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segunda-feira, 13 de junho de 2022

Estudo da Parashá Nassô (Fazei uma contagem)

 Estudos da Torá


Parashá nº 35 – Nassô (Fazei uma contagem)

Bamidbar/Números Nm 4:21-7:89,

Haftará (Separação) Jz 13:2-25; e

B’rit Hadashah (Nova Aliança) Lc 13:1-14:35


1 - INTRODUÇÃO

Iniciando o estudo dessa parashá da maneira de sempre segue um resumo. Nassô prossegue delineando as tarefas e responsabilidades das três famílias levitas - Gershon e Merari na porção desta semana, Kehat na semana passada - e contando todos os levitas que estavam em idade de servir no Mishkan.

Depois que D'us ordenou a Moshê para purificar o acampamento para que fosse um lar merecedor da Presença Divina, a Torá descreve o processo a ser cumprido com uma sotá, uma esposa que foi advertida pelo marido a não ficar sozinha com outro homem, e mais tarde foi surpreendida fazendo-o, dando ao marido um bom motivo para suspeitar de adultério. Ela é levada ao Cohen no Templo Sagrado e, caso não admita sua culpa, recebe água amarga sagrada para beber, o que levará a um destes dois resultados: ou as águas estabelecerão sua inocência, removendo a dúvida de seu relacionamento com o marido e abençoando-a com filhos, ou as águas provarão sua culpa por uma morte miraculosa e grotesca.

A Torá então descreve as leis do nazir, uma pessoa que aceitou voluntariamente adotar um estado especial de santidade, geralmente por trinta dias, abstendo-se de comer ou beber qualquer derivado de uva, cortar o cabelo, e de contaminar-se através do contato com o corpo de alguém que morreu. Após relatar as bênçãos pelas quais os Cohanim abençoarão o povo, a porção da Torá conclui com uma longa lista das oferendas trazidas pelos doze líderes das tribos durante a dedicação do Mishkan para uso regular. Cada príncipe faz uma oferenda comunal para ajudar a transportar o Mishkan, bem como doações idênticas de ouro, prata, animais e alimentos.

Nessa porção você poderá perceber que é delineado as tarefas e responsabilidades das três famílias levitas, Gershon, Merari e Kehat, estabelecendo todos os levitas que estavam em idade de servir no “Mishkan”.

Segundo o comentário da Torá, a tribo de Levi que tinha a seu cargo o serviço do Tabernáculo, era dividida em quatro partes ao redor da tenda sagrada. No ocidente, achavam-se os filhos de Gershon, que tinham a seu cargo a tenda, a sua coberta, o véu, etc. Ao sul, os filhos de Kehat, cuja missão era transportar a Arca de Deus. Ao norte, os filhos de Merari, que tinham a seu cargo as madeiras, as tábuas do Tabernáculo, as suas travessas, colunas, etc., e no lado oriental estavam Moisés, Aarão e seus filhos, como guias espirituais do povo.

Vejamos nesse pequeno estudo o que podemos aprender com essa parashá.


2 - ESTUDO DAS PALAVRAS

“E falou o Eterno a Moshé, dizendo: Levanta o censo dos filhos de Gershon, também deles, pela casa de seus pais, segundo suas famílias.” (Nm 4:21 e 22)


Na parashá desta semana, vemos o texto original hebraico no verso 22 nos dizendo o seguinte: NASSÔ ET ROSH BNEY GERSHON...” Literalmente, a tradução da parte sublinhada é “levanta a cabeça”. Isso está se referindo a um censo dos filhos de Levi, iniciando pela família de Gershon. E não era meramente para se fazer uma contagem, mas era para se estabelecer a idade que os homens dessa família iniciariam o trabalho no “Mishkan”, bem como a idade em que eles encerrariam, ou seja, de 30 a 50 anos (Nm 4:23).

Aqui nessa porção podemos entender claramente que a tarefa dos filhos de Levi, também conhecidos por levitas, não tinha nada a ver com cantar, mas sim trabalhos de transporte, manutenção, montagem e desmontagem do “Mishkan”. Essa pequena parte de canto, começa a aparecer na época do Beit Hamikdash (Casa da Santidade/Templo Sagrado), segundo podemos ler em 1Cr 25:1-7 e 2Cr 23:13, e posteriormente durante as reformas do Rei Josias, conforme lemos em 2Cr 34:12,13; 35:15. E também na época do segundo templo, conforme lemos em Ed 2:65 e Ne 12:42.

De acordo com o que lemos até aqui, vimos que a tarefa desse homens eram diversas e dentro do serviço ao Eterno, muito diferente do que dizem por aí, que os levitas são os que cuidam da música. Conforme vimos nos textos bíblicos acima, havia sim os que cuidavam da música, mas eles eram uma parte dos levitas, e durante o período dos templos (Beit HaMikdash).

