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segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Estudo de Mateus 6 – Parte 1

 


Estudo de Mateus 6 – Parte 1

Mt 6:16-34

O propósito desse estudo é mostrar o que Yeshua ensinou e deixar claro que todos os seus ensinos tinham como base as Escrituras Sagradas, ou seja, em sua época o TaNaK (Torá, Neviím-profetas e os Ketuvim-escritos). Por isso, mostraremos aqui os princípios claros e escriturísticos das palavras do mestre da Galil (Galiléia), Yeshua Natseret, HaMashiach.

Se você ainda não viu os estudos anteriores recomendo buscar e acessá-los para maior absorção do conteúdo.

Recapitulando

Vimos nos estudos anteriores o início do Sermão do Monte, e todo o ensino que Yeshua estava ministrando aos talmidim naquela ocasião. O ensino abrange do capítulo 5 ao 7. E hoje continuaremos a estudar aqueles ensinos, adentrando o capítulo 6 e ver mais revelações através dos ensinamentos da Torá que o mestre trouxe ali naquele sermão.

Leitura do Texto

Façamos a leitura do Evangelho de Mateus 6:1-15 e depois, como sempre fazemos comentaremos os versos específicos com seus entendimentos corretos.

Inicialmente, após a leitura destes versos, onde vemos que à medida que o famoso “Sermão do Monte” prossegue, Yeshua continua a descrever a vida dos súditos do reino, como algo que mostra a vontade do Eterno desde o início, ou seja, a sua justiça. Quando ele passou a dar a Torá ao homem, mesmo antes de outorgar a Torá escrita no Sinai. A orientação de Yeshua em seus ensinos neste sermão é para que os que desejam fazer parte do reino, assumam essa cidadania desde já, entendendo que ela traz um relacionamento real com o Eterno, a ponto dele ser nosso Pai. Assim, vejamos parte a parte os ensinos de nosso mestre e Adon Yeshua durante esse momento do Sermão do Monte.

A prática da Justiça

Tenham o cuidado de não praticar seus atos de tzedakah diante das pessoas para serem vistos por elas. Se fizerem isso, não terão nenhuma recompensa do Pai Celestial. Portanto, quando você fizer tzedakah, não o anuncie com trombetas, para obter o louvor das pessoas, como os hipócritas nas sinagogas e nas ruas. Sim, eu lhes garanto que já receberam sua recompensa! Mas, quando você fizer tzedakah, não permita que sua mão esquerda saiba o que faz a direita. Então sua tzedakah estará em sigilo, e seu Pai, que vê o que você faz quando está sozinho o recompensará. Mt 6:1-4

Podemos notar neste trecho que Yeshua vai ensinar um princípio muito importante, e eu te pergunto: Qual a intenção nesse ensino? O que ele queria que os talmidim entendessem ao falar essas palavras?

Veja no trecho lido a orientação de Yeshua, que fala:

Tenham o cuidado de não praticar seus atos de tzedakak (justiça/boas obras/esmolas) diante das pessoas para serem vistas por elas.”

A instrução de Yeshua aqui era sobre a intenção ligada à tzedakak (justiça/boas obras/esmolas), a oração e ao jejum, e falaremos sobre estes dois últimos mais à frente. Estes são conhecidos como os três pilares da piedade judaica. E podemos ver a Torá instruir sobre a forma de lidar com os pobres, ela nos manda ajudar, conforme lemos em Devarim/Dt 15:11:

pois sempre haverá gente pobre na terra. Por esse motivo, eu entrego esta ordem a vocês: Abram mão para o irmão pobre e necessitado em sua terra.”

E também em Sl 112:9:

Reparte generosamente com os pobres; a sua justiça dura para sempre; seu poder será exaltado em honra.”

Agora, antes de seguir, observem algo interessante. Notaram algo neste verso que mencionamos de Devarim 15:11? Perceberam que há algo conhecido nessas palavras de Moshê? Veja que eu sublinhei um trecho. Alguém reconhece essa frase? Quem disse isso, essas mesmas palavras?

O próprio Yeshua vai dizer isso mais à frente, perto do final de seu ministério, lá em Beit Anyah, em um jantar na casa de um homem chamado Simão, em Mt 26:11. Quando chegarmos lá veremos com mais detalhes, mas a ocasião é de uma mulher que chega e derrama aos pés de Yeshua um frasco de nardo puro, que era muito caro. E alguns talmidim falaram sobre a venda para dar aos pobres, ao invés de desperdiçar jogando aos pés de Yeshua. Então ele responde usando essa frase tirada da Torá: “pois sempre haverá gente pobre na terra…” Então podemos perceber que nada que o mestre falava era meramente uma frase solta. Ele estava com isso, trazendo o ensinamento de que já seria responsabilidade de um servo do Eterno ajudar o necessitado, uma vez que isso está na Torá, e não somente quando se tem um valor extra, ou em uma ocasião especial.

Como estávamos falando antes, Yeshua faz uma advertência com relação a intenção por trás da tzedakah. E sua advertência coloca diante de seus talmidim/discípulos um sério risco concreto e muito atual, ou seja, praticar a tzedakah de forma dissimulada, simulando a justiça, pois a intenção é aparecer, a fim de obter reconhecimento junto aos homens. Já temos visto que a verdadeira justiça consiste na obediência à vontade de HaShem, que o mestre chama de Pai Celestial, essa obediência também pode ser entendida como, ajustar-se ao coração bondoso do Eterno.

No contexto presente, a da Tzedakah, a palavra hebraica para justiça, que foi pobremente traduzida em algumas versões, designa genuinamente a piedade, caridade, as boas obras, as esmolas ou atos de misericórdia, que são requeridas pelo Eterno em sua Torá, conforme vimos no verso de Devarim mencionado antes, por amar o homem que criou, e espera que seus servos usem de amor semelhante. A kavanáh – intenção do coração é medida pelo Eterno, e Yeshua estava instruindo os talmidim sobre isso, para que não transformasse a tzedakah em um instrumento de publicidade, a fim de se mostrar piedoso ou justo, pois segundo o ensino de Yeshua mostra que a pessoa que assim age, já recebeu sua recompensa. Ou seja, se o objetivo é reconhecimento dos homens a pessoa já recebeu a recompensa, quando for reconhecida por sua obra. Porém se o objetivo real, vindo da verdadeira intenção, é ajudar o necessitado, aliviar o sofrimento de alguém, essa pessoa receberá do Eterno no futuro a recompensa, conforme lemos em Sl 112:9 mencionado antes.

