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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Estudo da Parashá Vayak'hel (E reuniu/ajuntou)

 

Estudos da Torá


Parashá nº 22 – Vayak’hêl (E reuniu/ajuntou)

Shemôt/Êxodo Ex. 35:1-38:20,

Haftará (Separação) 1Rs 7:13-26, 40-50, e

B’rit Hadashah (Nova Aliança) Mc 9:1-50


1 - INTRODUÇÃO

Inicia-se com Moshê reunindo toda a nação de Israel para transmitir-lhes tudo aquilo que D'us lhe ordenara sobre a construção e a montagem do Mishkan nas três porções prévias da Torá.

Entretanto, Moshê primeiro os adverte novamente sobre a mitsvá fundamental de guardar o Shabbat, lembrando-os que embora a construção do Mishkan seja de importância transcendental, não tem precedência sobre a observância semanal do Shabbat. Apenas um dia antes, em Yom Kipur, Moshê desceu do Monte Sinai com o segundo conjunto de Tábuas nas mãos, informando ao povo que eles tinham sido perdoados por D'us do horrível pecado de adorar o bezerro de ouro. Em resposta ao chamado de Moshê, os Filhos de Israel vieram com contribuições generosas para a construção do Mishkan, produzindo uma abundância de suprimentos.

Os artesãos são escolhidos e inicia-se a construção, e a Torá descreve em detalhes a fabricação de cada aspecto do Mishkan.

2 – ESTUDO DAS PALAVRAS

Vimos desde três parashiot (porções) passadas que a Torá vem tratando da construção do Mishkan (tabernáculo). Vem falando para Moshê levar ao povo de Israel cada palavra do Eterno. No entanto, nessa porção acontece algo que nos leva a parar e refletir sobre o texto. No primeiro verso dessa porção o Eterno interrompe as ordens da construção do Mishkan e fala sobre a prioridade do Shabbat (Descanso) em relação aos trabalhos relacionados à construção do tabernáculo. E é sobre isso que estudaremos.


Moshê reuniu toda a comunidade dos filhos de Israel e lhes disse: “Isto é o que o Eterno ordenou a fazer. Todo o trabalho deve ser feito em seis dias, mas o sétimo dia deverá ser para vocês um dia sagrado, um shabbat de descanso absoluto em honra do Eterno. Quem realizar qualquer trabalho nesse dia será executado. No shabbat, não acendam fogo em seus lares””. (Ex 35:1-3)


Os antigos entendem que esta porção começa um dia depois de Moshê ter descido do Monte Sinai, com as segundas tábuas das dez palavras. Eles dizem que aquele dia em que ele desceu do Monte era Yom Kipur, e que no outro dia reúne o povo, homens, mulheres e crianças, para dizer-lhes que HaShem havia ordenado iniciar a construção do Mishkan (tabernáculo). Segundo o Midrash, nós sabemos muito sobre o Mishkan, pois viemos estudando sobre ele desde semanas atrás. Já os filhos de Israel, naquele dia, nada sabiam sobre ele ainda, pois Moshê somente os instruiu sobre isso após o Yom Kipur.

O Midrash ainda diz que Moshê anunciou ao povo que o Eterno os havia perdoado por fazerem o bezerro de ouro, e que sua Shechiná (presença) permaneceria novamente entre eles, no Mishkan, a tenda que eles deveriam construir. É dito pelos antigos que o júbilo entre os filhos de Israel foi enorme, com a notícia, uma vez que desde o ocorrido com o bezerro de ouro eles tinham estado muito tristes, devido a ausência do Eterno entre ele.

No entanto, Moshê adverte que o Shabat deveria ser respeitado, e antes mesmo de dar as instruções sobre a construção do Mishkan, o Eterno lhe pede para advertir ao povo. Embora a construção do Mishkan seja um trabalho sagrado, sempre devem interrompê-lo antes que comece o Shabat.

Assim, Moshê reúne o povo e fala, segundo a ordem do Eterno, sobre o shabat, antes de começar a obra do tabernáculo (Mishkan), repetindo a importância desse dia, a fim de que fique claro que o mandamento do shabat tem prioridade até mesmo sobre a construção do Mishkan.

