Eusebio de Cesarea, em seu livro História Eclesiástica, diz que em sua época se discutia a repeito da autoria da chamada segunda epístola de Pedro, pois tinha-se dúvida se ele tinha mesmo escrito essa segunda carta. Também se tinha questionamentos a respeito sobre autoria das segunda e terceira João, bem como o Apocalipse, pois em Éfeso, cidade em que viveu o apóstolo João durante muito tempo ao final de sua vida, também havia outro João, e esse era presbítero.
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domingo, 23 de agosto de 2020
Comentários de Eusebio de Cesarea sobre epistolas
sábado, 15 de agosto de 2020
Estudo da Parashá Reê (Observe ou veja)
Estudos da Torá
Parashá nº 47 – Reê (Observe ou veja)
Devarim/Deuteronômio Dt 11:26-16:17
Haftará (Separação) Is 54:11-55:5; e
B’rit Hadashah (Nova Aliança) Jo 7:1-8:59; 10:9-10.
1 - INTRODUÇÃO
Desde o início do Sefer Devarim (Livro de Devarim) percebemos Moshê (Moisés) relembrar as histórias vividas pelo povo no deserto, bem como todas as leis, estatutos e mandamentos que o Eterno deu em todo o tempo vivido no deserto até aquele momento.
Na parashá (porção) desta semana temos a oportunidade de ver uma série de instruções dadas ao povo para que fossem vividas, e assim pudessem demonstrar através de suas vidas, que eram o povo de Adonay. Vejamos abaixo, um pequeno resumo antes de entrarmos no estudo.
Nessa porção Moshê continua a exortar o povo a seguir os caminhos da Torá, e a confiar em D’us, declarando que seriam abençoados se cumprissem a Torá, e amaldiçoado se não o fizer.
Ele começa então uma longa revisão de várias mitsvot, compreendendo a maior parte do livro de Devarim. Primeiro discute alguns dos mandamentos que são relevantes à iminente conquista da Terra de Israel pelo povo, conclamando-os novamente a remover qualquer vestígio de idolatria. Após ensinar-lhes certos detalhes sobre a oferenda e o consumo de corbanot (sacrifícios), a Torá ordena que o povo do Eterno se abstenha de imitar as nações que os circundam. A eles é dito que permaneçam atentos aos falsos profetas e outras pessoas que poderiam afastá-los de D’us, e ensinar-lhes as leis das cidades cananéias que tornaram-se tão corruptas, que a maioria de seus cidadãos sucumbiu à idolatria, recebendo por isso a pena de morte.
A Torá faz uma revisão sobre quais animais são casher (puros), permitidos para consumo, e quais não o são, seguida pelas leis de ma’aser sheni (o segundo "dízimo"), que é consumido por seus proprietários, mas apenas na cidade de Jerusalém.
Após ordenar que todas as dívidas sejam canceladas ao final de cada sétimo ano (Shemitah), e que devemos ser calorosos e caridosos com nossos irmãos, a Torá repete as leis relativas ao servo. Ele deve ser libertado incondicionalmente no
sétimo ano e coberto de presentes generosos por seu antigo amo.
A Parashá Reê conclui com uma breve descrição das três festas de peregrinação – Pêssach, Shavuot e Sucot – quando todos deveriam ir a Jerusalém e ao Templo com oferendas, para celebrar sua prosperidade.
Que o Eterno nos dê graça de aprendermos com mais esta porção da santa Torá e de toda a Escritura, e acima de tudo, colocarmos em prática o que aprendermos aqui.
2 - ESTUDO DO TEXTO
O significado do nome da porção
A porção dessa semana é introduzida pela palavra “רְאֵה - Re’eh ou Reê”, que significa “observa” ou “veja”. Ela é tão profunda quanto a palavra “shemá” que fala de ouvir e obedecer. Perceba que esta palavra está em modo imperativo, demonstrando pra nós a importância de obedecer o que seria dito. Ela tem relação com uma percepção mais profunda, uma visão interior, com os “olhos” do coração. Veja o texto de Devarim (Dt) 11:26-28:
“Observa(reê) que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos de YHWH, vosso Elohim, que hoje vos ordeno; a maldição, se não cumprirdes os mandamentos de YHWH, vosso Elohim, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes.”