Sabemos que conforme a Torá diz, sempre haverá pobres na terra, não porque o Eterno assim tenha definido, mas por entendermos que devido às transgressões e ganância de homens isso ocorre. E o propósito do Eterno é fazer justiça, ou seja, equalizar a condição dos homens, para que não haja tanta diferença social. Por entender a verdade da Torá nesse sentido, Yeshua ensina esse princípio aos seus talmidim.

Por isso, Ele usa uma metáfora ao encerrar o assunto da tzedakah dizendo:

...não permita que sua mão esquerda saiba o que faz a direita…”

O ensino é que a tzedakah seja feita de forma discreta, em segredo, oculta, a fim de proteger quem recebe a ajuda e também para quem faz a doação passe despercebida, e nem mesmo em seu interior ele venha se vangloriar, pois quem precisa saber é o Eterno que o recompensará no futuro, como já disse, e lá sim, será diante de todos, pois será como peso de glória, de autoridade para a pessoa.

A Oração

E quando orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de orar em pé nas sinagogas e nas esquinas, com o propósito de serem vistos pelas pessoas. Sim, eu lhes asseguro que já receberam sua recompensa! Mas você, quando orar vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê o que você faz quando está sozinho, o recompensará. E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como os pagãos: eles pensam que D’us lhes ouve porque falam bastante. Não sejam iguais a eles, porque seu Pai sabe do que precisam, antes mesmo de lhe pedirem.” Mt 6:5-8

Observe que o mesmo princípio que Yeshua instruiu sobre a tzedakah vale também para a oração aqui nessa parte do seu ensino. Repare que o mestre diz para os talmidim não agirem como os “hipócritas”, ou seja, agirem de forma fingida. De onde vem essa alusão de Yeshua ao termo “hipócritas”. Esse termo vem do grego que aponta para os “atores” que na época usavam máscaras nas apresentações teatrais, representando um personagem fictício. E o mestre faz essa alusão apontando para alguns fariseus que agiam assim para ganharem prestígio, para serem reconhecidos como pessoas piedosas e justas. Os talmidim não deveriam agir dessa mesma forma, fazendo de conta ou demonstrando serem piedosos em busca de reconhecimento humano.

Por isso, Yeshua instrui seus alunos a entrar em seu quarto ou em um lugar reservado, e ali orar ao Eterno, que sonda as verdadeiras intenções – kavanáh daqueles que obedecem a Torá com sinceridade. É importante citar que o mestre não era contra a oração comunitária, ou em uma reunião com outros irmãos, mas os motivos dessas orações para divindades ou pessoas em detrimento a D’us, pois Yeshua menciona o fato de os discípulos se reunirem com a intenção verdadeira, em seu nome ou pelo seu caráter em Mt 18:20.

Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles.”

Se a reunião for no caráter dele, de acordo com a vida justa de Yeshua, para praticar a justiça como ele praticou, então não há problema na oração em grupo.

Neste mesmo trecho em estudo, nosso mestre também ensina a respeito da oração meramente repetida de forma mecânica de formas e palavras. Veja Mt 6:7 e 8:

E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como os pagãos: eles pensam que D’us lhes ouve porque falam bastante. Não sejam iguais a eles, porque seu Pai sabe do que precisam, antes mesmo de lhe pedirem.”

O mestre, como sempre, utiliza o TaNak para amparar seus ensinos, vejam o diz Isaías:

Antes de clamarem, eu responderei; ainda não estarão falando, e eu os ouvirei.” Is 65:24

Será que Yeshua estava falando a respeito das orações milenares que os judeus fazem, como o Shemah? Claro que não! Note que aqui ele usa como exemplo os pagãos. Ele não fala dos fariseus aqui, perceberam? Os pagãos tinham o costume de subjugar as pessoas pela força de repetir um palavrório inútil, vazio e pretensamente mágico. Como se a mera repetição fizesse acontecer a oração. Yeshua não está repreendendo o uso de qualquer fórmula estabelecida, como Shemah, orações da manhã, tarde e noite, os Salmos por exemplo. A questão de Yeshua sobre a repetição é a respeito de que ela seja vã, caso contrário, não seríamos instruídos pelo próprio messias a insistir na oração, como vemos em Mt 7:7 e 8:

Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta.”

Veja o que diz a Mishnah:

O rabino Shim’on disse (…) Quando você orar, não torne sua oração fixa (repetitiva, mecânica), mas (clame por) misericórdia e súplica ante o Onipresente, bendito seja ele” Avot 2:13

Também a Guemará diz:

Quando se dirigir ao Santo, bendito seja ele, que as suas palavras sejam poucas” B’rakhot 61a.

Podemos perceber que mesmo os textos judaicos que foram compilados depois de Yeshua, batem com o caráter de seus ensinos, justamente por falarem a mesma língua, ou seja, a Torá e os profetas.

O Pai nosso – Avinu Sh’ba Shammayim

Vocês, portanto, orem assim: Pai nosso no céu! Teu nome seja mantido santo. Venha teu reino; tua vontade seja feita na terra como no céu. Dá nos o alimento necessário para hoje. Perdoa-nos pelo que fizemos errado como perdoamos a quem nos fez coisas erradas. E não nos conduzas à provação severa, e mantém-nos a salvo do Maligno. Porque o Reino, o poder e a glória são teus para sempre. Amén.” Mt 6:9-13

Nesse ponto, enquanto falava sobre oração, Yeshua dá a instrução sobre como orar. Essa instrução ficou conhecida como Oração do Pai nosso, em hebraico Avinu Sh’ba Shammayim. E eu pergunto: Você acha que essa oração é uma fórmula? Ou ela é uma oração básica?

