Páginas

Boas Vindas

Seja Bem Vindo e Aproveite ao Máximo!
Curta, Divulgue, Compartilhe e se desejar comente.
Que o Eterno o abençoe!!

terça-feira, 30 de abril de 2013

Masturbação é pecado?


A excitação e a busca pelo orgasmo por auto manipulação dos genitais é um hábito pecaminoso e um artifício fisiológico não saudável.

Primeiro – pecaminoso porque rompe com o objetivo Divino para com o homem desde a criação quando Ele ordena – “crescei e multiplicai-vos”, implicando no mecanismo sexual a dois, e obviamente no prazer a dois. Usar do hábito da masturbação é pecado porque viola o sagrado propósito do sexo em partilhar da experiência sexual e do prazer entre homem e mulher.


Jesus foi explícito na declaração sobre cobiçar uma mulher (ou homem) através do desejo sexual - “Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” Mateus 5:28 – fazendo uma direta indicação do sétimo mandamento, o mandamento relativo ao sexo. Olhar, desejar e cobiçar de acordo com Jesus é pecado; ir alem disso e se excitar e buscar o prazer do orgasmo nesta imaginação cobiçosa, também é pecado.

Segundo – é um artifício fisiológico não saudável porque vicia e leva a distúrbios sexuais (parafilias) através de comportamentos alterados, mesmo se o individuo posteriormente tiver uma vida sexual normal a dois.

Os psicólogos e terapeutas sexuais não cristãos recomendam e até indicam a masturbação em tratamentos. Vale lembrar que o estilo de vida de pessoas descrentes, ou não comprometidas com princípios do evangelho, não são parâmetros para a vida do cristão. Isso é a falsa ciência. A verdadeira ciência é aquela que vai em direção dos princípios da Palavra de Deus.

A masturbação vicia porque envolve mecanismos semelhantes, mas não sendo os mesmos daqueles do sexo. O individuo que se masturba se utiliza da visão (ou imaginação) para se excitar e das mãos para manipular os órgãos sexuais (pênis – homem; clítoris – mulher).

No sexo normal entre homem e mulher, as variantes de excitação são numerosas – beijos, carícias, toque, abraços, posições, visualização real, audição, penetração etc.

Todo ato sexual ocorre além do contato físico, mas principalmente a nível cerebral – no hipotálamo – mediado por neuro-transmissores, que são drogas potentes (dopaminergicas) ou que ‘dopam’ literalmente a pessoa. Daí sermos viciados em sexo – os que tem uma vida sexual ativa – e isso ocorre com os que se utilizam da masturbação.

No entanto na masturbação as vias neurais que são utilizadas no hipotálamo são diferentes daquelas do sexo a dois. Os caminhos neurais, trilhas neuronais que são utilizadas são rotas diferentes nas duas situações.

As trilhas neurais do sexo a dois são maiores em número de neurônios e mais complexas; pela simplicidade do ato da masturbação, as trilhas são diferentes e menos complexas.

São experiências diferenciadas a nível cerebral; embora ambas partilhem do hipotálamo e mediadores químicos parecidos. O orgasmo da masturbação é o mesmo da relação sexual, mas a intensidade e a experiência ‘virtual’ a nível de cérebro se diferencia da experiência real da relação sexual.

Aconselhei por e-mail uma jovem casada que desde os 10 anos se masturbava; e seguiu assim sua rotina no hábito de procurar excitação e orgasmo se auto-estimulando. Ela por fim se casou e teve uma vida sexual ativa.

No entanto declarou que não sentia prazer na relação de penetração, como sentia na masturbação. Ela tinha orgasmos com o marido na relação sexual a dois, mas ao terminar se masturbava ao lado do marido. Disse que o prazer da masturbação era diferente. Por isso tinha sua rotina de masturbação paralela, à vida sexual.

Essa jovem tinha priorizado em seu cérebro, por uma década, rotas neurais que desencadeavam uma intensidade e experiência orgástica; ao iniciar sua experiência sexual a dois, novas rotas neurais foram inauguradas.

Apesar de ter sido os caminhos neurais para o sexo, elas não eram as principais e prioritárias para seu cérebro.

Em outra situação, conversei pessoalmente com um jovem que estava casado a 5 anos. Porém se utilizara da pornografia e masturbação por 15 anos. Ele relatou não ter prazer com a esposa na relação sexual de penetração. E pedia para a esposa ou ele mesmo se utilizar da masturbação para sair satisfeito na intimidade a dois.