Como percebemos até aqui, Moshê toma uma atitude, a de ajuntar o povo e passar as palavras do Eterno. Sobre isso o site ShemaYsrael diz que, quando Moshê fala ao povo, deixa claro que o que estavam recebendo naquele momento não são meras palavras que devem ser esquecidas ou negligenciadas. Veja que o site continua mostrando que Moshê diz “…Estas são as palavras que o Eterno ordenou que se cumprissem” e o termo traduzido por “palavrasem hebraico vem da raiz davar” e significa “falar, declarar, conversar, ordenar, prometer. Mas, quem havia dito “estas palavras”? Nossa tradução nos fala de “Senhor”, mas o hebraico nos informa que quem disso isso foi HaShemo tetragrama. O Eterno agora se tornara para seu povo um Legislador que trazia sobre eles ordenanças (ordenou) que em hebraico é tsawa, e significa “ordenar, incumbir. A raiz da palavra designa a instrução de um pai para seu filho; de um fazendeiro a seus lavradores; de um rei a seus servos. Aqui fica claro que o Eterno torna-se para o povo de Israel seu legislador e que lhes trará a partir de agora um “reforço” em sua Palavra, pois veremos que aquilo que o Eterno dirá ao povo já foi dito anteriormente, mas Ele volta a novamente instruir seus filhos a fim de poderem continuar a andar no caminho correto diante do Senhor!

Acerca do verso 1 dessa porção, o comentário da Torá da Editora Sefer nos diz que, o Midrash atribui a Moshê a instituição do costume dos israelitas de se juntarem após a reza no templo ou na casa de um correligionário, principalmente no dia de sábado, para discutir sobre o trecho da Torá lido na casa de oração, sobre alguma passagem do Talmud, do Midrash, ou pelo menos para ler Salmos. (Página 271)

Encontramos ainda no comentário da Torá, que Moisés reuniu o povo, e começou a ensinar-lhes as leis do shabat, pois parece ter-lhe dito o Eterno: “Adote este costume de fazer reunir o povo, a fim de ensinar-lhe as regras de sua conduta e inspirar-lhe o amor pela Torá. Essas reuniões servirão de modelo para as futuras gerações. Assim, a luz não se apagará em Israel e Meu nome será glorificado de geração em geração.” (Midrash Ialcut 408).

Até este momento do relato da Torá, as ordens de HaShem estavam sendo transmitidas ao povo, eles ainda não tinham iniciado a construção do Mishkan (tabernáculo). Veja que no verso 20 toda a comunidade sai da presença de Moisés e retornam para seus lugares, suas tendas, e começam a trazer as ofertas que haviam sido mencionadas na parashá Terumá (Ex 25:1-27:19), e é relembrada no verso 4 em diante dessa porção.

Agora, quando olhamos para este texto que estamos estudando reparamos que o Eterno antes de permitir o povo começar a obras do Mishkan (tabernáculo), repete a importância do Shabbat, para que fique bem claro, que o mandamento do Sábado tem prioridade até sobre a construção do tabernáculo. O que o Eterno queria, era que o povo fixasse em sua mente o entendimento do princípio do mandamento. Que o Shabbat é mais importante que aquela obra, mostrando assim, que o homem tem que se fixar mais na sua tarefa de obedecer ao Eterno enquanto vive, isto é, no seu caminhar, do que em outras coisas paralelas, mesmo que essas digam respeito a coisas sagradas. Veja o que diz Yeshua a esse respeito em Mt 19:16-22:


Eis que alguém se aproximou de Yeshua e lhe perguntou: "Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna? "Respondeu-lhe Yeshua: "Por que você me pergunta sobre o que é bom? Há somente um que é bom. Se você quer entrar na vida, obedeça aos mandamentos"."Quais?", perguntou ele. Yeshua respondeu: "‘Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe’ e ‘amarás o teu próximo como a ti mesmo’".Disse-lhe o jovem: "A tudo isso tenho obedecido. O que me falta ainda? "Yeshua respondeu: "Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me".Ouvindo isso, o jovem afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas.”


Repare que a resposta de Yeshua para “como fazer para herdar a vida Eterna?” é, “obedecer aos mandamentos”. E a pessoa pergunta quais mandamentos. Yeshua então começa a mencionar os mandamentos que são relacionados ao homem com o seu semelhante, os que estão em uma das tábuas que o Eterno entregou a Moshê. Isso porque os mandamentos que são relacionados ao homem com Deus são considerados indiscutíveis, pois são totalmente absolutos. Sendo assim, obedecer ao Eterno é mais importante, pois se o amamos o obedecemos:


Porque nisto consiste o amor a Deus: obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados.” 1Jo 5.3


Respondeu Yeshua: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele morada. Aquele que não me ama não guarda as minhas palavras. Estas palavras que vocês estão ouvindo não são minhas; são de meu Pai que me enviou.” Jo 14:23 e 24


Voltando à questão do trabalho, repare que o ser humano sente-se realizado no seu trabalho, quando produz algo, e especialmente se pode fazer algo para o Eterno. E ele pode valorizar tanto o seu trabalho, que corre o risco de esquecer as prioridades maiores, como a esposa e a família. E neste caso, os filhos de Israel corriam o perigo de esquecer o mandamento de HaShem por causa da sua devoção à obra do Eterno. Esta, infelizmente é uma tentação em todo o obreiro de HaShem, esquecer o Eterno para dedicar-se à Sua obra. Muitos estão dedicando tanto tempo a estudar comentários sobre as Escrituras e aos trabalhos da congregação que lideram, que acabam por esquecer-se de ter comunhão com o próprio D’us, e até mesmo de cuidar de sua família, principalmente pelo exemplo de uma vida justa. E neste caso específico, o remédio contra isso é colocar o Shabbat como prioridade em relação aquela obra. No Shabbat o obreiro para o seu trabalho e dedica-se à oração, ao estudo da Torá e à sua família, ajudando-o a manter a sua relação principalmente com o Eterno, mas também com sua família.

