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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Estudo da Parashá Terumá - 2023-2024 - Acácia, uma profecia sobre os justos.

 


Estudos da Torá

Parashá nº 19 – Terumá (Oferenda, Oferta ou Coleta)

Shemôt/Êxodo Ex. 25:1-27:19

Haftará (Separação) 1Rs 5:26-6:13 e

B’rit Hadashah (Nova Aliança) Hb 8:1-6; 9:23,24 e 10:1


Tema: Acácia, uma profecia sobre os justos.


RELEMBRANDO


Nessa porção estudaremos alguns aspectos a respeito da Madeira de Acácia que apontam profeticamente para os justos. E mais uma vez compreenderemos como a Torah é profética. E como o Eterno revela seus planos e sua vontade sobre a vida daqueles que se apegam a ele. Também veremos que Yeshua ensinava esses segredos através da instrução de uma Torah limpa e livre de dogmas pesados que atrapalham o servir ao Eterno.

RESUMO DA PARASHÁ DA SEMANA


No site Chabad encontramos o resumo dessa parashá dizendo que, a parashá Terumá inicia uma série de quatro das cinco porções que discutem em detalhes a construção do mishkan, o Tabernáculo móvel que servia de "local de repouso" para a presença de D'us entre o povo judeu.

A porção completa da semana relata a descrição de D'us a Moshê sobre como construir o mishkan, começando com uma lista dos vários materiais preciosos a serem coletados pelo povo judeu para este projeto monumental.

D'us descreve a magnífica Arca de madeira e ouro que abrigaria as tábuas com os Dez Mandamentos, completa com sua cobertura deslumbrante representando dois querubins (anjos com rosto de crianças) um de frente para o outro. Em seguida, D'us entrega a Moshê as plantas do Shulchan (mesa sagrada) sobre a qual os Lechem Hapanim (Pães da Proposição) serão colocados a cada semana.

Seguindo-se à descrição da Menorá de ouro puro que deveria ser feita de um único pedaço grande de ouro, D'us descreve a estrutura do próprio mishkan, detalhando a cobertura esplendidamente tecida e bordada, as cortinas, as divisões e as paredes externas móveis. A Porção da Torá conclui com as instruções para o altar de cobre e o grande pátio externo do mishkan.

Essa porção recebe o nome da atitude que o Eterno mandou que os filhos de Israel tomassem, eles deveriam fazer T’rumá (Oferenda, Oferta ou Coleta). O termo “Terumá ou T’rumá” guarda o significado de oferta, coleta ou contribuição. Ela vem da raíz “rûm” que significa altura, altivez, alto ou para cima.

ESTUDO DO CONTEXTO LITERAL, PRÁTICO E PROFÉTICO


¹ Disse o Eterno a Moshê:

² "Diga ao povo de Yisrael que façam uma coleta para mim. Aceitem a contribuição de quem quiser colaborar de coração.

³ Estas são as contribuições que deverá receber deles: ouro, prata e bronze,

fios de tecido azul, roxo e vermelho, linho fino, pêlos de cabra,

peles de carneiro tingidas de vermelho, couro, madeira de acácia,

azeite para iluminação; especiarias para o óleo da unção e para o incenso aromático;

pedras de ônix e outras pedras preciosas para serem encravadas no colete sacerdotal e no peitoral.

"E farão um santuário para mim, e eu habitarei no meio deles.” Shemot/Ex 25:1-8


Mencionamos no resumo acima, que a parashá Terumá, comunica a ordem de construir um Santuário. O Eterno disse ao povo de Yisrael: "E farão um santuário para mim, e eu habitarei no meio deles." O Santuário, e mais tarde o Templo Sagrado em Jerusalém, foram "o local que D'us escolheu… para colocar Seu Nome."

Esta era considerada Sua morada na terra, por assim dizer. Da mesma forma que uma pessoa pode relaxar e expressar-se sem inibições em sua própria casa, também o Templo era, e profeticamente será, o local onde a Divindade revela-se, sem restrições. E você já entenderá sobre o que estou falando.

Segundo o site Chabad, no mundo individual de toda pessoa, sua alma repousa em sua mente. Similarmente, no mundo em geral, a presença de D'us repousava no Templo, e isso tornou possível para nós apreciar a Divindade em todo elemento da existência. Repare que quando menciono sobre a Divindade, me refiro à presença do Eterno.

