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quinta-feira, 20 de julho de 2023

Estudo da Parashá Devarim - 2022-2023 - Repreensão, um ato de amor.

 


Estudos da Torá

Parashá nº 44 Devarim (Palavras)

D’varim/Deuteronômio Dt 1:1-3:22,

Haftará (Separação) Is 1:1-27; e

B’rit Hadashah (Nova Aliança) Jo 15:1-11.


Tema: Repreensão, um ato de amor.


Essa semana estudamos o início do livro de D’varim, e falaremos a respeito da repreensão, que é um ato de amor. E veremos que ao contrário do que muita gente pensa, quando o Eterno repreende ou manda alguém repreender, ele está demonstrando amor. E veremos que amor é muito mais do que um sentimento, como muitos pensam. Observaremos também através das palavras do profeta Yeshayahu e de Yeshua que o Eterno demonstra seu amor através da correção.


A PARASHÁ DA SEMANA


A parashá desta semana aborda o início do livro de Devarim, onde Moshêh faz os relatos sobre a história do povo de Yisrael, enquanto peregrinavam no deserto. Este é o quinto e último livro da Torá, e ele é conhecido na literatura rabínica como Mishnê Torá, ou seja, repetição da Torá. O conteúdo desse livro foi falado por Moshêh aos filhos de Israel durante as cinco semanas finais de sua vida, enquanto o povo se preparava para entrar em erets Yisrael (terra de Israel). E apesar disso, o livro inicia seu relato dizendo que, “Essas são as palavras faladas pelo Eterno a todo o Yisrael…”. Por si só, isso já demonstra que as palavras ditas naquela ocasião vinha do Eterno. Nesse livro Moshêh explica e comenta muitas das mitsvot outorgadas previamente, e que já vimos em estudos passados e outras que aparecem pela primeira vez. Ele também os adverte continuamente a permanecer diligentes e fiéis às leis e ensinamentos de D’us.

Este relato faz uma retrospectiva dos fatos que ocorreram desde o momento em que Yisrael vê a derrota e morte dos egípcios no Mar de Juncos (Mar Vermelho), até o fim dos 40 anos que viveram no deserto.

A Parashá Devarim começa com a velada censura de Moshêh, na qual faz referência aos numerosos pecados e rebeliões dos quarenta anos anteriores. Prossegue então relatando vários dos incidentes mais significativos que ocorreram com o povo israelita no deserto, lançando uma luz sobre as narrativas prévias da Torá.

Moshêh fala da malograda missão dos espiões: dez dos doze homens enviados para vigiar a terra tinham voltado com um relatório negativo, e devido à falta de fé do povo, D’us condenou toda a nação a vagar por quarenta anos no deserto, tempo durante o qual a geração do êxodo morreu. Moshêh então avança para discutir a conquista dos Filhos de Israel da margem leste do Rio Jordão. A Porção da Torá conclui com palavras de encorajamento para o sucessor de Moshêh, Yehoshua. Muito há que ser lembrado, aprendido e observado por cada um de nós ao estudar essa porção, e a repreensão que o Eterno faz ao povo por meio de seu escolhido naquele momento. Assim como fez em todo o decorrer da história, e continua a fazer hoje, através dos ensinos do messias Yeshua.


ESTUDO DO TEXTO DA PARASHÁ


אֵ֣לֶּה הַדְּבָרִ֗ים אֲשֶׁ֨ר דִּבֶּ֤ר מֹשֶׁה֙ אֶל־כָּל־יִשְׂרָאֵ֔ל

Eleh hadevarim asher diver Moshêh el col Yisrael.

