas com antecipação. O prognóstico de Hashem é completamente exato.

Um dos versículos citados anteriormente, então, nos diz que antes de criar o mundo o Eterno sabia tudo acerca de Yeshua. Isto é de esperar. Também em outras passagens que Yahu sabia tudo acerca dos filhos de Yisrael [Jacó]antes da criação do mundo. Jeremias, os Remanescentes de  Ysrael  e o adony Yeshua . Todos estavam já na mente e propósito de Hashem, desde o início do tempo. Portanto não é de surpreender que Yeshua  dissesse a seu Pai celestial: “E, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo” [João 17: 5]. Agora pois sabemos o que ele queria dizer com estas palavras. 

O Eterno o grande planificador
Quando o homem se propõe a fazer algo importante, começa com o desenvolvimento de um plano. Antes de lançar um ataque o comandante de um exército prepara um plano de batalha e revela-o aos seus generais. Antes que se construa um edifício importante, um arquiteto tem que fazer os planos. Os planos dos homens com frequência não se levam a cabo. O inimigo pode realizar um movimento de surpresa que torne impossível que os generais comecem o ataque. O edifício pode tornar-se demasiadamente caro e os planos do arquiteto têm que ser abandonados. Mas nada pode prevenir que Hashem realize o seu plano para com o mundo. Como já vimos, fala do seu plano como se já estivesse  consumado, ainda antes de o por em prática. O  Torah  tem um nome para o plano do Eterno. Que é denominado por: a sabedoria do Eterno. Um dicionário bíblico descreve a sabedoria no  Tanah como “o irresistível cumprimento do que Hashem  tem em mente”. Essa é uma boa definição. Encaixa-se perfeitamente com a seguinte passagem do Tanah: “Não clama, porventura, a Sabedoria, e o Entendimento não faz ouvir a sua voz?… junto às portas, à entrada da cidade, à entrada das portas está gritando:…

 O ETERNO me possuía no início de sua obra, antes de suas obras mais antigas. Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes do começo da terra”. [Provérbios 8: 1, 23]. Por outras palavras, antes que D-us começasse a sua obra com este mundo ele tinha o seu plano — a sabedoria, como os judeus a denominavam.

Os gregos — que acreditavam em muitos deuses, mas não no Eterno  da Bíblia — davam a este plano um nome diferente: logos, que se traduz como “Verbo” ou “Palavra”. O mesmo dicionário bíblico descreve “logos” como “o plano de Hashem e o poder criativo do Eterno”.
Isto é muito útil, já que nos ajuda a compreender o primeiro capítulo das boas novas deYohananm [João]. Yohanan parece ter combinado a idéia grega da Palavra do Eterno com a idéia judaica da sabedoria de Hashem. As Boas novas  de Yohanan começa assim: “No princípio era o Verbo”.

Existe muita gente que não consegue entender o sentido desta passagem. Outros acreditam que podem entendê-la mas chegam a uma conclusão errada, já que consideram que o Verbo é um ser vivente ao lado de Hashem,. As palavras Verbo e Palavra têm diferentes gêneros, uma é masculina e a outra é feminina. No original em grego a palavra “logos” é neutra.
Se pensamos no Plano em vez de Verbo (ou Palavra), isto é o que tiramos de João 1: “No princípio já existia o Plano, e o Plano era com D-us, e o Plano era D-us. Este era no Princípio com D-us. Todas as coisas pelo Plano foram feitas, e sem o Plano nada do que tinha sido feito, foi feito. No Plano estava a vida, e a vida era luz dos homens… E aquele Plano tornou-se carne, e habitou entre nós (e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai), cheio de Resed [Graça] e de verdade”. Yochanan 1;1,2,14.[João 1: 1, 2, 14].

Estas palavras de Yohanan resumem o ensino bíblico de forma especial. Yeshua existia no céu desde o princípio mas não como pessoa. Ele existia como uma grande idéia na mente do Soberano, como parte central do plano do Eterno. Ele não existiu como pessoa até que nasceu em Belém. Então, comoYohanan  diz: o plano tornou-se carne (ou seja, nasceu). A honra que é devida a Yeshua.

Agora que já vimos o que a Bíblia realmente ensina acerca de Yeshua  podemos começar a dar-lhe honra, como talvez não o fazíamos antes. Porque isto assim se torna evidente se reconsiderarmos o que temos proposto.
Vimos que existem dois tipos de linguagem na Bíblia. Existe a linguagem literal, que significa exatamente o que diz. E existe a linguagem figurada, que tem um significado mais profundo do que parece à primeira vista.