Essa oração é reconhecida como judaica, pois é condensada nela boa parte de orações e bênçãos recitadas em sinagogas até os dias de hoje. Segundo o comentário Judaico do Novo Testamento de David H. Stern, esses versos incluem o que é largamente conhecido como a Oração do Senhor, uma vez que foi ensinada pelo messias Yeshua. Todos os elementos da oração podem ser encontradas no judaísmo da época de Yeshua, assim podemos compreender que, ao contrário do que muitos pensam ela não é original do mestre, ou seja, não foi ele quem inventou, mas adequadamente reverenciou por sua beleza.

De acordo com o citado autor, as primeiras palavras, “Pai nosso no céu…”, do hebraico “Avinu sh’ba Shammayim”, abrem muitas orações judaicas. E as duas linhas seguintes lembram a primeira parte da oração da sinagoga, que é conhecida como “kadish”, que diz “magnificado e santificado – Yitgadal v’yitkadash” seja seu grande nome por todo o mundo que criou de acordo com sua vontade, e que possa estabelecer seu Reino em seu tempo de vida…” Assim, como a expressão plural “perdoa-nos...induza-nos...livra-nos”, é característicamente judaica, que focaliza o grupo e não o indivíduo isolado.

Outra coisa, quando o texto fala: “...e mantém-nos a salvo do maligno.”, não fala sobre um ser espiritual do mal, mas fala no sentido de coisas ruins que acontecem. Segundo H.Stern, o Talmud registra que “sempre que o rabino Chiyya Ben Abba caía sobre sua face em oração, costumava dizer “que o misericordioso nos salve do tentador.”

Porque o Reino, o poder e a glória são teus para sempre. Amén.” Essa parte final da oração, é tirado de 1Cr 29:11, veja:

Tua, adonai, é a grandeza, o poder, a glória, a vitória e a majestade, porque tudo quanto há nos céus e na terra é teu. Teu é o reino, Adonai; e tu és exaltado acima de tudo.”

Os manuscritos mais antigos do chamado Novo Testamento, segundo alguns estudiosos, não a contêm. O católicos não a incluem ao recitar essa oração, já os protestantes ou evangélicos a incluem.

O “Amén”, apesar de muitas pessoas dizerem que significa “assim seja”, como uma concordância para orações, sabemos que seu significado é bem mais profundo que isso, e está muito ligado à confiança no Eterno. Amén está ligada a mesma raíz da palavra emunah no hebraico. Amén é um acróstico das palavras Elohim Melelch Neeman, que significa “D’us é rei fiel”.

Com isso, podemos perceber o real sentido do que Yeshua estava ensinando aos talmidim naquele monte. Concluíndo, podemos ver como entender as Escrituras em seu contexto correto nos traz o verdadeiro entendimento dos ensinos de Yeshua.

Estude as Escrituras corretamente, afaste-se dos dogmas e entenderá corretamente os princípios bíblicos.

Que o Eterno lhes abençoe! Até o próximo.


Pr. Marcelo Santos da Silva (Marcelo Peregrino Silva – Moshê Ben Yossef)

sábado, 8 de agosto de 2020

Estudo da Parashá Êkev

 PARASHA ÊKEV – (Em razão de) 

PARASHA ÊKEV  – (Em razão de) Beit HaDerekh 

PARASHA ÊKEV   Em razão de…

 Dt 7:12- 11:25 Is 49:14 -51:3 Hb 11: 8:13

 Resumo da Parashá : Êkev começa com MOISÉS encorajando os filhos de Israel a confiar em D’us e nas maravilhosas recompensas que o Eterno nos dará se guardarmos a Torá. 

MOISÉS assegura-lhes que derrotarão com êxito as nações de Canaã, e deverão remover todo e qualquer vestígio de idolatria remanescente na Terra Santa. 

MOISÉS os lembra sobre o maná e as outras maravilhas com que D’us os supriu pelos quarenta anos passados, e ele adverte o seu povo para estar consciente das armadilhas da futura prosperidade e do orgulho das façanhas militares, o que poderia fazê-los esquecerem-se de D’us. 

Ele os relembra ainda de suas transgressões no deserto, recontando toda a história do bezerro de ouro, e descrevendo a abundante misericórdia de D’us. 

MOISÉS enfatiza que a geração do deserto tinha uma responsabilidade especial de permanecer leal aos mandamentos por causa dos muitos milagres que vivenciaram pessoalmente. 

Após detalhar as numerosas virtudes da Terra Prometida, MOISÉS ensina ao povo o segundo parágrafo do Shemá, que enfatiza a doutrina fundamental de recompensa e punição, baseada no cumprimento dos mandamentos. (O Shemá é composto de três trechos da Torá (Deut. 6:4-9; 11:13-21; e Núm. 15:37-41) 

Esta Porção da Torá termina com a promessa de D’us, uma vez mais, de que Ele protegerá o seu povo se eles cumprirem as Leis da Torá. Como podemos agradar a D’us? Vale a pena escolher obedecer?

 Dt 7:12 Será, pois, que, se ouvindo estes juízos, os guardardes e cumprirdes, o Senhor teu Deus te guardará a aliança e a misericórdia (Graça/ (Chesed) que jurou a teus pais; 

Hb 11:6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador (recompensador) dos que o buscam.·. 

1º Tem que crer em D’us. Eu acredito que Ele existe! Mas isto não é crer. Este é o conceito gregoromano, que a crença se faz pela percepção do intelecto. Isto não é o suficiente por não ser o conceito bíblico. 

Tg 2:19  Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios creem — e tremem! O diabo crê em D’us, mas nem por isto ele tem fé. 

Quando Jesus diz: Jo 7:38 Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. Crer no sentido bíblico é ter experiência com, não existe crença sem experiência, é ser fiel a. (Fé = emuná  מוּנה ָא ֱfidelidade) A palavra fé vem de Fidelis.