Estas são as palavras faladas por Moshêh a todo Yisrael...Dt 1:1


Antes de iniciamos o estudo propriamente dito, repare no texto hebraico transcrito acima, percebendo que as palavras são ditas por Moshêh ao povo. No entanto, essas palavras foram tiradas da mente ou do querer de Moshêh? Ele falou porque quis? Será que ele sentiu vontade de jogar na cara do povo tudo o que os pais deles fizeram? A respostas a todas as perguntas é um sonoro não! Note que no verso 3 diz que Moshêh falou ao povo, conforme tudo o que o Eterno mandou, veja o texto:


No primeiro dia do décimo primeiro mês do quadragésimo ano, Moshêh falou aos filhos de Yisrael, repassando tudo o que o Eterno ordeou que lhes falasse. Dt 1:3


Apesar do inicio do verso 1 revelar que Moshêh fala as palavras a todo o Yisrael, o verso 3 complementa mostrando que ele fala apenas o que o Eterno havia mandado. Destruindo assim, mais uma vez, a falácia de algumas pessoas, que alegam ser a Torá uma invenção de Moshêh. Este servo fiel do Eterno foi um instrumento para expressar a vontade, a justiça e o amor do Eterno, em seu nível, ocasião histórica e missão. Veremos neste estudo, outros que também serviram a este mesmo propósito, bem como o próprio messias Yeshua, que é a perfeita representação de tudo isso, devido a vida justa que viveu.

No estudo da parashá Devarim do ano passado falei sobre a questão das palavras faladas por Moshêh, dando seus conceitos e explicações a respeito do livro e de seu propósito. Para buscarem essas informações acessem nossos canais no YouTube, Sou Peregrino na Terra ou Kahal Teshuvah Brasil.

Nesta semana começamos o quinto e último livro da Torá, D’varim conhecido como Deuteronômio, através das traduções da Bíblia, também conhecido na literatura rabínica como Mishnê Torá, que significa a revisão da Torá, conforme falei ano passado. Seu conteúdo foi falado por Moshêh ao povo de Yisrael durante as cinco semanas finais de sua vida, enquanto o povo se preparava para entrar na Terra de Yisrael. Nele, Moshêh explica e comenta muitas das mitsvot/mandamentos outorgadas anteriormente e outras que aqui aparecem pela primeira vez. Ele também os adverte repreendendo continuamente a permanecer diligentes e fiéis às leis e ensinamentos do Eterno.

Como nosso estudo estará focado na questão da repreensão, inicialmente devemos reparar que a parashá começa com uma censura de Moshêh, na qual faz referência aos numerosos pecados e rebeliões cometidos durante os quarenta anos anteriores. Ele prossegue então, relatando vários dos incidentes mais significativos que ocorreram com o povo de Yisrael no deserto, lançando uma luz sobre as narrativas anteriores da Torá.

O Livro de Devarim representa a conquista final de Moshêh como líder dos filhos de Yisrael. Ele guiou o povo através do deserto durante os quarenta anos, agindo às vezes como pai, em outras, como mediador e às vezes como negociador. Cuidou de tudo. Agora chegou a hora de Moshêh pronunciar suas palavras finais de admoestação e encorajamento. Esta seria sua última oportunidade de mudar a mente do povo, se eles não entendessem a mensagem desta vez, não o fariam tão cedo.

Cabe aqui começar a destacar que a repreensão que Moshêh fez não é uma forma de condenação ou desprezo, mas sim um ato de amor da parte do Eterno, que deseja corrigir e educar o seu povo, para que ele possa cumprir sua missão de herdar a terra prometida e ser uma nação sacerdotal. E HaShem faz isso usando um homem, que foi escolhido para isso, naquela ocasião Moshêh, depois Yehoshua, os profetas e depois Yeshua, e tem usado os talmidim de lá para cá. Veremos durante o decorrer deste estudo, de forma não tão aprofundada, a respeito da repreensão.


O objetivo de uma repreensão

De acordo com site CJB, o Rabino Leibel Eger explicou que, uma vez que Moshêh estava repreendendo o povo de Yisrael por seus erros, ele quis se assegurar de que não ficassem deprimidos ou desencorajados com sua crítica. Segundo o mencionado autor, ele expressa dizendo que não os considerava pessoas ruins, mas sim que deveria haver aos milhares como eles, como vemos nos versos 9 ao 13.