Podemos perceber que Moshê continua sua exortação ao povo para que sigam o caminho da Torá, e confiem no Eterno. Por isso, disse antes, que ela trás uma relação mais profunda, pois para que se possa exercer emunah (confiança, firmeza, fé) é necessário que o homem olhe para dentro de si, note sua incapacidade, e tenha certeza que precisa confiar no seu criador.
A escolha que podemos e devemos fazer
“...hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos de YHWH, vosso Elohim, que hoje vos ordeno; a maldição, se não cumprirdes os mandamentos de YHWH, vosso Elohim,...”(Dt 11:26-28)
Moshê coloca os mandamentos e instruções do Eterno em perspectiva, apontando a benção como consequência da obediência, e a maldição caso não as obedeçam. Com isso, vemos Adonai apresentando, por meio de seu servo, duas opções para o homem, a fim de que ele tenha a oportunidade de escolher. O que nos mostra que o Criador permitiu ao homem usufruir do livre arbítrio, ou seja, poder de escolha. Ele pode escolher viver desligado ou ligado ao Eterno. Por isso, essa parashá inicia com a palavra “Reê” ou seja, “observa”. O que temos que observar é as opções que nos são colocadas à frente, e tomar a decisão correta. Se o homem tivesse sido criado sem o poder de escolha seria um autômato, como uma máquina, porém, cada um de nós temos o poder ou a liberdade de escolher. Ninguém é obrigado a obedecer ou a pecar (desobedecer), porque o Eterno nos criou para sermos pessoas que podem escolher servi-lo de livre e espontânea vontade. E penso, que na verdade, esse é seu maior desejo.
O homem pode optar pelo caminho da transgressão, do pecado, no entanto essa liberdade não o isenta da responsabilidade e das consequências de suas escolhas.
Os Montes Gerizim e Eival e a paciência do Eterno
“Quando, porém, YHWH, teu Elohim, te introduzir na terra a que vais para possuí-la, então, pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Eival.” (Devarim11:29)
Segundo o site “Shema Ysrael.com”, os montes Gerizim e Eival serviriam como referenciais para o pronunciamento das bênçãos e maldições para que o próprio povo escolhesse o caminho por onde deveriam seguir.
É importante destacar que não podemos atribuir a benção ou a maldição à montanha, mas entender que foi uma forma de ilustrar as duas realidades.
As bençãos eram pronunciadas por aqueles que estavam no monte Gerizim, enquanto as maldições pelas pessoas que estavam no monte Eival.
Segundo o site “Emunah a fé dos santos.com”, os rabinos discutem se realmente se pode falar de uma montanha de maldição e outra de bênção. E diz também, que segundo Rashí, isso se refere ao fato da bênção e da maldição serem anunciadas sobre estes dois montes respectivamente. Nachmánides, escreve que a bênção e a maldição não estão ligados a uma montanha específica.
Assim, perceba uma coisa, o povo tinha que pronunciar a bênção numa montanha e a maldição em outro. O monte Eival, onde se pronunciaram as maldições, era mais alto que monte Gerizim. Isso é uma relação interessante, pois o fato de que o topo do monte, representa juízo sobre a pessoa a qual cai a maldição. Ou seja, a maldição é aplicada após uma jornada mais longa do que a jornada que se percorre para subir o monte Gerizim. Isso quer dizer que, possivelmente, essa relação demonstra que o Eterno espera até ao último momento para que o ímpio se arrependa. O Eterno dá-lhe o máximo de tempo possível para que possa vir a se arrepender, mas se isso não ocorrer, ao final de sua jornada, a maldição ou juízo recairá sobre ele.
Dessa forma, o mencionado site nos diz que, existe uma forma simples de entender a “montanha”, visto que a bênção e a maldição, são ambas metas de dois percursos diferentes; uma caminhada, uma subida pela montanha, que representa uma conduta de vida santa, ou uma conduta de transgressão. Ainda segundo o site, no final dessa caminhada, a pessoa alcançará a bênção, ou a maldição, consoante a escolha que fez como padrão de vida, uma vida pautada pela santificação, ou pelo pecado.
O estudo da porção “Reê” ou “ver” implica em compreender não só o aspecto da escolha, mas o que está revelado, o caminho correto para a vida, assim também, como crer e ter consciência de que, esta bem-aventurança procede de Deus.
Outra implicação, é que consiste ainda, em considerar as consequências desastrosas, conforme já mencionamos, da desobediência, como também as recompensas que o cumprimento dos mandamentos proporcionam, para que através delas o homem possa ter uma vida plena e abundante e servir melhor ao Eterno.