Sendo assim, quando uma pessoa diz que é levita se referindo somente à área da música ela está cometendo um erro grave de entendimento das Escrituras Sagradas. Isso porque ela não está levando em consideração todas as outras atividades que essas pessoas exerciam ao servirem ao Senhor, em conformidade com o prescrito na Torá, nessa e em outras porções.

Com relação a idade de início do serviço dos levitas devemos levar em consideração uma outra referência. Em Bamidbar (Números) 8:24 encontramos registrado que os levitas deveriam entrar no serviço aos 25 anos de idade, mas aqui diz que os levitas tinham que ser contados a partir dos 30 anos de idade. Se compararmos com o texto do verso 23 dessa porção, talvez possamos achar que há uma contradição na Torá. No entanto, devemos entender que nunca há contradições nas Escrituras. Rashi, um grande intérprete judaico, explica a aparente contradição dizendo que os levitas entravam aos 25 anos para estudar a fundo as leis e aos 30 anos iniciavam o exercício do seu serviço.

Vejamos outro verso dessa parashá e seus ensinamentos.


como também as colunas do pátio em redor, e as suas bases, e as suas estacas, e as suas cordas, com todos os seus instrumentos, com todo o seu ministério; e contareis os utensílios da guarda do seu cargo, nome por nome.” Nm 4:32

Segundo o autor do estudo dessa parashá no site emunah a fé dos santos, acerca desse verso, para evitar quezílias, tensões ou mal entendidos, cada levita recebeu uma ordem para saber que coisas levaria. Assim, cada objeto do santuário foi administrado com ordem e disciplina e cada um tinha a sua tarefa pessoal, como podemos ver também o que Rav. Shaul (Apóstolo Paulo) escreveu em 1 Coríntios 12:12-30:


Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é o Messias também. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E, se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo? Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas, agora, D’us colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários. E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. Porque os que em nós são mais honestos não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela, para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora, vós sois o corpo do Messias e seus membros em particular. E a uns pôs D’us na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos?”.


Vejam também Efésios 4:16:


do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.”


Isto ensina-nos acerca da importância de organizar cada detalhe num povo, numa congregação, numa empresa ou numa casa. Quando a casa está desordenada é porque há falta de organização e falta de disciplina para cumprir as normas. Para poder ter uma casa em ordem, é necessário que cada objeto tenha o seu próprio lugar.

Também encontramos nessa parashá a ordem do Eterno a Moshê para purificar o acampamento para que fosse um lar merecedor da Presença Divina, a Torá dá ordens sobre o leproso, do que sofre de fluxo e daquele que se tornou impuro por ter tocado em ossos do cadáver de uma pessoa. Além disso, descreve o processo a ser cumprido com uma “sotá”, ou seja, uma esposa que dá motivos ao marido para que este pense que ela esteja em adultério. Instrui, então, que ela deve ser levada ao Cohen (sacerdote) no templo, para que se façam os procedimentos estabelecidos pela Torá. Onde se ela não admitisse a culpa teria que beber a “água amarga”, que levaria a dois resultados: ela seria inocentada e seria abençoada com filhos, ou ela morreria milagrosamente de forma grotesca.

A Torá então descreve as leis acerca do voto de nazir, onde uma pessoa que aceitou voluntariamente adotar um estado especial de santidade em relação a seus irmãos, geralmente por trinta dias, abstendo-se de comer ou beber qualquer derivado de uva, cortar o cabelo, e de contaminar-se através do contato com o corpo de alguém que morreu. Essa parte nos instrui a respeito da importância de nos separarmos para o Eterno em determinados momentos de nossas vidas, para um propósito especial, pois separados devemos ser sempre.

Após relatar as bênçãos pelas quais os Cohanim abençoarão o povo, a porção da Torá conclui com uma longa lista das oferendas trazidas pelos doze líderes das tribos durante a dedicação do Mishcan para uso regular. Cada príncipe faz uma oferenda comunal para ajudar a transportar o Mishcan, bem como doações idênticas de ouro, prata, animais e alimentos.

Que o Eterno nos ajude a viver a cada dia dentro dos propósitos que ele estabeleceu em sua Torá.


Pr. Marcelo Santos da Silva (Marcelo Peregrino Silva)


Bibliografia:


- Torá – Lei de Moisés. Editora Sefer

- Bíblia Judaica Completa, Editora Vida.

- http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/

- http://hebraico.top/biblia-hebraica-online-transliterada/

- http://cursodehebraicobiblico.blogspot.com/2016/06/parasha-da-semana-nasso.html

- http://emunah-fe-dos-santos.weebly.com/uploads/1/4/2/3/14238883/35-_nas_levanta.pdf

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