Nesse tempo, eu disse a vocês: Vocês são uma carga muito pesada para eu carregar sozinho. O Eterno, o Elohim de vocês, multiplicou-os de tal maneira que hoje vocês são tão numerosos quanto as estrelas no céu. Que o Eterno, o Elohim de seus antepassados, aumente seu número mil vezes e os abençoe, como prometeu vocês. No entanto, vocês são tão difíceis de suportar, são desagradáveis e briguentos. Como poderia eu aguentá-los sozinho? Escolham para si, de cada um de suas tribos, homens sábios, sensatos e inteligentes; e farei deles seus cabeças.


Vamos refletir um pouco! Se nos colocarmos no lugar de alguém que está ouvindo uma repreensão. Como reagimos quando um amigo nos repreende? Sejamos sinceros! É desagradável! Podemos até negar que agimos errado. Ou talvez podemos justificar nossas ações com algumas desculpas. É normal esquecer e não nos preocuparmos depois de sermos repreendidos.

No entanto, quando estamos no papel de quem repreende alguém, precisamos estar focados no objetivo. E este propósito é que a pessoa mude seu comportamento. Para que isto seja feito, a pessoa deve se sentir bem consigo mesma e também sentir que você a valoriza. Portanto, de acordo com o mencionado autor, devemos observar alguns pontos:

1 - Não devemos condenar ninguém;

2 - Encontre algo positivo para destacar sobre a pessoa;

3 - Mostre, gentilmente, os resultados negativos de seu comportamento;

4 - Mostre os benefícios que conseguirá ao mudar suas atitudes. Qualquer um pode fazer o outro se sentir péssimo, mas é necessário um verdadeiro artesão para construir alguém e ajudá-lo(a) a mudar! A pessoa que possui sabedoria ouve suas falhas com gratidão. Tenta aprimorar a si mesmo se seus atos não foram muito sérios ou se não foi tão culpado. Veja o que Shlomoh HaMelech diz:


Não repreenda o zombador, caso contrário ele o odiará; repreenda o sábio, e ele o amará. Provérbios 9:8


Açoite o zombador, e os inexperientes aprenderão a prudência; repreenda o homem de discernimento, e ele obterá conhecimento. Provérbios 19:25


Os sábios do povo de Yisrael chamam a geração de Moshêh "dor de'a", uma geração sábia, e realmente os filhos dos que pereceram no deserto foram mais sábios, pois aprenderam com as repreensões durante o tempo no deserto. E assumiram como suas aquelas falhas. Ficaram envergonhados por suas falhas, e quando foram enumerados em voz alta, perceberam que Moshêh apontava seus erros e pecados somente porque o Eterno, e por conseguinte Moshêh, os amava profundamente, e se preocupavam com eles.


A repreensão pode derrubar barreiras

No início desta parashá, segundo o Rabino Isaac Dichi, em seu livro “Nos caminhos da Eternidade I”, Moshêh dirige-se ao povo enumerando os locais onde filhos de Yisrael rebelaram-se contra o Todo-Poderoso. Esta forma de repreensão (citando apenas as localidades e não os erros propriamente) é uma forma de repreender sem faltar com o respeito.

A parashá inicia com as seguintes palavras: “Eleh hadevarim asher diber Moshê el col Yisrael” – Estas são as palavras que falou Moshê a todo Yisrael. O Midrash Rabá levanta a seguinte questão: quando Moshêh foi chamado pelo Eterno para ir falar com o Faraó, a fim de que libertasse o Povo de Yisrael, a resposta de Moshêh foi: “Lô ish devarim anôchi” (Shemot 4:10) – Não sou um homem que tem o dom da palavra. Entretanto, nesta parashá, vemos que antes de seu falecimento, Moshê reúne o povo e faz uso de uma linguagem das mais desenvoltas possíveis para lehochiach – admoestar - o povo.