O que ocorria em ambos os casos? O cérebro priorizava a experiência anterior; as trilhas neurais desenvolvidas por dezenas de anos, eram prioritárias sobre a nova experiência. O hábito de se masturbar oferecia mais prazer (intensidade) apesar da relação sexual oferecer uma experiência mais rica e plena. (Ivair A. Costa)


Extraído do Site: http://www.bibliaensina.com/2012/09/masturbacao-e-pecado.html

Relato pessoal da única sobrevivente da tragédia que vitimou uma família missionária


No dia 21 de dezembro de 2003, o pastor adventista brasileiro Ruimar Duarte de Paiva, de 42 anos, sua esposa Margareth Otoni de Paiva, de 37, e o filho Larisson, 11, foram assaltados e mortos em sua própria casa, perto da sede da Missão da Igreja Adventista em Babelthaup, Palau. A única sobrevivente da família foi a filha do casal, Melissa, com 10 anos, na ocasião.


O pastor Ruimar havia atuado por vários anos no território da União Central-Brasileira. Depois disso, cursou mestrado e doutorado na Universidade Andrews, nos Estados Unidos. De lá, foi servir como missionário em Palau, na Micronésia, onde estava havia 17 meses como pastor da Igreja Adventista de Koror.


A família foi assassinada por Justin Hirosi, de 43 anos, que admitiu à polícia ter cometido o crime sob efeito de drogas. Hirosi invadiu a casa dos Paiva para roubar uma TV e um videocassete, matando os três a pauladas.

O funeral aconteceu no dia 28 de dezembro e uniu duas mães na dor e em oração. Durante a cerimônia fúnebre, a mãe do pastor Ruimar, Ruth de Paiva, surpreendeu as mais de 400 pessoas presentes, ao oferecer perdão ao criminoso e pedir à mãe dele para se unir a ela em oração.
Segundo o presidente da República de Palau, Tommy Zemengesau, que assistiu à cerimônia fúnebre, a capacidade da Sra. Paiva de perdoar permitiu à nação inteira começar um “processo de cura”. “A atitude dessa mãe ajudou muitas pessoas a olhar além da tragédia e ver que podemos nos perdoar e viver juntos”, disse o presidente ao jornal Pacific Daily News. 


O relato de Melissa

No momento em que pisamos na ilha, ficamos apaixonados por ela. As pessoas eram muito gentis, amorosas e receptivas. Meus pais, meu irmão Larisson e eu fomos recebidos com tradicionais colares de flores, de cheiro suave e adocicado. Nossa nova casa se localizava em um belo cenário, com vista para a floresta tropical e o oceano. Meu pai seria o novo pastor do distrito. Minha mãe se tornaria professora em nossa escola. Tínhamos muitos sonhos para os seis anos que pretendíamos passar em Palau.

Um ano e meio depois, na noite de 21 de dezembro de 2003, havíamos passado momentos agradáveis em família, em atividades recreativas, conversando, cantando hinos cristãos até que fomos dormir.

Minha outra lembrança daquela noite é ter sido acordada às três horas da madrugada por um barulho diferente. Logo vi um estranho dentro de casa. Meus pais e meu irmão estavam estendidos no chão. É quase impossível descrever os pensamentos e sentimentos que tomaram conta de mim naquela noite! Eu não conseguia sentir o chão sob meus pés, mas uma coisa eu senti: braços fortes me amparando.


Tudo aconteceu rapidamente. Passadas 24 horas, esse estranho me deixou em uma estrada desconhecida, pensando que eu estivesse morta. Por um milagre, depois de algumas horas, fui capaz de me levantar e acenar para um carro. No veículo, estava um casal muito simpático, mas não tenho ideia de quem eram eles. Continuo acreditando que eram anjos. Ninguém passaria por aquela estrada deserta, especialmente àquela hora da manhã. Eles me levaram para o hospital, onde recebi cuidados de médicos e enfermeiras. Ali, fui vigiada por agentes do FBI (agência policial norte-americana em nível federal).