Certa vez, um estudante rabínico procurou o rabino Ben Tizion e alegou que não podia comprar para a esposa um vestido novo porque dedicava todo seu tempo ao estudo da Torá. Nesse caso, disse o rabino, "feche seu tamuld, arranje um trabalho e vá comprar o que sua mulher precisa. Esse é um dos termos da ketubá (contrato de casamento) a obrigação do marido prover sua esposa. No hebraico "casar e carregar" é a mesma palavra “lasset”. Quando um homem casa é seu trabalho carregar (sustentar) a esposa.

Então, continuemos falando sobre Shabat! O que significa essa palavra?

Em hebraico “Shabat” significa repouso, descanso. Ela sempre vai se remeter a repouso, e não ao sétimo dia em si, embora ambos estejam ligados, pois no sétimo dia será shabat. Basta olharmos os textos bíblicos, tanto da Torá, como dos profetas, e até mesmo os escritos do chamado Novo Testamento para compreendermos que se refere ao ato de descansar no sétimo dia.

No comentário da Torá diz o seguinte sobre a criação do Shabbat pelo Eterno:

“Antes de formar, no sexto dia, o homem, o ser mais importante da Criação, Deus preparou-lhe o máximo de conforto e felicidade. O sol, a lua e as estrelas para iluminar o seu caminho; as flores para gozar de seus perfumes; os pássaros para entoar-lhe os seus cânticos harmoniosos, e todos os bens da terra para desfrutar deles segundo seu desejo. Faltava dar-lhe o exemplo do Shabbat (Descanso), o dia em que deveria dedicar-se ao repouso do corpo e da alma, ao regozijo e à elevação do seu espírito. “E Deus descansou, abençoou e santificou o sétimo dia”.


Em outro comentário diz que, a observância do Shabbat é o sinal que testemunha que o Eterno é o Criador do Universo e que completou Seu trabalho no sétimo dia. Nós, entretanto, devemos abster-nos de todo trabalho criativo no sábado para demonstrar que não somos os donos deste mundo, mas somente os servidores de D’us para cumprir Seus mandamentos.

A observância do Shabbat é importante para que possamos reconhecer o Criador, e para demonstrar para as pessoas que somos servos do Eterno que criou todas as coisas (Ex 20:8-11; Ex 31:12-18; Lv 23;1-3; Is 56:2; Is 58:13). E podemos perceber isso em passagens do chamado Novo Testamento que são muito mal interpretadas, por falta de conhecimento do contexto judaico das Escrituras, em que muitas pessoas afirmam que Yeshua anulou os mandamentos, mas é justamente o contrário. É preciso que olhemos para esses textos com olhares corretos (Mc 2:23-28; Mc 12:12; Mc 6:2; Jo 7:23; Jo 9:14 (lodo); At 16:13; At 17:2 (Paulo tinha costume).

É interessante observar a importância do dia de descanso para a vida dos servos do Eterno. Note que segundo alguns sábios do povo de Israel, o tempo é representado pelo Shabat. Todos os dias da semana estão vinculados ao Shabat. Veja que Domingo, segunda e terça-feiras estão ligados ao Shabat anterior e quarta, quinta e sexta-feiras estão ligados ao Shabat posterior.

O Rabino Isaac Dichi, em sua obra Nos Caminhos da Eternidade, afirma que ao cumprir o Shabat conforme as regras que a Torá prescreve, o povo testemunha que o Todo Poderoso criou o mundo em seis dias e no sétimo se absteve de criar. Os sábios de Israel, de acordo com o rabino, o final da semana, do mês e do ano devem ser períodos dedicados a um balanço espiritual, ou seja, ele mostra que devemos a cada Shabat avaliar nossa vida de obediência aos mandamentos do Eterno.

Quando Yom Teruá – Dia das Trombetas, se aproxima, o indivíduo começa a meditar sobre suas atitudes, tentando eliminar seus maus hábitos, para se aproximar mais e mais da Torá e de suas mitsvot na prática, e consequentemente ao Eterno. Assim, é também no êrev Shabat – início de Shabat. Da mesma forma que o indivíduo se prepara para o Shabat, banhando-se e trocando suas vestimentas do dia a dia, assim também deve se expurgar das más atitudes que eventualmente tenha feito durante a semana. Deve vestir-se espiritualmente de maneira adequada, libertando-se das manchas do pecado, da mesma forma que fez com as roupas diárias.

