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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Estudo da Parashá Nitzavim - Conexão Nitzavim com Escritos Nazarenos: A Escolha pela vida.

 


Estudos da Torá

Parashá nº 51 – Nitzavim (Encontram-se)

Devarim/Deuteronômio 29:9-30:20

Haftará (separação) Is 61:10-63:30 e

B’rit Hadashah (Aliança Renovada) Rm 9:30-10:13 e Hb 12:14-15


Conexão Nitzavim com Escritos Nazarenos: A Escolha pela vida.


A parashá Nitzavim é mais um dos textos profundos da Torá, pois ele coloca diante de nós a decisão fundamental: vida e bênção ou morte e maldição. Essa porção nos mostra a renovação do pacto, a seriedade da idolatria, a promessa de restauração, a proximidade da Palavra do Eterno e a necessidade de escolher a vida.

Nos Escritos Nazarenos, Yeshua e seus talmidim confirmam essas mesmas verdades, revelando que o chamado de Moshe ainda ecoa para todos nós: amar o Eterno, andar em Seus caminhos e guardar os Seus mandamentos. Veremos nessa pequena reflexão a conexão que existe entre essa parashá e os Escritos Nazarenos, comprovando mais uma vez, que todo ensino de Yeshua e dos Talmidim eram alicerçados na Torá.



RESUMO DA PARASHÁ DA SEMANA

A parashá Nitzavim nos reúne diante da voz do Eterno, que chama todo o povo de Yisrael — chefes, anciãos, homens, mulheres, crianças e até mesmo o estrangeiro no meio do acampamento, a fim de reafirmar o pacto com Ele.

O Eterno renova o pacto não apenas com aqueles que estavam ali, mas também com os que ainda não tinham nascido. Ele alerta contra a idolatria, contra o coração que se afasta e segue outros deuses, trazendo maldição sobre a terra e exílio entre as nações.

Porém, o Eterno também anuncia a restauração: quando o povo se arrepender de todo coração e voltar a obedecer às Suas instruções, Ele os reunirá de todos os lugares para onde foram espalhados, circuncidará o coração deles e os abençoará novamente em sua terra.

O Eterno declara que Seus mandamentos não estão distantes, nem nos céus, nem além do mar, mas estão próximos, em nossa boca e em nosso coração, para que os cumpramos.

A parashá termina com uma escolha clara: vida e bem, ou morte e mal. O Eterno nos chama a escolher a vida — amar o Eterno, andar em Seus caminhos e guardar Seus mandamentos — para que vivamos, nós e nossos filhos, sobre a terra que Ele jurou a Avraham, Yitzchak e Yaakov.

A essência de Nitzavim é esta: “Quem ama o Eterno, segue os seus mandamentos. Devemos nos converter apenas ao Eterno!”


ESTUDO DO TEXTO DA PARASHÁ

A palavra “Nitzavim” significa “estais de pé”, lembrando que todo Yisrael estava diante do Eterno para ouvir e assumir o pacto. Essa parashá mostra que a relação com o Eterno não é algo distante ou místico, mas real, presente e que exige decisão prática: servir ao Eterno com todo o coração e toda a alma.

Nos Escritos Nazarenos, encontramos a confirmação desse chamado. Yeshua e seus talmidim não trazem uma nova religião, mas reafirmam a mesma mensagem da Torá: o Eterno chama Seu povo a escolher a vida por meio da obediência aos Seus mandamentos. Vamos observar a conexão entre o que Yeshua e os talmidim ensinaram com esta parashá.


1. Todos diante do Eterno

Em Devarim 29:9-14, vemos que Moshe reuniu líderes, anciãos, homens, mulheres, crianças e até estrangeiros para o pacto. Isso revela que o chamado do Eterno é universal e inclui todos os que desejam serví-Lo. Nos Escritos Nazarenos, Yeshua declara em Yochanan 10:16: Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; também a elas é necessário que eu as conduza, e elas ouvirão a minha voz; então haverá um só rebanho e um só pastor.