Os Rabinos do povo de Yisrael ensinam que a palavra hebraica para "dentro", isto é, b'tocham, que significa "dentro deles", não "dentro de". Construir um Santuário para D'us não significava meramente erigir uma estrutura onde Sua presença estaria manifesta. Em vez disso, a intenção era de que toda pessoa se tornaria "um santuário em miniatura", pois D'us iria habitar "dentro deles", dentro de todo e cada indivíduo.

Interessante que o site mencionado ainda diz, com razão, que todos os detalhes sobre os quais a porção da Torá discorre possuem paralelos em nosso relacionamento com D'us. Eles não são apenas particularidades que existiam no Santuário há muito tempo, mas são motivos contínuos relevantes ao nosso vínculo com D'us.

Veja alguns exemplos antes de nos aprofundarmos no tema, a Arca no Santo dos Santos onde repousava a Presença Divina refere-se aos recessos que existem dentro do nosso coração. Pois em cada um de nós, há um local de repouso para o Divino. Similarmente, o Santuário e o Templo continham:

- A Menorá, o candelabro de ouro; isso mostra o potencial que todos possuímos de brilhar com a luz Divina e iluminar aquilo que nos cerca;

- A Mesa, sobre a qual os Pães da Proposição eram colocados, representando o nosso potencial de ganhar o sustento; é também um esforço sagrado que merece um local no Santuário;

- O Altar, onde os sacrifícios eram levados. Corban, palavra hebraica para sacrifício, tem relação com a palavra karov, que significa "aproximar"; por intermédio dos sacrifícios (hoje expresso em nossas tefilot – preces, e principalmente, nossas práticas de justiça), nós nos aproximamos de D'us.

Embora não tenhamos mais o Santuário construído por Moshê, nem o Templo em Jerusalém, o santuário existe no coração de cada servo do Eterno. Fazermos uma morada para D'us dentro de nós é um elemento inseparável de nossa existência.

Em muitos dos utensílios que o Eterno mandou construir para o santuário, inclusive partes do próprio Mishkan, há um elemento importante, que é em si uma profecia que aponta para cada pessoa que serve ao Eterno e se dá como sua morada. Esse elemento é a madeira de acácia, que está em negrito no texto acima, e em muitas outras passagens.



Figura : Acácia no Deserto


Antes de mais nada, vejamos algumas características físicas dessa árvore tão citada nas Escrituras. As referências a esta madeira podem ser encontradas no livro de Shemot/Êxodo e em Devarim/Deuteronômio 10:3, essa árvore também é tratada como “sunt” do Egito e também acácia seyal, que produz a goma-arábica do comércio. Em algumas versões mais antigas da Bíblia era chamada de Sitim. Segundo o Wikpédia a Acácia é um gênero de plantas com flor da subfamília Mimosoideae da família Fabaceae (leguminosas) que agrupa numerosas espécies de arbustos e árvores, majoritariamente conhecidas pelo nome comum de acácias. Os membros do gênero Acácia são árvores ou arbustos, em geral com abundante ramificação e sistema radicular profundo e extenso, ou seja, grandes raízes. No Dicionário Bíblico Wycliffe encontramos a informação de que a acácia é encontrada no deserto do Sinai e na região do Mar Morto. São árvores espinhosas, com cerca de 6,5 metros de altura, crescem em lugares secos com extraordinário vigor. Elas são consideradas pitorescas com seus troncos retorcidos, e às vezes com setenta centímetros de diâmetro e ramos entrelaçados. Ela é dura, pesada e quase indestrutível pelos insetos.



Figura : Acácia no Deserto do Sinai




Figura : Arbusto de Acácia



Figura : Flor da Acácia



Figura : Corte do tronco da Madeira de Acácia









Figura : Utensílios feitos com a Madeira de Acácia

Com isso, percebemos que trata-se de uma árvore com uma madeira durável, muito resistente e naturalmente rica em resinas. Fácil de trabalhar e flexível, a madeira de acácia pode ser usada de várias formas, desde móveis, a utensílios de cozinha.

Há vários comentários rabínicos sobre como o povo de Yisrael conseguiu essa madeira para doar a fim de ser usada na construção do Mishkan. Dizem que no Egito não era muito rico nessa árvore, e nem o deserto do Sinai, e por isso, falam que os israelitas guardaram as madeira que Yaakov trouxeram quando chegou ao Egito. Vimos porém que informações geográficas dão conta de que pode ser encontrada essa árvore na região. Sendo assim, o fato principal é que, levando consigo ao sair do Egito ou colhendo no deserto, essa madeira de uma grande importância, pois a Torá faz questão de enumerá-la. Com isso, vamos observar alguns pontos importantes, no ponto de vista profético a respeito da madeira de acácia.


