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terça-feira, 20 de março de 2018

Estudo sobre as Parábolas de Yeshua (Jesus)





Este estudo é feito dentro do contexto original das Escrituras, como é o nosso propósito, conforme os ensinos do Rab. Joseph Shulam, um judeu messiânico e um dos co-fundadores do Ministério Ensinando de Sião, que tem ensinado as raízes da fé às pessoas que dentre as nações têm crido no testemunho do Messias de Israel, e se convertido assim, ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó. E também, conforme aprendi nas aulas do professor Rab. Matheus Zandona Guimarães, no site da TV Sião.

Nosso objetivo com este estudo é estarmos aptos a entender as parábolas de Yeshua e o que ele queria ensinar ao seu povo. E estaremos vendo inicialmente o conceito de parábola no judaísmo, e então, veremos algumas parábolas dentro do seu contexto.

1. Conceito do termo parábola

A palavra “parábola” é um termo grego traduzido do aramaico (agadá - אגדה),  “parábolas” no plural “agadôt”, elas representam um poderoso e eficaz método de ensino, apesar de ser muito simples. Os sábios de Israel utilizaram muito das agadôt, e ainda utilizam, para ensinar ao povo os conceitos divinos.

2. Características

A Parábola ou Agadá, refere-se aos textos homiléticos e exegéticos não-legalistas na literatura rabínica clássica do judaísmo, particularmente como registrado no Talmud e nos Midrashim. Em geral, a agadá é um compêndio de homilias rabínicas, que incorporam o folclore, anedotas históricas, exortações morais e conselhos práticos em várias esferas da vida das pessoas, de negócios a cuidados médicos.

Então a Parábola é uma forma de ensino, onde serão utilizados elementos típicos da cultura, e elas não são verídicas, pois o que importa é o princípio que elas trazem, os fatos são apenas ferramentas.

Ao longo história de Israel as pessoas usavam Parábolas para expressarem um conceito de forma não ofensiva, geralmente OCULTO na composição da Parábola. Muitas vezes também, devido a razões políticas, as parábolas representavam um método seguro de exortação e crítica. “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”

Apesar de muitos pensarem que parábolas são coisas do Novo Testamento, no Antigo Testamento (Tanak), também podem ser encontradas, como por exemplo as mencionadas abaixo:

- Jotão e as Árvores do Campo – Jz 9:7-21; e
- Natã e a cordeirinha – 2Sm 12:1-12.

Yeshua se utilizava muito dessas Agadôt em seus ensinos, a fim de mostrar os mistérios do Reino de Deus, através dos princípios nelas expresso, e se isentar de afrontar os romanos, porque ele não tinha intenção de afrontá-los diretamente. Todos os seus ensinos proferidos através de parábolas possuem um segredo, uma mensagem importante e ao mesmo tempo oculta do entendimento comum. Somente os atentos à vontade de Deus entendem, por isso ele falava “quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.” (Mt 13:1-11).

O Mestre não somente criou várias parábolas, mas também utilizou-se do conhecimento prévio de parábolas rabínicas de sua época para ensinar e exortar. (Mc 4.34). Um exemplo de como Yeshua usou uma parábola da época dele, para dar um determinado ensino pode ser encontrado em Mt 11:7-9.

3. A Parábola da Semente de Mostarda (Mt 13.31,32)

Esta parábola apresenta uma falsa simplicidade, pois se analisada mais cuidadosamente, revela uma aparente contradição.
Será que Yeshua realmente estava se referindo à semente de mostarda, ou seu objetivo era algo mais profundo? A semente de mostarda é realmente a menor das sementes? Será que existem árvores de mostarda, de forma que seus ramos suportem ninhos? Será que Yeshua sendo um bom judeu, e um bom rabino, não sabia nada de semente e de agricultura?

Na interpretação comum da teologia cristã, devido à passagem de Mt 17.20, o assunto da parábola seria a fé. No entanto, Ele não está falando nem de mostarda e nem de fé, e é por isso que o contexto original deve ser observado.

Perceba que a maioria das vezes que aparece nas Escrituras o termo semente não se refere a fé, mas sim à semente (descendência) de Abraão, à nação de Israel.