Yeshua fala sobre estes dois caminhos, da obediência e da rebeldia e suas consequências “Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância;” (Yochanan/João 10:9-10). O site britolam.com.br no estudo dessa parashá diz que, estes são como dois caminhos alegóricos que se localizam no meio exterior, ao longo de toda a extensão da vida humana, onde obrigatoriamente se escolhe uma opção em detrimento da outra em meio a constante luta interior, na submissão do ser à vontade Divina.
Em nossas vidas muitas destas opções que surgem diariamente, são de fácil escolha, ou seja, podemos prever suas consequências benéficas ou maléficas com muita clareza e evidência, sem haver uma tensão, um conflito interno, pois trata-se de uma escolha que condiz com o nosso caráter ou com nossa visão de mundo, como por exemplo, a escolha entre roubar ou não roubar. Contudo algumas escolhas não são tão simples assim, e dessa forma exigem certo discernimento espiritual para saber qual é o caminho certo a seguir, a fim de estar de acordo com a justiça de D’us. Isto portanto, requer o conhecimento das Escrituras, como também um relacionamento mais íntimo com o Eterno, com o exercício das disciplinas espirituais que consta na santidade, na adoração e tefilá (oração), no estudo da Torah, e comunhão constante com o povo de D’us.
Com tudo isso, essa porção compreende em retornar à pureza da essência da Torá rompendo com as más tradições que impedem a percepção e o entendimento da vontade Divina expressa nas Escrituras. Veja Marcos 7:9.
“E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição.”
Retorno à Torá
Depois de alguns assuntos já mencionados aqui, torna-se importante nesse momento, repararmos mais uma vez os primeiros versos da parashá Êkev, que estudamos semana passada, pois trás um princípio importante para todo aquele que serve ao Eterno, principalmente na atualidade. A aliança que HaShem fez com os antepassados é mantida mediante a observância das regras, estatutos que foram entregues. Repare no texto:
“Pelo fato de vocês ouvirem essas regras, e continuarem a cumprí-las, Adonai, seu Deus, manterá com vocês a aliança e misericórdia juradas por ele a seus antepassados.” (Devarim 7:12 - Bíblia Judaica Completa)
Repare que a parashá passada Ekev e a Reê, que estamos estudando, estão ligadas pelo mesmo princípio. Assim, é muito importante e urgente que retornemos a observação das prescrições da Torá, considerando que a Palavra de Deus é imutável, e nos garante tomar a opção certa, não para entrada na Aliança, que é concedida pela graça Divina mediante o sacrifício de Yeshua HaMashiach, conforme vimos no estudo passado, mas para permanecer nela, em santidade constante, como o próprio Yeshua disse em Mt 5:18-19.
“Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.”
Com estes versos e com o que dissemos acima percebemos a importância que Yeshua deu ao cumprimento da Torá, e isso corrobora com o que a própria parashá nos aponta como instrução.
E sobre a importância do cumprimento da Torá, no estudo da parashá Reê do site “britolam.com.br”, encontrei algo muito interessante. Eles afirmam que a importância do cumprimento da Torá se dá em quatro níveis de obediência. Assim, vejamos cada um deles:
- O primeiro nível é a obediência plena alicerçada no amor a D’us e ao próximo. Este nível implica em um estado de subordinação onde a pessoa cumpre a mitsvá (mandamento), pois tem ciência da autoridade e majestade de HaShem e na sua obrigação de executar a Sua vontade. Desta forma, sua submissão se dá ao fato dele aceitar o jugo do Eterno, independente de sua compreensão ou apreciação de ação.
- O segundo nível está mais elevado que o anterior e consta na obediência da mitsvá tendo não somente o zelo e respeito pela autoridade Divina, mas também existe a apreciação intelectual e o envolvimento emocional com a mitsvá, bem como a compreensão das implicações ocasionadas pela observância destas mitsvot (mandamentos). Portanto, mesmo nos Chukim, os mandamentos que não sabemos plenamente seu pleno significado, estes são cumpridos com grande estima e prazer, mesmo diante da ausência da compreensão e razão.