Aspectos proféticos da acácia

Atente para alguns aspectos a respeito da Madeira de Acácia que apontam profeticamente para os justos. Nas escrituras a árvore pode apontar para pessoas, como palavra-chave. E na Torah, a madeira de acácia é um apontamento para os remanescentes nazarenos, ou para os seguidores dos ensinos de Torah de Yeshua. Esse apontamento se dá pelas características dessa árvore. Vimos que ela tem uma madeira durável, é resistente e ao mesmo tempo flexível. É ótima para ser trabalhada. É encontrada no deserto e em lugares áridos. Essas características são as mesmas que os justos que obedecem a Torah devem ter, isso possibilita que sejam trabalhados pelo Eterno até ficarem na forma que ele quer. E só então ela é revestida de ouro, assim como nós seremos revestido da glória que Adam tinha, quando se der a ressurreição. Outra característica da acácia é que ela é rica em resina, ou seja, tem óleo. O óleo nas Escrituras aponta para o Ruach, para provas. O óleo faz queimar rápido. Queimar aponta para ser julgamento e com isso, pode levar a justificação. Queimar também aponta para provações, pode apontar para um rápido julgamento que leva a santificação, ou seja, provas que santificam e preparam os justos para receberem a glorificação no tempo futuro.


Plantarei no deserto o cedro, a acácia, a murta e a oliveira; conjuntamente, porei no ermo o cipreste, o olmeiro e o buxo, Isaias 41:19


O texto do profeta mostra a fala do Eterno a respeito dos justos e de como ele agirá com eles. Por isso, podemos inferir que o fogo ou a grande quantidade de óleo, apontam para provação. Viveremos sempre no deserto das perseguições. Outra coisa importante é o fato de as pessoas ferirem as árvores como a acácia para retirar a resina ou óleo dela. E isso aponta para as feridas que o Eterno permite acontecer aos justos a fim de liberarmos a unção ou a porção do Ruach. São as feridas de expiação, pois através dela pessoas podem ser alcançadas e virem a se tornar árvores também, ou seja, pessoas justas cumpridoras de Torah. Isso é o “...cada um deve tomar o seu madeiro...” que Yeshua disse.

Só então, depois de tantas provas e dificuldades, no retorno de Yeshua os justos receberão glorificação. Assim como a madeira de acácia foi cortada, moldada, desempenada, enfim trabalhada, e só após recebe a cobertura de ouro para servir no Mishkan.

Incrível que a soma de cada item para construção do mishkan da 613. Se você pegar cada uma das referências de objetos feitos com a madeira de acácia notará um grande número de apontamentos proféticos para os justos. Veja alguns:

- Faça uma arca de madeira de acácia com um metro e dez centímetros de comprimento, setenta centímetros de largura e setenta centímetros de altura. - Êxodo 25:10

- Depois faça varas de madeira de acácia, revista-as de ouro - Êxodo 25:13;

- Faça armações verticais de madeira de acácia para o tabernáculo. - Êxodo 26:15;

- Faça um altar de madeira de acácia para queimar incenso. - Êxodo 30:1

- e use madeira de acácia para fazer as varas e revista-as de ouro. - Êxodo 30:5;

- Fez ainda armações verticais de madeira de acácia para o tabernáculo. - Êxodo 36:20.


Perceba como tudo aponta para algo importante na grande profecia. É notório como o Eterno revela seus planos e sua vontade sobre a vida daqueles que se apegam a ele. A Torah e os profetas, bem como as profecias, claras e escondidas nos códigos, são a grande demonstração do Eterno e do seu amor para com seu povo, e o resgate dos remanescentes.

Yeshua ensinava esses segredos através da instrução de uma Torah limpa e livre de dogmas pesados que atrapalham o servir ao Eterno. Para compreender basta olhar com os olhos corretos para os ensinos do mestre da Galiléia. Se estudar corretamente o sermão do monte, que é profético, bem como muitos outros ensinos de Yeshua poderá perceber como o ensino limpo da Torah é importante.

Que possamos seguir em nossa teshuvah, independente das provas que passemos, em busca de alcançar o propósito do Eterno para cada um, e a consequente glorificação com Yeshua no Olam Habáh!


Que HaShem lhes abençoe!


Segue o link para acesso ao vídeo no canal:

https://www.youtube.com/live/H80GWvR1QYc?si=BzqIo5Edpx2x9zkx


Pr. Marcelo Santos da Silva (Marcelo Peregrino Silva – Moshê Ben Yosef)


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