 A fé começa quando O Senhor se revela a você e depois desta experiência ninguém nunca mais conseguirá te convencer do contrario. Por isso não fique só estudando, busque isto na sua vida. O estudo nos leva a crer com o nosso intelecto a experiência nos leva a comprovar o que estudamos. E é esta a fé que o autor de hebreus está dizendo que agrada a D’us. Crer que D’us recompensa àqueles que o buscam. Você também tem que crer nisso. Estes são os pilares da fé que agrada a D’us. Por quê? 

Porque Ele ama recompensar aqueles que o buscam e nós amamos receber os favores de D’us, não só no mundo vindouro, mas aqui e agora. Somente quando você sabe que nosso D’us é um D’us que retribui, só assim você pode exercer o livre arbítrio.

 Lembra-se do texto quando iniciamos Hb 11:6? Ler os capítulos 7, 8, 9,10 e 11 é só benção. Todos amam esta porção da bíblia. Mas o 11:26-28 fala das maldiçoes,não podemos nos esquecer do SE, esta é a palavra mais importante SE. Quando você tem consciência destas coisas ai você tem o verdadeiro livre arbítrio. Livre arbítrio não é você chegar numa encruzilhada e escolher para qual caminho você vai. Livre arbítrio é você chegar nesta encruzilhada e ter o conhecimento prévio das consequências de cada escolha. 

Adão não tinha uma natureza pecaminosa o que ele tinha era o livre arbítrio. Porque D’us colocou a arvore do conhecimento lá? Para que ele tivesse a oportunidade de pecar, a oportunidade de desobedecer, se não; não seria livre arbítrio. 

É como se minha mãe dissesse Stella você é a nora que eu mais gosto. De que valeria este elogio pois eu sou filho único e ela não teria escolha? É o mesmo caso de D’us, Ele tinha que dar opção a Adão. E para o livre arbítrio ser completo D’us disse a Adão:  Gn 2:17  Mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá”. 

Adão sabia as consequências da desobediência por isso o livre arbítrio era pleno. O povo de D’us conhece também o livre arbítrio pleno. 

Vejamos as recompensas: Dt 7:12-15 Será, pois, que, se ouvindo estes juízos, os guardardes e cumprirdes, o Senhor teu Deus te guardará a aliança e a misericórdia que jurou a teus pais; E amar-te-á, e abençoar-te-á, e te fará multiplicar; abençoará o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, o teu grão, e o teu mosto, e o teu azeite, e a criação das tuas vacas, e o rebanho do teu gado miúdo, na terra que jurou a teus pais dar-te. Bendito serás mais do que todos os povos; não haverá estéril entre ti, seja homem, seja mulher, nem entre os teus animais. E o Senhor de ti desviará toda a enfermidade; sobre ti não porá nenhuma das más doenças dos egípcios, que bem sabes, antes as porá sobre todos os que te odeiam. 

Dt 11:22-25 Porque se diligentemente guardardes todos estes mandamentos, que vos ordeno para os guardardes, amando ao Senhor vosso Deus, andando em todos os seus caminhos, e a ele vos achegardes,Também o Senhor, de diante de vós, lançará fora todas estas nações, e possuireis nações maiores e mais poderosas do que vós. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé será vosso; desde o deserto, e desde o Líbano, desde o rio, o rio Eufrates, até ao mar ocidental, será o vosso termo. Ninguém resistirá diante de vós; o Senhor vosso Deus porá sobre toda a terra, que pisardes, o vosso terror e o temor de vós, como já vos tem dito. 

Busque-o enquanto é tempo você não sabe o dia de amanhã. Buscar a D’us é mandamento. Existe um caminho traçado predestinado para aqueles que resolvem obedecer a D’us.Da mesma forma que há um caminho traçado predestinado para aqueles que resolvem não obedecer a D’us. 

Dt 8: 19 -20 Será, porém, que, se de qualquer modo te esqueceres do Senhor teu Deus, e se ouvires outros deuses, e os servires, e te inclinares perante eles, hoje eu testifico contra vós que certamente perecereis. Como as nações que o Senhor destruiu diante de vós, assim vós perecereis, porquanto não queríeis obedecer à voz do Senhor vosso Deus. 

O ser humano recebeu o poder de escolha. Tudo esta na Mão do Senhor exceto o teme-lo. (Talmud Brarrot pag. P). O poder de temer a D’us não esta nas mãos de D’us, pois Ele nos deu e está na nossa mão. 

D’us deu as cartas, conhece nosso jogo, mas decidiu não interferir. 

E como fazer se você esta na trilha da predestinação contraria a D’us? Sozinho, não há como você pular para a outra. 

Ai é que entra a obediência aos mandamentos, Sl 119:105  Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho. Estudando,guardando,conhecendo e obedecendo a palavra de D’us. Isto fará com que você ande com segurança no caminho predestinado a salvação. Por isso ensinamos que a Lei não salva, a lei não te tira daqui e te passa para aqui, mas uma vez colocado aqui, é a lei que direciona os seus pés,é a lei que te guia,é a lei que te da parâmetros para que você não se desvie nem para a direita nem para a esquerda. 

A Lei não salva, mas te mantém salvo. Mas se eu tropeçar e cair? Ai você vai precisar da Graça e de um arrependimento genuíno, ai não entra lei nenhuma, é entre você e o Eterno. Só precisamos da Graça quando pecamos então viva a sua vida procurando não pecar, mas saiba que se você tropeçar precisará da Graça e ela estará  disponível a você. 

PV 7:1-3 1 Filho meu, guarda as minhas palavras, e entesoura contigo os meus mandamentos. 2 Observa os meus mandamentos e vive; guarda a minha lei, como a menina dos teus olhos.  3 Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração. João 8:31,32 Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, (ouvir guardar cumprir) verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 

O discípulo não é aquele que estuda a Torá e sim o que guarda a palavra. 

João 14:21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. 

Temos que combater este falso evangelho, NÃO EXISTE EVANGELHO SEM LEI. 

