Estudos da Torá
Parashá nº 9 – Vayeshev (E viveu)
Bereshit/Gênesis 37:1-40:23
Haftará (separação) Am 2:6-3:8 e
B’rit Hadashah (nova aliança) At 7:9-16
Tema: Da Rejeição à Redenção no Plano do Eterno.
A narrativa de Yosef, apresentada na parashá Vayeshev, é uma das mais emocionantes das Escrituras. Com uma profundidade singular, ela nos transporta para mais um dos dramas familiares da casa de Yaakov: as traições, os sonhos proféticos e a reviravolta que transforma a vida de um jovem em escravo até se tornar o poderoso governador do Egito, transformando-se no responsável por salvar muitas vidas, tanto de familiares quanto de pessoas distantes. No entanto, essa história vai além de um relato de superação pessoal. Ela está repleta de significados profundos, apontando para o plano divino que frequentemente ultrapassa a nossa compreensão.
Notavelmente, a vida de Yosef aponta poderosamente para a vida de Yeshua como o messias. Ambos enfrentaram traição, sofrimento e rejeição. Ambos foram usados pelo Eterno para trazer salvação em meio às adversidades. E, em ambos, vemos como o sofrimento pode ser transformado em algo grandioso, quando entregue nas mãos do Eterno.
Este estudo não é apenas uma análise histórica, mas uma jornada para entender como essas duas vidas estão interligadas com as promessas proféticas do TaNaK. Yosef e Yeshua nos convidam a refletir sobre os caminhos misteriosos do Eterno, nos quais o rejeitado se torna o instrumento de redenção e o sofrimento é transformado em vitória para si e para muitos outros.
Convido você a mergulhar comigo nesta exploração das Escrituras, conectando os acontecimentos da parashá Vayeshev com as profecias que apontam para o propósito maior do Eterno: reconciliar e restaurar Seu povo. A vida de Yosef e Yeshua nos lembram que, mesmo em meio à dor, o Eterno está sempre no controle, trabalhando para o bem de muitos.
RESUMO DA PARASHÁ DA SEMANA
Na parashá Vayeshev, mergulhamos nos dramas familiares de Yaakov e seus filhos, especialmente o favorito, Yosef. Yaakov ama Yosef mais do que aos outros, apresentando-o com uma túnica especial, o que desperta inveja e ódio nos irmãos. As coisas pioram quando Yosef compartilha seus sonhos, nos quais ele parece destinado a governar sobre eles.
Os irmãos, cheios de rancor, conspiraram contra Yosef. Primeiro planejam matá-lo, mas acabam vendendo-o como escravo para mercadores que o levam ao Egito. Para encobrir o crime, mergulharam sua túnica em sangue de animal e disseram a Yaakov que uma fera o devorou. Yaakov fica inconsolável.
Enquanto isso, a narrativa faz uma pausa para nos contar a história de Yehudá e Tamar. Yehudá enfrenta desafios pessoais e acaba liberando sua responsabilidade por Tamar, uma mulher que ele inicialmente julgou erroneamente.
De volta a Yosef, ele está no Egito como servo de Potifar. Mesmo sendo leal e trabalhador, Yosef é acusado injustamente pela esposa de Potifar e lançado na prisão. Na prisão, ele interpreta os sonhos de dois funcionários do faraó, um copeiro e um padeiro. A precisão das interpretações de Yosef marca o início de sua ascensão futura, mas por enquanto, ele permanece esquecido na prisão.
Essa parashá é cheia de reviravoltas e dentro da visão da ética da Torah, nos ensina sobre os problemas da inveja, as consequências das escolhas e a importância de confiar no plano do Eterno, mesmo nos momentos mais difíceis.
ESTUDO DO TEXTO DA PARASHÁ
Quando seus irmãos perceberam que seu pai o amava mais que a todos os seus irmãos, começaram a odiá-lo e chegaram a ponto de nem conseguir conversar com ele de forma civilizada. Gn 37:4
Os irmãos de Yosef o rejeitaram! Mas por qual motivo?