De onde Moshêh obteve esta eloqüência, uma vez que afirmara incialmente “Lô ish devarim anôchi”?

O Midrash responde, que após Moshêh ter tido o mérito de receber a Torá e transmiti-la ao Povo de Yisrael, sua língua curou-se. Portanto, a partir de então, começou a falar da melhor forma possível. Podemos aprender aqui que quando encontramos e damos ouvidos às palavras de HaShem, algo em nós deve mudar, a ponto de nos curar da falta de eloquência, ou seja, a falta das palavras. Isso é maravilhoso!!!

O autor ainda, afirma que, cabe-nos analisar os vários aspectos existentes na tochachá – admoestação ou repreensão. O versículo em Mishlê/provérbios 28:23 diz:


Mochiach adam acharay chen yimtsá”

Quem repreende alguém para seguir as ordens do Criador, será bem visto por Ele.


Nas traduções mais comuns está assim:


Quem repreende o próximo obterá por fim mais favor do que aquele que só sabe bajular. Provérbios 28:23


O Midrash explica que este versículo refere-se a Moshêh. Ele tinha o intuito, com esta repreensão, de reaproximar o povo ao Todo-Poderoso, e também de reaproximar o Todo-Poderoso ao povo. Para o povo Moshêh disse: “Atem chatatem chataá guedolá” (Shemot 32:30) – Vocês cometeram um grande pecado e para o Todo-Poderoso, Moshêh disse: “Lama Hashem yecherê apechá beamêcha” (Shemot 32:11) – Por que Te zangas contra Teu povo?

Quando a repreensão é feita com o propósito de aproximar o povo do Todo-Poderoso, ela atinge seu objetivo, conforme mencionamos acima. Além de explicar a gravidade do pecado, anula a distância gerada por ele entre Yisrael e o Criador. Tem, portanto, uma função dupla: rogar para o Todo-Poderoso que tenha piedade por Seus filhos (e filhos são sempre filhos, independente da situação) e chamar a atenção dos filhos perante quem pecaram, ou seja, o Eterno, o Pai. Nessa admoestação é como se Moshêh dissesse para o povo e para D’us: “É agradável que um Pai se distancie de seus filhos? É correto que os filhos se afastem de seu Pai?

Esta é, portanto, a repreensão correta. Procurar demonstrar ao pecador não somente o grave erro que cometeu e a necessidade de fazer teshuváh, mas principalmente, procurar demonstrar, que o maior mal do pecado cometido, consiste no fato de que este erro faz o indivíduo se distanciar de seu Criador, gerando uma barreira entre eles. A admoestação tem, como objetivo principal, derrubar esta cortina de ferro, que pode vir a nos separar do Todo-Poderoso. Moshêh portanto, estava cumprindo um papel importante, fazendo essa repreensão, e também, sendo um apontamento profético para o papel que o mashiach cumpririra, e vem cumprindo conforme veremos mais adiante.


A redenção vem com justiça e a retidão pelo arrependimento

Já compreendemos um pouco a respeito dos aspectos históricos e práticos das palavras falados por Moshêh, que o Eterno lhe havia ordenado. Vimos um pouco a respeito da repreensão feita os israelitas naquela ocasião. Mas se olharmos um pouco mais a fundo veremos que aquelas palavras ecoam pelo tempo, e as mesmas repreensões chegam aos filhos de Yisrael através dos profetas. E Yeshayahu/Isaías é um exemplo disso, tanto é verdade que a haftaráh da semana está em Yeshayahu 1. Vamos ler este texto, quero te pedir que abra e leia comigo, depois iremos fazer alguns comentários acerca deste texto profético tão paralelo ao da parashá D’varim.

Vamos analisar alguns versos da haftaráh desta parashá e encontrar algumas informações bem interessantes e ligadas ao texto da parashá.