Recebi muitas visitas de membros da igreja, de amigos e até mesmo do embaixador norte-americano. Mas o que mais me deu força, naquele momento tão confuso, foi quando meus avós entraram em meu quarto. Nós nos abraçamos demoradamente. Isso foi como uma brisa refrescante durante o momento mais duro de minha vida. Aquele foi um Natal muito diferente, mas eu ainda podia sentir a alegria daquele período festivo por meio do amor daqueles que me cercavam.


Superação 

Algumas vezes, olho para o passado e penso: “Passei realmente por isso?” Em muitas ocasiões, penso como se nada tivesse acontecido. Vejo isso como se Deus tivesse coberto meus olhos enquanto me carregava em Seus braços, de modo que não tenho que me lembrar continuamente do trauma pelo qual tive que passar, nem senti-lo com tanta intensidade.

Hoje estou viva para dizer que Deus me salvou de maneira miraculosa, a qual nem mesmo consigo tentar explicar. Não tenho nenhuma explicação humana para o motivo pelo qual não fui assassinada naquele dia. Creio apenas que Deus tinha planos diferentes para minha vida, e Seu propósito para mim na Terra ainda não se completou.

O processo de cura se deu por meio de muitas lágrimas e orações. Certamente, isso não acontece da mesma forma com todas as pessoas e não há como fixar um prazo para que ele ocorra. Costuma-se dizer que o tempo cura as feridas. De fato, isso é verdade.Mas quando colocamos nossa situação nas mãos de Deus, o tempo passa mais rapidamente. É muito importante que não permaneçamos prostrados, mas que nos levantemos.

O fato de estar envolvida com estudos, música e com a igreja me ajudou muito a proteger minha mente de coisas negativas. Por meio do tempo dedicado à devoção pessoal, fui habilitada a desenvolver melhor relacionamento com Deus e lidar mais rapidamente com minha dor.


Perdão - Deus me ajudou a perdoar

Creio que a cura e o perdão caminham de mãos dadas. Quando você perdoa, a cura vem logo em seguida. Aprendi que perdoar não significa necessariamente esquecer. Perdoamos e continuamos nos lembrando do que ocorreu, mas não mantemos mais nada contra a pessoa que nos feriu.

Certamente, não é possível perdoar alguém se você não pedir a Deus que coloque o perdão dentro de você. O perdão não é algo que ajuda apenas a pessoa perdoada. Também é algo que faz bem a quem perdoa. Literalmente, é como se você tirasse um fardo dos ombros.

Como pecadores, não somos inclinados a perdoar, especialmente em situações como essa. Mas Deus é especialista em lidar com nossas emoções e pode mudar os sentimentos ruins, se você permitir que Ele trabalhe em você.

Nas muitas conversas maravilhosas que tive com minha avó, ela me relembrou o grande conflito entre o bem e o mal, dizendo que Satanás usou aquele indivíduo para praticar aqueles atos. Ela me ajudou a relembrar a oração de Cristo, enquanto era pregado na cruz: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lc 23:34, NVI).

O assassino estava sob forte influência de Satanás. Ninguém em seu perfeito juízo poderia cometer um ato tão cruel. Sendo que Cristo ofereceu o perdão enquanto morria na cruz, por que eu não faria o mesmo? E sendo que Deus me perdoa, por que eu não poderia perdoar outro pecador como eu?

O julgamento do assassino não está sob minha responsabilidade. Isso compete a Deus. Ele vai acertar o que precisa ser acertado. Estou aprendendo que o perdão não é humano. É um atributo divino. Por isso, ele só pode vir do alto. Olhando para trás, posso ver que meus pais e meu irmão realizaram em sua morte muito mais do que fizeram em vida, e muitas bênçãos surgiram do que deveria ter sido o fim de tudo. Pessoalmente, aprendi a ser uma pessoa mais forte, e meu relacionamento com Deus floresceu.

Numerosas oportunidades surgiram, as quais não existiriam se as coisas não tivessem acontecido como aconteceram. “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações” (2 Co 1:3, 4, NVI).

Nunca poderemos dizer a alguém: “Sei exatamente o que você está passando.” Não temos essa capacidade. Toda pessoa tem uma experiência diferente e uma história particular. Apesar disso, creio que podemos confortar pessoas que tiveram experiências semelhantes às nossas.

Antes de deixar Palau, eu disse às pessoas que poderia voltar algum dia como missionária. Não sei quais são os planos de Deus para mim, porém sei que Ele diz o seguinte em Sua palavra: “Os Meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os Meus caminhos”, declara o Senhor. “Assim como os céus são mais altos do que a Terra, também os Meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os Meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos” (Is 55:8, 9, NVI).