Yosef foi rejeitado pelos seus irmãos por uma combinação de fatores que extrapolam o que o texto bíblico mostra, sendo necessário muita atenção aos detalhes nos fatos, esses fatores envolviam sentimentos humanos profundos, como ciúme, inveja e ressentimento. Os fatores aparecem descritos em Bereshit através dos relatos e as atitudes dos envolvidos nos ajudam a entender a dinâmica familiar da casa de Yaakov e como isso levou à quase eliminação de Yosef. E tudo isso tem profundos apontamentos para a vida do messias Yeshua e sua missão redentora.
Antes de mais nada, vejamos o significado de dois termos que estão fortemente envolvidos em nosso tema: rejeição e redenção.
Primeiramente, observemos o termo “Rejeição”, que segundo o Copilot da Microsoft, é a ação de recusar, ou não aceitar algo ou alguém. Em termos emocionais e sociais, a rejeição pode referir-se à experiência de ser recusado, excluído ou desvalorizado por outros. Isso pode ocorrer em diversos contextos, como relacionamentos pessoais, ambientes de trabalho, comunidades ou grupos sociais. A rejeição pode ter um impacto significativo na autoestima e no bem-estar emocional de uma pessoa.
Podemos perceber a rejeição em alguns contextos comuns em que pode ocorrer:
- Rejeição Pessoal: Quando alguém é recusado em um relacionamento amoroso, amizade ou por membros da família.
- Rejeição Social: Quando alguém é excluído de um grupo social ou comunidade.
- Rejeição Profissional: Quando alguém é recusado em uma vaga de emprego, promoção ou reconhecimento no trabalho.
- Rejeição Criativa: Quando o trabalho criativo de alguém, como arte, escrita ou ideias, é rejeitado por críticos, editores ou audiências.
Mesmo sendo uma experiência dolorosa, a rejeição também pode ser um momento de aprendizado e crescimento, ajudando as pessoas a desenvolver resiliência e a buscar novas oportunidades.
Em segundo lugar, observe o termo “Redenção”, que segundo o mesmo site, é um termo rico em significado, muitas vezes usado em contextos religiosos, filosóficos e financeiros. Em termos gerais, a redenção refere-se ao ato de salvar, libertar ou resgatar algo ou alguém de uma situação negativa, de pecado, de dívida ou de cativeiro.
Encontramos alguns contextos comuns em que a palavra redenção é aplicada:
- Redenção Religiosa: No contexto das religiões, especialmente no Cristianismo, redenção é o ato pelo qual a humanidade é salva do pecado e da condenação eterna através do sacrifício e ressurreição de JC. Em outras tradições religiosas, redenção pode envolver rituais ou ações que purificam e salvam o indivíduo.
Redenção Financeira: Em termos financeiros, redenção refere-se ao ato de resgatar títulos, ações ou outras formas de investimento antes ou no vencimento. Por exemplo, um investidor pode redimir um título de dívida, recebendo de volta o valor investido mais juros.
Redenção Social e Pessoal: De forma mais ampla, redenção pode significar a restauração de honra, dignidade ou reputação de uma pessoa que sofreu perdas, cometeu erros ou foi injustiçada. É o processo de superar uma falha ou erro significativo e alcançar uma nova chance ou um novo começo.
A ideia central da redenção é a transformação de uma situação negativa em algo positivo, simbolizando um novo começo e a restauração de um estado desejado.
No contexto original judaico, o significado de "Redenção" nas Escrituras está profundamente ligado ao conceito de “resgate”, “liberação” e “restauração”. A palavra em hebraico mais associada à redenção é "geulah", derivada da raiz "ga'al", que significa "resgatar" ou "reaver algo que foi perdido". É uma ideia central no TaNaK, presente tanto no contexto pessoal quanto no coletivo.
A redenção implica o ato de resgatar alguém de uma situação de escravidão, perigo ou dívida. Isso muitas vezes envolve um resgatador que age em favor de alguém que não pode libertar a si mesmo. Por exemplo:
- Redenção no Êxodo: O Eterno redimiu os filhos de Yisrael da escravidão no Egito com grandes sinais e maravilhas, cumprindo Sua promessa a Avraham (Shemot 6:6-7).