- O terceiro nível de obediência é o nível da visão, que se refere a mensagem da Parashá. Este é o nível do discernimento espiritual que é concedido como dádiva Divina. Este consiste em não apenas ter submissão e zelo pela Palavra, entendimento e prazer no cumprimento, mas também, valendo-se da habilidade de percepção transcendental, abrangendo não somente os aspectos e consequências físicas, mas também os significados e inferências espirituais. Neste estágio o indivíduo requer maior aproximação da luz Divina, a fim de que possa alcançar maior contato e experiências sobrenaturais com as obras do Eterno.
- O quarto nível, o mais elevado, onde o cumprimento das mitsvot implica na soma de todos os níveis anteriores. Este reflete no amor que contém a entrega total, o se deixar gastar pela Obra de D’us na terra, se envolvendo totalmente com a causa do Reino de D’us por puro amor ao Eterno e as Escrituras. Esta entrega pode chegar ao seu extremo, mesmo diante do que lhe é mais precioso, a própria vida, no ato do kidush HaShem, a santificação do Nome no martírio, que muitos achim(irmãos) sofreram ao longo da história e isso expressa a maior dimensão do amor e obediência a D’us. Portanto, o maior alcance do amor é o auto sacrifício que não poupa nem a própria vida, para que o Nome de HaShem seja honrado e conhecido, esta é a prova extrema da fé.
Vemos prova que essa expressão de amor é divina, quando observamos o amor do Eterno ao entregar seu filho unigênito em resgate da humanidade. Também podemos notar Yeshua nos seus momentos finais no Getsemani nos ensinando com seu ato desprendido e supremo que devemos nos submeter à vontade de HaShem, quanto ao cumprimento de seus propósitos a fim de sermos instrumentos de sua justiça.
Dessa forma, amar a D’us compreende justamente o que essa parashá em toda a sua extensão nos ensina, ou seja, cumprir a Torá, pois é sua bendita vontade.
Conforme disse acima, Yeshua se submeteu a vontade divina em se entregar como corban (sacrifício) ao Eterno, cumprindo a determinação do Pai para que o homem fosse redimido. Veja o que diz Jo 15:9-14:
“Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Tenho-vos dito isso para que a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa. O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
Não devemos comer animais imundos
Nesta parashá também é tratado a respeito de quais animais podemos considerar alimento. Observe o texto abaixo:
“Não comam nada que for abominável. Estes são os animais que comereis: o boi, a ovelha, e a cabra. O veado e a corça, e o búfalo, e a cabra montês, e o texugo, e a camurça, e o gamo. Todo o animal que tem unhas fendidas, divididas em duas, que rumina, entre os animais, aquilo comereis” (Dt 14:3-6)
Aqui, o Eterno através de Moshê, repete o que é considerado comida, a fim de que seu povo se alimente. As carnes desses animais poderiam se consumidas de acordo com as demais especificações da Torá que envolvem dentre outras coisas, a forma correta de matá-los.
Disse acima que era uma repetição porque em Vaycrá/Levítico 11 a Torá apresenta esse assunto com tanta clareza quanto aqui. E nesses termos, assim como há animais que são considerados alimentos, há também animais que não são considerados alimentos, pois são imundos. Veja o texto abaixo:
“Porém estes não comereis, dos que somente ruminam, ou que têm a unha fendida: o camelo, e a lebre, e o coelho, porque ruminam mas não têm a unha fendida; imundos vos serão. Nem o porco, porque tem unha fendida, mas não rumina; imundo vos será; não comereis da carne destes, e não tocareis nos seus cadáveres” (Dt 14:7-8).
Da mesma forma, em relação aos peixes, a Torá nos instrui o seguinte: : “Isto comereis de tudo o que há nas águas; tudo o que tem barbatanas e escamas comereis. Mas tudo o que não tiver barbatanas nem escamas não o comereis; imundo vos será” (Dt 14:9-10). E é importante destacar, que em relação a isso em Lv 11, há mais especificidade, pois fala de “...todas as pequenas criaturas aquáticas...”(Lv 11:10).
Também fala a respeito das aves, e diz o seguinte:“Toda a ave limpa comereis. Porém estas são as que não comereis: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango, e o abutre, e o falcão, e o milhafre, segundo a sua espécie. E todo o corvo, segundo a sua espécie. E o avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião, segundo a sua espécie. E o bufo, e a coruja, e a gralha, e o cisne, e o pelicano, e o corvo marinho, e a cegonha, e a garça, segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego. Também todo o inseto que voa, vos será imundo; não se comerá. Toda a ave limpa comereis” (Dt 14:11-20).