O livro “Divrê Shemuel” traz um exemplo expressivo para transmitir o sentido do início (entrada) do Shabat: Um indivíduo estava em uma estrada em um dia de muita chuva, com frio, molhado, com fome, sede e sem saber o que fazer.

De repente surge em seu caminho uma hospedaria, onde, para sua alegria completa, encontra tudo o que precisa – uma lareira para se esquentar, água quente para se banhar, a possibilidade de trocar suas roupas molhadas e uma alimentação adequada.

Assim é o Shabat para nós. Depois de uma semana de trabalho intenso e cansativo, chega o Shabat para nos reanimar e para nos revigorar, para podermos prosseguir o nosso caminho.

Exemplo semelhante encontramos no midrash. Ele conta que um homem estava se afogando em alto-mar e de repente percebeu a aproximação de uma embarcação. De dentro lhe jogam uma corda, dizendo para segurar firme. Disseram também que durante todo o tempo em que a estiver segurando, não se afogará.

Assim é o Shabat; os dias da semana são semelhantes a um oceano, com altas ondas e no Shabat o Todo-Poderoso nos estende uma corda. Ao nos ligarmos a esta corda, temos condições de sobreviver.

Ainda falando sobre o Shabat, vamos agora tratar um pouco sobre o mandamento de não acender fogo nesse dia. Vejamos o que diz o texto:


Não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no dia do sábado.” Ex 35:3


Como já dissemos em estudos anteriores este preceito ou mandamento pertence à categoria das leis chamadas “Chukim”, ou seja são leis as quais a Torá não explica a razão delas existirem.

Encontramos um interessante comentário no estudo dessa parashá no site Emunah a fé dos santos, ele diz que a razão pela qual não se pode acender fogo no Shabbat é que o fogo intervém na criação, alterando os elementos. O homem não tem o direito de intervir na criação no Shabbat para assim reconhecer que está submetido ao Criador. A palavra hebraica que fora traduzida como “acendereis” é “baar” que significa “arder”; “acender-se”; “incendiar-se”; “queimar-se”. A pessoa que faz tal coisa viola o Shabat. No entanto, se alguém viver em um local gélido, onde é necessário acender, o que deverá fazer? Morrer de frio? Claro que não! Neste e em casos similares, é permitido acender fogo, porque os mandamentos foram dados para vida, não para morte, como lemos em Lv 18:5


Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, observando-os o homem, viverá por eles. Eu sou o Eterno.”


Pense bem, se alguém morre por causa de um mandamento, não cumpriu o propósito do mandamento que é dar vida. É permitido quebrar todos os mandamentos para preservar a vida humana, excepto três mandamentos, porque a vida humana tem prioridade sobre os mandamentos. Os três mandamentos que não se podem violar ainda que tenhamos que dar a nossa vida por causa disso são: Não praticar a idolatria, não assassinar e não cometer adultério.

E talvez, possamos colocar junto a esses três mandamentos que não podemos quebrar, mais uma coisa. Com a vinda do Messias e sua vida justa, vivida para nos ensinar a Torá limpa de tradições humanas, talvez possamos acrescentar o fato de não negá-lo como Messias de Israel e como aquele que trouxe a salvação do Eterno a quem o seguir obediente a HaShem.

É preferível morrer do que quebrar um desses mandamentos ou negar ao messias. Logo, se uma pessoa corre perigo de adoecer por não acender fogo no Shabat, é permitido fazê-lo, porque a enfermidade é um prenúncio/primogênito da morte e atenta contra a vida humana, conforme podemos ler em Jó 18:13.


Que possamos nos lembrar e guardar o shabat, e junto com ele, cada mandamento do Eterno que cabe a nós.

Que o Eterno lhes abençoe!

Por: Pr. Marcelo Santos da Silva (Marcelo Peregrino Silva)

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Estudo da Parashá Ki Tissá (Quando fizeres)

 

Estudos da Torá


Parashá nº 21 – Ki Tissá (Quando fizeres)

Shemôt/Êxodo Ex 30:11 – 34:35,

Haftará (Separação) 1Rs 18:1-39, e

B’rit Hadashah (Nova Aliança) Mc 7:1-8:38 e 1Co 8:4-13


1 - INTRODUÇÃO

Vamos ao resumo da parashá Ki Tissá, que começa com a ordem de D'us a Moshê para fazer um recenseamento, coletando uma contribuição igual de uma moeda de meio-shêkel de cada adulto do sexo masculino entre as idades de 20 e 60 anos, e estes valores iriam para o Mishkan (Tabernáculo).