זרע (zéra) = semente, descendência. (Gn 12:7; 13:15-16; 15:18; 17:7; Jr 31:36). E isto também demonstra o erro da teologia da substituição.

“...a menor de todas as sementes...” Israel a menor das nações (Dt 7.7).

A “arvore” de mostarda não cresce tanto, e não poderia jamais abrigar um ninho. Isso era uma alegoria, e ele queria lembrar a Israel do legado de seu povo, e o que o Eterno havia prometido por todos os profetas. Eles deveriam ser lembrados do seu legado como nação sacerdotal desde Abraão, ... “ser benção para as nações...”.

Porque mostarda? A mostarda não é doce, ela é um condimento com gosto forte e marcante. Assim como são os judeus também não são nada doces, mas são fortes e marcantes, como diz o Rabino Shulam.

Quanto à árvore que gera galhos para que os pássaros façam ninhos, Yeshua estava fazendo uma MIDRASH (modo de interpretação bíblica milenar, utilizada pelo judeus) com Ezequiel 17:22-24. Ele queria mostrar que naquela ocasião eles estavam tomados pelos romanos, mas que chegaria o tempo em que eles seriam uma grande nação, em que outros viriam a se juntar a eles. Assim, como nós hoje que fomos enxertados no troco de Israel. E tem também Is 2.2-5, que também faz referência ao futuro. A nação de Israel possui a promessa de ser benção para as nações da terra (Gn 12:3; Is 62:2; 65:10-12; Jr 4:1-2; Ez 37:28). O mistério de Rm 11:25, a entrada da plenitude dos gentios, quando nós podemos nos achegar a Israel, pela fé no Messias.

Estas promessas apontam para o dia onde o Deus Israel será o Deus de toda a terra, e Yeshua será o Rei de todas as nações.



4. A parábola dos trabalhadores da Vinha

A teologia cristã tradicional ensina que esta parábola fala de recompensa, de privilégios e não de méritos. Falam das atitudes erradas dos trabalhadores que questionaram o dono da vinha. Falam do anseio de Deus em oferecer a graça a todos e também, evitar a inveja. Embora muitos se preocupem com coisas desnecessárias, como o significado dos horários. Tudo isto é muito bom, ajuda na manutenção do caráter cristão, mas não é o sentido principal da parábola, que está oculto em seu contexto.

Vamos contextualizar o assunto da parábola.
Em Hb 11.6 nos mostra conceitos fundamentais em qualquer religião monoteísta: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”.

- Quem busca a Deus deve crer em Deus, mas não conforme o conceito Greco-romano de acreditar, e sim no sentido de conhecer e ter experiência com ele, é saber que ele é real.
- Sobre recompensa ou galardão, vejamos algumas passagens da “Mishná”, a lei oral, que começou a ser compilada antes de Yeshua:
“Antigono de Sôcho, recebeu de Shimon o Justo. Ele costumava dizer: Não sejam como os servos que servem a seu amo apenas com o intuito de receber a recompensa; mas sim, sejam como os servos que servem a seu amo sem o intuito de serem recompensados; e que o temor dos Céus paire sobre vocês”. (Pikei Avot, cap 1.3)

“Rabino Elazar disse: a)Seja diligente no estudo da Torá e tenha uma resposta pronta para o herege; b) saiba diante de Quem você se esforça; e c) saiba que seu empregador lhe pagará a recompensa por seu trabalho.”

“Rabino Tarfon, que viveu cerca de 100 anos antes de Yeshua, disse: O tempo passa, o trabalho é abundante, os operários são preguiçosos, o salário é alto, o Chefe da casa é exigente.”

“Ele costumava dizer: Não lhe é exigido que complete a tarefa, mas não é livre para dela escapar. Se você estudou bastante Torá, eles lhe darão grande recompensa; e pode confiar que seu Empregador lhe pagará a recompensa por seu trabalho, mas saiba que o prêmio do justo será dada no Mundo Vindouro.” (Cap 2.16-18)

A) Compreendendo os elementos da parábola(Mt 20.1-16)
Pontos a serem observados:
- Um Pai de Família tinha uma Vinha (a necessidade de trabalhadores);
- O contrato com os primeiros trabalhadores, ou trabalhadores da primeira hora;
- A necessidade de mais trabalhadores em outros horários;
- Os trabalhadores da décima primeira hora; e
- A ordem e valor dos pagamentos.