A Torá nos dá instruções que são corretas para nós a respeito do que comemos, e isso implica com a nossa santidade enquanto povo do Eterno. Quando comemos algo imundo, internalizamos o que é imundo, e consequentemente nos tornamos imundos, enquanto aquilo estiver em nosso ventre. Por isso além do fato de transgredirmos o mandamento, e ficarmos em estado de pecado, também nos tornamos inaptos a estar diante do eterno, por estarmos impuros. Podemos observar, como princípio, em relação ao comer coisa indevida e seus resultados, o que o Rav. Sha’ul (Apóstolo Paulo) diz em 1Co 10:14-22. Claro que o contexto ali é idolatria e comida sacrificada, mas ao comer coisa sacrificada o indivíduo também comete pecado, e faz parte da idolatria pelo que passou o animal oferecido, e consequentemente, fica inapto para servir ao Eterno, por isso o princípio é o mesmo. Devemos nos lembrar que Ele é Santo, por isso, devemos ser santos também, caso contrário não poderemos serví-lo.
3 - CONCLUSÃO
Concluindo nosso pequeno estudo, podemos aprender com a porção “observa” ou “vede” que o Eterno nos dá a liberdade de escolha sobre qual caminho seguir. E devemos ter em mente onde esse caminho nos levará, ou qual será as consequências dele. Adonai coloca para escolhermos o caminho da obediência, cuja consequência são as bençãos, e também coloca o caminho da desobediência, cuja consequência são as maldições ou juízos advindos da desobediência. Devemos saber escolher, pois quando se entra pelo caminho da desobediência, da transgressão, mesmo que depois nos arrependamos e sejamos perdoados, e retornemos para o caminho da obediência, algumas consequências de nossas escolhas erradas nos acompanharão por muitos anos em nossas vidas. Então, como diz o texto: “Cuidem de seguir todas as leis e regras que ponho hoje diante de vocês.” Dt 11:32.
Essa porção traz muito mais instruções, as quais devemos estar atentos, e com o tempo, e em próximas oportunidades poderemos abordar.
Bibliografia:
- Torá - Lei de Moisés. Editora Sefer
- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.
- Bíblia Hebraica. Editora Sefer.
- http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/
- http://emunah-fe-dos-santos.weebly.com/uploads/1/4/2/3/14238883/parasha_47-_re.pdf
- https://www.britolam.com.br/parashat-ree
- https://www.shemaysrael.com/parasha-reeh/
- pt.chabad.org
- cip.org.br/regras-rituais-e-morais/
- https://www.cjb.org.br/malhut/ree.htm
Por: Pr. Marcelo Santos da Silva
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
Como podemos agradar a D’us? Vale a pena escolher obedecer?
Você sabe Como podemos agradar a D'us? Vale a pena escolher obedecer? Neste estudo feito com base em um material de estudo da Torá da parashá(porção) Êkev, tentamos responder a estas perguntas com base bíblica, de acordo com o contexto original das Escrituras e do entendimento judaico messiânico.
Crer em D'us geralmente é entendido como acreditar nele, mas será que dentro das Escrituras Sagradas é assim o entendimento? O que Yeshua HaMashia falou sobre isso? Assista a este estudo até o final e compreenda o que a Bíblia diz sobre este assunto.
sábado, 8 de agosto de 2020
Estudo da Parashá Êkev
PARASHA ÊKEV – (Em razão de)
PARASHA ÊKEV – (Em razão de) Beit HaDerekh
PARASHA ÊKEV Em razão de…
Dt 7:12- 11:25 Is 49:14 -51:3 Hb 11: 8:13
Resumo da Parashá : Êkev começa com MOISÉS encorajando os filhos de Israel a confiar em D’us e nas maravilhosas recompensas que o Eterno nos dará se guardarmos a Torá.
MOISÉS assegura-lhes que derrotarão com êxito as nações de Canaã, e deverão remover todo e qualquer vestígio de idolatria remanescente na Terra Santa.
MOISÉS os lembra sobre o maná e as outras maravilhas com que D’us os supriu pelos quarenta anos passados, e ele adverte o seu povo para estar consciente das armadilhas da futura prosperidade e do orgulho das façanhas militares, o que poderia fazê-los esquecerem-se de D’us.
Ele os relembra ainda de suas transgressões no deserto, recontando toda a história do bezerro de ouro, e descrevendo a abundante misericórdia de D’us.
