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sábado, 22 de junho de 2019

Estudo da Parashá Bahaalotecha (Quando subires)


Estudos da Torá

Parashá nº 36 – Bahaalotecha (Quando subires)
Bamidbar/Números Nm 8:1-12:16,
Haftará (Separação) Zc 2:10-4:7; e
B’rit Hadashah (Nova Aliança) Lc 15:1-16:31

1 - INTRODUÇÃO
                  
               A parashá desta semana inicia com uma breve discussão a respeito do acendimento diário da menorá de ouro (candelabro de sete braços) no tabernáculo, aborda os fatos concernentes ao restante das obrigações sacerdotais e a consagração dos levitas, os toques dos shofarot (trombetas) e as ocasiões, e também a revolta de Mirian e Aharon contra Moshê.

2 - ESTUDO DAS PALAVRAS
              
               “E falou a Moshê, dizendo: Fala a Aharon, e dize-lhe: quando acenderes as lâmpadas, as sete lâmpadas iluminarão o espaço em frente do candelabro.” (Nm 8:1 e 2)

               Encontramos no verso 2 do início desta porção o Eterno falando sobre o acendimento das lâmpadas do candelabro. A palavra “lâmpadas” em hebraico é “NIR”. Esta palavra refere-se aos pequenos objetos em forma de tigela que tinha óleo e o pavio aceso a fim de proporcionarem luz. E a palavra “candelabro” vem do termo “MENORAH”, ela é o conjunto da haste mais os sete “copinhos” onde era depositado o óleo a fim de proporcionar luz no Mishkan (tabernáculo) e depois no Beit HaMikdash (templo sagrado). Estas sete lâmpadas traziam uma conotação de algo completo, pleno.
               Assim, quando a Menorah era acendida certamente os israelitas estavam recebendo a plenitude de luz que tinha o objetivo de iluminá-los até chegarem à presença do Eterno. Isso apontava para o messias que haveria de vir, pois ele é a luz central, que ilumina o caminho dos homens, mas que ao mesmo tempo também deve ser iluminado para que os homens o vejam. Perceba o que Yeshua diz acerca dele ser a luz:

“Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.”(Jo 1:4)
“A luz verdadeira que ilumina a todos os homens estava vindo ao mundo.”(Jo 1:9)
“Jesus continuou a dizer à multidão: Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”(Jo 8:12)
“Então Jesus lhes disse: A luz ainda está convosco por um pouco. Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem. Quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz. Terminando de dizer estas coisas, Jesus se retirou e ocultou-se deles.”(Jo 12:35-36)

               Devemos refletir aqui o porquê de aparecer o contexto da Menorah (candelabro) justamente após o relato das ofertas dos líderes das doze tribos? Qual a relação entre ambas?
               A tribo de Levi não tinha participado nas ofertas dos líderes de cada tribo. Por isso a Torá continua a falar do ministério de Aharon para assim incluí-lo entre os demais.
              
Sobre o Nome da Parashá

               O nome dessa parashá, “Behaalotechá”, significa literalmente “quando fizeres subir”, fazendo referência às chamas de fogo do candelabro que faziam subir, ou que ardiam. Também se entende que, quando se ia acender a Menorah, subia-se em uma plataforma com escadas para poder acender as lâmpadas, por isso, o termo quando subires.
               Aharon acende a Menorah conforme a ordem de Adonai. Podemos perceber que o conjunto que proporciona luz está aceso de acordo com a ordem daquele que é o Eterno, que deseja ser a luz para todos os homens através de seu Mashiach. Observe que a palavra “ordenar” em hebraico é “TSAW” significando “ordenar, incumbir”. A raiz dessa palavra designa a instrução de um pai para seu filho, de um fazendeiro a seus lavradores, de um rei a seus servos, ou seja, de alguém que tem autoridade sobre outro. O acendimento da Menorah era uma incumbência que fora dada pelo Eterno aos levitas, pois a eles seria dado o privilégio de trazerem a luz ao Mishkan, iluminando assim a Palavra do Eterno. E do mesmo modo que aos levitas foram designadas esta incumbência, a nós hoje como sacerdotes do Eterno em Yeshua, devemos também trazer luz à Palavra do Eterno, para que as pessoas possam vir ao conhecimento dessa Palavra que é a luz a todos os homens, conforme lemos em:

Sl 119:105 - “A tua palavra é lâmpada para os meus passos e luz que clareia o meu caminho.”
Mt 5:14-16 – “Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.”
               Voltando ao termo “Behaalotechá”, o Eterno usou esse termo, que não é muito usual no contexto de acender a Menorah, dizendo: “Behaalotechá – quando você fizer subir” em vez de “behadlicchá – ao acender”. Dentre outras implicações, este termo denota: “Você será elevado” Cumprindo a mitsvá, os servos do Eterno tornam-se espiritualmente elevados. Mas e o porquê disso?
               Segundo a tradição, Moshê não conseguia compreender porque D’us desejava que uma Menorah fosse acesa no Santuário, pois toda vez que ele entrava, encontrava o Mishkan brilhando com o esplendor da Shechiná (Presença) do Eterno. Então, como poderiam as luzes da pobre Menorah terrestre serem comparadas ao esplendor que a Shechiná irradiava? Por esse motivo Adonai disse a Moshê a palavra “Behaalotecha”, ou seja, você se tornará espiritualmente elevado acendendo a Menorah.
               Assim, nunca pense que o Eterno precisa de nossa luz! Pelo contrário, nós precisamos da luz dele. Por isso, para demonstrar isso, o Todo Poderoso, ordenou que os três braços de cada lado fosse inclinado para o centro e não para fora. Demonstrando assim, que nós dependemos dele, mas também como falamos anteriormente, que nós precisamos trazer luz sobre o Eterno para que os outros a vejam.

Sobre a separação dos Levitas

“Assim você os purificará: faça aspersão com água da purificação sobre eles, faça-os raspar todo o corpo com lâmina, lavar suas roupas e se limpar. Em seguida, eles pegarão um novilho com a oferta de grãos, que será farinha pura amassada com azeite de oliva, enquanto você pega outro novilho para a oferta pelo pecado.”(Nm 8:7-8)

               Para que os levitas pudessem exercer seu serviço ao Eterno no santuário havia uma condição, eles deveriam ser purificados. E vamos estudar um pouco sobre isso agora. A palavra “purificar” aqui, vem do hebraico “TEHAR” e significa “ser (estar) puro, limpo”. A raiz dessa palavra é “TOHAR” que significa “claridade” e também “TEHAR” que significa “limpeza”. Podemos então entender que os levitas precisavam ser e estar puros pra ser luz e revelação ao povo de Israel e esse ato dissiparia todas as trevas, trazendo então claridade ao povo, tudo isso porque eles fizeram uma limpeza em sua vida.
               Entretanto,essa limpeza deveria seguir o padrão dado pelo Eterno (v. 7-8). A limpeza deveria ser feita não através de água, mas de águas, pois a palavra que aparece no texto original é “MAYM” e ela está no plural, da mesma forma a palavra expiação ali não tem este significado, pois a palavra “HATÁ” ali no texto significa “errar, sair do caminho, pecar, tornar-se culpado, perder”. A intenção aqui é que as águas purificariam o pecado que porventura eles pudessem ter cometido. A água aqui como muitas outras coisas, aparece em um sentido profético, pois já apontava para o futuro e é descrita na Brit Hadashá (Nova Aliança) como: “Para a santificar, purificando-a com a lavagem das águas, pela palavra”(Ef 5.26). A água simboliza a Palavra do Eterno que traz limpeza à nossa vida (corpo, alma e espírito). O que foi feito com os levitas não era nada mais que um ato profético que seria executado no futuro através da Palavra, onde já começou a ser executado e finalizará como retorno do Messias Yeshua.
               Outra parte da purificação é raspar o corpo com a lâmina, ou navalha. Esta representa a Torá que passa pela nossa carne (o yetser hará, que é a nossa tendência para praticar o mal), e nos prepara a fim de podermos servir ao Eterno de forma eficaz. Deixemos que essa lâmina passe sobre nossa carne, para que venhamos a servir melhor ao Eterno em obediência. Veja o que autores da Nova Aliança falam sobre isso:

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.”(Hb 4.12)

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”(2 Tm 3:16-17)

Sobre o segundo Pessach

               Sabemos que Pessach (páscoa) é uma festa obrigatória para todos os filhos de Israel e para aqueles que se aproximaram deles através de Yeshua. Essa festa é muito importante, pois representa libertação da escravidão no jugo de Faraó, bem como do pecado. Já estudamos sobre tudo isso, e vimos também que essa mo’ed (festa) deveria ser celebrada no primeiro mês, aos 14 dias, e tinha todo um contexto de preparação para isso, reveja o estudo especial de Pessach. Entretanto, leia o texto de Números 9:6-12.
               Podemos perceber que houve alguns que não puderam participar da festa de Pessach porque estavam impuros, por haverem tocado em um cadáver. Mas essas pessoas foram perguntar a Moshê o que fariam. E este foi perguntar ao Eterno. E o Senhor respondeu que eles poderiam celebrar essa festa em suas casas um mês depois. Porém aquele não seria um dia de shabat, como é o primeiro. Daí aprendemos que o Senhor sempre nos dá uma oportunidade de celebrarmos e obedecermos ao que Ele preescreve em sua Torá. E também confirmamos o porquê os sacerdotes no tempo de Yeshua se apressavam tanto para o matar e sepultar, por que queriam celebrar o Pessach e não queriam estar impuros. Que nós possamos ter sinceridade em nossos desejos de servir ao Eterno, não sendo hipócritas e agindo apenas de forma que os outros vejam.