 Quando Yeshua  disse que tinha descido do céu ele nunca tinha estado pessoalmente no céu. As suas palavras não podiam ser literais por isso tinham que ter um significado figurado. Já que Hashem sabe tudo ele pode ver o futuro. Quando Hashem todo-poderoso decide fazer algo já se pode considerar como feito. Antes que criasse o mundo Deus fez um plano. Yeshua  foi o início desse plano, e a parte mais importante dele. Os seguidores de Yeshua  também formam parte desse plano. As Escrituras referem-se tanto a eles como ao seu Senhor como se existissem antes da criação do mundo. Claro que nem Yeshua nem os seus seguidores estavam vivos nessa altura. Só existiam na mente de Hashem como parte do seu plano. Neste sentido figurado todos eles estavam no céu desde o princípio da criação.

 Mas a vida real de Yeshua só começou quando nasceu em Belém. Sua concepção foi um milagre. Yosef foi o seu Pai, e Miriam, uma almah( jovem mulher), foi sua mãe. Ela foi verdadeiramente a sua mãe, e Yeshua foi tanto filho verdadeiro dela como o era de Yosef. Devido a isto  Yeshua  foi um homem de verdade. Isto significa que sofreu as mesmas tentações de pecar como qualquer outra pessoa. Mas ele conquistou a vitória sobre a tentação de forma absoluta. Ele levou uma vida livre de pecado, e desenvolveu um caráter perfeito. Como recompensa por isto, Hashem o ressuscitou de entre os mortos e tornou-o a pessoa mais importante do universo, depois de si mesmo. Se Hashem agradou-se de dar tal honra a yeshua , nós também devemos honrá-lo pelas mesmas razões. Devemos estar na capacidade de dirigir a nossa vista para o céu e dizer ao Eterno : Pai celestial, Yeshua  teve que lutar contra a tentação, o mesmo que eu tenho que fazer. Ele sabe como me sinto. Mas ele ganhou todas as batalhas que teve contra a tentação, enquanto que eu com frequência as perco.

Shalom Alechem Chaverim

Por: Yochanan Ben Yaakov 
Página Restaurando as Raízes Hebraicas da Fé, no Facebook.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Estudo da Parashá Bereshit (No Princípio)


Estudos da Torá

Parashá nº 1 – Bereshit (No Princípio)
Bereshit/Gênesis 1.1-6.8
Haftará (separação) Is 42.5-43.10 e
B’rit Hadashah (Nova Aliança) Mt 1:12:23

1 - INTRODUÇÃO
                  
Na semana que passou reiniciamos o ciclo de estudos da Torá, juntamente com nossos irmãos judeus, judeus messiânicos e crente em Yeshua que guardam os mandamentos em todo o mundo.
Este é o livro dos começos. Podemos aprender muita coisa ao estudarmos a Torá com singeleza de coração, amor e dedicação, pois é a revelação da vontade do Eterno ao ser humano.
Bereshit é o nome do livro e o nome da porção, assim como é a primeira palavra que aparece no texto em hebraico.
Neste estudo falaremos um pouco sobre a criação do homem e veremos o que a Torá quer nos instruir com esse relato que é também profético.