- Goel (Resgatador Familiar): Em Vayicrá 25:25, aprendemos sobre o papel do "goel", o parente próximo que poderia redimir propriedades ou pessoas em dificuldade financeira.
No Tanakh, a redenção também envolve um aspecto mais profundo: a libertação do pecado, da idolatria e da separação do Eterno. Essa redenção aponta para o retorno a uma relação restaurada com o Eterno, como declarado pelos profetas:
- Yeshayahu 44:22: "Apaguei como uma nuvem as tuas transgressões, e como uma nuvem, os teus pecados; volta para Mim, porque Eu te redimi."
- Tehilim 130:8: "E Ele redimirá Yisrael de todas as suas iniquidades."
A redenção no TaNaK é frequentemente vista como algo coletivo, relacionada ao retorno de Yisrael à terra prometida, à restauração do povo e à realização das promessas do Eterno. É uma esperança escatológica de que o Eterno envolve o Messias para redimir Yisrael e estabelecer a justiça. Por exemplo:
- Yeshayahu 52:3 : "Pois assim diz o Eterno: Fostes vendidos por nada, e sem dinheiro serão redimidos."
- Yirmeyahu 31:11 : "Pois o Eterno redimiu Yaakov e o livrou da mão do mais forte do que ele."
A redenção portanto, é o ato de ser libertado ou resgatado de algo que aprisiona, humilha ou derrota, seja física, moral ou espiritualmente. É uma manifestação do amor e da justiça do Eterno, a fim de restaurar o que estava perdido. No plano individual, isso pode significar voltar à obediência e comunhão com o Eterno. No plano coletivo, representa a restauração de Yisrael e do mundo segundo os propósitos divinos.
Assim, através da observação destes dois termos, já pudemos perceber o envolvimento e a relação que há entre Yosef e Yeshua. O primeiro como uma demonstração histórica na manutenção e desenvolvimento do povo de Yisrael, e também como um apontamento profético para algo muito maior, que envolve também pessoas de todo o mundo, que é o messias. Yeshua sendo então, o cumprimento das profecias, em partes distintas em dois momentos históricos e proféticos, um que já se cumpriu, quando ele viveu e ensinou, morreu e foi ressuscitado pelo Eterno, e outro no futuro, quando ele retornar para cumprir outras e tornar plenas as demais profecias.
Por isso continuemos em nosso estudo verificando a relação existente entre Yosef e Yeshua.
1. Rejeitados pelos Seus: O Preço da Escolha do Eterno
Os textos de Bereshit 37:3-8 e Yeshayahu 53:3, juntamente com Tehilim 69:8-9, oferecem uma visão clara da rejeição enfrentada por Yosef e Yeshua. Yosef era amado por seu pai Yaakov, mas era odiado por seus irmãos, principalmente, devido aos seus sonhos proféticos e ao favoritismo que recebia. Essa rejeição ilustra a resistência humana aos escolhidos do Eterno. De forma similar, Yeshua também é desprezado por muitos de seu povo, cumprindo a profecia de Yeshayahu 53:3: "Foi desprezado e rejeitado pelos homens". Ambos os textos ressaltam a experiência amarga do isolamento e da rejeição, temas recorrentes nas histórias dos servos do Eterno até os dias atuais. Esta exclusão, no entanto, serve a um propósito divino maior, apontando para a vinda de um redentor cuja trajetória desafiará as expectativas humanas.
2. Sofrimento e Elevação: O Plano do Eterno em Meio à Adversidade
Em Bereshit 39:19-20 e 41:39-44, junto com Yeshayahu 53:4-5 e Tehilim 105:17-21, encontramos o delineamento do sofrimento e a subsequente elevação de Yosef e Yeshua. Yosef é falsamente acusado e preso, mas o Eterno está com ele. Sua ascensão ao posto de governador do Egito é um testemunho de como o sofrimento pode ser transformado em um instrumento de salvação. Da mesma forma, Yeshua, injustamente condenado, usa seu sofrimento para abrir caminhos de cura e paz, conforme destacado em Yeshayahu 53:4-5. Assim como Yosef foi enviado à frente para salvar Yisrael e as nações (Tehilim 105:17-21), Yeshua também cumpre o papel profético de ser um redentor, seguindo o modelo de Yeshayahu 53. O sofrimento deles, portanto, não é em vão; é parte integral do plano do Eterno para a restauração das Casas de Yisrael e Yehudah, junto com gentios que se aproximam do Eterno.