3 - RESUMO

               Este é um resumo dessa porção da Torá extraído do site Chabad.org, para auxílio na compreensão do contexto geral do assunto.
               Parashá Behaalotechá inicia-se com uma breve discussão sobre o acendimento diário da menorá de ouro (candelabro de sete braços) no Tabernáculo, seguida por uma descrição do ritual de consagração dos Levitas.
               A Torá então descreve a celebração de Pêssach no segundo ano no deserto, completada com a oferenda do corban Pêssach. Aqueles que estão impuros na data regular de Pêssach e, portanto incapazes de participar na oferenda, são ordenados a celebrar Pêssach Sheni, uma celebração similar a Pêssach realizada um mês mais tarde, quando o cordeiro pascal é comido com matsá e ervas amargas.
               Após mencionar a nuvem e o fogo que pairavam alternadamente sobre o Tabernáculo, a Torá descreve o procedimento padrão pelo qual os Filhos de Israel levantavam acampamento para continuar suas viagens pelo deserto. Logo após deixar o Monte Sinai e viajar até o deserto de Paran, o povo começa uma série de amargas reclamações. Espicaçados pelo erev rav (a múltipla mistura de povos que juntou-se ao povo judeu na saída do Egito), os Filhos de Israel ficaram insatisfeitos com o maná, sua miraculosa porção diária de pão celestial.
               Quando Moshê começa a se desesperar, D'us ordena-lhe que selecione setenta anciãos para compor o Sanhedrin, a corte que o ajudaria a liderar a nação. Quase imediatamente, dois dos membros recém-eleitos anunciam uma profecia no acampamento. D'us envia um enorme bando de codornas, que o povo junta para comer; aqueles que haviam reclamado da falta de alimentos comem demais e morrem durante este fato sobrenatural.
               A porção conclui com Miriam falando lashon hará, maledicência, a Aharon sobre seu irmão Moshê. Ela é punida por D'us com lepra, e fica de quarentena fora do acampamento por sete dias.

Bibliografia:

- Torá – Lei de Moisés. Editora Sefer
- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Estudo da Parashá Nassô (Fazei uma contagem)


Estudos da Torá

Parashá nº 35 – Nassô (Fazei uma contagem)
Bamidbar/Números Nm 4:21-7:89,
Haftará (Separação) Jz 13:2-25; e
B’rit Hadashah (Nova Aliança) Lc 13:1-14:35

1 - INTRODUÇÃO
                  
               Nessa porção você poderá perceber que é delineado as tarefas e responsabilidades das três famílias levitas, Gershon, Merari e Kehat, estabelecendo todos os levitas que estavam em idade de servir no “Mishkan”.
               Segundo o comentário da Torá, a tribo de Levi que tinha a seu cargo o serviço do Tabernáculo, era dividida em quatro partes ao redor da tenda sagrada. No ocidente, achavam-se os filhos de Gershon, que tinham a seu cargo a tenda, a sua coberta, o véu, etc. Ao sul, os filhos de Kehat, cuja missão era transportar a Arca de Deus. Ao norte, os filhos de Merari, que tinham a seu cargo as madeiras, as tábuas do Tabernáculo, as suas travessas, colunas, etc., e no lado oriental estavam Moisés, Aarão e seus filhos, como guias espirituais do povo.