MOISÉS enfatiza que a geração do deserto tinha uma responsabilidade especial de permanecer leal aos mandamentos por causa dos muitos milagres que vivenciaram pessoalmente.
Após detalhar as numerosas virtudes da Terra Prometida, MOISÉS ensina ao povo o segundo parágrafo do Shemá, que enfatiza a doutrina fundamental de recompensa e punição, baseada no cumprimento dos mandamentos. (O Shemá é composto de três trechos da Torá (Deut. 6:4-9; 11:13-21; e Núm. 15:37-41)
Esta Porção da Torá termina com a promessa de D’us, uma vez mais, de que Ele protegerá o seu povo se eles cumprirem as Leis da Torá. Como podemos agradar a D’us? Vale a pena escolher obedecer?
Dt 7:12 Será, pois, que, se ouvindo estes juízos, os guardardes e cumprirdes, o Senhor teu Deus te guardará a aliança e a misericórdia (Graça/ (Chesed) que jurou a teus pais;
Hb 11:6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador (recompensador) dos que o buscam.·.
1º Tem que crer em D’us. Eu acredito que Ele existe! Mas isto não é crer. Este é o conceito gregoromano, que a crença se faz pela percepção do intelecto. Isto não é o suficiente por não ser o conceito bíblico.
Tg 2:19 Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios creem — e tremem! O diabo crê em D’us, mas nem por isto ele tem fé.
Quando Jesus diz: Jo 7:38 Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. Crer no sentido bíblico é ter experiência com, não existe crença sem experiência, é ser fiel a. (Fé = emuná מוּנה ָא ֱfidelidade) A palavra fé vem de Fidelis.
A fé começa quando O Senhor se revela a você e depois desta experiência ninguém nunca mais conseguirá te convencer do contrario. Por isso não fique só estudando, busque isto na sua vida. O estudo nos leva a crer com o nosso intelecto a experiência nos leva a comprovar o que estudamos. E é esta a fé que o autor de hebreus está dizendo que agrada a D’us. Crer que D’us recompensa àqueles que o buscam. Você também tem que crer nisso. Estes são os pilares da fé que agrada a D’us. Por quê?
Porque Ele ama recompensar aqueles que o buscam e nós amamos receber os favores de D’us, não só no mundo vindouro, mas aqui e agora. Somente quando você sabe que nosso D’us é um D’us que retribui, só assim você pode exercer o livre arbítrio.
Lembra-se do texto quando iniciamos Hb 11:6? Ler os capítulos 7, 8, 9,10 e 11 é só benção. Todos amam esta porção da bíblia. Mas o 11:26-28 fala das maldiçoes,não podemos nos esquecer do SE, esta é a palavra mais importante SE. Quando você tem consciência destas coisas ai você tem o verdadeiro livre arbítrio. Livre arbítrio não é você chegar numa encruzilhada e escolher para qual caminho você vai. Livre arbítrio é você chegar nesta encruzilhada e ter o conhecimento prévio das consequências de cada escolha.
Adão não tinha uma natureza pecaminosa o que ele tinha era o livre arbítrio. Porque D’us colocou a arvore do conhecimento lá? Para que ele tivesse a oportunidade de pecar, a oportunidade de desobedecer, se não; não seria livre arbítrio.
É como se minha mãe dissesse Stella você é a nora que eu mais gosto. De que valeria este elogio pois eu sou filho único e ela não teria escolha? É o mesmo caso de D’us, Ele tinha que dar opção a Adão. E para o livre arbítrio ser completo D’us disse a Adão: Gn 2:17 Mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá”.
Adão sabia as consequências da desobediência por isso o livre arbítrio era pleno. O povo de D’us conhece também o livre arbítrio pleno.
Vejamos as recompensas: Dt 7:12-15 Será, pois, que, se ouvindo estes juízos, os guardardes e cumprirdes, o Senhor teu Deus te guardará a aliança e a misericórdia que jurou a teus pais; E amar-te-á, e abençoar-te-á, e te fará multiplicar; abençoará o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, o teu grão, e o teu mosto, e o teu azeite, e a criação das tuas vacas, e o rebanho do teu gado miúdo, na terra que jurou a teus pais dar-te. Bendito serás mais do que todos os povos; não haverá estéril entre ti, seja homem, seja mulher, nem entre os teus animais. E o Senhor de ti desviará toda a enfermidade; sobre ti não porá nenhuma das más doenças dos egípcios, que bem sabes, antes as porá sobre todos os que te odeiam.