2 – ESTUDO DAS PALAVRAS
              
          Ao estudar essa porção da Torá, nos deparamos com o início de tudo o que foi criado no âmbito material. O Eterno cria todas as coisas do nada, por isso o texto usa a palavra “bará”, e a cada dia da criação, que pode não ser um dia de 24h como conhecemos, o criador faz pela sua palavra que as coisas sejam criadas. Tudo o que existe, desde a escuridão e a luz, o dia e a noite, os animais, a terra e o mar, e etc. Até que no sexto dia o Eterno Elohim cria ser humano. E o mais interessante e profético, é que Ele cria o ser humano e logo depois descansa, ou seja, cria o shabat (sábado). D’us cessa o trabalho no sétimo dia, e o santifica, separa, como um dia de descanso, repouso. Iremos entender isso no decorrer desse estudo.
     “E disse Elohim: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Elohim o homem à sua imagem; à imagem de Elohim o criou; homem e mulher os criou.”Gn 1:26-27
      Naquele sexto dia, conforme o relato de Gn 1.26-27, Adonai formou o corpo humano do pó da terra, e sopra em suas narinas o Ruach (Espírito) fazendo que ele se torne um ser vivo, ou alma vivente.
     De acordo com o site Yeshuachai.org, a primeira palavra pronunciada por D’us, “haja luz”(vaihi ohr) em Gn 1:3, foi proferida na intenção de todos os que desejam contemplar Sua Glória, como podemos ler no profeta: “Levanta-te, e ilumine, porque vem a tua luz” (Is 60:1). Dessa forma, podemos ver que quando Adam (Adão) abriu os olhos pela primeira vez, e sua consciência humana nasceu, ele compreendeu imediatamente que o Eterno criou todas as coisas, incluindo eles próprios. De acordo com um Midrash (comentário alegórico dos rabinos), as primeiras palavras deste Adão (ser humano) consciente foram: “Adonai malach olam Vaed” - Adonai é o Rei por toda a eternidade. E Hashem (D’us), disse: “Agora todos saberão que Eu Sou Rei”, e se contentou muito, e esse teria sido o momento “Tov Me’od” (muito bom) da criação, quando D’us viu tudo o que tinha feito “e viu que era muito bom” (Gn 1:31). Por isso, o nome para o ser humano, ou seja, Adam, אָדָם, está relacionado com a palavra “muito” – me’od” מְאד. Perceba que duas letras se repetem, o Alef e o Dálet. Isso aponta para importância do homem na criação.
        Sobre esse assunto, o site judeu.org diz que, Gn 1 começa com uma premissa anterior de que os seres humanos são os seres mais importantes no mundo, e trabalham dali pra trás desde a criação o que precisaria existir antes deles, para que pudessem prosperar, no sentido conseguirem viver no mundo. Observe que o objetivo disso é óbvio, ou seja, demonstrar que o homem, que fora criado à imagem e semelhança do Eterno, é um elemento muito importante da Criação. No entanto, o Eterno está no comando de tudo, suprindo o homem no que for necessário. Bastando apenas obedecer e ter fé para andar em seus caminhos.

A Criação do Homem e o Shabat
       Como vimos até aqui, Adonai cria o homem, e dá tudo o que ele tem, inclusive sua própria vida, conforme pode ser confirmado pelo profeta Isaías: “Assim diz Elohim, o YHVH, que criou os céus e os desenrolou, e estendeu a terra e o que dela procede; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela...”
      Depois de criar todas as coisas e também o homem, o Eterno Elohim, cria uma última coisa, o Shabat, o descanso. Quando lemos o texto parece algo estranho vermos um D’us que cria tudo, e que descansa ao final.
       Perceba que esse ato de Elohim descansar foi também a primeira coisa que o homem fez depois de ser criado. Observe o texto bíblico:
“E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia. Gênesis 1:31

“Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há. No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação.” Gênesis 2:1-3
        Note que em Gn 1:31, assim como nos textos anteriores, referentes aos dias da criação, a Torá nos diz sobre “a tarde e a manhã”, um dia. No sexto dia, após fazer o homem, novamente aparece o texto “a tarde e a manhã”, e finaliza o texto, mostrando-nos que também acabou o sexto dia. Isso porque no calendário bíblico um dia começa com o final da tarde, ao por do sol. Assim, ao final do sexto dia, inicia o sétimo (hasheviy), o dia do descanso (shabat).
      E o ser humano que havia acabado de ser criado inicia o dia de descanso com o seu criador. Isso nos mostra algo especial e profético, pois o shabat além de ser dia de descanso, é também dia de comunhão com o Eterno e com sua família. Por isso, esse momento nos aponta para o desejo de Elohim em ter comunhão com o homem. Aquele fora o primeiro momento de comunhão de D’us com o ser humano, nos indicando que novamente esse tempo de comunhão íntima será restaurado no Olam chabá (mundo vindouro), através da volta do messias Yeshua.
      O shabat é um dia especial para o Eterno, conforme demonstramos acima. O texto nos diz que Adonai abençoou o dia sétimo, e o santificou (separou). Na criação este é o único dia que recebe um nome, “há sheviy” (o sétimo). A palavra santificar vem do hebraico “kadosh” que significa “ser consagrado, ser santo, ser separado”. E o fato de o Eterno criador descansar no sétimo dia, nos mostra que Adonai estava dando exemplo ao homem daquilo que ele deveria fazer. Com isso podemos facilmente entender a atitude do homem, guardar o shabat, juntamente com o Eterno, seu criador. E segundo o site Shemaysrael.com, Elohim diz ao homem que a importância maior na vida do homem seria a comunhão entre a criatura e o Criador. Nada substituiria este momento entre os dois e justamente por isso Adonai estabelece que o shabat será separado, santificado, consagrado para o homem e para Ele.
           Ainda se tratando da criação do homem, podemos perceber que o ser humano é a forma visível daquilo que até então era invisível. De acordo com o entendimento das Escrituras Sagradas o homem físico é feito à imagem e semelhança do Eterno. Os sábios de Israel afirmam que essa imagem e semelhança também vem dos seres espirituais (anjos), bem como do messias que já existia antes da criação do mundo material. A diferença deste homem que é criado, é que este tem um corpo físico. Ele é espiritual e carnal, ao contrário dos seres celestiais que não tem corpo físico.
        Por isso devemos concluir, que o ser humano teria que refletir a forma de ser do Eterno no mundo físico, da mesma forma que os anjos refletem no mundo espiritual.
        Veja Romanos 5:14b: “Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir”
       Note que Adão, o homem, foi criado segundo o plano do Messias. Pois, assim como o Messias, a origem, estava predestinado a ser o reflexo do Eterno, Adão teria que ser feito semelhante a esse plano, esse molde, esse homem original.