2 - ESTUDO DAS PALAVRAS
              
               “E falou o Eterno a Moshé, dizendo: Levanta o censo dos filhos de Gershon, também deles, pela casa de seus pais, segundo suas famílias.” (Nm 4:21 e 22)

               Na parashá desta semana, vemos o texto original hebraico no verso 22 nos dizendo o seguinte: NASSÔ ET ROSH BNEY GERSHON...” Literalmente, a tradução da parte sublinhada é “levanta a cabeça”. Isso está se referindo a um censo dos filhos de Levi, iniciando pela família de Gershon. E não era meramente para se fazer uma contagem, mas era para se estabelecer a idade que os homens dessa família iniciariam o trabalho no “Mishkan”, bem como a idade em que eles encerrariam, ou seja, de 30 a 50 anos (Nm 4:23).
               Aqui nessa porção podemos entender claramente que a tarefa dos filhos de Levi, também conhecidos por levitas, não tinha nada a ver com cantar, mas sim trabalhos de transporte, manutenção, montagem e desmontagem do “Mishkan”. Essa pequena parte de canto, começa a aparecer na época do Beit Hamikdash (Casa da Santidade/Templo Sagrado), segundo podemos ler em 1Cr 25:1-7 e 2Cr 23:13, e posteriormente durante as reformas do Rei Josias, conforme lemos em 2Cr 34:12,13; 35:15. E também na época do segundo templo, conforme lemos em Ed 2:65 e Ne 12:42.
               De acordo com o que lemos até aqui, vimos que a tarefa desse homens eram diversas e dentro do serviço a Adonai, muito diferente do que dizem por aí, que os levitas são os que cuidam da música. Conforme vimos nos textos bíblicos acima, havia sim os que cuidavam da música, mas eles eram uma parte dos levitas, e durante o período dos templos.
               Sendo assim, quando uma pessoa diz que é levita se referindo somente à área da música ela está cometendo um erro grave de entendimento das Escrituras Sagradas. Isso porque ela não está levando em consideração todas as outras atividades que essas pessoas exerciam ao servirem ao Senhor, em conformidade com o prescrito na Torá, nessa e em outras porções.
               Com relação a idade de início do serviço dos levitas devemos levar em consideração uma outra referência. Em Bamidbar (Números) 8:24 encontramos registrado que os levitas deveriam entrar no serviço aos 25 anos de idade, mas aqui diz que os levitas tinham que ser contados a partir dos 30 anos de idade. Se compararmos com o texto do verso 23 dessa porção, talvez possamos achar que há uma contradição na Torá. No entanto, devemos entender que nunca há contradições nas Escrituras. Rashi, um grande intérprete judaico, explica a aparente contradição dizendo que os levitas entravam aos 25 anos para estudar a fundo as leis e aos 30 anos iniciavam o exercício do seu serviço.
               Também encontramos nessa parashá a ordem de Adonai a Moshê para purificar o acampamento para que fosse um lar merecedor da Presença Divina, a Torá dá ordens sobre o leproso, do que sofre de fluxo e daquele que se tornou impuro por ter tocado em ossos do cadáver de uma pessoa. Além disso, descreve o processo a ser cumprido com uma “sotá”, uma esposa que dá motivos ao marido para que este pense que ela esteja em adultério. Instrui, então, que ela deve ser levada ao Cohen (sacerdote) no templo, para que se façam os procedimentos estabelecidos pela Torá. Onde se ela não admitisse a culpa teria que beber a “água amarga”, que levaria a dois resultados: ela seria inocentada e seria abençoada com filhos, ou ela morreria milagrosamente de forma grotesca.
               A Torá então descreve as leis acerca do voto de nazir, onde uma pessoa que aceitou voluntariamente adotar um estado especial de santidade em relação a seus irmãos, geralmente por trinta dias, abstendo-se de comer ou beber qualquer derivado de uva, cortar o cabelo, e de contaminar-se através do contato com o corpo de alguém que morreu. Essa parte nos instrui a respeito da importância de nos separarmos para o Eterno em determinados momentos de nossas vidas, para um propósito especial, pois separados devemos ser sempre.
               Após relatar as bênçãos pelas quais os Cohanim (sacerdotes) abençoarão o povo, a porção da Torá conclui com uma longa lista das oferendas trazidas pelos doze líderes das tribos durante a dedicação do Mishkan (tabernáculo) para uso regular. Cada príncipe faz uma oferenda comunal para ajudar a transportar o Mishkan, bem como doações idênticas de ouro, prata, animais e alimentos.

Bibliografia:

- Torá – Lei de Moisés. Editora Sefer
- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.

domingo, 9 de junho de 2019

Estudo da Parashá Bamidbar (No deserto)


Estudos da Torá

Parashá nº 34 – Bamidbar (No deserto)
Bamidbar/Números Nm 1:1-4:20,
Haftará (Separação) Os 2:1-22; e
B’rit Hadashah (Nova Aliança) Lc 1:1-12:59

1 - INTRODUÇÃO
                  
               Nesta semana iniciamos o estudo no livro de Bamidbar - rbdmb (No deserto), o quarto livro da Torá foi assim intitulado em hebraico, porque nele é narrada a história dos israelitas em sua longa jornada no deserto. Um outro nome que o povo de Israel dá a esse livro é “Chumash Hapecudim” (Livro dos Censos), pelos diversos censos incluídos em seus primeiros capítulos. A bíblia na “Versão dos Setenta” chamou este livro de “Aritmói”, palavra grega que significa Números.