O próprio Jesus diz: A palavra e os profetas falam a meu respeito. Por que não sabem quem eu sou?  Na parábola do rico e Lazaro o que Abraão fala é : Seus irmãos já têm Moises e os profetas, ouça-os. D’us é um só. Nós estamos seguindo o seu propósito. Aquilo que Ele anunciou aos profetas continua da mesma forma, não se desviou para lado nenhum. Jesus não veio fundar outra religião, Ele veio cumprir as Leis do Senhor. Este evangelho que prega a exclusão da Lei, o mínimo esforço, está produzindo uma geração de discípulos infrutíferos. E tornando-se infrutífero você pode ser cortado. 

Mateus 3:10 E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo. 

Mateus 7:21-23 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. (Anomia- Falta de Lei)  

Mateus 7:24-27    Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-loei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda. 

Preste atenção: É possível você ter recebido a graça de D’us, você ter nascido de novo, você ter sido colocado na predestinação dos vitoriosos, e você por causa das suas escolhas se colocar na trilha contraria a vontade de D’us. Isto é possível! 

Efésios 2:8-10  Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas. 

Ezequiel 33:12-19 Tu, pois, filho do homem, dize aos filhos do teu povo: A justiça do justo não o livrará no dia da sua transgressão; e, quanto à impiedade do ímpio, não cairá por ela, no dia em que se converter da sua impiedade; nem o justo poderá viver pela sua justiça no dia em que pecar. Quando eu disser ao justo que certamente viverá, e ele, confiando na sua justiça, praticar a iniquidade, não virão à memória todas as suas justiças, mas na sua iniquidade, que pratica, ele morrerá. Quando eu também disser ao ímpio: Certamente morrerás; se ele se converter do seu pecado, e praticar juízo e justiça, Restituindo esse ímpio o penhor, indenizando o que furtou, andando nos estatutos da vida, e não praticando iniquidade, certamente viverá, não morrerá. De todos os seus pecados que cometeu não se terá memória contra ele; juízo e justiça fez, certamente viverá. Todavia os filhos do teu povo dizem: Não é justo o caminho do Senhor; mas o próprio caminho deles é que não é justo. Desviando-se o justo da sua justiça, e praticando iniquidade, morrerá nela. E, convertendo-se o ímpio da sua impiedade, e praticando juízo e justiça, ele viverá por eles.··. 

Toda profecia de juízo pode ser alterada por um coração contrito e arrependimento genuíno e com atitude. Lembre-se que Nínive não foi destruída porque o Rei se arrependeu. D’us não destruiu a cidade que havia prometido destruir. 

Arrependimento faz milagres. Arrependimento verdadeiro move o coração de D’us. A valorização dos mandamentos de D’US  é um dos pilares da fé bíblico-judaica. Esta é a missão das sinagogas judaicas messiânicas: Restaurar o evangelho e as suas origens e não judaizar a igreja. Valorizar os mandamentos de D’us. Pois este conceito eu estou na Graça e você está na Lei te torna uma pessoa medíocre. 

Portanto o que a palavra nos ensina é que as recompensas vêm depois de termos cumprido os mandamentos de D’us. 

Curiosidades: Midrash Yalcut 846

 “Se você respeitar os mandamentos que as pessoas geralmente pisoteiam com o calcanhar, então D’us abençoará”… 

A palavra Ekev tem um duplo significado:

 (a) em razão de… e 

(b) calcanhar קבֵע.ָ 

Daí o nome de Jacob “Yaacov”  קב ֹעֲי ַpois ele estava pendurado no calcanhar de Esaú quando nasceu de Rebeca. Esta Parashá também aponta para o Messias pois a primeira ocorrência da raiz da palavra Ekev aparece em Gênesis 3:15, onde D’us disse que o Calcanhar (do Messias) iria esmagar a Rosh (cabeça) da serpente (Satanás). Moisés apela para o povo, fazendo uma pergunta: ‘E agora, Israel, o que o teu Deus quer de vocês; é que tenham Temor do Senhor (Yirat Adonay), e que caminhem no caminho do Senhor que amem o Senhor de todo coração para que pratiquem os seus Mandamentos, para o seu próprio bem. 

Dt 10:12 Qual a ligação desta Parashá com HB 11: 13-16? Hebreus fala dos heróis da fé que não alcançaram as promessas Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade. 

Essa experiência de cumprimento adiado, nas vidas dos patriarcas (v. 13-16) os capacitou a aprenderem a olhar para além da morte, para um cumprimento mais extenso que o de sua própria vida e experiência terrena. Assim, eles vieram a perceber que esta vida não é um fim em si mesmo, mas tão somente uma peregrinação (ver Gn 23.4; Gn 47.9) em direção a um alvo melhor (isto é, celestial), além desta vida. 

HB 11:15,16 — Os patriarcas e Sara não retornaram para Ur, embora pudessem tê-lo feito se quisessem.

Da mesma forma deveríamos seguir o exemplo dos patriarcas, recusando-nos a retornar hábitos antigos e às atrações e perdições deste mundo. 

Nós também não sabemos se vamos para a nossa terra prometida nesta geração ou vamos aguardar junto com os patriarcas o retorno do Messias, mas a mensagem aqui é que se queremos habitar na nossa terra prometida, se almejamos morar na nova Jerusalém, temos que seguir a orientação de D’us, Seguir seus mandamentos e nos esforçar para cumpri-los, pois, a Lei não salva como já vimos, mas, nos manténs salvos.  

Finalizando: Gostaria de deixar um salmo para meditarem  Salmos 19:7-10.