3. Reconciliação e Salvação: O Propósito Maior do Eterno
Os textos de Bereshit 45:4-7, Oséias 6:1-2 e Yirmeyahu 31:9-10 exploram a temática da reconciliação e salvação. Quando Yosef revela sua identidade aos irmãos, ele não busca vingança, mas reconciliação, assegurando-lhes que tudo fazia parte do plano do Eterno. Esta reconciliação promove cura e restauração dentro da família de Yaakov. Yeshua, com sua missão divina, também chama Yisrael e as pessoas das nações de volta ao Eterno, ecoando a esperança de cura e ressurreição expressa em Oséias 6:1-2: "Depois de dois dias, nos dará vida novamente; ao terceiro dia, nos levantará". Tanto Yosef quanto Yeshua exemplificam o papel de agentes do Eterno para a salvação e reconciliação, cumprindo promessas proféticas como as de Yirmeyahu 31:9-10: "Eis que os trarei da terra do norte... porque sou um Pai para Yisrael".
4. Mais Paralelos entre Yosef e Yeshua
Até agora estávamos analisando alguns paralelos proféticos entre a vida de Yosef e de Yeshua, mas para você perceber mais claramente tudo o que estou demonstrando nesse estudo, vou relacionar abaixo mais alguns pontos.
- Amado do pai: Yosef era amado por Yaakov mais do que seus outros filhos (Bereshit 37:3), e isso gerou ciúmes entre seus irmãos. Da mesma forma, Yeshua foi amado pelo Eterno como um filho obediente (Mt 3:17; Mt 17:5), o que também trouxe oposição de seus contemporâneos.
- Rejeitado pelos irmãos: Os irmãos de Yosef não suportaram sua presença e o venderam por 20 moedas de prata (Bereshit 37:28). Yeshua também foi rejeitado por muitos em sua geração e entregue por 30 moedas de prata (Jr 32:44; Zc 11:12-13; Mt 26:15; Mt 27:3, 9).
- Acusado injustamente: Yosef foi acusado falsamente pela esposa de Potifar e lançado na prisão (Bereshit 39:17-20). De maneira semelhante, Yeshua foi acusado injustamente diante das autoridades e foi condenado.
- Sofrimento como plano do Eterno: Apesar de todo o sofrimento de Yosef, o propósito do Eterno foi usá-lo para preservar vidas durante a fome (Bereshit 45:5-8). Yeshua também sofreu, mas sua missão foi levar muitas pessoas à redenção em obediência e ao retorno para o Eterno. O sofrimento de Yosef foi parte do plano do Eterno para salvar vidas. Ele mesmo registra isso quando diz a seus irmãos: "Não fostes vós que me enviastes aqui, mas HaShem, que me pôs como governador sobre toda a terra do Egito". De forma semelhante, Yeshua enfrentou humilhação, destruição e morte para trazer reconciliação e renovação aqueles que se interessam em voltar ao Eterno, como os Escritos Nazarenos apontam em diversos textos.
Exaltação após o sofrimento: Yosef, após anos de sofrimento, foi elevado a uma posição de grande autoridade no Egito, tornando-se o braço direito do faraó e governando toda a terra (Bereshit 41:39-44). Yeshua, após sua morte foi ressuscitado pelo Eterno, e voltará para Reinar por mil anos esta terra. Por isso, é considerado pelos que o seguem como messias como um “instrumento de salvação” e um modelo para a humanidade, apontando o caminho para o serviço fiel ao Eterno.
Provedor para todos os povos: Yosef, ao ser exaltado no Egito, tornou-se o provedor de alimento não apenas para sua família, mas para as nações que vieram buscar sustento durante a fome (Bereshit 41:57). Ele foi usado pelo Eterno para preservar a vida de muitos. Da mesma forma, Yeshua é visto como aquele que aponta para o sustento espiritual, ou seja, sustento de exemplo de obediência, e a restauração com o Eterno, chamando todas as nações ao arrependimento e à orientação aos mandamentos.