2 – ESTUDO DAS PALAVRAS
              
“E falou o Eterno a Moshé no deserto de Sinai, na tenda da reunião, no primeiro dia do segundo mês, no segundo ano da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, dizendo:” (Nm 1:1)

               Nessa parashá (porção) estaremos iniciando o livro de Bamidbar (Números) e as lições que serão aprendidas com o povo de Israel durante sua estadia no deserto. Na verdade esse é o motivo do nome desse livro, o povo estava no deserto recebendo as instruções de Adonai. Podemos perceber nesse primeiro verso que Israel serve a um D’us vivo, pois diz que Ele “falou a Moshe”. Neste período de caminhada do povo pelo deserto do Sinai esta é uma característica fundamental do Eterno, pois Ele como o Criador de todas as coisas poderá guiar o seu povo através de caminhos que Ele mesmo traçou e conhece. Enquanto o povo obedecê-lo não haverá erros.

               A palavra que foi traduzida como deserto é “midbar”, e vem da raiz “davar”, que por sua vez significa “falar”. Porém “midbar” não significa somente “deserto” em todo o seu sentido literal da palavra em português, pois ela denota “uma área árida, geralmente cheia de areia e com muito pouca ou nenhuma vegetação”. A palavra original pode apontar para um sítio deserto no sentido de desabitado, e isso fará mais sentido na medida em que o povo de Israel trouxe muito gado consigo quando saiu do Egito.          

               Observe que a Torá não nos diz que os animais comeram o maná no deserto. Logo podemos inferir que haveria pasto suficiente para eles durante os 40 anos naquele lugar, conforme Números 32:1.

“E muito gado tinham os filhos de Rubem e os filhos de Gad, e era em grande quantidade; e viram a terra de Ya’zêr e a terra de Guilead, e eis que o lugar era lugar de gado.”

               Como o “midbar” se encontra fora da civilização, constitui-se como um lugar adequado para falar em privado, sem ter que correr o risco de ser ouvido pelos outros povos. Portanto, este lugar,onde se pode falar em privado, chegou a ser chamado midbar que literalmente significa “conversação”. O midbar é o lugar onde se pode falar de coisas íntimas sem ser molestado por outros, como lemos em Oseias 2:14:

“Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.”

               Veja como o plano de Adonai de tomar uma noiva, Israel, segue desde a Torá, passando pelos profetas, como lemos em Oseias acima, e finaliza em Apocalipse 12:6:

“E ela fugiu para o deserto, para um lugar que lhe havia sido preparado por Deus, para que ali fosse cuidada durante 1.260 dias.”

               Então porque razão o Eterno levou Israel ao deserto? Para falar pessoalmente com a sua noiva, entrar no pacto matrimonial com ela e ali entregar-lhe o contrato de casamento (ketubah), a Torá. É um excelente momento para lembrar que a outorga da Torá foi no deserto, na festividade de Shavuot (semanas), cinquenta dias depois de Pessach, e considerando tudo o que aconteceu nessa ocasião, conforme lemos em Ex 19:16-19; e 20:18, podemos perceber os mesmos sinais no que aconteceu em Atos 2.
               Esse contrato de casamento (ketubáh), a Torá, não foi entregue na terra de qualquer um, mas sim na terra de ninguém, para mostrar que não pertence somente ao povo de Israel, mas sim a todos os homens da terra.
               Em nossas vidas, quando passamos por um deserto, não devemos encarar isso como algo negativo, mas como uma possibilidade de podermos nos aproximar do Eterno, e receber as palavras e instruções do Pai que nos ama e cuida de nós. Nesses lugares, onde aprendemos a depender de D’us e não de nossas próprias forças e capacidades é onde temos mais contato íntimo com nosso Elohim.