AUTOR DESCONHECIDO.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Uma Reflexão sobre a Igreja Atual



      Atualmente uma crise está instalada na igreja evangélica brasileira, e isso se deve ao "movimento gospel" e à teologia da prosperidade pregada em muitas das nossas igrejas. O primeiro, tornou o evangelho muito popular em relação ao que era até então. Esse movimento trouxe uma revolução na música, e estas músicas passaram a serem cantadas nas igrejas, pelos recém-criados ministérios de louvor, que passaram a ser em muitos lugares, quase o evento principal do culto, chegando a ter mais importância que a pregação da Palavra de Deus. Os assim chamados "levitas", os componentes dos ministérios de louvor, passaram a sentirem-se estrelas, tomando grande parte do culto, afinal consideram-se parte muito importante, porque o louvor tem uma influência muito forte no culto. alguns chegam mesmo a dizer que o louvor é o mais importante do culto, pois eles levam o povo a adorar e assim, ter mais contato com Deus. E as músicas cantadas deixaram de ser louvor a Deus, para falar dos homens, tornando-se antropocêntrica. Porque a mídia gospel precisava atingir a um público, que necessitava de músicas que falassem aos seus corações. E as igrejas cantando essas músicas como se realmente fossem louvores. 
     Entretanto, os pretensos ministros de louvores, muitas vezes, nem mesmo tem conhecimento da Bíblia, e na hora das ministrações de louvor, apenas se utilizam do emocional, aproveitando-se de teatralidade e jogos de luzes e nuvens de fumaça. A falta de conteúdo espiritual, que se obtém por meio da oração, consagração e leitura constante da Bíblia, se percebe claramente na vida destes indivíduos. E o povo por sua vez, foram apenas recebendo esse tipo de novidade, e aceitando cada uma delas, pois queriam algo mais, porém não buscam da fonte, estão sempre precisando de mediadores, função que os levitas tomaram pra si, mesmo sem perceberem. O resultado disso é uma geração que infelizmente não consegue ter uma vida real com Deus, pois não tem contato, intimidade real, que somente se conquista por meio da adoração verdadeira.
       Outro grave problema é a teologia da prosperidade, que veio importada, entrando em nosso meio, principalmente, no início do movimento gospel, quando importaram-se muitos livros. Inegavelmente, os livros que vieram de fora, de autores de renome, ajudaram muito em quantidade e em qualidade a igreja no Brasil, porém, sempre haverá o lado negativo. A entrada desses ensinamentos e a própria vinda dos autores para pregarem nas igrejas brasileiras motivaram seus líderes a entrarem por este movimento. O interesse fatal de se obter lucros por parte dos líderes e até mesmo do próprio povo, também ajudou muito. Os crentes agora eram e são ensinados a meio que barganhar com Deus, pois se está sendo fiel, o Senhor responderá com bençãos materiais. E assim foram deturpando o verdadeiro sentido de prosperidade bíblico, que nunca faltar e ter o que é necessário. A abundância é por parte das bençãos de Deus ao indivíduo. Mas fato é, que o povo absorveu isso tudo, e abriram-se mega templos com tais ensinamentos. Surgiram grandes ministérios que cresceram em quantidade, mas a qualidade de vida espiritual dos membros são parcas e medíocres. Enquanto a bíblia continua bradando que o povo perece por falta de conhecimento. O contínuo crescimento do número de denominações que surgiram, geraram no povo uma gama de igrejas para se escolher. Passou a ter igrejas para todos os gostos e públicos. No entanto, continuou-se negligenciando o verdadeiro contato com Deus, e seu Cristo. 
      No meio de tudo isso, ainda havia espaço para mais invenções, portanto, criou-se novos títulos, então surgem os apóstolos, bispos-primás, querubins, e tantos outros que nem se pode dar conta. Mas o ensino verdadeiro da Palavra de Deus continuou sendo deixado de lado. E o que se vê hoje são igrejas inchadas, com membros aparentemente saudáveis, mas na verdade estão doentes, pois não bebe a água que só Deus pode dar, e não comem do pão que só o Senhor pode dar. Isso tudo, sem contar os testemunhos que se ouve pelo país afora, a respeito de coisas que ocorrem dentro das igrejas brasileiras. Histórias de fazer cair o queixo! O verdadeiro evangelho de Cristo está sendo negligênciado.
      Há uma ala do protestantismo brasileiro, que resolveu pregar um retorno à reforma. Porém, muitas vezes vê-se pregações muito teológicas e sem vida, pois estão muito ligadas aos pensamentos dos antigos reformadores, que realmente fizeram muito pela igreja, e foram verdadeiros instrumentos de Deus, mas eles não detém toda a verdade como se pretende mostrar por tais indivíduos. Toda a verdade está na bíblia, e é ela que temos que seguir. No tempo de Jesus também haviam muitos que conheciam muito dos escritos, no entanto, não viviam o que ensinavam, portanto, suas pregações eram vazias. E Jesus recomendou ao povo a obedecer o que eles ensinavam, mas não agir como eles agiam.
      Então o que pode se feito para mudar a situação? Talvez possa o leitor estar se perguntando. E eu digo, que devemos observar mais a bíblia e menos os legalismos. Devemos buscar mais de Deus, orando e consagrando-se. Agindo como as pessoas das igrejas do primeiro século, onde havia unidade, singeleza de coração, e percebia-se o agir do Espírito de Deus. Onde alguém pregava a Palavra de Deus e as pessoas tocadas pelo Senhor realmente se convertiam, e passavam a viver uma nova vida. E chegavam ao ponto de perder sua vida por sua decisão por Cristo. Atualmente, nós não queremos perder um domingo de sol na praia, ou um joguinho de futebol com os amigos para estarmos na casa de Deus. Eu digo que devemos retornar às práticas dos apóstolos, e vivermos a vida que Cristo nos deixou, com a mesma intensidade. Pedro não seguia Calvino, Lutero, nem outro teólogo qualquer. Paulo também não, e nem por isso suas pregações eram fora do contexto bíblico e muito menos heréticas. Eles simplesmente pregavam a Bíblia e o efeito eram almas achegando-se aos pés do Salvador, Jesus.
      Necessitamos realmente deixar de lado o nosso eu, tomar a cruz e caminhar nesta terra, como enviados de Deus. Igreja é viver pra Cristo, e não pra si mesmo. Na atualidade, devido a tudo o que já foi dito anteriormente, quando um indivíduo prega a verdade restauradora da palavra de Deus, as pessoas não gostam. Quando são confrontadas as pessoas fazem cara feia, pois não é o que estão preparadas para ouvir. Querem ouvir falar de bençãos, de vitória, de conquistas, de promessas, mas se o pregador falar de renúncia, de batalha, de entrega, de oração e de santificação, logo dizem que a pregação é da carne, ou que o pregador está exagerando, ou que é soberbo. No entanto, a soberba está no coração daquele que não atende ao que a bíblia diz, quando menciona o fato de se analisar sempre a profecia e não o profeta. Devemos ouvir e procurar em Deus e na Palavra, para descobrir a verdade, assim como os crentes da igreja de Beréia, que ouviam Paulo pregar e iam procurar nas escrituras para confirmar. Temos que ser mais ovelhas e menos bodes. Temos que ser mais mansos e menos altivos. Precisamos seguir as pisadas do nosso Mestre. Ele ensinava, repreendia, e se precisasse levantava umas bancas de cambistas pra cima. 
      O amor de Cristo, e que a igreja precisa demonstrar, muitas vezes é deturpado. Porque, quando alguém faz uma repreensão na atualidade é chamado de julgador. Apontam o dedo e dizem que está julgando o irmão, mas não param pra pensar que se está repreendendo é para o bem. Não param pra refletir que, se somos igreja, e temos o Espírito Santo em nós e ele opera, então podemos estar sendo movidos por ele para realizar tal ato. Porém, é mais simples, carnalmente falando, afirmar que alguém está julgando do que refletir na própria vida e perguntar ao Pai o que pode ser mudado. Então, precisamos mudar nossos posicionamentos, a fim de vivermos como igreja.
      Concluindo, atualmente a igreja passa por sérios problemas. A solução é nos voltarmos para Cristo verdadeiramente, e não apenas de lábios. Deus sonda os nossos corações e sabe dos nossos planos e desejos. Devemos nos entregar a ele em adoração real, em espírito e em verdade. Somente assim, conseguiremos viver uma vida real com o  Senhor, estando de fato prontos pra ouvir o toque da trombeta do arrebatamento. Não podemos nos conformar com este mundo, mas devemos nos renovar pelo Espírito Santo.