O Eterno descreve a Moshê o kiyor de cobre (lavatório e base) na qual os Cohanim santificarão suas mãos e pés antes de servirem no Mishkan. É também discutido o azeite para unção que seria usado para santificar os vários utensílios para uso normal. A isso segue-se a receita para o ketoret, insenso aromático a ser queimado duas vezes ao dia. D'us designa Betsalel, da tribo de Yehudá, e Oholiyav, da tribo de Dan, para supervisionar a construção do Mishkan, que estava para ser iniciada. A mitsvá do Shabat é então repetida para advertir a nação de que mesmo a construção do Mishkan não suplanta a observância do dia semanal de descanso.

A Torá retorna à narrativa da Revelação no Monte Sinai, e descreve o terrível pecado do bezerro de ouro. D'us aceita as preces de Moshê para que os filhos de Israel sejam poupados da aniquilação por sua grave transgressão, e Moshê desce da montanha com as duas Tábuas dos Dez Mandamentos.

Ao testemunhar uma parcela da população dançando ao redor do Bezerro de Ouro, Moshê quebra as Tábuas e queima o ídolo, iniciando o processo de arrependimento, teshuvah do povo. Como resultado da queda do povo de seu patamar espiritual elevado, D'us anuncia que Sua presença não pode residir entre eles.

Moshê é forçado a mudar temporariamente a tenda para fora do acampamento, para que D'us continue a se comunicar com ele. Moshê novamente sobe à montanha para rezar a D'us para que perdoe o povo judeu, e lhes devolva o status de povo escolhido. Moshê finalmente retorna com o segundo conjunto de tábuas e um pacto renovado com D'us; sua face aparece resplandecente como resultado da revelação Divina.

Vejamos então, alguns dos muitos aprendizados que essa parashá nos traz.


2 – ESTUDO DAS PALAVRAS

Vimos nos estudos das duas porções passadas, a porção Terumá e a Tetsavê, que a Torá se concentrou em dar a descrição do tabernáculo, dos mobiliários e vestuário dos sacerdotes. Na porção dessa semana continuam as instruções de HaShem para Moshê no monte Sinai. Veremos também sobre o resgate de uma vida e sobre o pecado do povo que não aguentou esperar pela volta de Moshê, que estava recebendo as instruções do Eterno a fim de conduzi-los no caminho de santidade e vida. Infelizmente muitos querem resultados imediatos, mas não é assim com o Eterno.


Então o Eterno disse a Moshe:” Quando você toma um censo dos israelitas para conectá-los, cada um deve pagar ao Eterno um resgate por sua vida no momento em que ele é contado. Então nenhuma praga virá sobre eles quando você os numerará.” (Êx 30:11-12)


Nosso estudo tem início com os versos acima, o povo de Israel deveriam dar um “resgate”, que em hebraico é koper trazendo o significado de “resgate, dádiva para obter favor”. Ela vem da raiz que traz o significado de “cobrir, ocultar. E a palavra seguinte no texto é “alma”, que vem do hebraico nephesh significando “vida, alma, criatura, mente”. O apontamento disso é que cada israelita deveria trazer o valor para resgatar a sua própria vida perante o Eterno. Mas espere que veremos um midrash explicando bem o motivo de eles terem que efetuar resgate. Porém, profeticamente, isso aponta para o fato que a pessoa precisa pagar seu resgate, e que o Eterno aceita esse resgate desde que seja feito seguindo um padrão igual para todos.

Note bem, que ninguém deveria pagar mais ou menos pelo resgate, pois há igualdade diante do Eterno que não pode ser quebrada, pois para HaShem, todo ser humano tem o mesmo valor, independente de quem seja, quanto dinheiro tenha, sua nacionalidade, cor da pele, etc.

Esse resgate evitaria que a praga lhes atingissem. Percebam que não estou dizendo, que a pessoa pode comprar seu resgate, e nem a Torá ensina isso. O que está sendo dito aqui, é que através deste ato, que é um apontamento profético, o homem pecador teria seu pecado coberto, e sua vida, que se compõe da alma e também dos seus sentimentos, poderia ser restaurada. Ou seja, o Eterno mostra que havia providenciado o meio de resgate, de redenção. Fazendo um apontamento para o messias, que viveria uma vida justa de forma a tê-la comparada ao meio shekel, que resgatava a vida dos israelitas

É interessante notar que a Torá traz essa parte antes de acontecer um motivo para que os israelitas precisassem de um resgate. O pecado do bezerro de ouro está registrado depois dessa parte, mas deveria estar antes, porém o Eterno queria nos ensinar algo, e inverteu a ordem. Vejamos o que um midrash fala sobre isso.

A Contagem do Povo de Israel

Após o pecado do bezerro de ouro, o povo judeu é contado. D'us ordenou a Moshê que contasse o povo de Israel.

A mitsvá de contá-los foi, na verdade, dada a Moshê mais tarde, após o pecado do bezerro de ouro. No entanto, é recordada na Torá antes da narrativa do pecado.

Muitos judeus morreram na praga ocorrida logo após o pecado do bezerro de ouro e D'us queria determinar o número dos sobreviventes.