Confiança renovada


Não precisamos de respostas para perguntas no estilo “por quê?”, “quando?” ou “como?”. Devemos apenas confiar na direção divina. Ao compartilhar minha história, meu objetivo não é dar apenas uma informação ou obter reconhecimento. Compartilho minha história para tornar conhecido o que Deus fez por mim, de maneira que outros possam ver Seu poder e Sua glória de um ponto de vista diferente. Garanto a você que aquilo que Ele fez por mim também pode fazer por você. Podemos estar certos de que “os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada” (Rm 8:18, NVI). 

Melissa Otoni De Paiva é estudante de Enfermagem na Universidade Adventista Southwestern. Seu relato foi originalmente publicado na Record Magazine, em março de 2012. (
Revista Adventista | Julho de 2012)
 
Matéria extraída do Site: http://www.bibliaensina.com/2013/04/relato-pessoal-da-unica-sobrevivente-da.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+blogspot%2FenBoi+%28B%C3%ADblia+Ensina%29

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Aprendendo com Naamã


2 Reis 5.9-12
" 9 Então Naamã foi com seus cavalos e carros e parou à porta da casa de Eliseu.
10 Eliseu enviou um mensageiro para lhe dizer: "Vá e lave-se sete vezes no rio Jordão; sua pele será restaurada e você ficará purificado".
11 Mas Naamã ficou indignado e saiu, dizendo: "Eu estava certo de que ele sairia para receber-me, invocaria em pé o nome do Senhor, o seu Deus, moveria a mão sobre o lugar afetado e me curaria da lepra.
12 Não são os rios Abana e Farfar, em Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Será que não poderia lavar-me neles e ser purificado?" E foi embora dali furioso"

 Ao ler o texto acima, começo a me questionar:

Como estamos vendo Deus em nossas vidas?
Como estamos entendendo o agir de Deus?
O que esperamos de Deus?

Devemos refletir nestes questionamentos, a fim de observarmos se estamos tendo a visão correta da nossa vida em relação a Deus. Em se tratando de crescimento espiritual nós precisamos ter a visão correta a respeito da ação do Senhor em nossas vidas. Porque o que geralmente acontece é que temos uma imagem errada acerca do Senhor e do seu agir. E isso se dá por que aprendemos errado, seja de que maneira for, na família, em nossas igrejas, através de pregações, e com isso acabamos colocando Deus em uma caixa, dizendo que Ele só age dessa ou daquela maneira.
O problema é que como Naamã geramos expectativas que acabam não sendo supridas e assim nos decepcionamos. Porém, isso só aconteceu por que não estávamos na posição correta em relação a Deus e a sua obra. Então vamos aprender com este personagem bíblico como crescer espiritualmente, pois é inegável o crescimento espiritual dele ao final do texto.

I – A perspectiva de Naamã e de Deus
Naamã tinha as seguintes qualidadas:
1)   General do Exército do Rei da Síria, Ben-Hadade (v1);
            2)   Respeitado pelo seu povo e pelos povos conquistados (v1);
3)   Era homem valente (v1).
Esse general possívelmente era um homem orgulhoso e cheio de si, devido a sua condição de vitorioso do exército de Ben-Hadade. Isso com certeza lhe gerava muito respeito em meio ao seu povo e entre os povos conquistados, como Israel. No entanto tinha também um grande problema, ele era leproso (v1).
 Porém, não há orgulho e vaidade que Deus não possa quebrar se tiver um plano na vida do indivíduo. E Deus com toda certeza queria transformar a vida de Naamã, até para demonstrar figuradamente, a futura redenção das pessoas gentias por Jesus. E este mesmo, mencionou tal general em uma de suas pregações, em Lc 4.27. O Senhor, fez com que uma menina de Israel fosse levada para sua casa como escrava.
              a)      Os equívocos de Naamã
                    - Pensar que Deus se submete a influências ou autoridades humanas;
                    - Pensar que o dinheiro poderia comprar a benção de Deus;
                    - Ter expectativas equivocadas sobre o agir de Deus.
             b) Deus tinha uma menina na casa de Naamã para dar testemunho (v3);
             c) Precisamos aprender que Deus não age como nós.