Durante a live de comentário desta parashá fazemos uma análise rápida dos versos de Is 1.

Antes de finalizar os cometários acerca de Is 1, vejamos os versos 26 e 27.


²⁶ Restaurarei os seus juízes como no passado, os seus conselheiros, como no princípio. Depois disso você será chamada cidade de retidão, cidade fiel".

²⁷ Sião será redimida com justiça, com retidão os que se arrependerem.


Nesta mensagem profética, que fala a respeito do futuro, indo além da época do próprio profeta e seus ouvintes, e além de nossa época. Esse contexto está apontando para o futuro reino do messias, quando ele estiver governando esta terra direto de Yerushalaym, e quando seus seguidores serão os juízes e conselheiros mencionados nesse verso 26. E por causa dos justos que lá estiverem exercendo esses papéis de ensinar e repreender os pecadores para que haja arrependimento, o texto nos mostra que a cidade será reconhecida novamente como a cidade fiel, ou seja, a cidade dos fiéis, dos que obedecem aos mandamentos do Eterno.

Outra coisa, no verso 27 diz que Tziom será redimida com justiça. Note que a justiça traz a redenção, ou salvação de uma condenação que era certa. E depois que se começa a viver em justiça e alcança a redenção, uma outra coisa acontece, o arrependimento trouxe a retidão. Isso quer dizer viver em justiça. Viver segundo a vontade do Eterno expressa em sua Torá. Quando há arrependimento real, haverá como consequência retidão, se houve retidão, haverá justiça e sua consequência que é a redenção.

Tudo isso ocorre porque há a repreensão, que pode ser vista nessa parashá e nesse texto de Isaías. Porém, isso não é tudo, veremos ainda uma referência de um ensino do messias Yeshua que também é um paralelo dessa parashá.


A repreensão pela Palavra pode limpar

Sigamos ainda em frente em nosso estudo, e vamos reparar que a repreensão avança ainda mais e chega até a época de mashiach em sua primeira fase. E para isso vamos ler o texto que é sugestão de leitura da Brit Hadasháh para essa parashá, o texto de Yochanan/João 15. Leiamos ele juntos a fim de encontrarmos entendimento em seu sentido profético. Lembre que este é um discurso de Yeshua em seus últimos momentos antes de ser preso, torturado e morto. Você consegue ver uma semelhança aí? Moshêh repreende o povo antes de morrer. E Yeshua faz o mesmo com os talmidim, que são representantes do povo, também antes de morrer. Vamos ao texto de Jo 15.

Aqui também, durante a live falamos sobre o texto. Procure o vídeo do comentário dessa parashá e assista para mais informações e ensinos a respeito deste capítulo.

Ao finalizar a análise do texto de Jo 15, gostaria de chamar atenção para uma coisa, retornemos ao verso 3. Veja:


Neste momento, por causa da palavra que lhes falei, vocês estão limpos.


Reparem que a palavra dita por Yeshua, que são as explicações da Torá, lipou os talmidim. Essas palavras estavam sendo repreensão, ensino para os talmidim. Yeshua estava mostrando a eles como deveriam fazer para permanecer fiéis à vontade de HaShem, da mesma forma que Moshêh fez há muito tempo atrás. A diferença é que mashiach estava falando com mais autoridade que Moshêh, que havia sido impedido de entrar em erets Yisrael por causa de seu pecado. Enquanto mashiach havia vivido uma vida de justiça sem desobedecer a HaShem.

Tudo isso nos mostra os apontamentos para o futuro, pois mesmo ali, Yeshua e sua vida, apontavam para tempos vindouros, quando e retornar e governar trazendo arrependimento, justiça, redenção e retidão.


Mais apontamentos para o messias na parashá

Já caminhando para o final de nosso estudo, vamos ainda refletir um pouco em outros apontamentos a respeito do messias na parashá D’varim. Podemos encontrar o messias nesta parashá, no texto capítulo 1:38:


Yehoshua, filho de Num, que está em pé diante de ti, ali entrará; esforça-o, porque ele a fará herdar a Yisrael.