Reconciliação com os irmãos: Apesar da traição de seus irmãos, Yosef os perdoou e os reconciliou consigo, assegurando-lhes que tudo tinha sido parte do plano do Eterno (Bereshit 50:20-21). Este ato de perdão e reconciliação é um reflexo da missão de Yeshua, que buscou e continua a buscar, através de seus seguidores, trazer as ovelhas perdidas da Casa de Yisrael e as nações de volta ao Eterno por meio de arrependimento e misericórdia.
Reconhecimento tardio: Os irmãos de Yosef não o levaram em consideração imediatamente quando foram ao Egito, mas depois o identificaram e entenderam sua verdadeira posição e papel no plano do Eterno (Bereshit 45:1-3). De forma semelhante, muitos não reconhecem a relevância de Yeshua para Yisrael e para o mundo, mas há uma expectativa de que, no tempo do Eterno, todos o considerarão como um servo fiel enviado para cumprir Sua vontade.
No livro Yeshua Ben Yosef: O que as profecias revelam sobre Mashiach, o autor Bruno Summa, traz um capítulo fazendo também relação entre Yosef e Yeshua com alguns detalhes a mais do que estou trazendo nesse estudo, e acrescenta também um outro personagem que também aponta para Yeshua, o rei Yoshiahu/Josias. Isso para mim é muito claro, pois confirma algo que sempre vi, mesmo quando ainda estava no sistema religioso. Esse paralelo entre Yosef e Yeshua sempre me martelou muito na mente, por isso, quando abri os olhos para a verdade do contexto original e observei esse paralelo ainda mais forte e com mais pontos de certeza nos profetas, isso me confirmou que permaneço no caminho que o Eterno me colocou, fazendo de mim, mais um redimido mesmo que sendo rejeitado por alguns.
Concluindo nosso estudo, vimos que os paralelos entre Yosef e Yeshua evidenciam que o sofrimento e a rejeição são frequentemente partes integrantes do propósito divino para trazer redenção. Ambos foram servos fiéis que, através de adversidades, se tornaram instrumentos de vitória e redenção. As profecias do TaNaK, como Yeshayahu 53 e Oséias 6, ressoam em suas vidas, apontando para o plano redentor do Eterno: reconciliar Seu povo e trazer as nações para o conhecimento de Sua vontade. Ao refletirmos sobre essas histórias, aprendemos que o Eterno usa até os momentos mais difíceis para cumprir Seus propósitos de cura e restauração. A vida de Yosef e Yeshua nos lembram, portanto, que mesmo em meio à dor, o Eterno está sempre no controle, trabalhando para o bem de muitos.
É importante destacar ainda nesse momento de fechamentos de estudo, que estes paralelos não indicam que Yeshua seja divino ou algo além de um homem obediente ao Eterno. Em ambos os casos, tanto com Yosef como com Yeshua, vemos exemplos de como o Eterno pode usar o sofrimento, a exclusão e até a mesma a humilhação para cumprir Seus propósitos maiores. Yosef foi uma ferramenta para preservar vidas físicas durante uma crise, enquanto Yeshua, por seu exemplo de obediência e justiça, tornou-se um modelo para chamar todos ao arrependimento e à reconciliação com o Eterno. Percebemos que o sofrimento do justo serve como expiação e é um gerador de redenção.
Assim, a vida de Yosef pode ser vista como uma sombra profética que aponta para o papel de Yeshua como um servo fiel, rejeitado e posteriormente reconhecido, cumprindo o plano do Eterno para trazer justiça e restauração à humanidade. Esses paralelos destacam a importância de confiar no Eterno mesmo nas adversidades, sabendo que Ele é soberano e Seus planos são para o bem de todos que se voltam a Ele com um coração íntegro e desejoso de obedecê-lo.
Que o Eterno os abençoe e até o próximo estudo!
Marcelo Santos da Silva (Marcelo Peregrino Silva – Moshê Ben Yosef)
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