Um Midrash na Parashá

               De acordo com o site Chabad.org, na parashá desta semana, encontramos um Midrash (Ensino) fascinante no primeiro versículo: "E D'us falou a Moshê no deserto do Sinai.". Esse Midrash explica que a Torá foi outorgada em associação com três coisas - fogo, água e no deserto.
               Esse site ainda diz que, Rabi Meir Shapiro dá uma bela explicação sobre a importância destas três coisas. Segundo ele, o traço de caráter que destacou o povo judeu desde o início é o espírito de auto-sacrifício. Isso tem sido sempre evidente no cumprimento das leis da Torá e em nossa aderência à sua fé.
               Avraham, o primeiro dos Patriarcas, segundo a tradição judaica, permitiu-se ser atirado a uma fornalha ardente por ter quebrado os ídolos de seu pai, e foi salvo apenas por um verdadeiro milagre de D'us. Por este ato, ele conferiu a todas as gerações futuras a vontade e a força de morrer por seu judaísmo. Algumas pessoas poderiam argumentar que este foi um ato de heroísmo isolado de um indivíduo notável. Deveriam então considerar um segundo exemplo envolvendo todo o povo de Israel. Quando o Mar Vermelho foi dividido, o povo marchou como uma só nação para as águas enraivecidas, a um comando do Criador.
               É claro que alguém poderia argumentar ainda que este teste ocorreu em um período de tempo relativamente curto. Deixemos então que considerem o terceiro exemplo, o fato de toda a nação israelita voluntariamente entrar no deserto sem comida ou bebida, não sabendo quanto tempo teriam de lá permanecer. Fizeram isso apenas por amor e lealdade a D'us, como está escrito em Yirmiyáhu/Jeremias "Lembro-Me da afeição de tua juventude... como seguiram-Me no deserto, numa terra que não era semeada" (2:1).
               Foi em virtude destes três testes - pelo fogo, água e deserto - que a Torá foi outorgada ao povo judeu como sua possessão eterna. A disposição para desistir de suas vidas pela sua crença em D'us, assegurou nossa sobrevivência até os dias de hoje.
               A passagem pelo deserto durante os 40 anos teve como um dos propósitos, preparar o povo para entrar na terra prometida, moldar e transformar os seus corações. Cada um de nós em algum momento da nossa vida, após reconhecermos Yeshua como Nosso Único e Suficiente Salvador, passamos pelo deserto, onde experienciamos o processo de santificação, de Teshuvá, isto é, o retorno ao caminho que nos leva ao Pai, caminho esse que foi reaberto pelo sangue derramado pelo Seu Filho, Yeshua.

3 – RESUMO
     
                   Segue abaixo um resumo da parashá extraído do site “pt.Chabad.org”.
         A Parashá Bamidbar, a primeira porção do quarto livro da Torá, está principalmente envolvida com o recenseamento do povo judeu feito no segundo mês de seu segundo ano no deserto. Após relacionarem os líderes das doze tribos de Israel, a Torá apresenta os totais de homens entre as idades de 20 e 60 anos para cada tribo, sendo que a contagem totalizou 603.550.
               A estrutura do acampamento é então descrita, com a tribo de Levi no meio, guardando o Mishcan, Tabernáculo, e cercada pelas doze tribos de Israel, cada uma na área que lhe foi designada. É feita a designação da tribo de Levi como os líderes espirituais do povo judeu, e seu próprio censo é realizado, à parte do restante de Israel.
               A porção da Torá conclui com as instruções dadas à família de Kehat, o segundo filho de Levi, pelo seu papel em lidar com as partes mais sagradas do Mishcan.

Bibliografia:

- Torá – Lei de Moisés. Editora Sefer
- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Estudo da Parashá Bechukotai (Em meus estatutos)


Estudos da Torá

Parashá nº 33 – Bechukotai (Em meus estatutos)
Vayicrá/Levítico Lv 26:3-27:34,
Haftará (Separação) Jr 16:19-17; e
B’rit Hadashah (Nova Aliança) Lc 9:1-10:41

1 - INTRODUÇÃO
                  
               Nesta parashá, o Sefer Vayicrá (livro de Levítico) conclui com o fragmento em que Moshé contrasta as diferentes atitudes que seguiram a obediência ou a violação dos filhos de Israel aos mandamentos de HaShem. Vamos aprender que a adesão às leis se traduzia em paz e prosperidade para o povo, e isso é assim até os dias de hoje com todos os que o seguem. E da mesma forma, o que acontecia caso o povo não obedecesse às leis.