Deus nos abençoe a cada dia, nos ajudando a mudar nossa vida e caráter, a fim de termos o caráter de Cristo. Amém!
     

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O que Paulo, João e Pedro pensariam se vissem a Igreja hoje?

Olhando para a situação atual dos púlpitos Brasileiros, fico pensando o que Paulo, João ou Pedro pensariam se surgissem hoje em um igreja evangélica. Eles veriam com bons olhos a maneira como a Fiel Palavra de Cristo vem sendo pregada? Será que concordariam com o mercantilismo feito por pregadores e cantores, que se chamam pela nomenclatura de "gospel", que na língua inglesa significa evangelho, mas no entanto, não demonstra os valores do Evangelho? Paulo subiria em um púlpito para pregar a Cristo, o salvador e no lugar disso, pregaria sobre prosperidade material sem compromisso com Jesus? Será que ele no lugar de anunciar o amor de Deus, iria apontar o dedo em riste para o rosto dos ouvintes de uma platéia de ouvintes de uma igreja, acusando-os dos vários motivos pelos quais não estão crescendo em número? E João? Como veria a falta de amor que tem se espalhado no meio do povo de Deus. É certo que Jesus disse que o amor se esfriaria, e que talvez não encontrasse amor na terra, mas no meio dos seus seguidores não deveria acontecer o contrário do que ocorre no mundo? Será que Pedro acharia bom ver em um culto que ocorre em uma marcha, ou mesmo em um grande congresso, a multidão que vai até à frente afirmando reconhecer Cristo como seu salvador, no entanto no outro dia não se acha nem dez por cento dessa gente nas igrejas? E quanto aos que dizem terem se convertido, mas não mostram frutos de arrependimento? Resta-nos portanto, mais uma pergunta. Qual seria a atitude deles?

Acredito que não seria muito difícil imaginar as respostas para tais questionamentos. Entretanto, poderíamos tentar pensar na atitude deles ao ver essa situação que a igreja vem passando. Quando leio em Atos 6.3 sobre a importância que os apóstolos davam à obra de Deus, eu tremo. Isso porque hoje, já não se escolhe homens de boa reputação e cheios do Espírito Santo para a realização das tarefas na obra, mas homens que agradam aos líderes e às pessoas. Atualmente, muitas pessoas querem fazer o que nem entendem, sem respeitarem os princípios da Palavra de Deus.

Pregadores falam o quem querem e o povo ainda aplaude. Músicos escrevem letras e melodias antropocêntricas, que somente aparentam piedosas e de louvor a Deus, mas suas mensagens estão carregadas de humanismo e egoísmo. As pessoas praticamente idolatram pregadores e cantores, colocando-os em pedestais, e dando a ele tudo o que pedem. Mas não tem coragem de renunciar às suas próprias vontades pelo mestre.

Creio que se os mencionados apóstolos tivesse a oportunidade de entrar em uma reunião de liderança de algumas igrejas, talvez ocorresse o mesmo que houve com Ananias e Safira. Ou quem sabe iriam pregar o verdadeiro evangelho para eles, e talvez se convertessem verdadeiramente. O fato é que eles não concordariam com a forma em que as coisas se encontram por aí. Há muito falatório, um acusa o outro e nada muda. É tempo de mudarmos de atitude, e passarmos a viver como verdadeiros seguidores de Cristo. A situação precisa mudar, não podemos permanecer nos conformando com o sistema mundano que toma conta das igrejas atuais. Em seu livro, "A Grandeza do Pastorado", publicado no Brasil pela CPAD, John Angell James afirma que, "para saber que temas contêm maior potência e impacto sobre a mente do público, e quais formam o tema de um ministério fervoroso, temos apenas que consultar as páginas da história eclesiástica, pois foi pelo mais puro evangelho que o cristianismo foi plantado na terra, e quando isso deu lugar a uma religião de formas e cerimônias que o poder e a vitalidade da verdadeira piedade declinaram, e cresceu uma massa de esplêndida corrupção, sob cuja sombra o homem do pecado erigiu seu trono...". Uma mudança radical se faz necessário, e precisa começar dentro de cada um de nós. Porém, para isso precisaremos renunciar ao viver artificial do gospel atual, onde se sonha em ter posições e estar nos grandes palcos, como se o objetivo do sacrifício de Jesus fosse esse.