B) Compreendendo o contexto da parábola
O que está oculto nessa parábola? Vamos observar:
- Yeshua não está falando de uma vinha comum. (Isaías 5.1-7) A vinha representa Israel e Judá. O mestre estava fazendo uma midrash, correlacionando a textos do Tanack em sua parábola.
- O segredo da parábola está no fato do dono da vinha ter pago primeiro os últimos, a ordem do pagamento. Por que colocar justamente os últimos trabalhadores para receberem primeiramente? Yeshua tinha algo a ensinar com isso. Vejamos:
·        Quem foram os únicos que receberam um CONTRATO (ACORDO) com o dono da vinha? Os primeiros e todos os outros entraram à partir do contrato dos primeiros.
·        No entanto, para que o trabalho fosse finalizado, foi necessário recrutar outros trabalhadores para que JUNTOS com os primeiros trabalhadores, terminassem a colheita à tempo.
Aí está o segredo desta parábola, agora vamos ver o ensino que Yeshua queria passar com ele, através de outros textos das Escrituras, aos quais ele estava se referindo.
- Um contrato foi feito com os primeiros trabalhadores e JAMAIS foi invalidado. (Ex 6.6; Jr 31.31; Jo 4.22, Rm 1.16; 3.1-2; 9.4-5; 11.2) Os primeiros trabalhadores são o povo de Israel e Judá.
- Porém, para cumprir a missão, o povo de Israel, os primeiros trabalhadores, receberão ajuda. O trabalho só poderá ser completado com a ajuda dos últimos trabalhadores. Quem são os últimos trabalhadores? As nações (Goyn/gentios). (Is 2.2; 56.6-8)
- Os últimos trabalhadores recebem o MESMO GALARDÃO dos primeiros, sendo co-herdeiros e co-participantes com eles. Eles são devedores aos primeiros, pois sem estes não haveria trabalho prestes a ser completado. (Rm 9.4; 15.27; Ef 2.12-13; 3.6) Nós como gentios conectados a Israel, somos devedores a eles. E eles dependem de nós para concluir o trabalho para o qual foram contratatos desde Abraão.
- Os primeiros trabalhadores receberam o acordo, e os últimos COMPARTILHAM deste acordo. O acordo não muda, ou seja a Aliança não foi revogada.
- Para o dono da vinha, não houve diferença no tratamento entre trabalhadores, apesar de haver diferença no tempo de trabalho e na existência de um acordo. (Gl 3.28 x Rm 3.1-2)
- Sem a presença de AMBOS os trabalhadores, a colheita na vinha não poderá ser finalizada. Judeus e Gentios, juntos anunciando o Reino de Deus sobre a Terra.
“A Seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. (Mt 9.37-38)

Conclusão
Yeshua estava falando por meio desta parábola que o Pai estaria chamando outros trabalhadores para que juntamente com eles realizassem o trabalho de ser povo de Deus na terra. E fez isso, fazendo relação com a Torá e os profetas. Que nós possamos ser verdadeiramente esses trabalhadores da última hora, ou os últimos trabalhadores, levando o Reino de Deus aos povos e também à Israel que ainda não reconhecem Yeshua como Messias.