quarta-feira, 24 de abril de 2013


O Conhecimento na Idade Média: Patrística e Escolástica
         Durante a passagem da concepção pagã de mundo para a concepção cristã era preciso prevenir os desvios da fé. Muitas heresias estavam penetrando as concepções religiosas do cristianismo, então crescente. De acordo com Bonato[1], “Estudiosos começaram a adaptar o pensamento grego à concepção cristã”. Isso ocorria na luta para responder as heresias dos pagãos e no trabalho de conversão, fazendo-se necessário a demonstração de que a fé não contrariava a razão. Neste aspecto, o principal era sempre a afirmação de que a verdade era revelada por Deus, por isso o texto sagrada tinha uma autoridade indiscutível. Sabe-se que a fé era considerada mais importante, e a razão seu mero instrumento, foi imposto uma sistematização que ficou conhecida como “filosofia cristã”, vindo a se estender por dois grandes períodos: o período patrístico e o período escolástico.

O período Patrístico
         Esse período foi assim chamado por se referir à filosofia dos Padres da Igreja, ou Pais da Igreja, durante o século II ao V, na antiguidade. Essa filosofia tinha o objetivo de expandir o cristianismo, iniciando-se no período de decadência do Império Romano, ainda no século II. Importante mencionar que, embora tenha sido iniciada na antiguidade, é significativa por influenciar a educação na Idade Média.
            A patrística caracterizava-se pela defesa da fé absoluta em Deus e a conversão dos não-cristãos e o combate a heresia, de modo que textos em defesa da Igreja Católica e do cristianismo eram permanentemente elaborados. Como mencionado anteriormente, a união entre a fé e a razão era discutida, sendo a razão subordinada à fé. Os teólogos retomam a filosofia platônica, dando destaque a alguns temas, adaptando-os à ótica cristã de valorização do supra-sensível, com o intuito de fundamentar uma moralidade rigorosa, deendendo a abdicação do mundo e o controle racional das paixões.
            Podem ser citados como representantes da patrística Clemente de Alexandria, Orígenes e Tertuliano, mas seu principal representante é Agostinho de Hipona, conhecido como Santo Agostinho. De acordo com Mancini (apud Bonato), Santo Agostinho entendia que o ser humano deveria ser submetido a uma intensa educação religiosa. Defendia ainda, a superioridade da alma humana, a supremacia da alma sobre o corpo e reconheceu a diferença entre a fé e a razão, pois a primeira nos faz acreditar em coisas que nem sempre podemos entender pela razão.

O Período Escolástico
            Assim denominado por se referir à filosofia das escolas cristãs ou dos doutores da Igreja, compreendendo o período entre o século IX ao XIV. Nesse período os mosteiros tinham o monopólio da ciência, sendo o centro da cultura medieval, pois guardavam em suas bibliotecas obras da cultura greco-latina, traduziam, reinterpretavam e adaptavam obras gregas para o latim à luz do cristianismo. Assim, encontravam-se nesse momento da História, escolas monacais, episcopais ou catedrais e as escolas paroquiais. Dessa forma, surgem as universidades, que eram associações juridicamente organizadas e reconhecidas por todos, visando controlar e regular a produção de diversas profissões surgidas na Idade Média. Elas congregavam pessoas de um mesmo ofício submetidas a estatutos próprios, não sendo propriamente um estabelecimento de ensino, mas uma corporação de ofícios. Mais tarde, surgem as corporações de estudo, denominada de universitas studii.
            O ensino fornecido nas universidades caracterizava-se, em primeiro lugar, pelo enciclopedismo em consonância com seu tempo. Sua interação era religiosa, subordinada à Teologia, desenvolvido pelo método escolástico. Da mesma forma que a patrística, a escolástica visava a fé e a razão, os dogmas cristãos e as formas de viver piedosamente dentro do que o cristianismo ensina.
            O principal expoente da escolástica é um frade dominicano, teólogo, filósofo italiano, chamado Santo Tomás de Aquino.




[1] BONATO, Nailda Marinho da Costa. Aula 4 - Educação no Ocidente Cristão Medieval: o Papel da Igreja. Texto da Disciplina de História da Educação do Curso de Licenciatura em Pedagogia na Modalidade à Distância da UNIRIO/UAB/CEDERJ. Disponível em http://graduação.cederj.edu.br/ava/mod/folder/view.php?id=14588> Acessado em Ago2012.