Dt 11:22-25 Porque se diligentemente guardardes todos estes mandamentos, que vos ordeno para os guardardes, amando ao Senhor vosso Deus, andando em todos os seus caminhos, e a ele vos achegardes,Também o Senhor, de diante de vós, lançará fora todas estas nações, e possuireis nações maiores e mais poderosas do que vós. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé será vosso; desde o deserto, e desde o Líbano, desde o rio, o rio Eufrates, até ao mar ocidental, será o vosso termo. Ninguém resistirá diante de vós; o Senhor vosso Deus porá sobre toda a terra, que pisardes, o vosso terror e o temor de vós, como já vos tem dito.
Busque-o enquanto é tempo você não sabe o dia de amanhã. Buscar a D’us é mandamento. Existe um caminho traçado predestinado para aqueles que resolvem obedecer a D’us.Da mesma forma que há um caminho traçado predestinado para aqueles que resolvem não obedecer a D’us.
Dt 8: 19 -20 Será, porém, que, se de qualquer modo te esqueceres do Senhor teu Deus, e se ouvires outros deuses, e os servires, e te inclinares perante eles, hoje eu testifico contra vós que certamente perecereis. Como as nações que o Senhor destruiu diante de vós, assim vós perecereis, porquanto não queríeis obedecer à voz do Senhor vosso Deus.
O ser humano recebeu o poder de escolha. Tudo esta na Mão do Senhor exceto o teme-lo. (Talmud Brarrot pag. P). O poder de temer a D’us não esta nas mãos de D’us, pois Ele nos deu e está na nossa mão.
D’us deu as cartas, conhece nosso jogo, mas decidiu não interferir.
E como fazer se você esta na trilha da predestinação contraria a D’us? Sozinho, não há como você pular para a outra.
Ai é que entra a obediência aos mandamentos, Sl 119:105 Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho. Estudando,guardando,conhecendo e obedecendo a palavra de D’us. Isto fará com que você ande com segurança no caminho predestinado a salvação. Por isso ensinamos que a Lei não salva, a lei não te tira daqui e te passa para aqui, mas uma vez colocado aqui, é a lei que direciona os seus pés,é a lei que te guia,é a lei que te da parâmetros para que você não se desvie nem para a direita nem para a esquerda.
A Lei não salva, mas te mantém salvo. Mas se eu tropeçar e cair? Ai você vai precisar da Graça e de um arrependimento genuíno, ai não entra lei nenhuma, é entre você e o Eterno. Só precisamos da Graça quando pecamos então viva a sua vida procurando não pecar, mas saiba que se você tropeçar precisará da Graça e ela estará disponível a você.
PV 7:1-3 1 Filho meu, guarda as minhas palavras, e entesoura contigo os meus mandamentos. 2 Observa os meus mandamentos e vive; guarda a minha lei, como a menina dos teus olhos. 3 Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração. João 8:31,32 Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, (ouvir guardar cumprir) verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
O discípulo não é aquele que estuda a Torá e sim o que guarda a palavra.
João 14:21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
Temos que combater este falso evangelho, NÃO EXISTE EVANGELHO SEM LEI.
O próprio Jesus diz: A palavra e os profetas falam a meu respeito. Por que não sabem quem eu sou? Na parábola do rico e Lazaro o que Abraão fala é : Seus irmãos já têm Moises e os profetas, ouça-os. D’us é um só. Nós estamos seguindo o seu propósito. Aquilo que Ele anunciou aos profetas continua da mesma forma, não se desviou para lado nenhum. Jesus não veio fundar outra religião, Ele veio cumprir as Leis do Senhor. Este evangelho que prega a exclusão da Lei, o mínimo esforço, está produzindo uma geração de discípulos infrutíferos. E tornando-se infrutífero você pode ser cortado.
Mateus 3:10 E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.
Mateus 7:21-23 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. (Anomia- Falta de Lei)
Mateus 7:24-27 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-loei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
Preste atenção: É possível você ter recebido a graça de D’us, você ter nascido de novo, você ter sido colocado na predestinação dos vitoriosos, e você por causa das suas escolhas se colocar na trilha contraria a vontade de D’us. Isto é possível!
Efésios 2:8-10 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.