Assim, como o Apóstolo Paulo nos recomendou, não nos conformemos..., mas transformemos nossas mentes pelo Espírito Santo, pois sozinhos também não conseguiremos desejar a mudança, mas clamando por ajuda divina como fizeram alguns profetas do Antigo Testamento, poderemos ter a ação de Deus em nós e mudaremos de dentro pra fora, contagiando nossos irmãos e companheiros de ministério. Demos as mãos e vamos marchar para uma mais unida a Cristo, nosso Senhor, e ausente dessas coisas que atrapalham a igreja na atualidade.

Pense nisso...

quarta-feira, 12 de março de 2014

As Mãos Estendidas


 
Mt 8.2 e 3
Um leproso, aproximando-se, adorou-o de joelhos e disse: "Senhor, se quiseres, podes purificar-me!"
Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: "Quero. Seja purificado!" Imediatamente ele foi purificado da lepra.

Essa passagem bíblica do Evangelho de Mateus é muito linda pela representatividade do amor com que Jesus dedicava às pessoas, independentemente de quem elas fossem.
Depois de ter passado muito tempo pregando no monte, e de as pessoas se admirarem da autoridade com que falava, acontece algo inusitado, um leproso se aproxima dele declarando-lhe a autoridade para curar-lhe. Desejo refletir um pouco sobre isso, pois vejo o sublime amor de Deus nesse acontecimento singular.
Não quero me afastar do contexto bíblico, mas vou divagar um pouco nesta história. Entendendo que o sermão do monte é um dos marcos da pregação de Jesus, e que Mateus o registra à partir do capítulo 5 e vai até o 7, podemos então, conforme o primeiro versículo do capítulo 5, entender que uma multidão seguia Jesus. Até aí tudo bem, sempre ouvimos isso, muitos pregadores falam que, onde Jesus estava havia uma multidão. As pessoas estavam desejosas de ouvir falar de Deus, devido às mazelas que estavam ocorrendo com a população já há algumas centenas de anos. O Deus dos judeus estava calado há mais de quatrocentos anos, assim quando se levantava um profeta o povo corria a ouvi-lo na esperança de ser o momento de Deus voltar a falar com seu povo e do messias se erguer de entre a multidão.
Pois bem, observando por esse ângulo, percebemos uma multidão que seguia Jesus, a tal ponto dele subir em um monte para falar-lhes. Ali se encontravam pobres, desvalidos, pessoas sem esperança, doentes, e a população comum das cidades. Claro que havia também pessoas abastadas e ricas que sempre passavam para ouvir o que aquele rabino estava falando para depois discutir em suas rodas de amigos. E havia ainda, os religiosos que o seguiam para estudarem suas palavras, a fim de comprovarem alguma heresia. Bem, o fato é que pessoas diferentes, e de várias condições estavam ali ouvindo o mestre do amor. E dentre toda essa multidão havia um homem escondido em algum lugar, talvez atrás de uma árvore ou de uma grande pedra, talvez protegido por uma capa velha e envolto a panos. O homem estava escondido porque não poderia estar ali, pois era leproso. Pessoas com tal doença tinham que ficar em um lugar à parte da sociedade, lhes era proibido caminhar no meio das pessoas, pois a Lei os considerava imundos, além da própria sociedade impedir seu trânsito no meio das outras pessoas. Então, ali estava aquele homem escondido em algum lugar, ouvindo as palavras pronunciadas por Jesus. E aquelas palavras geravam esperança no íntimo daquele homem, pois falavam sobre o reino de Deus, de justiça, de obras divinas na vida do homem. Isso foi impactando-o de tal forma, que talvez ele nem se importasse mais de ter que se esconder. A mensagem que Jesus pregava era tão profunda, que de acordo com o texto dos versos 28 e 29 do capítulo 7, todos se admiravam da sua doutrina. Depois de tantas palavras anunciadas pelo mestre, talvez tenha pensado que aquele profeta seria um homem diferente, então, quem sabe, pudesse se aproximar dele, e se ele quisesse o curaria, caso contrario morreria apedrejado, como mandava a lei. Certamente não faltaria alguém para gritar: Imundo!! Assim decidido, aquele homem se aproxima do mestre quando Ele descia do monte. Sabendo do risco que corria ajoelhou-se próximo a Jesus dizendo que se Ele quisesse poderia torná-lo limpo. Até aqui, vimos a perspectiva daquele homem leproso, no entanto, quando o Senhor o viu de joelhos, disposto a tudo e reconhecendo-o como alguém que poderia lhe devolver a vida e a dignidade novamente, o amou a ponto de tocá-lo. E com esse toque a lepra se foi.
Em diversos momentos de nossa vida estamos caídos e sem esperança, relegado à margem da sociedade, muitas vezes até mesmo de nossas igrejas e famílias, mas a palavra do Senhor pode mudar tudo. Ela nos trás ânimo, através da ação do Espírito Santo, e assim, temos a oportunidade de tomarmos uma atitude diferente da que estávamos assumindo. Com isso, o Senhor, que está de mãos estendidas para nós, pela sua infinita graça, nos amando todo o tempo, toca-nos tornando-nos limpo.
Precisamos, em alguns momentos, estar dispostos a arriscar tudo para ir ao encontro daquele que tem as palavras de vida eterna. Mesmo que para isso leve-nos à morte. Morte para o mundo, morte para nós mesmos, morte para algumas amizades, morte para coisas que podem nos afastar de Deus. Quando tomamos a atitude correta, a conseqüência será de cura para nós. O amor do Senhor pelo ser humano é tão grande que Ele se deu por nós. Não há maior amor do que este.
É interessante que não nos contam o nome daquele homem, acredito que isso deva ser assim, para que tantos quanto queiram se coloque naquela posição e recebam Dele a vida e a purificação. Vá em direção ao Senhor e seja tocado por suas mãos de amor, que estão estendidas em sua direção.
Por: Pb. Marcelo Santos da Silva