Um fazendeiro apreciava muito o seu bem cuidado e maravilhoso rebanho. Porém, um dia, uma peste atingiu as ovelhas e muitas delas pereceram. Depois da devastação ter se aplacado, o proprietário ordenou aos seus pastores: "Contem minhas ovelhas para ver quantas sobreviveram!"

Apesar de que D'us certamente sabia o número de sobreviventes e, portanto, não precisava de um censo, Ele estabeleceu a mitsvá (preceito) para o benefício do povo judeu.

Após o pecado do bezerro de ouro, os povos zombaram: "Vejam esta nação que, quarenta dias após terem pronunciado 'faremos e ouviremos,' no monte Sinai, fabricaram um bezerro de ouro! Seu pecado é imperdoável; D'us nunca mais os aceitará como Seu povo!" Para refutar esta afirmação, D'us ordenou: "Contem as cabeças do povo de Israel!" D'us empregou a palavra 'seú', que significa também "Levante as cabeças!" Ele explicou a Moshê que através da contribuição de uma moeda para o tesouro do Tabernáculo (através das quais eles seriam contados), os judeus resgatariam suas vidas, que foram perdidas no pecado do bezerro de ouro. Assim, o procedimento de contagem mediante moedas doadas "levantaria suas cabeças" - isto é, concederia a eles o perdão pelo pecado.

Quando Moshê ouviu as ordens de D'us, ficou apreensivo, achando que cada judeu teria de contribuir com uma moeda muito valiosa.

"Não é como você pensa, Moshê", D'us assegurou-lhe. "Vocês não terão que Me pagar com moedas que valem cem, cinqüenta, nem mesmo trinta pedaços de prata. Tudo o que peço de cada judeu é que doe uma pequena moeda que valha meio-shekel!"

D'us produziu uma moeda de meio-shekel, demonstrando a Moshê seu tamanho e sua forma, instruindo-o: "Este é o tipo de moeda que eles devem dar!"

As moedas de meio-shekel deste censo foram fundidas e moldadas como encaixes, que foram usados para suportar as vigas do Tabernáculo.

A doação de meio-shekel de cada judeu não foi uma mitsvá instituída unicamente para aquela vez, em consequência do pecado, mas sim, foi estabelecido como uma doação anual permanente. Destas coletas eram comprados os animais para as oferendas da comunidade, para que todo o povo de Israel pudesse ter uma parte nelas.

Quando o Templo Sagrado existia, era realizada uma proclamação a cada ano no primeiro dia de Adar em todas as cidades de Israel, recordando a todos para que preparassem um meio-shekel para o Templo Sagrado. A coleta em si ocorria entre 1 de Adar e 1 de Nissan. Por que o mês de Adar foi escolhido como época de coleta dos shekalim do povo de Israel?

D'us previu que o malvado Haman daria para o rei Achashverosh dez mil kikar de prata em troca da permissão para exterminar os judeus em Adar. Disse D'us: "Que as doações dos Meus filhos precedam-no, para que sejam salvos das mãos dele."

Os shekalim atendiam a dois propósitos: como renda para o Tabernáculo e o Templo Sagrado, e como meio de fazer o censo, pois D'us proibiu contar os judeus diretamente, dizendo a Moshê: "Não conte o povo de Israel diretamente, pois a bênção Divina não paira sobre algo que foi contado ou medido."

Quando os reis judeus costumavam fazer o censo da população, cuidavam para não transgredir a proibição de contar pessoas diretamente. O rei Shaul, no começo do seu reinado, quando eram pobres, contou o povo através de pedrinhas. Mais tarde, quando o reinado tornou-se rico, foram substituídas por uma ovelha por cada judeu.

Tudo isso que vimos é parte do entendimento dos estudiosos judeus a respeito dos versos 11 e 12.

Segundo a promessa feita a Avraham, não se poderiam contar os filhos de Israel, de tão numerosos que seriam, conforme Gênesis 15:5. Aqui a questão de não poder, implica “impossibilidade de”, devido ao tão grande número, contudo, este texto mostra que, não se podia fazer também no contexto de “não permissão para” contar os filhos de Israel. Quando o rei David o tentou fazer, veio uma praga sobre o povo, cf. 2 Samuel 24:1-10; 1 Crônicas 21:1-7. Os filhos de Israel teriam que fazer duas coisas para evitar a praga. A primeira coisa é que cada um desse uma moeda e assim se poderiam contar as moedas em vez de contar o povo diretamente. A segunda coisa é que essa moeda de prata serviria como um preço de resgaste, uma expiação para que não viesse a praga ao serem contados.

Conforme já mencionamos antes, este trecho da parashá é um apontamento profético para o resgate que o Eterno providenciara por meio do messias nos 3 milênios seguintes ao seu nascimento e ministério.

