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terça-feira, 5 de maio de 2020

O Rico e o Lázaro no contexto Original

Este estudo é baseado nos ensinos do Ministério Ensinando de Sião.

Lc 16:19-31


"Havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho fino e vivia no luxo todos os dias.

Diante do seu portão fora deixado um mendigo chamado Lázaro, coberto de chagas;

este ansiava comer o que caía da mesa do rico. Em vez disso, os cães vinham lamber as suas feridas.

"Chegou o dia em que o mendigo morreu, e os anjos o levaram para junto de Abraão. O rico também morreu e foi sepultado.
No Hades, onde estava sendo atormentado, ele olhou para cima e viu Abraão de longe, com Lázaro ao seu lado.
Então, chamou-o: ‘Pai Abraão, tem misericórdia de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo na água e refresque a minha língua, porque estou sofrendo muito neste fogo’.
"Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembre-se de que durante a sua vida você recebeu coisas boas, enquanto que Lázaro recebeu coisas más. Agora, porém, ele está sendo consolado aqui e você está em sofrimento.
E além disso, entre vocês e nós há um grande abismo, de forma que os que desejam passar do nosso lado para o seu, ou do seu lado para o nosso, não conseguem’.
"Ele respondeu: ‘Então eu lhe suplico, pai: manda Lázaro ir à casa de meu pai,
pois tenho cinco irmãos. Deixa que ele os avise, a fim de que eles não venham também para este lugar de tormento’.
"Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam’.
" ‘Não, pai Abraão’, disse ele, ‘mas se alguém dentre os mortos fosse até eles, eles se arrependeriam’.
"Abraão respondeu: ‘Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos’ ".


Introdução



Essa parábola tem importância maior do que as pessoas geralmente imaginam. As pessoas sempre tiveram muito interesse em saber a respeito do que acontece no mundo dos mortos. E a parábola não tem o sentido original de dar informações a respeito do mundo dos mortos, como muitos pensam que seja, conforme poderemos entender nesse pequeno estudo.

I - Os Elementos dessa Parábola 
É bom destacarmos os elementos que Yeshua utiliza ao contar essa parábola, a fim de compreendermos melhor o que o mestre queria nos ensinar.

1 - O Rico
a) Se gabava de sua riqueza. Vestia-se de púrpura, que era uma cor muito usada pelos nobres. Entre os judeus usava-se o azul, já entre os romanos usava-se o púrpura. E vestia-se também de linho finíssimo.
b) O texto vai dizer que ele vivia "arregaladamente, esplendidamente, e no luxo" dependendo da versão de bíblia que você estive usando.
c) Não lhe é apresentado o nome desse homem rico. Essa era uma que não tinha importância para o que Yeshua queria ensinar com a parábola.

2 - O Pobre Lázaro
a) Era mendigo.
b) Tinha o corpo coberto de chagas. Em algumas traduções trazem lepra. Será que Yeshua iria dizer que era lepra? A lepra não permitiria que esse homem pudesse estar no meio das pessoas, logo esse homem não poderia estar à porta do rico.
c) Seu nome é Lázaro, em grego. E isso não tem muito significado, mas em hebraico isso é muito significativo.
d) A parábola conta o estado de degradação do mendigo, onde ele se alimentava do lixo do rico e os cães ainda lhe lambiam as chagas. E o rico nada fazia.

3 - Ambos morrem
a) O mendigo morre e vai para o seio de Abraão, ou para junto de Abraão. Ele foi levado pelos anjos.
b) O rico morre também e foi sepultado. E se encontra em tormento no inferno, ou hades, ou sheol, que é o local dos mortos.
c) Há um diálogo entre o rico e Abraão.

II - As Interpretações dessa Parábola
Muitas interpretações foram feitas no decorrer da história, vejamos algumas delas.

1 - Interpretação Literal
Muitos cristãos consideram que ela seja uma história real, pois não se inicia como as outras parábolas, com a frase "o reino do céu é semelhante à" ou "e outra parábola lhes contou". Eu fui adepto dessa linha de interpretação durante muito tempo. Outra idéia que corrobora para pensarem que seja uma história real, é que aqui os personagens tem nomes, e em outras parábolas não.

2 - Interpretação Figurada (Parábola)
O que comprova que isto seja uma parábola e não uma história real, são suas características, ou elementos, como a utilização de antíteses, a recompensa do justo e a condenação do ímpio, dentre outros fatores que faziam parte da hermenêutica judaica. Outra característica é o seu sentido oculto que todas as parábolas de Yeshua possuem.
a) O significado do nome do mendigo.
Lázaro - אלעזר - Elazar - significa em hebraico, D'us é minha ajuda. Isso nos mostra uma coisa importante, uma vez que o nome dele é mencionado, ou seja, o nome faz parte do ensino da parábola. Yeshua queria mostrar algo importante ao mencionar o nome do mendigo e não o do rico.
b) O mundo dos mortos
Inferno - Hades - Grego - Sheol - Hebraico - significa mundo dos mortos ou sepultura. Os judeus contavam que no mundo dos mortos havia um lugar de conforto, de descanso chamado de "Seio de Abraão". Talvez, por isso, Yeshua se utiliza dessa história para fazer seu midrash, seu ensinamento. Mas percebemos pelo ensino dessa parábola que "Seio de Abraão" não se trata de um lugar, mas uma metáfora para conforto, descanso, repouso, depois de tantas tribulações em vida, uma vez que o texto diz que Abraão estava próximo de Lázaro.

III - O Objetivo da Parábola
Depois de termos uma idéia geral sobre a parábola, com o que vimos até o momento, vamos ao ensinamento prático ou objetivo da parábola. Podemos ver que não era idéia de Yeshua ensinar sobre o mundo dos mortos, mas seu objetivo era muito maior. Veja abaixo:

1 - Essa parábola visava explicar o questionamento acerca do porquê os ricos prosperam. Eles recebem o bem em vida, e deveriam saber compartilhar o que recebem com os menos afortunados. Por isso, na parábola é dito para o rico que ele já tinha recebido todo o bem em vida. O rico também representava os romanos, que na época dominavam os judeus. Então eles deveriam entender que mesmo que tivessem o mal durante um tempo, seriam recompensados no porvir.

2 - Visava também, certificar a autoridade da lei e dos profetas, ou seja, as Escrituras Sagradas.

3 - Ensinar acerca da realidade da ressurreição. Yeshua ensinou muito sobre a ressurreição durante seu ministério terreno. Assim, como os apóstolos depois dele. (Jo 11:23; Jo 5:29; Mt 26:32; Mt 17:23; 1Co 15:52; 1Co 6:14)

4 - Mostrar o princípio da confiança (fé) no Eterno. Toda a Escritura ensina sobre a confiança no Eterno. (Jr 17:7; Is 12:2; Sl 78:7)




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