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quinta-feira, 13 de março de 2014

O pecado que mata silenciosamente

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças do coração são as que mais matam no mundo. A entidade afirma que o alto índice de mortes é decorrente do fato de que as doenças do coração são silenciosas, sendo que a primeira sintomatologia já é a lesão em órgãos alvos, como o coração, o cérebro e o ruim. Assim como as doenças do coração são letais para o corpo humano, o pecado do orgulho espiritual é letal para o Corpo de cristo e para o desenvolvimento cristão.

O orgulho é o primeiro pecado cometido pelos seres humanos. Ele começou com Lúcifer, que quis tomar o trono de Deus e colocar no lugar o seu próprio trono. Talvez esta seja uma boa definição do orgulho espiritual, “tentar colocar o meu trono no lugar do trono de Deus”. É o que diz a profecia de Isaías nos versículos 13, 14 e 15 do capítulo 14.  Este estado de alma luciferiano foi embutido no coração humano a partir da queda no Éden. Em Adão, todo ser humano tenta ser Deus. Todo ser humano tem o orgulho dentro de si, que cresce no coração como mato em um jardim.

No capítulo 8 do livro Cristianismo Puro e Simples, C. S. Lewis fala sobre O Grande Pecado. O escritor enfatiza que o orgulho leva a todos os outros vícios, pois é o estado mental mais oposto a Deus que existe. Deste modo, o orgulho não é a pessoa se vangloriar (falo sobre este termo logo, logo) de ser rica, bonita, inteligente, mas sim de ser mais rica, mais bonita, mais inteligente. Não é simplesmente “se achar”, mas é “se achar melhor”. Se todos fossem igualmente ricos, bonitos e inteligentes não haveria do que se orgulhar. Insisto, a questão não é se achar o máximo, é se achar melhor. Para ser orgulhoso, não me é necessário ser o primeiro, mas me basta ser o penúltimo, ou seja, saber que existe alguém que não é tão bom como eu sou. É a competição que sustenta o orgulho.

Mergulhar nesta questão nos leva a uma maldita conclusão: de que podem existir e de fato existem pessoas que acreditam em Deus, o adoram, são boas pessoas religiosas, mas estão cheias de orgulho. Isto é, pessoas que até admitem em canções e orações que nada são comparadas a Deus, mas que acordam diariamente pensando no tanto que Deus as aprova e tem sobre elas melhor conceito do que os demais.

Este é o cerne da espiritualidade nos guetos evangélicos de nossos dias. Os evangélicos contemporâneos se orgulham de sua santidade, de sua teologia, de seu dízimo, de suas belas orações, de seus jejuns, de seus sacrifícios oferecidos a Deus e das loucuras feitas por amor a Cristo. Real e virtualmente escancaram suas boas práticas religiosas e se colocam acima daqueles que não o fazem. Os testemunhos nada mais são do que relatos de seu ego absoluto, orgulhoso por tudo que fez, faz e fará.  Neste grupo de evangélicos incluo todas as denominações congregacionais e porque não dizer, até os “sem-igreja”. Vivemos então o paradoxo de sermos cristãos orgulhosos. Pagamos alguns tostões de humildade imaginária para receber uma fortuna de orgulho em relação aos nossos “irmãos”. Suponho que é justamente a este tipo de pessoas que Jesus se refere no texto de Mateus 7: 21 a 23.

O termo vanglória nada mais é que uma presunção certamente infundada das próprias qualidades. Uma glória em vão. É, no fundo, o orgulho. O fato é que o orgulho é um pecado que ataca a todos, sem distinção de denominação, teologia, anos de conversão e etc. Mata silenciosamente  porque é quase que imperceptível. Na verdade, conforme diz Jonathan Edwards no sermão Orgulho Espiritual Oculto, é a maior tentação para aqueles que são zelosos em avançar o cristianismo.

A boa notícia do dia

A boa notícia do dia é que o orgulho tem cura. Na moral cristã, a virtude oposta ao orgulho é a humildade. Mas o fato é que a humildade não é a cura para o orgulho. A cura para o orgulho é Cristo. É o reconhecimento do orgulho espiritual interno e a aceitação da perfeição e da humildade de Cristo e sua habitação em mim. Esta é a cura para o orgulho. A humildade é resultado da mudança de mente e da expansão do modo de pensar, conforme é descrito por Paulo no trecho de Filipenses 2: 1 a 11.

O orgulho é natural, faz parte da nossa natureza pecadora. A humildade verdadeira é sobrenatural, pois é gerada em Cristo. O orgulho busca a glória; a humildade consiste em dar glória. O orgulho é independente; a humildade é dependente de Deus. O orgulho é algo que alcançamos; a humildade vem a nós pela graça de Deus. Santo Agostinho disse que “foi o orgulho que transformou anjos em demônios; é a humildade que faz homens serem como anjos”.

O fato é que nunca seremos pessoas completamente humildes. Isso é bom, pois nos leva a agarrar Cristo com todas as forças e sermos totalmente dependentes de seu amor, sua graça e sua misericórdia. Leva-nos a estar totalmente conectados e dependentes da ação do Espírito Santo na nossa vida, sabendo que se o orgulho nos distancia de Deus, é a humildade uma das características que nos faz parecidos com Seu filho.

Por Luciano Bruno (retirado do blog www.minhavidacrista.com)

Extraído de: http://ibc.org.br/recursos/artigos/o-pecado-que-mata-silenciosamente/

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