Ainda sobre esse mandamento a respeito da contagem do povo através da moedas de meio shekel, podemos aprender mais algumas coisas práticas para nossas vidas. No site Chabad, encontramos um artigo do Rab. Yosef Y. Jacobson, dizendo que duas mensagens, aparentemente, estão sendo transmitidas aqui:


1 - Qual é o seu valor?

Primeiro, a Torá está sugerindo que você seja contado não com base naquilo que é, mas naquilo que você dá. Seu valor genuíno vem da sua contribuição para outra alma, do amor e bondade que você entrega a outro coração. O autor diz que Sir Moses Montefiore, um diplomata e filantropo judeu do Século 19, certa vez foi indagado sobre quanto valia. O homem milionário pensou por um instante e disse um número. O outro respondeu: “Isso não pode estar certo. Pelos meus cálculos você deve valer muito mais.” A resposta de Moses Montefiore foi: “Você não me perguntou quanto eu possuo. Portanto, calculei a quantia que doei para caridade este ano e foi este número que lhe forneci. Veja,” disse ele, “você vale aquilo que está disposto a dividir com os outros.”


2 - Avaliando um povo

Porém, parece haver uma mensagem mais vital apresentada aqui, que parece reverberar através da história. Para avaliar o valor e grandeza de um povo, a Torá está sugerindo, você deve estudar não o número de corpos, mas a profundidade de suas contribuições. O que mais importa não é a quantidade de seus adeptos, mas sim seu comprometimento em fazer uma diferença e sua inspiração e ânimo para fazer sacrifícios por seus valores e ideais. Números podem ser desapontadores. Grandes grupos de pessoas com frequência mal deixam um vestígio. Por outro lado, há vezes em que pequenos grupos, quando empenharam alma e coração em seu sistema de valores, causaram um enorme impacto, totalmente desproporcional aos seus números. Para avaliar a importância da existência judaica, a Torá está nos dizendo, você deve estudar não os seus números: os judeus jamais constituíram mais de um por cento da sociedade. Em vez disso, você deve examinar o impacto que este pequeno grupo monoteísta tem causado no mundo. Outras nações, culturas e civilizações tiveram números muito maiores, territórios mais vastos e exércitos mais poderosos. Mas ninguém deixou uma impressão no próprio tecido da civilização como os relativamente poucos e perseguidos descendentes de Avraham, Yitschac e Yaacov.

O autor continua, como escreveu o escritor católico Thomas Cahill em seu bestseller “Os Presentes dos Judeus: Como uma Tribo de Nômades do Deserto Mudou a Maneira de Todos Pensarem e Sentirem”: “A maioria de nossas melhores palavras na verdade – novo, aventura, surpresa; indivíduo singular, pessoa, vocação; tempo, história, futuro; liberdade, progresso, espírito; fé, esperança e justiça – são presentes dos judeus… Mal conseguimos levantar pela manhã ou atravessar uma rua sem sermos judeus. Sonhamos sonhos judeus e esperamos esperanças judaicas.” Aqui está uma passagem do historiador contemporâneo Paul Johson em seu bestseller “História dos Judeus”:

Todas as grandes descobertas conceituais do intelecto parecem óbvias e inescapáveis depois que foram reveladas, mas é preciso um gênio especial para formulá-las pela primeira vez. O judeu tem este dom. A eles devemos a ideia de igualdade perante a lei, tanto divina quanto humana; da santidade da vida e da dignidade da pessoa humana; da consciência individual e da redenção pessoal; da consciência coletiva e da responsabilidade social; da paz como uma ideia abstrata e amor como o alicerce da justiça, e muitos outros itens que constituem a mobília básica moral da mente humana. Sem os judeus, isso poderia ter sido um lugar muito mais vazio.”

O Poder do Amor

O rabino Jacobson, no referido artigo, ainda continua, e diz que, assim como isso tudo é verdadeiro a respeito da nossa identidade nacional, é verdadeiro no que concerne a cada pessoa individualmente. Às vezes você poderia pensar consigo mesmo: “Não tenho valor; não valho nada.” Vem a Torá e diz que você por si mesmo, enclausurado em sua vaidade e egoísmo, pode de fato representar uma criatura pequena, fútil, indigna de ser contada. “Se eu for somente para mim mesmo, o que sou eu.” Hilel é citado como dizendo isto em Ética dos Pais. No entanto, cada um de nós tem o poder de contribuir com algo para o mundo, de buscar uma pessoa em necessidade. Cada um de nós tem a capacidade de tocar um coração, elevar um espírito, acender uma alma, olhar um ser humano nos olhos e dizer “Eu te amo.” Você pode na verdade ser pequeno, mas o amor e luz que você pode levar a outra vida através de um simples gesto, um “bom dia” sincero, ou um ato de bondade e gentileza, não pode ser contado o suficiente.