Ezequiel 33:12-19 Tu, pois, filho do homem, dize aos filhos do teu povo: A justiça do justo não o livrará no dia da sua transgressão; e, quanto à impiedade do ímpio, não cairá por ela, no dia em que se converter da sua impiedade; nem o justo poderá viver pela sua justiça no dia em que pecar. Quando eu disser ao justo que certamente viverá, e ele, confiando na sua justiça, praticar a iniquidade, não virão à memória todas as suas justiças, mas na sua iniquidade, que pratica, ele morrerá. Quando eu também disser ao ímpio: Certamente morrerás; se ele se converter do seu pecado, e praticar juízo e justiça, Restituindo esse ímpio o penhor, indenizando o que furtou, andando nos estatutos da vida, e não praticando iniquidade, certamente viverá, não morrerá. De todos os seus pecados que cometeu não se terá memória contra ele; juízo e justiça fez, certamente viverá. Todavia os filhos do teu povo dizem: Não é justo o caminho do Senhor; mas o próprio caminho deles é que não é justo. Desviando-se o justo da sua justiça, e praticando iniquidade, morrerá nela. E, convertendo-se o ímpio da sua impiedade, e praticando juízo e justiça, ele viverá por eles.··.
Toda profecia de juízo pode ser alterada por um coração contrito e arrependimento genuíno e com atitude. Lembre-se que Nínive não foi destruída porque o Rei se arrependeu. D’us não destruiu a cidade que havia prometido destruir.
Arrependimento faz milagres. Arrependimento verdadeiro move o coração de D’us. A valorização dos mandamentos de D’US é um dos pilares da fé bíblico-judaica. Esta é a missão das sinagogas judaicas messiânicas: Restaurar o evangelho e as suas origens e não judaizar a igreja. Valorizar os mandamentos de D’us. Pois este conceito eu estou na Graça e você está na Lei te torna uma pessoa medíocre.
Portanto o que a palavra nos ensina é que as recompensas vêm depois de termos cumprido os mandamentos de D’us.
Curiosidades: Midrash Yalcut 846
“Se você respeitar os mandamentos que as pessoas geralmente pisoteiam com o calcanhar, então D’us abençoará”…
A palavra Ekev tem um duplo significado:
(a) em razão de… e
(b) calcanhar קבֵע.ָ
Daí o nome de Jacob “Yaacov” קב ֹעֲי ַpois ele estava pendurado no calcanhar de Esaú quando nasceu de Rebeca. Esta Parashá também aponta para o Messias pois a primeira ocorrência da raiz da palavra Ekev aparece em Gênesis 3:15, onde D’us disse que o Calcanhar (do Messias) iria esmagar a Rosh (cabeça) da serpente (Satanás). Moisés apela para o povo, fazendo uma pergunta: ‘E agora, Israel, o que o teu Deus quer de vocês; é que tenham Temor do Senhor (Yirat Adonay), e que caminhem no caminho do Senhor que amem o Senhor de todo coração para que pratiquem os seus Mandamentos, para o seu próprio bem.
Dt 10:12 Qual a ligação desta Parashá com HB 11: 13-16? Hebreus fala dos heróis da fé que não alcançaram as promessas Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.
Essa experiência de cumprimento adiado, nas vidas dos patriarcas (v. 13-16) os capacitou a aprenderem a olhar para além da morte, para um cumprimento mais extenso que o de sua própria vida e experiência terrena. Assim, eles vieram a perceber que esta vida não é um fim em si mesmo, mas tão somente uma peregrinação (ver Gn 23.4; Gn 47.9) em direção a um alvo melhor (isto é, celestial), além desta vida.
HB 11:15,16 — Os patriarcas e Sara não retornaram para Ur, embora pudessem tê-lo feito se quisessem.
Da mesma forma deveríamos seguir o exemplo dos patriarcas, recusando-nos a retornar hábitos antigos e às atrações e perdições deste mundo.
Nós também não sabemos se vamos para a nossa terra prometida nesta geração ou vamos aguardar junto com os patriarcas o retorno do Messias, mas a mensagem aqui é que se queremos habitar na nossa terra prometida, se almejamos morar na nova Jerusalém, temos que seguir a orientação de D’us, Seguir seus mandamentos e nos esforçar para cumpri-los, pois, a Lei não salva como já vimos, mas, nos manténs salvos.
Finalizando: Gostaria de deixar um salmo para meditarem Salmos 19:7-10.
AUTOR DESCONHECIDO.