Assim como Moshe, Yeshua mostra que o Eterno não limita Seu pacto a um grupo específico. O chamado é para todo aquele que se converter a Ele. O Eterno não faz acepção de pessoas.


2. Alerta contra a idolatria

No texto de Devarim 29:15-28, Moshe advertiu que quem se desviasse para servir outros deuses traria maldição sobre si e sobre a terra. A idolatria é a maior traição contra o Eterno. Assim, Shaul HaShamilach reforça essa mesma advertência, em 1 Corintiyim 10:14, dizendo: Portanto, meus amados, fugi da idolatria. Ele lembra que idolatria não é apenas adorar imagens, mas colocar qualquer coisa acima da obediência ao Eterno. Assim como no deserto, a idolatria sempre leva à dispersão e à perda da bênção.


3. Promessa de restauração

Em Devarim 30:1-10, vemos que mesmo diante do exílio que permitiria que Yisrael fosse levado devido à desobediência, o Eterno prometeu reunir Seu povo e circuncidar o coração deles para que O amassem e vivessem. E também Shaul explica em Romiyim 2:29: Mas é Yisraelita o que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, no ruach, não na letra. Essa circuncisão do coração é a mesma que Moshe anunciou, isto é, a transformação interior que leva à obediência verdadeira.

Yeshua confirma essa restauração quando fala do ajuntamento, em Mattityahu 24:31: E ele enviará os seus malachim com grande som de shofar, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma a outra extremidade dos shamaym. A promessa de Moshe encontra seu eco direto em Yeshua, porque o Eterno não abandona Seu povo, mas o restaura.


4. A Torá é acessível

Moshe em Devarim 30:11-14, falou algo que mostra claramente como as palavras do Eterno estão perto de nós, observe: Os mandamentos não estão distantes, nem nos shamaym nem além do mar, mas próximos, em nossa boca e em nosso coração. Rav Shaul faz um midrash citando esse texto em Romiyim 10:8, veja: “A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração.”

Note que ao contrário do que muitos dizem, ele não está anulando a Torá, mas reforçando a declaração de Moshe, pois o que o Eterno exige de nós já está acessível. Basta obedecer.

Yeshua confirma em Yochanan 14:23: Se alguém me amar, guardará a minha palavra. Ou seja, amar Yeshua é amar a Torá, pois Ele viveu e ensinou a Palavra do Eterno. Amar a Torá é obedecer as instruções nela contida, com isso amando ao Eterno.


5. Escolher a vida

Vemos em Devarim 30:15-20 o Eterno colocando diante do povo e de nós, duas opções, a vida e o bem ou morte e o mal. A vida está em amar o Eterno, andar em Seus caminhos e guardar Seus mandamentos. O nosso irmão mais velho, e messias, Yeshua ecoa esse chamado em Yochanan 14:6: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ele aponta que somente andando no caminho que Ele viveu, na obediência ao Eterno, podemos alcançar a vida.

Em Mattityahu 7:13-14, vemos: Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos entram por ela. Porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos há que a encontrem. Moshe e Yeshua falam a mesma coisa, ou seja, a vida é resultado da escolha de obedecer ao Eterno com todo o coração.

Concluindo, este rápido estudo, tivemos a oportunidade de observar que a parashá Nitzavim e os Escritos Nazarenos caminham juntos no mesmo propósito. O Eterno nos chama a escolher a vida por meio da obediência aos Seus mandamentos. Por isso, Moshe apresentou diante de Yisrael a escolha fundamental, e Yeshua reafirmou essa mesma verdade, mostrando que amar o Eterno é andar em Seus caminhos.

Portanto, fazer teshuvah, e trilhar o caminho preparado pelo Eterno em obediência aos seus mandamentos é o melhor que podemos fazer, hoje, amanhã e no futuro.

Que o Eterno os abençoe e até o próximo estudo!


Moshê Ben Yosef


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