Aprendemos mais uma vez, que a Torá estabelece o amor como o princípio básico para uma vida de obediência ao Eterno.


O rico não dará mais, e o pobre não dará menos da metade do siclo, quando derem a oferta alçada ao Eterno, para fazer expiação por vossas almas.” Ex 30:15


De acordo com o site Emunah a fé dos santos, cada alma tinha um preço de resgate de meio siclo. Os ricos não pagavam mais nem os pobres pagavam menos. Isto ensina-nos que cada alma tem o mesmo valor diante do Eterno, não importa qual a condição econômica. A Torá nos ensina que diante do Eterno todos tem o mesmo valor, tanto que a vida justa de Yeshua serve para todos os que desejam e vivem segundo a Torá.

Farás também uma pia de cobre com a sua base de cobre, para lavar; e a porás entre a tenda da congregação e o altar; e nela deitarás águaEx 30:18


Vamos agora falar um pouco da “pia de cobre”. O site Shema Ysrael diz que, esta pia tem um simbolismo muito forte, pois ela nos fala que após o homem ter se convertido (passado pela porta do Tabernáculo – que é Yeshua), após o homem ter morrido para o pecado (passando pelo altar de sacrifícios), agora ele precisa ter sua vida purificada, E Aharon e seus filhos nela lavarão as suas mãos e os seus pésÊx 30:19, e para isso é necessário passar pela pia de cobre, a fim de que, através do batismo, sejamos inseridos num outro contexto em nossa caminhada com o Eterno e que estejamos dando nosso testemunho público de que nossa fé está embasada no D-us verdadeiro! A pia de cobre nos fala sobre uma nova vida que morre para o mundo e ressurge já transformada para D-us! E vemos o apóstolo Paulo falando sobre isso:


De sorte que fomos sepultados com ele pela imersão na morte; para que, como o Ungido foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida(Rm 6:4).


D’us ordenou que uma grande pia especial de cobre fosse construída e colocada no pátio do Tabernáculo, entre o Ohel Moed (Côdesh) e o altar exterior. Este lavatório era enchido com água a cada manhã para que os cohanim pudessem lavar suas mãos e seus pés antes de iniciar o serviço Divino.

Por que D’us ordenou aos cohanim que lavassem mãos e pés antes de iniciar seu trabalho no Santuário?

Poderíamos responder que D’us queria assegurar-se de que suas mãos e pés estivessem limpos. Esta explicação é verdadeira, mas também existe uma outra razão mais profunda para esta ordem.

Ao verter água de uma vasilha sagrada sobre suas mãos e pés antes do serviço Divino, tais partes do corpo se santificavam. Será que não era necessário santificar também o resto do corpo? O corpo dos cohanim já se tornavam sagrados ao vestirem suas roupas sacerdotais. A água, então era utilizada para santificar mãos e pés que ficavam descobertos.

Vemos esse contexto de iniciar serviço ao Eterno de mãos e pés purificados também na vida de Yeshua, que em seu ministério deu um ensinamento exatamente com base no que a Torá ensina, vejamos:


Chegou-se a Simão Pedro, que lhe disse: "Senhor, vais lavar os meus pés? " Respondeu Yeshua: "Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá". Disse Pedro: "Não; nunca lavarás os meus pés". Yeshua respondeu: "Se eu não os lavar, você não terá parte comigo". Respondeu Simão Pedro: "Então, Senhor, não apenas os meus pés, mas também as minhas mãos e a minha cabeça! " Respondeu Yeshua: "Quem já se banhou precisa apenas lavar os pés; todo o seu corpo está limpo. Vocês estão limpos, mas nem todos". João 13:6-10


Aqui Yeshua estava passando a autoridade para os talmidim (discípulos) levarem adiante o ensino do reino, e para isso eles precisariam estar purificados. Yeshua faz essa purificação dos pés com água, e Pedro não entende o que o mestre estava fazendo, até que Yeshua explica.

O princípio é o mesmo que vemos nessa parashá. Purificar para servir. Servir para purificar a outros, seguindo o exemplo do nosso mestre Yeshua.

Que possamos seguir ao Eterno, seguindo o exemplo de nosso mestre Yeshua, vivendo em obediência a Torá e levando a verdade a outros que estão na escuridão.


Que HaShem lhes abençoe!


Bibliografia:


- Torá – Lei de Moisés. Editora Sefer

- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.

- http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/

- http://hebraico.top/biblia-hebraica-online-transliterada/

- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/771028/jewish/Resumo-da-Parash.htm

- http://emunah-fe-dos-santos.weebly.com/uploads/1/4/2/3/14238883/21-_ki_tis_quando_fizeres.pdf

- https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1152760/jewish/Procurando-sua-Auto-Estima.htm

- https://shemaysrael.com/parasha-ki-tissa/

- https://shemaysrael.com/parasha-ki-tisa-de-pe-na-brecha/