 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Livres para a Liberdade




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         Outro dia, eu ouvia um debate teológico pelo rádio, enquanto dirigia para o trabalho. Eles estavam discutindo a respeito da palavra de Deus ser imutável ou não, e um dos pastores que estavam debatendo falou algo que martelou em meus ouvidos. Isso me levou a desejar estudar com mais cuidado o assunto, e olhar com mais atenção para o texto bíblico dentro do contexto original, ou seja, como os apóstolos e discípulos do primeiro século entendiam o assunto.
O debatedor em sua fala mencionou sobre alguns cristãos estarem dando ênfase demasiada na obediência às leis escritas no Velho Testamento, e repare que ele disse “Velho Testamento” mesmo. Ele afirmou, utilizando o texto aos Gálatas 5.1, que “Cristo nos libertou para que sejamos verdadeiramente livres. E por isso não deveríamos nos colocar novamente debaixo do jugo da escravidão”. Ele afirmou isso no contexto em que vários mandamentos e estatutos do chamado Antigo Testamento, deveriam ser deixados de lado, porque a graça os teria anulado. Infelizmente, um pensamento, tipicamente cristão e altamente antinomista.
         Entretanto, olhemos para o texto sobre o qual o referido pastor tomou por base da sua argumentação. A epístola de Paulo aos Gálatas, no capítulo 5, verso 1, na versão da Bíblia Judaica Completa de David H. Stern, diz o seguinte:

“O Messias nos soltou para a liberdade! Portanto, permaneçam firmes e não se deixem atar novamente a um jugo de escravidão.”

         Normalmente usa-se um versículo para comprovar um ponto de vista, mas isso não é o correto a se fazer. O Rabino Shulam, um judeu messiânico, ensina que, “quando estivermos estudando as Escrituras, a nossa busca deve ser segundo a instrução que ela nos dá, e não para procurar doutrinas”, ou mesmo pontos de vista, pois as Escrituras têm seu próprio ponto de vista muito bem claro. Por isso, a maioria dos cristãos acaba entendendo errado muitas partes das Escrituras Sagradas, e principalmente as cartas de Paulo, porque usam seus textos isoladamente para comprovarem suas doutrinas e não seguindo seus contextos e verdades próprias. Devemos, portanto, procurar o verdadeiro sentido da passagem, precisamos analisar todo o seu contexto, e mais ainda, como ele era entendido quando foi escrito.
         Ao lermos os textos dos capítulos anteriores ao capítulo 5, poderemos perceber que o apóstolo Paulo está falando de salvação pela fé no Messias, está dizendo que antes da salvação o homem era escravo da natureza pecaminosa, veja o que ele diz em Gl 4.8: 

“No passado, quando vocês não conheciam a Deus, serviram como escravos a seres que na realidade não são deuses.”
 
O apóstolo está falando dos crentes não judeus, que antes de conhecerem a Yeshua, eram idólatras, entre outras coisas. Com isso, podemos perceber que o contexto desses capítulos é a justificação e a libertação que o Messias trouxe àqueles que depositam sua confiança nele. O apóstolo não está de maneira nenhuma, colocando-se contra a Lei de Deus, ou dizendo que ela foi abolida, conforme aquele debatedor do rádio estava demonstrando. Ao contrário disso, ele está dizendo que a observância legalista dela não traz nenhum benefício. Se lermos essa carta com cuidado poderemos entender perfeitamente o assunto tratado em seu escopo.
O fato é que apareceram algumas pessoas que se diziam verdadeiros crentes em Yeshua, mas seus verdadeiros objetivos eram escusos. É o que Shaul chama de outro evangelho, ou de evangelho falso, como podemos ver:

“Estou estarrecido com o fato de vocês terem me trocado tão rapidamente, àquele que os chamou pela graça do Messias, por outras supostas “boas-novas”, que não são boas-novas de forma nenhuma! A realidade é que certas pessoas estão aborrecendo vocês e tentando perverter as genuínas boas-novas do Messias...” (Gal 1.6-7).