Bibliografia:

- Torá – Lei de Moisés. Editora Sefer
- http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/quadros.asp
 - http://hebraico.top/biblia-hebraica-online-transliterada/
- https://judeu.org/bereshit/
- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/771004/jewish/Resumo-da-Torá
- http://shemaysrael.com/parasha-bereshit/
- http://www.yeshuachai.org/forums/topic/parasha-bereshit-genesis-11-68/
- http://emunah-fe-dos-santos.weebly.com/uploads/1/4/2/3/14238883/01_bereshit.pdf

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Adonai não te faltará!

O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta. Salmos 23.1

Na maioria das versões bíblicas da atualidade este mesmo verso diz o seguinte: "O Senhor é o meu pastor; e nada me faltará." 

E o que isso implica no seu entendimento? Aparentemente uma versão esclarece mais a outra. Muitos estudiosos dirão que o que o salmista quer dizer é que quando temos o Senhor como nosso pastor ele suprirá tudo o que desejarmos. Ou seja, se Ele for o nosso Senhor nada nos faltará. E essa interpretação, só serve para aumentar a quantidade de pessoas que acreditam na teologia da prosperidade, na teologia das coisas materiais.

No entanto, não é isso o que o texto realmente nos diz, veja o texto original em hebraico: 

מִזְמוֹר לְדָוִד
יְהוָה רֹעִי לֹא אֶחְסָר 
 
 O texto transliterado, ou seja, passando para os nossos carcteres diz o seguinte: "Mizemor LeDavid YHWH Roy Lo Echesar." Que traduzido literalmente diz: "Salmo de David YHWH é o pastor e não faltará". 

 É um salmo de Davi, e YHWH é o nome de D´us que na maioria das versões é traduzida como Senhor. Sendo assim, o texto nos diz que Adonai é o pastor e não faltará. Ou seja, o texto não fala de coisas, objetos, ou necessidades. Ele fala que é D´us quem não falta para aquele que é apascentado pelo supremo pastor.

Então, a prosperidade prometida pela teologia e pelas interpretações descomprometidas com a verdade, é falsa. Isso no sentido de que o Senhor é o que não nos falta, Ele está sempre conosco e por isso não sentiremos falta de nada, pois Ele é tudo.

A Bíblia Judaica Completa, tradução de David H. Stern, nessa mesma referência nos mostra como isso que estou afirmando acima é verdade, veja: 

"Adonai é meu pastor; não preciso de nada."

O salmista é muito claro ao mostrar que Adonai é suficiente para nós, e que não precisamos de mais nada. Aqueles que interpretam como as necessidades sendo satisfeitas estão indo na contramão do texto.  Basta lermos os versos seguintes que nos dizem:

"Ele me faz deitar em pastagens verdejantes, leva-me para águas tranquilas, restaura-me a alma. Ele me guia em caminhos retos por causa de seu amor..." 

Podemos perceber que o texto nos fala sempre do que o Eterno é para o homem e não do que ele pode dar ao homem. É a fidelidade de D´us que é apontada no texto e não os bens materiais que ele pode dar ao homem. 

Então, devemos entender que Adonai, o Senhor, não nos faltará, e isso nos basta. Só precisamos aprender a observar os textos do modo correto.
  
Quando olhamos as Escrituras pelo modo correto, pelo contexto original, muitos erros teológicos e dogmáticos podem ser evitados. Que possamos ler a Bíblia no contexto original e sempre estar atentos para não seguirmos interpretações errôneas das Sagradas Escrituras.

Restauração já!