Yehoshua é o nome dado por Moshêh ao varão que inicialmente se chamava Hosheah. Yehoshua (Josué) é a forma alargada do nome Yeshua, pois seus significados são identicos. Como tal Yehoshua é um apontamento profético para o Messias Yeshua. Dessa forma, de acordo como site Emunah a fé dos santos, podemos destacar sete verdades acerca do Messias, segundo a revelação profética que encontramos neste versículo:

- O Messias teria que se chamar Yehoshua (Yeshua), pois não é à toa que seu nome significa “o Eterno salva”, e não porque ele seja o Eterno, mas porque HaShem o usa para salvar as pessoas do pecado;

- O Messias está diante de HaShem, e Moshêh é o apontamento para o Eterno, já que assim como Yehosua estava diante de Moshê, Yeshua estava diante do Eterno;

- O Messias permanecerá, em hebraico “omed”, eternamente diante do Eterno; - Moshêh, também como em certo ponto aponta para o messias, morreu mas logo ressuscitaria simbolicamente, através do sucessor Yehoshua, para entrar na terra prometida. Yeshua morreria e o Eterno o ressuscitaria a fim de mostrar a seus talmidim a verdade, e fazê-los guiar outros a terra prometida, ou seja, à vontade do Eterno;

- O Messias foi fortalecido pelo Eterno na ressurreição de modo que recebeu toda a autoridade no céu e na terra, o que se cumprirá plenamente no futuro;

- O Messias fará com que finalmente todas as tribos de Yisrael voltem à terra de Israel, e isso está ocorrendo através dos remanescentes que retornam aos caminhos da Torá a cada dia, bem como com os judeus que passam a crer no messias;

- O Messias fará com que Yisrael herde não somente a terra física, mas também o Reino dos Céus que virá para a terra após o milênio.

Que o Messias venha, mas mais importante do que isso, é que o Eterno nos prepare para esse grandioso dia, para que possamos ser achados dignos de branquear as nossas vestes no Sangue do Cordeiro, e sermos ressuscitados na primeira ressurreição.


A repreensão é um ato de amor

Com isso, podemos tomar o seguinte aprendizado, descrito na mensagem deste estudo. A necessidade de paz e solidariedade entre o povo é muito importante. E não podemos deixar que a unidade entre o povo de HaShem seja minada. A palavra da verdade precisa ser falada, da mesma forma que Moshêh falou, assim como Yeshayahu falou e como Yeshua falou. Precisamos ter propósito e boa kavanah ao falar.

Perceba que uma palavra descuidada pode disparar um conflito. Uma palavra cruel pode arruinar uma vida. Uma palavra amarga pode instilar ódio. Uma palavra brutal pode ferir e matar. Porém, ao contrário disso, uma palavra generosa pode aplainar o caminho. Uma palavra alegre pode iluminar o dia. Uma palavra na hora certa pode diminuir a tensão. E uma palavra amorosa pode curar e santificar. Não é à toa que o nome desse livro é D’varim, que significa palavras! Devemos tomar cuidado com as palavras. E saber usá-las conforme aprendemos hoje.

E na verdade, devemos usar as palavras, mas não as nossas, sigamos os exemplos vistos aqui hoje. Usemos as palavras do Eterno, usemos a Torá, pois ela é luz para os caminhos.

Lembre-se sempre do que Yochanan ouviu ao receber a revelação de Guiliana/Apocalipse para a Kahal de Laodicéia:


Repreendo e disciplino aquele que eu amo. Por isso, seja diligente e arrependa-se. Ap 3:19


Que HaShem lhes abençoe!


Pr./Rav Marcelo Santos da Silva (Marcelo Peregrino Silva – Moshêh Ben Yosef)


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