2 – ESTUDO DAS PALAVRAS
              
“Se andares nos meus estatutos, guardardes os meus mandamentos e os cumprirdes;” (Lv 26:3)
               A palavra “Se”, em hebraico אִם – IM, estabelece um interdependência inevitável entre o destino de Israel e sua conduta, ou seja, apresenta uma condição para o povo de Deus, demonstrando a oportunidade de escolha entre obedecer e não obedecer, mostrando que seu livre arbítrio estava ativo, mas também as consequências das más escolhas. Apesar do relacionamento antigo e especial entre D’us e Seu povo eleito, Israel não desfruta de privilégios especiais, ao contrário do que os cristãos em geral pensam. Suas bênçãos são condicionadas ao seu comportamento e ao zelo com que obedece aos mandamentos Divinos.
               A palavra hebraica “im” começa com a primeira letra do alfabeto hebraico, o alef, já a última letra da secção das bênçãos, no versículo 13, é a última letra do mesmo alfabeto, o tav. Como tal, nestes versículos há um resumo de toda a mensagem das Escrituras, desde o princípio até ao fim, desde o alef até ao tav. Qual é a mensagem? Se formos fiéis seremos abençoados a todos os níveis. A obediência é que traz bênçãos às nossas vidas.
               Por sua vez, a desobediência traz maldições sobre a vida pessoal, familiar e nacional. Se queremos ser abençoado e usufruir da companhia do Eterno segundo as promessas destes versículos, como é que o podemos lograr?


               Não é através do estudo da Torá, tampouco é através da oração ou de sacrifícios, mas sim, através da obediência. A obediência é melhor que os sacrifícios, como lemos em 1 Samuel 15:22:

“Porém Samuel disse: Tem, porventura, YHWH tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros”.

               A obediência à Torá de Moisés é o caminho para a bênção. É esse o chamado de Yeshua, que nós, as ovelhas desgarradas, retornemos ao seu aprisco.
               Perceba que, enquanto os minuciosos aspectos das maldições são descritos em 30 versículos (14-43) e as bênçãos em apenas onze (3-13), é óbvio que o peso e a promessa das bênçãos são predominantes.
               Nestes poucos versículos iniciais, através de cada bênção a Torá descreve um modelo de vida bastante harmonioso, que podemos entender como etapas a serem galgadas:
1)    A prosperidade econômica como consequência da auto suficiência da terra, não dependendo de importações (vers. 4-5);
2)    Segurança, ausência de medo (final do ver. 5);
3)    Paz na terra (vers. 6);
4)    Força e coragem para sobrepujar os inimigos (vers. 7-8);
5)    Grande aumento populacional mediante alta taxa de natalidade (vers. 9); e
6)    A presença de D’us entre Seu povo (vers. 11-13).

               Voltando para as palavras do primeiro verso dessa porção, temos a palavra hebraica que foi traduzida como “meus estatutos” é “chukotai”. Um mandamento que é denominado “chuk” é um tipo de mandamento que não tem uma explicação lógica e compreensível à primeira vista. É o tipo de mandamento mais difícil para o homem (não é por causa do peso dele, mas devido ao Yetser Hará – inclinação natural que o homem tem para o pecado.), porque não têm apenas que se esforçar para os cumprir, mas também têm que travar uma batalha na sua mente na hora de os obedecer.
               Como o homem não entende bem a razão pela qual tem que cumprir esse tipo de mandamento, a mente natural tende a rebelar-se e a desprezar o chuk, cf. v. 15, 43. Por essa razão, a mente que não foi transformada pela Palavra Divina, não ajuda o homem a colocar em prática os mandamentos de caráter chuk.
               Os sábios de Israel dizem que este é o mandamento que mais eleva o homem espiritualmente, porque incute no homem uma obediência que desafia as leis da lógica, sem que a mente o apoie e assim obriga-o a subir a um nível espiritual mais alto. A obediência ao chuk está relacionada com a relação pai/filho. O filho não entende por que razão o pai lhe ordena algo, mas obedece simplesmente porque o pai lhe diz, não porque haja uma explicação para que tenha que fazer isto ou aquilo. Por isso, nossa obediência a esse mandamento cria uma relação de obediência num nível mais profundo no espírito e no amor. Ainda que não entendamos, obedecemos simplesmente porque o Pai nos disse. E não devemos entender isso como uma confiança cega, mas é uma confiança plena naquele que tudo sabe o que é o melhor para os seus filhos. Sendo assim, o chuk nos eleva acima do natural, do lógico, do que é óbvio, segundo a racionalidade humana, e aprofunda a nossa relação com o Pai celestial.
               Com a entrega da Torá, o homem não é mais escravo, é livre. Tem a liberdade para escolher entre a bênção e a maldição, tem o poder na sua boca e nas suas mãos para escolher entre a vida e a morte. Esta autoridade foi dada ao povo de Israel através do pacto no Sinai. Por isso, aprendemos que cada um de nós tem a capacidade de mudar o rumo das nossas vidas. Mas esse poder não o temos por nós mesmos, mas foi-nos dado pelo Eterno.
               Através da entrega da Torá e do pacto a Israel, recebemos a autoridade para dirigir as nossas vidas e as vidas dos nossos filhos. E através do Messias, os gentios podem entrar em Israel (deixando assim de ser gentios para ser como os naturais da terra) e obter os mesmos privilégios. Nós podemos escolher como queremos que seja o nosso futuro, e tudo dependerá das nossas escolhas. Se escolhemos servir ao Eterno ou ao mundo.
               Tanto a obediência como a desobediência de um indivíduo pode mudar o destino de uma nação inteira. Não é por todos os demais pecarem, que nós também temos que pecar. O propósito é lutar contra a corrente, e ser diferentes, ser santos, ser luz e sal, e por essa razão é que o Eterno separou um povo para si.
               Como já dissemos no início desta aula, a obediência aos mandamentos que se encontram na Torá (instrução) que é nada mais nada menos que Genesis, Êxodo Levítico, Números e Deuteronômio é o caminho para a prosperidade, como está escrito em Josué 1:7-8:

“Tão somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a Torá que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares. Não cesses de falar deste Livro da Torá; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido”.

               Muitos utilizarão vários textos bíblicos para fazer afirmações do tipo: “é impossível cumprir todos os mandamentos”; “Deus não deu a Lei para que fosse cumprida porque o homem não é capaz de o fazer”.
               Então daí surge uma pergunta; por que razão o Pai celestial deu uma Torá ao homem que é impossível de cumprir? Não diz a mesma Torá que o mandamento não é difícil? (Deuteronômio 30:11-16). Se fosse impossível cumprir a Torá, como é possível que David dissesse de si mesmo que era justo? (2 Samuel 22:21-25).

“Retribuiu-me YHWH segundo a minha justiça, recompensou-me conforme a pureza das minhas mãos. Pois tenho guardado os caminhos de YHWH e não me apartei perversamente do meu Elohim. Porque todos os seus juízos me estão presentes, e dos seus estatutos não me desviei. Também fui inculpável para com ele e me guardei da iniquidade. Daí, retribuir-me YHWH segundo a minha justiça, segundo a minha pureza diante dos seus olhos”.

               Se fosse impossível cumprir a Torá, como é possível que os pais de João Batista o tenham feito? Conforme o texto de Lucas 1:6:

“Ambos eram justos diante de Elohim, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Eterno”. 

                   Outros dirão: “A Torá é só para o povo judeu, não para os gentios”.

               Se assim fosse, então não havia pecadores entre os gentios, uma vez que o pecado é a transgressão da Torá, e se não há Torá não há pecado, cf. 1 João 3:4; 1 Coríntios 15:56; 1 Timóteo 1:8-11. Se a Torá realmente não é para os gentios, tampouco há pecado entre os gentios, e se não há pecado entre os gentios, os gentios não precisam ser salvos e o Messias morreu em vão por eles. Há que refletir bem antes de tirar conclusões precipitadas, pois nenhum juiz dá indulto a um criminoso para que ele continue a pecar.
               O propósito do perdão é que a pessoa adote uma nova conduta. Se o pecado é a transgressão da Lei/Torá segundo a Bíblia, então para uma pessoa deixar de pecar deve viver segundo os preceitos estipulados na Lei/Torá. Não com o intuito de ser salvo, porque ninguém se salva por cumprir a Lei (mas sim pela incomensurável graça divina), mas como uma consequência do ter sido salvo dos trilhos do pecado.

3 – RESUMO
     
       Observe um resumo dos principais aspectos desta parashá:
- Relação entre as bênçãos e a obediência das Mitsvôt – 26:3 e ss;
- Relação entre as vitórias e a obediência das Mitsvôt – 26:6 e ss;
- 5 obedientes derrotam 100 inimigos - 26:8;
- 100 obedientes derrotam 10 mil - 26:8;
- O Eterno manterá a Aliança para com os obedientes – 26: 9;
- Relação entre o Eterno e seu povo – 26:11 e ss;
- Relação entre Força moral e desfazimento das “cadeias” egípcias – 26:13;
- Relação entre maldições e o desprezo e desobediência das Mitsvôt – 26:14-26;
- Relação entre destruição e a desobediência das Mitsvôt – 26:27 até 39;
- O tempo da TESHUVÁ (retorno) – 26:41 até 46;
- Doações/votos particulares por pessoas variadas – 27:1 e ss;
- Coisas animais e imóveis doados ao Eterno se tornam consagradas – 27:9 e ss;
- Dízimos (maaser) pertencentes ao Eterno – 27:30 e ss.

Bibliografia:

- Torá – Lei de Moisés. Editora Sefer
- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.