         Note que Shaul (Paulo) está repreendendo os crentes da Galácia por terem-no rapidamente trocado por outros mestres, que vieram lhes trazendo ensinamentos diferentes acerca da justificação. Entretanto, tais ensinamentos não eram apenas idéias diferentes das que ele tinha ensinado, mas deturpadas e contrárias à verdade contida nas Escrituras que o apóstolo lhes tinha apresentado. A verdade é que “evangelho ou boas-novas”, só são verdadeiras se forem de Cristo, qualquer outra mensagem será falsa, e é isso que ele passa através de seus textos.
Agora, para uma boa compreensão do contexto, é necessário que possamos distinguir, o que é essa observância legalista da lei. Uma vez que dizemos que a carta fala da justificação pela fé em detrimento das obras da lei, necessitamos entender isso de forma correta. David H. Stern, em sua obra Comentário judaico do Novo Testamento, define como “legalismo o falso princípio de que Deus concede aceitação às pessoas, considerando-as justas e dignas de estarem em sua presença, com base na obediência delas a um conjunto de regras, e isso à parte de colocarem sua confiança em Deus, sujeitando-se aos cuidados dele, amando-o e aceitando o seu amor por elas.” É fácil entender o que é legalismo, quando percebemos que Paulo queria dizer que legalismo é uma prática meramente ritualística, sem princípio verdadeiro nas Escrituras, como invenções e práticas humanas criadas a partir das leis ou mandamentos, com a clara intenção de alcançar a justificação por meio delas. É contra isso que o apóstolo estava falando, e não contra os mandamentos ou leis em si mesmos. Paulo estava pregando contra aqueles que insistiam que os gentios que reconheciam Yeshua como messias deveriam guardar os ritos da lei, acerca da circuncisão, para serem justificados.
Então, quando vemos algumas pessoas falando sobre judaizar a igreja, percebemos que na verdade não sabem o que isso significa, pelo fato de terem entendido o texto de Paulo de forma errada. Judaizar é na verdade, conforme os textos que estamos lendo, exigir que um não judeu, obedeça a certas leis e mandamentos que são para os judeus, a fim de que possam ser justificados. Que era o que aquelas pessoas estavam fazendo com os gálatas. Exemplo disso é o que Paulo fala nessa carta sobre a circuncisão, que é para os judeus de sangue. Os gentios que se aproximam do povo de Deus, não precisam se circuncidar, conforme também tiramos de Atos 15. Porém, há mandamentos que devemos sim, cumprir porque são para todos, e a Palavra de Deus também.
Sendo assim, a liberdade que o apóstolo está falando no capítulo 5, não se trata de estar livre para não obedecer às Leis de Deus, mas liberdade da escravidão do pecado, da condenação advinda dele, que é mencionada no capítulo 4, por isso ele fala de justificação pela fé e tentativa de justificação por cumprir a circuncisão. Veja os versos 13 a 15:

“Porque, irmãos vocês foram chamados para serem livres. Apenas não permitam que a liberdade se transforme em desculpa para darem margem à sua velha natureza. Ao contrário, sirvam uns aos outros em amor. Porque a Torah toda é resumida em uma frase: “Ame o próximo como a si mesmo”. Mas se vocês se morderem e arrancarem pedaços uns dos outros, cuidado: vocês acabarão se destruindo!”.

O foco do autor é combater a velha natureza e não o cumprimento das leis de Deus. Até porque as leis de Deus são santas, justas e boas, conforme o apóstolo Paulo fala em Romanos 7.12. E se são boas, porquê as combateria, afinal? Isso comprova para nós a falibilidade dessa teologia ensinada e pregada, nas igrejas, nos rádios e nas tv’s. Uma teologia sem o contexto correto das Escrituras, uma teologia verdadeiramente sem as Escrituras, pois se estudassem com sinceridade, humildade e verdade, poderiam perceber seus erros, assim como também um dia eu e muitos outros que agora abraçam a visão da restauração perceberam.
Finalmente, ao ler o texto em estudo, precisamos descobrir que o Eterno, está transmitindo, através de seu Ruach (Espírito), pelas escritas de Paulo, que a liberdade dada pelo Messias, primeiramente para os judeus que creem nele, e a nós que éramos gentios e fomos enxertados pela fé no testemunho dele, conforme Rm 11 é para vivermos verdadeiramente como filhos que entendem sua responsabilidade no reino de seu Pai. Ele quer transmitir que a liberdade recebida não pode nos conduzir de volta ao pecado e à carnalidade, e que por meio da fé no testemunho de Yeshua, temos agora condições de obedecer às leis e mandamentos, porque fomos salvos, e não para sermos salvos através delas. Por esse motivo devemos voltar às raízes da nossa fé e ao contexto original das Escrituras.

Que Adonai lhes abençoe a todos.

Restauração já